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Projeto
E-Lixo
Integrantes do Grupo
Bruno Croci de Oliveira – SI
Fernando Renato - SI
Fernando Akio - LZT
Francisco Hériton - SI
Guilherme Augusto – SI
João Paulo – SI
Orientadora
Ana Maria Klein
1
Resumo:
Palavras-chave:
2
Sumário
Introdução.................................................................................................................4
Parte I – Apresentando o Problema
1 Sustentabilidade……………………………………………………….........................6
2 Obsolescência………………………………………………………............................7
3 E-lixo………………………………………………………..........................................9
4 Problemas ambientais………………………………………………………..............10
3
8 Novas tecnologias que lidam com os problemas ambientais gerados pelo E-
lixo………………………………………....................................................................27
Conclusão...............................................................................................................33
Anexo A..................................................................................................................35
Anexo B..................................................................................................................37
Anexo C..................................................................................................................38
Anexo D..................................................................................................................39
Bibliografia..............................................................................................................40
Sumário de imagens
Figura 1 - 5 Desktop CPUs compared....................................................................13
Figura 2 - VGN-P530A............................................................................................15
Figura 3 - US$1 000 de compras em informática...................................................16
Figura 4 - EcoBook.................................................................................................22
Figura 5 - Guide to greener electronics Greenpeace.............................................23
Figura 6 - Rotas do lixo eletrônico..........................................................................26
4
Introdução
5
Também ficam aparentes os problemas ambientais gerados pelo descarte
indevido do e-lixo, como a contaminação do meio ambiente e varias doenças
geradas pela absorção de metais pesados como chumbo, cádmío e mercúrio e a
absorção de dioxinas provenientes de plásticos, muito utilizados nos produtos
eletrônicos.
6
Parte I – Apresentando o problema
1. Sustentabilidade
7
concentrar seus esforços no encontro e no estímulo de ponto que
possam levar a um relacionamento crescente”.
2. Obsolescência
8
Obsolescência programada é definida por Bulow (1976) como a produção de bens
antieconômicos, com curto tempo de uso, assim os consumidores tendendo a
substituir os equipamentos por outros mais modernos*. Para Ripol (2003),
“obsolescência programada tem como consequência evitar a saturação do
mercado”, ou seja, a produção e consumo de bens com inovações tecnológicas
impedem a saturação do mercado na medida em que fazem o consumidor
comprar um novo produto, tornando o antigo obsoleto ainda que funcione.
9
3. E-lixo
1
proporções mundiais. Há, inclusive, uma trajetória pós-descarte, em que alguns
países desenvolvidos “exportam” seu E-lixo para países em desenvolvimento e
subdesenvolvidos (Puckett et al., 2002).
4. Problemas ambientais
O depósito de E-lixo não deve ser feito em aterros, pois os elementos tóxicos
contidos nele difundem-se no solo com o tempo, o que afeta o ambiente nos
arredores, e, conseqüentemente, atinge também lençóis freáticos, contaminando a
água. Também não deve ser queimado, pois sua queima libera o chumbo,
1
mercúrio e cádmio na atmosfera, entre outras substâncias cancerígenas que
podem se espalhar por todo o ar.
1
Em ambos os pontos, pode-se perceber que são produtos para estimular o
consumo, havendo a necessidade e, ou a possibilidade de serem trocados por
novos. Assim sendo, a obsolescência programada tem influência, principalmente,
nos investimentos, pois com o fracionamento da tecnologia já descoberta, uma
empresa pode lançar vários produtos, cada um com um pequeno avanço
tecnológico em relação ao anterior, apenas com o investimento já feito
anteriormente em pesquisa, sendo que, sem esse recurso da obsolescência
programada, geraria um único produto usando de toda a tecnologia disponível
(Figura 1).
Tem-se aqui então um grande causador do problema do E-lixo, pois uma vez que
o produto é substituído, ou tem de ser obrigatoriamente porque tenha se tornado
obsoleto (neste caso, trata-se de obsolescência planejada) faz com que esse
processo seja mais freqüente do que precisaria ser, estimulando o consumismo,
ou a necessidade da troca, tendo-se aqui um exemplo de conflito entre a
economia e o meio-ambiente, no que se refere à sustentabilidade (pelas
definições desta).
