Você está na página 1de 14

PALESTRA NO CENOL

DIA – 15/06 – 20.OO HORAS


TEMA CENTRAL – CONHECENDO O LIVRO DOS
ESPÍRITOS – QUE DIFERENÇA FAZ EM NOSSAS
VIDAS?
TEMA DO MÊS – COMPREENDENDO A
REENCARNAÇÃO E A DESENCARNAÇÃO.
TEMA DA NOITE – A MORTE – POR QUE TEMER?

OBJETIVOS :
- Desmistificar a morte, apresentando-a como fenômeno
natural da vida.
- Ressaltar que a vida real é a espiritual ou do espírito.
- Levar o público a compreender a morte não como
término, mas como momento de transformação de um
processo contínuo que é a vida.
- Destacar a responsabilidade perante nossos
compromissos como Espíritos eternos, na oportunidade
da reencarnação

Queridos irmãos, boa noite! Que a Paz de Jesus esteja entre


nós.

A morte – Por que temer?


Este o tema do nosso estudo nessa noite.
Parece complicado falar de um tema tão delicado, tão
misterioso e que ao mesmo tempo nos chama tanta a
atenção.
O que é a morte.
Por que existe a morte?
Seria a morte um castigo, como se diz por aí?
E o medo da morte, devemos Ter ou não Ter? E por
que?
Vamos, antes de qualquer coisa, contar uma pequena
história, chamada: O BICO DE LUZ.
Um homem transitava por estrada deserta, altas horas
da noite. Estava escuro, sem luar, estrelas
apagadas...Seguia apreensivo. Por ali ocorriam muitos
assaltos. Percebeu que alguém o acompanhava.
_ Olá! Quem vem aí? Perguntou, assustado.
Não obteve reposta. Apressou-se, no que foi imitado
pelo perseguidor. Correu.... O desconhecido também.
Apavorado, em desabalada carreira, tão rápido quanto suas
pernas o permitiam, coração a galopar no peito, pulmões
em brasa, passou diante de um bico de luz. Olhou para trás
e, como por encanto, o medo desvaneceu-se. Seu
perseguidor era apenas um velho burro, acostumado a
acompanhar os que por ali passavam.
A história que acabamos de ouvir, assemelha-se ao que
ocorre com a morte. A imortalidade é algo intuitivo na
criatura humana. No entanto, muitos têm medo, por que
desconhecem inteiramente o processo e o que os espera na
espiritualidade.
As religiões que deveriam preparar os fiéis para a vida
além-túmulo , conscientizando-os da sobrevivência e
descerrando a cortina que separa os dois mundos, pouco
fazem neste sentido, porquanto limitam-se a incursões pelo
terreno da fantasia.
Temos aqui mais uma história que é assim:
A morte dirigia-se para uma cidade e no caminho
encontrou-se com o prefeito, que saía para uma viagem.
A morte, então lhe disse:
_ Levarei comigo 300 dos seus moradores.
Após alguns dias, o prefeito, retornando à sua cidade,
tomou conhecimento de que o número de mortes atingiu
mais de 1.300 habitantes.
Encontrando-se novamente com a morte, perguntou-lhe
por que mudara de idéia com relação ao número de pessoas
que levaria.
A morte então respondeu:
_ De fato, vim buscar 300 pessoas, as outras mil
morreram só de medo...
Esta história também é bastante significativa e nos dá a
idéia do trauma que o homem sempre teve em ralação à
morte.
Esse medo da morte é um condicionamento cultivado
ao longo da história da humanidade.
A morte é vista como algo terrível e representada de
forma apavorante , com o aspecto de um fantasma ósseo que
traz uma foice fatídica ao ombro.
Realmente, são poucos os homens que não têm medo
da morte.
E afinal, nos perguntamos, por que todo esse pavor?
O temor da morte resulta de vários fatores inerentes à
condição humana e à sua existência corporal. Entre eles
podemos destacar:
a) O instinto de conservação da vida, que lhe constitui
força preventiva contra a intemperança, a
precipitação e o suicídio e ainda assim,
desconsiderados nos momentos de superlativo
desgosto, revolta ou desespero.
b) A predominância da natureza animal, que nos
Espíritos inferiores comanda as suas aspirações,
tendências e necessidades.
c) O temporário esquecimento da vida espiritual de
onde procede.
d) O conteúdo religioso das Doutrinas Ortodoxas, que
oferece uma visão distorcida e prejudicial daquilo
que realmente acontece após o rompimento dos
laços materiais
e) O receio do aniquilamento da vida, por falta de
informações corretas a respeito do futuro da alma e
daquilo que lhe está destinado.
O maior deles ou o que se destaca mais é a falta de
informação.
Para onde vamos?
O que é a morte?
O que acontecerá conosco após esse momento?
Estas são dúvidas que todos os homens têm.
Todos procuram por respostas.
E onde vamos encontrar essas respostas?
