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: apoiando a dissoluo de
conflitos entre crianas
22 de maro de 2015/1 Comentrio/em Blog /por conexaopaisefilhos
Domingo de manh. Estamos todos na casa de meus pais tomando
caf da manh. As crianas j saram da mesa e foram brincar.
Ento meu filho mais novo (quase 4 anos) chega choramingando na
cozinha:
Filho: Eu quero brincar com a bola e ela no deixa(se referindo a
irm, que tem 6 anos)
No dia anterior os avs levaram os netos para passear, compraram
uma bola e deram de presente para os dois. A bola ento era dos
dois.
Ao ouvir meu filho decidi intervir. Em primeiro lugar contive meu
impulso de resolver afirmando silenciosamente que meu papel
no esse. Meu papel de criar um ambiente propcio e seguro
para que eles se relacionem diretamente, dissolvam o conflito e
criem solues onde os dois saiam ganhando.
Fui at a sala, sentei no cho, chamei os dois.
Filha: Eu peguei a bola e quero brincar sozinha
Eu: Estou ouvindo que ela pegou a bola e quer brincar sozinha.
Filho: Ela me deu uma coisa que eu no queria em troca da bola
Eu: Ele est dizendo que voc deu uma coisa que ele no queria e
pegou a bola.
Eu estava apenas repetindo o que eles estavam dizendo pois
acredito que em alguns casos isso ajuda que eles se escutem, e
alm disso me ajuda a estar no presente.
Nessa hora, me veio uma vontade de julgar minha filha, pois fiquei
imaginando a cena dela convencendo meu filho a trocar a bola por
qualquer besteira e como ela mais velha e bem persuasiva
conseguiu. Senti vontade de proteger meu filho. Mas novamente
afirmei que meu papel no era esse e me mantive neutro.
Percebi que minha filha, que estava com a bola, comeou a brincar
com a mesma enquanto estvamos conversando. Ento pedi para
que ela parasse de brincar enquanto estivssemos conversando. Ela
no parou. Pedi para ela me dar a bola. Ela no quis dar. Eu estava
presente e com clareza de que meu papel ali no era puni-la ou
ensina-la a prestar ateno. Ento minha reao foi de pegar a bola