1
Figura 1. Comparação entre cinco Computadores. Aqui é possível notar cinco
processadores diferentes lançados pela AMD (Advanced Micro Devices) baseados no
núcleo de codinome “Deneb”, apesar de todos serem gravados em um mesmo processo
litográfico e inicialmente serem iguais para atender a um mercado maior alguns são
travados gerando processadores menos eficientes. No caso dos Phenon II X3 é reduzido
um núcleo do processador diminuindo sua capacidade de processamentos paralelos.
Entre os modelos 910 e 710 foi efetuado uma redução de clock do processador para que
1
realizasse menos processamentos por segundo que os modelos 920 e 720
respectivamente. O processador 810 sofreu uma redução da memória cache, forçando
uma maior dependência da memória RAM o que diminui sua eficiência em relação ao
processador 820 que tem a memória cache completa.
1
Figura 2. Em um caso mais extremo onde a estética é posta em primeiro plano em
detrimento a tecnologia, pode-se haver um retrocesso no grau tecnológico de um
aparelho em relação a geração anterior causado pela necessidade de certos
elementos de uma geração mais antiga para fins estéticos. Um exemplo é este
notebook, o Sony Vaio VGN-P530A onde para reduzir o tamanho, foi utilizado um
“Stick Pointer” uma tecnologia mais antiga em reação ao sensor eletrostático para
substituir o mouse.
Uma vez que o produto torna-se obsoleto, passa a tomar algum destino. De
acordo com Puckett et al. (2002) existem muitos computadores estocados nas
casas de pessoas. Sabe-se também que a renegociação do produto ou mesmo a
doação são práticas bastante comuns, inclusive fazendo parte da sustentabilidade
1
social, pelo fato de quando há um produto novo, o antigo torna-se mais acessível
para outrem (Figura 3).
1
6. Problemas ambientais causados pelo E-lixo
O solo pode ser contaminado diretamente pela deposição do e-lixo no solo como
no caso de aterros sanitários que venham a receber este material sem o devido
tratamento, bem como por via indireta, decorrente da precipitação de compostos
em suspensão no ar, que caem junto às chuvas.
1
Os poluentes que causam um maior impacto ao solo são os que persistem na
cadeia alimentar, os bioacumuláveis, que se concentram na cadeia alimentar a
medida que o nível trófico aumenta.
Assim como o solo, a água pode ser contaminada direta ou indiretamente. Ainda
no caso da água, as chuvas podem levar os contaminadores até lençóis freáticos,
rios e lagos.
Outra forma da água poluída chegar ao ser humano é através de sua ingestão
direta, no caso do cádmio 5% é absorvido pelo organismo, podendo ter absorção
maior em dietas com deficiência de cálcio, mas seu tempo de meia-vida dentro do
organismo é de 10 anos, assim, uma pessoa que é exposta a doses, mesmo
pequenas, de cádmio podem ter sintomas a longo prazo, devido ao acúmulo em
seu organismo.
Dados sobre a contaminação de pessoas por metais pesados são de difícil coleta
e precisão, exceto caso exista uma grande quantidade de pessoas com sintomas
de intoxicação e seja feito um estudo das causas. As intoxicações, por não
apresentarem sintomas totalmente específicos, podem, em muitos casos, receber
tratamentos de forma sintomática e passarem por outras enfermidades.
1
6.4.1 Elemento específico: chumbo
A intoxicação por cádmio tem sido pouco estudada, apesar deste estar presente,
inclusive, no cigarro e, portanto, ser absorvido duas vezes mais por fumantes do
que por não fumantes.
2
6.4.3 Elemento específico: mercúrio
2
7. Medidas que lidam com os problemas ambientais gerados pelo E-lixo
2
percentual de certos materiais em seus produtos, a fim de atender a padrões e
normas vigentes.