O Tema Central de nossas Palestras para este primeiro
semestre de 2001 é:
Conhecendo o Livro dos Espíritos – Que Diferença
Faz Em Nossas Vidas?
A diferença é que muitas das respostas que
procuramos estão ali, naquele Livro. – O Livro dos
Espíritos.
Quando a Doutrina Espírita foi codificada por Allan
Kardec, entre os muitos objetivos a que ela se propunha ,
estava presente também este:
Lançar a luz sobre o véu das incerteza que tínhamos
sobre tudo.
E a morte era uma dessas incertezas.
Nós dissemos era, por que já sabemos não ser mais.
Lembram-se da história do Bico de Luz ? Então?
O Espiritismo é o “Bico de Luz” que ilumina os
caminhos misteriosos do retorno, afugentando temores
irracionais e constrangimentos perturbadores. Com a
Doutrina Espírita podemos encarar a morte com
serenidade, preparando-nos para enfrentá-la. Isto é muito
importante, fundamental mesmo, já que se trata da única
certeza que temos em nossa existência: TODOS
MORREREMOS UM DIA.
Quer dizer, morreremos não, pois a morte, para nós
não existe.
Etimologicamente, morte significa: “Cessação
completa da vida do homem, do animal ou do vegetal.
Genericamente, porém , morte é transformação.
Em nós, o que morre é apenas o corpo físico, a
matéria.
O Espírito é o ser inteligente e eterno da criação, este
não morre jamais. Foi criado por Deus e não terá fim
jamais, conforme se pode deduzir dos estudos das Obras
Básicas da Codificação Kardequiana, entre elas, O Livro
dos Espíritos.
A morte é o fim do fenômeno biológico
A morte é ocorrência inevitável, em relação ao corpo,
devido aos acontecimentos mais variados, que levam a
interrupção do fenômeno conhecido como vida orgânica.
O Espírito, que é eterno, já existia antes do nascimento
e continua existindo após a morte do corpo físico, o Espírito
apenas desencarna.
A desencarnação é o fenômeno de libertação do corpo
físico, do corpo somático, por parte do Espírito, que ali
estava ligado, para cumprimento de tarefas na esfera
material.
Ou seja, o Espírito apenas muda de plano, como se
muda de roupa, está visível e torna-se invisível e isto quem
nos garante são os próprios Espíritos daqueles que já
partiram que vem nos contar o que acontece depois da
morte.
Garantem eles que morrer é como tirar férias.
A Terra é uma oficina de trabalho para os que
desenvolvem atividades edificantes, em favor da própria
renovação; é um hospital para os que corrigem desajustes
nascido de viciações pretéritas; uma prisão, em expiação
dolorosa, para os que resgatam débitos relacionados com
crimes cometidos em existências anteriores; uma escola
para os que já compreenderam que a vida não é mero
acidente biológico, nem a existência humana uma simples
jornada recreativa; mas não é o nosso lar definitivo. Nosso
lar definitivo está no Plano Espiritual, onde, aí sim,
poderemos viver em plenitude, sem as limitações impostas
pelo corpo carnal.
Compreensível, pois, que nos preparemos, superando
temores e dúvidas, inquietações e enganos, a fim de que, ao
chegar nossa hora, estejamos habilitados a um retorno
equilibrado e feliz.
Mas antes de tudo isso é necessário primeiro viver e
viver bem e muito bem informado, para tirarmos as lições
de cada ensinamento.
O primeiro passo nesse sentido é o de tirar da morte o
aspecto fúnebre, mórbido, temível, sobrenatural.
E isto, a Doutrina Espírita, agindo como o “ Bico de
Luz”, está fazendo.
Somente a fé sólida e verdadeira pode nos dá forças
para superarmos os temores e angústias da grande
transição.
E o Espiritismo nos oferece recursos para encarar a
morte com idêntica firmeza de ânimo, inspirados igualmente
na fé. Uma fé que não é arroubo de emoção. Uma fé lógica,
racional, consciente. Uma fé inabalável de quem conhece e
sabe o que o espera, esforçando-se para que o espere o
melhor.
Nós podemos estudar o fenômeno da desencarnação
sob dois aspectos principais:
O primeiro é o aspecto daquele que partiu. A sua
situação, com quem irá se encontrar e como será recebido,
entre outros.
O segundo aspecto é o de quem fica. Como fica, qual o
seu comportamento ideal perante o desencarne dos que
partem, principalmente se são pessoas queridas.
Já sabemos e nunca é demais frisar, que a morte é
apenas a interrupção do fenômeno biológico. Morre
apenas a matéria, que irá se transformar em novos corpos
– É UMA LEI DA VIDA, UMA LEI NATURAL.
