Você está na página 1de 1

DN - Imprimir Artigo 1 de 1

http://dn.sapo.pt/2008/04/12/sociedade/ministerio_e_sindicatos_ruptura_defi.html

Ministério e sindicatos em ruptura


definitva

PEDRO VILELA MARQUES

Principal ponto de discórdia é uniformização dos critérios de avaliação


Desta vez, a separação será definitiva. Da quarta ronda de negociações entre o Ministério da Educação
e os sindicatos do sector, que decorreu ontem no Conselho Nacional de Educação, resultaram as
mesmas divergências dos dias anteriores, principalmente em relação à uniformização dos critérios de
avaliação em todas as escolas.

À hora do fecho da edição, a reunião entre as partes ainda decorria, depois de ter sido interrompida
duas vezes, primeiro para a equipa do Ministério analisar as propostas da plataforma sindical, depois
para os próprios sindicatos discutirem uma contraproposta da tutela. No entanto, as expectativas de
uma e de outra parte deixavam perceber que não seria possível chegar a um entendimento. Do lado
sindical, Mário Nogueira rejeitava recuar além da proposta de uma avaliação simplificada generalizada
a todas as escolas. "Defendemos que as classificações reflictam apenas a assiduidade, a auto-avaliação
pelos professores e também consideramos a participação de professores em acções de formação
contínua. Isto já é uma demonstração de boa vontade e mais não vamos recuar, porque o Ministério
parece que se esquece que tivemos uma manifestação com 100 mil professores que exigiram a
suspensão do processo", informou Mário Nogueira ao DN.

Enquanto os sindicatos discutiam as propostas da tutela, fonte do Ministério da Educação garantiu aos
jornalistas que embora tenha havido uma grande aproximação de posições entre as partes, continuava
a haver pontos de discórdias. Nas negociações de ontem, a principal discordância continuava a dizer
respeito à uniformização dos itens de avaliação em diferentes escolas, defendida pelos sindicatos. "Essa
é realmente a grande questão que nos divide, pois representa um ponto de honra para o Ministério que
as escolas que já estão a avançar com a avaliação, e de forma bem feita, não voltem atrás", afirmou a
mesma fonte, que defende que o Ministério "não pode agora pedir às escolas que estão a fazer bem
para começarem a fazer as coisas mal".

Segundo o Ministério da Educação, os critérios serão uniformes em todas as escolas, mas têm de
avaliar os diferentes contextos sociais.

http://dn.sapo.pt/tools/imprimir.html?file=/2008/04/12/sociedade/ministerio_e_sindicatos_ruptura_defi.html

Você também pode gostar