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A despedida da mais árida região do mundo foi favorável a Carlos Sousa, com o almadense a impor um
ritmo forte na última especial disputada no deserto do Atacama. Aliás, na véspera, o piloto tinha
manifestado a esperança de que a derradeira etapa verdadeiramente dura e desgastante do Dakar 2010
lhe pudesse ser favorável e a verdade é que o piloto, uma vez mais, voltou a estar em plano de
destaque, subindo ao sexto lugar da geral, primeiro entre os privados, melhor entre os pilotos que
utilizam viaturas motores a gasolina, para além de cimentar a diferença para o segundo melhor
português, que se cifra agora em cerca de 2h20m!
O dia de hoje foi para Carlos Sousa relativamente tranquilo “imprimi um ritmo rápido, mas sem correr
riscos desnecessários e só tive dificuldades na transposição das primeiras dunas, onde perdi cerca de
cinco minutos. Depois disso não fui vítima do mais pequeno problema, mas não deixou de ser uma
etapa dura, a exigir muita concentração, tanto ao volante, como na navegação. Esta terá sido a mais
dura especial do Dakar antes da chegada a Buenos Aires, mas ainda há muitos quilómetros pela
frente. Agora que deixamos o deserto, vamos entrar em percursos mais ao jeito dos ralis tradicionais”.
CLASSIFICAÇÃO ETAPA 9
1º Al-Attiyah VW 1h59m28s
2º Sainz VW + 5m59s
3º De Villiers VW + 7m38s
4º Chicherit BMW + 10m13s
5º Miller VW + 10m48s
(…)
9º SOUSA Mitsubishi + 21m03s
O final da passagem por Atacama deixará na lembrança de todos que o Chile se estende especialmente
sobre terrenos acidentados. A vegetação é densa e variada e os concorrentes terão a oportunidade de o
verificar a caminho de Santiago. Nas muitas elevações, terão igualmente de se familiarizar com pistas
sinuosas onde os erros de trajectória podem custar minutos ou mesmo horas. Há muito mais a perder
do que a ganhar na etapa de amanhã.