O Espírito, ser inteligente da criação, este não morre,
continua sendo ele mesmo, após a desencarnação, que é o
momento em que se desligam os laços que o prendiam ao
corpo físico.
Passando pelo momento da desencarnação, o Espírito,
ao despertar do outro lado, descobre que continua sendo
ele mesmo, com os seus defeitos, com as suas qualidades,
gostando das pessoas que já gostava e nutrindo mágoas,
rancores e ódios pelas pessoas de quem ele não gostava.
Dentro de certo limite de tempo, que vai depender da
situação desse Espírito, ele irá encontrar com as pessoas
que lhes eram queridas e também com aquelas de quem ele
não gostava.
Assim, a morte nos coloca nos braços dos nossos entes
queridos – aqueles que partiram antes de nós, nossos
familiares, pais, mães, irmãos, nossos amigos.
Essa é uma certeza e com essa certeza, mais um motivo
que temos para não ver a morte como algo terrível e temida,
mas sim, algo tranquilizador, pois se torna conhecida e até
certo ponto esperada.
A situação de felicidade ou de infelicidade deste
Espírito vai depender exatamente daquilo que ele fez
enquanto Encarnado, enquanto Vivo – ou seja, se fez o bem,
será venturoso, se fez o mal, será preciso consertar aquilo
que fez de errado. À situação de felicidade , de bem
aventurança, nós damos o nome de Céu, à situação de
infelicidade, damos o nome de Inferno – Que representa o
estado de consciência do Espírito e não a locais, como era
do conhecimento de muitos.
E sabemos também que as situações de infelicidade, de
tormentos, de sofrimentos, são situações passageiras,
transitórias, pois todos nós temos a oportunidade de
melhorarmos aquilo que fizemos de maneira errada no
passado – A essa oportunidade, que Deus deu a todos,
chamamos de Reencarnação.
Daí o motivo de Allan Kardec, sob a orientação dos
Espíritos Puros, nos recomendar: FORA DA CARIDADE
NÃO HÃ SALVAÇÃO.
O Espírito que ainda não atingiu à perfeição passará
novamente por outras reencarnações até atingir o grau de
pureza necessário para sua felicidade. É UMA LEI DA
QUAL NINGUÉM ESCAPARÁ.
Nossa vida verdadeira é a vida espiritual, a Terra é
como se fosse uma escola, quando encarnados, estamos
estudando. Ao desencarnarmos tiramos férias e voltamos
para onde estávamos antes de vir para cá e aí, aproveitamos
para rever os amigos e parentes, matar as saudades e
voltaremos à escola até quando não precisarmos mais, até o
dia da nossa formatura.
No mundo espiritual, continuamos nossos estudos,
continuamos as nossas vidas, preparando-nos sempre para
novas jornadas, onde após as férias, traremos novos
conhecimentos, auridos no gozo das férias, conhecimentos
estes que impulsionarão o nosso progresso e o progresso do
planeta.
É a essa fé que o Espiritismo nos leva e é essa fé que
Ele prega aos que lhe seguem – Fé raciocinada, lógica e
cristalina – capaz de enfrentar a razão em qualquer época.
Muitos dizem: Se a morte é descanso, prefiro viver
cansado.
Ao conhecerem a Doutrina Espírita, dirão: Como a
morte é sinônimo de férias, estou me preparando para
recebê-la bem, quando chegar a minha hora.
Nós dissemos – nossa hora, por que a morte tem o seu
momento, aliás, na natureza tudo tem o seu tempo, não é por
que estamos tentando desmistificar a morte, que vamos
querer morrer logo, ou matar aos outros.
Não! - O suicídio é um grande engano e aqueles que o
cometem antes de resolverem um problemas, na verdade,
estão criando outro e bem grande.
Outro grande erro cometido contra a vida é o aborto –
ninguém tem o direito de tirar a vida de um Espírito que
muito lutou para Ter essa oportunidade – aliás,
oportunidade rara – a Reencarnação.
E temos, ainda, um outro engano que as pessoas
cometem, dizendo que querem ajudar – É a eutanásia.
Quem nós pensamos que somos? Deus?
Ninguém tem o direito de tirar a vida de ninguém, esse
direito cabe apenas a Deus. E podemos, ainda, estender
nossas considerações também para a pena de morte – um
crime cometido pelo Estado em nome da justiça.
As provas de tudo o que estamos falando vamos
encontrar nas palavras de Jesus
“Na verdade, na verdade te digo que não pode ver o
Reino de Deus, senão aquele que não renascer de novo...”
(João – III-1-12)
As provas estão, também, nos Livros da Codificação
Espírita e nas Obras Complementares e podem ser
resumidas dessas maneiras:
.01 Deus não inventou a morte para torturar seus
filhos. Trata-se de um poderoso evolutivo em favor dos que
