Sábado, 12 de Abril de 2008
O negócio da venda dos professores
A degenerescência das organizações sindicais politicamente controladas não fazia prever outra coisa relativamente ao conflito professores-governo. A pressa do negócio, firmado ontem, 11-4-2008, entre o Governo e os sindicatos de professores, denota que o adversário dos sindicatos parece ser muito mais o basismo dos protestos e a ameaça de criação de sindicatos independentes do PC e PS do que a política humilhante do Governo sobre a classe. Percebia-se que, com mais cedência ou menos cedência, o negócio fazia-se. Fez-se.
Título original
Do Portugal Profundo - O negócio da venda dos professores
Sábado, 12 de Abril de 2008
O negócio da venda dos professores
A degenerescência das organizações sindicais politicamente controladas não fazia prever outra coisa relativamente ao conflito professores-governo. A pressa do negócio, firmado ontem, 11-4-2008, entre o Governo e os sindicatos de professores, denota que o adversário dos sindicatos parece ser muito mais o basismo dos protestos e a ameaça de criação de sindicatos independentes do PC e PS do que a política humilhante do Governo sobre a classe. Percebia-se que, com mais cedência ou menos cedência, o negócio fazia-se. Fez-se.
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Sábado, 12 de Abril de 2008
O negócio da venda dos professores
A degenerescência das organizações sindicais politicamente controladas não fazia prever outra coisa relativamente ao conflito professores-governo. A pressa do negócio, firmado ontem, 11-4-2008, entre o Governo e os sindicatos de professores, denota que o adversário dos sindicatos parece ser muito mais o basismo dos protestos e a ameaça de criação de sindicatos independentes do PC e PS do que a política humilhante do Governo sobre a classe. Percebia-se que, com mais cedência ou menos cedência, o negócio fazia-se. Fez-se.
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O negócio da venda dos professores A degenerescência das organizações sindicais politicamente controladas não fazia prever outra coisa relativamente ao conflito professores-governo. A pressa do negócio, firmado ontem, 11-4-2008, entre o Governo e os sindicatos de professores, denota que o adversário dos sindicatos parece ser muito mais o basismo dos protestos e a ameaça de criação de sindicatos independentes do PC e PS do que a política humilhante do Governo sobre a classe. Percebia-se que, com mais cedência ou menos cedência, o negócio fazia-se. Fez-se.
Em troca de um qualquer acordo de avaliação, salva-se a face do
primeiro-ministro - a ministra Maria de Lurdes Rodrigues e o falcão secretário de Estado Valter Lemos já estão irremediavelmente perdidos - e do Partido Socialista de matriz socratina, que vão cantar vitória e continuar a impor ao País a perseguição de classes a que chamam "reformas". Como se a avaliação fosse sequer a causa principal dos últimos protestos e, por isso, se devesse aceitar um compromisso que reduz a importância das demais queixas... Até porque, como é sabido de todos, nenhum professor queria, ou quer, evitar uma avaliação até porque é avaliado todos os dias: não queriam era o absurdo de uma avaliação-que-não-avalia o que deve, nem como deve.
Desbaratado no negócio entre os sindicatos e o Governo, fica
o prestígio dos professores - além do capital da mobilização (100 mil professores numa manifestação, além dos demais protestos distritais e locais). Porque quem viu a Marcha da Indignação de 8-3-2008 percebeu que a avaliação absurda era apenas o pingo que transbordou o copo do sentimento de degradação da função de professor e da pré-falência do ensino público sob administração utópica. De fora do negócio do saldo dos professores em troca de um acordo, que pseudo-prestigia sindicatos e Governo, um negócio que, na verdade, envergonha a razão funda dos professores fica, como disse e justifiquei aqui em 9-3-2008, o "delírio didáctico, a desordem pedagógica, o absurdo burocratizante e o abuso laboral do Ministério da Educação". A razão e a dimensão da indignação dos professores merecia outro respeito sindical/partidário.
Actualizações: este post foi actualizado às 1:20 de 13-4-2008.