De acordo com Macohin (2007) , “com a vinda do monitor LCD fabricado pela
Apple a redução do uso de chumbo foi de quase 100% e foi retirado o arsênico do
vidro dos monitores LCD também”. Outro exemplo que temos é o EcoBook (Figura
4), que é somente um conceito, por enquanto. Seu fabricante, a Asus, declara que
“conseguiu com sucesso fabricar um case de laptop com bambu, que substitui os
plásticos e produtos químicos de difícil reciclagem. A empresa alega ainda que
oferece programas de reciclagem gratuitos para seus produtos”.
Figura 4. EcoBook.
Outra iniciativa interessante é o Take Back, que consiste nas empresas “pegarem
de volta” (tradução para o português de Take Back), recolherem os equipamentos
eletrônicos com o fim de reutilizar ou reciclar. Trata-se de uma taxa embutida no
preço do produto, que inclui os gastos com reciclagem e devolução do mesmo.
2
7.1.2 Guia de eletrônicos verdes
7.1.3 Upgrade
2
Dessa forma, seria evitada a obtenção de um novo microcomputador
desnecessariamente e ainda sim haveria circulação de capital no mercado de
eletrônicos. Vale lembrar que o termo upgrade não se insere somente a hardware,
em software, por exemplo, o upgrade é feito trocando-se versões dos programas
por outras mais recentes a fim de se melhorar os recursos oferecidos por ele.
Veremos a frente que um caso particular de upgrade de software pode ser viável
para evitar futuros impactos causados pelo E-lixo.
2
Ainda acerca disso, “Ações de inclusão digital como a realocação de
equipamentos de utilização individual em domicílios e estabelecimentos em prol
de escolas e centros comunitários de baixa renda, além de socializar os custos de
obsolescência tecnológica dos equipamentos pelo potencial aumento da taxa de
utilização dos mesmos, representam um canal privilegiado para criação de
oportunidades de geração de renda e cidadania em plena era do conhecimento”.
2
Figura 6. Exportação de E-lixo pelo mundo, podendo-se ver que além dos EUA,
outros países também enviam seu lixo eletrônico para países subdesenvolvidos ou
em desenvolvimento.
2
• Controlar e reduzir movimentos transfronteiriços de resíduos perigosos;
• Dispor os resíduos o mais próximo possível da fonte geradora;
• Proibir o transporte de resíduos perigosos para países sem capacitação
técnica, administrativa e legal para tratar os resíduos de forma
ambientalmente adequada;
• Auxiliar os países em desenvolvimento e com economias em transição na
gestão dos resíduos perigosos por eles gerados;
• Trocar informações e tecnologias relacionadas ao gerenciamento
ambientalmente adequado de resíduos perigosos.
2
8.1 Software Livre
• Robustez e segurança;
De modo que, pelo fato serem modificáveis, programas de código aberto podem
ser adaptados a máquinas “menos potentes”, ao contrário do software proprietário,
2
que se atualiza frequentemente, exigindo mais capacidade de memória e
processamento das máquinas.
Diante do que foi exposto, a alternativa pelo software livre, embora considerável e
viável para usuários e organizações, não é definitiva, pois apenas torna o
processo de obsolescência do hardware mais lento. No entanto, esta tecnologia se
apresenta como uma grande ferramenta que, alheia a outros recursos, pode
diminuir o impacto ambiental causado pelo lixo eletrônico.
Lançado pelas Nações Unidas, este projeto tenta reunir esforços em todo mundo
no sentido de viabilizar a reciclagem de lixo eletrônico. O projeto StEP ("Solving
the E-Waste Problem") conta com o apoio de grandes empresas do ramo de
telecomunicações e informática.
3
• Aumentar a vida útil dos produtos eletrônicos;
• Desenvolver mercados para sua reutilização;
Portanto, projetos como este são deveras do interesse de todos. Nesse caso
específico, com o incentivo e a conscientização por parte dos fabricantes, pode-se
resultar em uma maior adesão e, consequentemente em um maior aproveitamento
e melhor tratamento da sucata eletrônica gerada.
De maneira geral, a sigla, que significa “projetar para o ambiente”, representa uma
série de práticas, aonde são feitas considerações sobre impactos que um produto
pode causar,ou que já está causando. Buscam-se inovações, técnicas,
aperfeiçoamentos que reduzam o descarte de resíduos danosos ao meio ambiente
em qualquer estágio de vida do produto, com o objetivo também de manter o
preço economicamente competitivo.