partem e dos que ficam. Para os que partem é o balanço
existencial, a aferição do que foi feito , com vistas à
renovação.
Para os que ficam, agitados nos refolhos da
consciência, é o convite para que desçam do carro das
ilusões, estimulados pelo próprio sofrimento a cogitar do
significado da existência.
02 – A manifestação dos Espíritos pela prática da
mediunidade – que é o intercâmbio entre o mundo material
e o espiritual – retira da morte o aspecto sinistro, denso,
pesado, tranqüilizando os que partem e confortando os que
ficam.
Primeiro foi o Livro dos Espíritos, onde vultos notáveis
da humanidade, auxiliando o próprio Jesus – o Espírito
mais puro que já esteve encarnado na Terra, vieram nos
mostrar provas irrecusáveis de que ninguém morre.
149 – Em que se transforma a alma no instante da
morte?
Volta a ser espírito, ou seja, retorna ao mundo
espiritual, de onde ela saiu temporariamente.
E segundo que vários médiuns famosos servem de
instrumentos para que os Espíritos nos dêem provas das
suas existências, após a morte do corpo físico, entre eles
podemos citar Francisco Cândido Xavier, o notável médium
de Uberada, personificando a consolação trazida pela
Doutrina Espírita, recebeu ao longo do seu apostolado
mediúnico, milhares de mensagens de Espíritos
desencarnados, que dirigem-se aos homens, aos familiares,
aos amigos, sempre exaltando a sobrevivência.
É impossível negar a sua autenticidade, pois as mesmas
mensagens são recheadas de informação que possibilitam a
identificação do chamado morto.
A Literatura Espírita é repleta de autores, que nos
trazem suas experiências de além-túmulo. Podemos destacar
alguns, apenas para servir de exemplo ao nosso estudo:
André Luiz, por meio do livro Nosso Lar, nos fala do
seu recebimento na Colônia Espiritual de mesmo nome, fala
do encontro com a sua mãe e da situação de todos os que
chegam por lá.
Luiz Sérgio, jovem de Brasília, que desencarnou em
1973, conta em seu livro O Mundo Que Eu Encontrei, fala
do encontro com a avó e de suas experiências pelo lado de
lá.
Adolfo Bezerra de Menezes, conhecido médico e
político brasileiro, também nos fala sobre o mundo
espiritual.
A jovem Patrícia, no livro Violetas na Janela, fala das
colônias espirituais e do encontro com amigos.
Temos ainda o Livro chamado: Enxugando lágrimas,
onde os mais variados Espíritos e de pessoas comuns, nos
falam de suas experiências, falam do momento da
desencarnação, o que realmente aconteceu e como foram
socorridos, além de mandarem mensagens para os seus
familiares, orientando-os sempre, no sentido de calma e de
fé em Deus.
Não é possível que todos estejam mentindo. Não é
possível que todos eles estejam enganados. Será?
Como podemos ver, essas são as provas e existem
muito mais delas espalhadas por aí..
Como disse Jesus: “Quem tem olhos de vê que veja.”
A morte do corpo é uma realidade, mas cedo ou mais
tarde ela chegará. A nós cabe viver cada dia de forma que
não nos amedronte a nossa consciência, amando, fazendo o
bem, certos de que o momento chegará.
Quanto ao segundo aspecto a que nos referimos
anteriormente, ou seja, o aspecto de quem fica, não vamos
analisá-lo, depois do que falamos aqui.
Caberá a cada um de nós tirar as suas próprias
conclusões.
Deixaremos apenas um pequeno lembrete:
Diante dos que partiram, ou dos que estão partindo, é
preciso agir com dignidade e com amor.
A inevitável saudade e a próxima ausência física, que
tanto vão nos machucar por algum tempo, não podem se
transformar em instrumento de agressão espiritual ao ser
amado.
Antes de pensar em si mesmo, aquele que fica, se
realmente ama, deve pensar em quem segue e ajudá-lo, a
fim de que mais rapidamente possa tê-lo de volta ao seu
convívio espiritual e, desse modo, se preparar, por sua vez,
para a própria viagem, que em breve ocorrerá, quando,
então, se reunirá a esse afeto, então sem mais angústia e
sem mais adeus.
E devemos estar certos das palavras de Jesus:
“Vinde a mim, todos os que andais em sofrimento e
vos achais carregados, eu vos aliviarei. Tomais sobre vós o
meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de
coração, e achareis descanso para as vossas almas. Porque
o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.”
(Mateus – XI – 28/30)
Que Deus nos abençoe a todos e muito obrigado pela
atenção.
Boa noite.

Você também pode gostar