3
melhorar a performance ambiental do produto, isto é, diminuir os impactos que
este causa.
Não se trata de uma iniciativa inovadora, no entanto, é tida como uma importante
iniciativa contra o crescente acúmulo de e-lixo. Nesse caso, o que se necessita é o
estímulo a empresas do setor de reciclagem e o fomento à pesquisas na área.
Uma boa motivação para tanto é a presença de materiais metálicos valiosos,
como ouro e cobre.
3
relacionamos a seguir alguns tipos de reciclagem e métodos utilizados:
Estes grânulos podem ser utilizados na produção de: sacos de lixo, solados, pisos,
conduítes, mangueiras, componentes de automóveis, fibras, embalagens não-
alimentícias e outros.
3
energética ocorre ainda uma redução de 70 a 90% da massa
do material, restando apenas um resíduo inerte a ser
disposto em aterros industriais (para materiais perigosos
classe segundo a norma NBR 10.004 da Associação
Brasileira de Normas Técnicas – ABNT)”
Considerações Finais
Diante do que foi exposto, é possível que sejam feitas as seguintes inferências:
3
que o e-lixo tende a permanecer como um problema sem solução imediata, faz-se
necessário, ao menos, maior eficácia no combate aos impactos que este causa.
O futuro talvez pode reservar algo melhor, haja visto que iniciativas promissoras e
mais eficientes possam ser implementadas, seja por uma maior conscientização
ou por condições tecnológicas mais favoráveis. Tanto a tecnologia enfrentando os
problemas resultantes de seu desenvolvimento diretamente (software livre, pro-
cessos de reciclagem) como indiretamente (projeto StEP, DFE) são alternativas
consideráveis, mas o mais adequado e conveniente em todos os sentidos é a rea-
lização e/ou implementação simultânea dessas ações.
Portanto, reabilitar o meio ambiente, que foi e está sendo vítima da atividade an-
trópica, requer iniciativas imediatas nos dias de hoje e, claro, também futuramente.
A tecnologia, diante de tantos fatores internos e externos, deve ser vista única e
exclusivamente como ferramenta intrínseca à atividade humana, sendo isentada
de todo e qualquer impacto que possa causar, dessa forma não a temos como so-
lução ou causa de nossos problemas e sim como algo útil que depende do uso
que lhe é feito.
3
Anexo A – Dicas para o Descarte de Eletrônicos
3
Recomendações: Antes de doar aparelhos à instituições de caridade, é bom
verificar o histórico da entidade a ser ajudada, e checar se a instituição irá dar um
destino correto aos aparelhos doados.
3
Anexo B – Impactos Ambientais e Ocupacionais na Ásia
3
Anexo C – Selo Verde da USP
3
Anexo D – Lixo eletrônico: Iniciativa no CCE da USP
4
Bibliografia
AARON, Heibert;, TUAN Nguyen. Leaked AMD '09 CPU & Chipset Roadmap
4
CÂNDIDO, C. Eduardo; DA SILVA, Wagner Campos. Educação Ambiental: O lixo
eletrônico. Editora ufrj, 2007. Disponível
em:<http://iq.ufrj.br/~recicla_iq/monografia_kadu.pdf>. Acesso em: 15 de junho de
2009.
4
Australianos são flagrados jogando lixo eletrônico na China. Disponível em:
<http://tecnologia.terra.com.br/interna/0,,OI3779854-EI4799,00.html> Acesso em:
22 maio de 2009
MOREIRA, Daniela. Lixo eletrônico mundial cabe em trem capaz de dar a volta ao
mundo.
Disponível em:
http://idgnow.uol.com.br/computacao_pessoal/2007/04/26/idgnoticia.2007-04-
25.0842446258/paginador/pagina_3
Acessado em 5/Abril/2009
4
http://idgnow.uol.com.br/computacao_pessoal/2007/04/26/idgnoticia.2007-04-
25.3237126805/
Acessado em 03/Abril/2009.
4
ZIGLIO, L. A. I. . Residuos Perigosos no Brasil e a Basiléia. Revista Setor e
Reciclagem, 2002.