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1. PREPARAÇÃO ADEQUADA
Há uma feliz coincidência entre o tempo que antecede a visita do Santo Padre e a vivência
litúrgica da Quaresma e do Tempo Pascal.
1.2. A Páscoa pode e deve tornar-se tempo favorável para mostrar ao mundo um “rosto de
gente salva”, feliz, porque infinitamente amada por Deus. É importante que Cristo actue em nós, nos
redima, nos transforme a mente e o coração, nos liberte do mal. Só assim seremos verdadeiros
rostos de Cristo no mundo onde Ele nos envia e aí assumiremos o estatuto de apóstolos corajosos
que concretizam uma necessária e urgente comunicação de Cristo nos ambientes do agir
quotidiano: política e saúde, indústria e comércio, agricultura e pescas, educação e ensino, trabalho
e lazer.
O dinamismo da Páscoa de Cristo precisa de encarnar em atitudes e gestos de esperança
perseverante e de amor criativo.
2. ACOLHER A MENSAGEM
A visita do Papa não é apenas a Lisboa, a Fátima e ao Porto, mas a todo o Portugal, a todos
os portugueses e também aos nossos irmãos imigrantes que trabalham e convivem connosco. O Papa
a todos quer saudar, independentemente do seu credo ou da sua ideologia.
3. CONTINUIDADE E COMPROMISSOS
A nossa tradição cristã está marcada pelo respeito, apreço e fidelidade à Igreja de Roma. A
cátedra de Pedro e dos seus sucessores, como recorda S. Inácio de Antioquia, é «a que preside na
caridade», entre todas as Igrejas locais.
Preparar a visita do Papa Bento XVI e acolher os seus desafios deverá desenvolver em nós os
dinamismos seguintes:
– Reavivar a nossa fé através de um encontro mais consciente com a Palavra de Deus, dando
às nossas comunidades um rosto missionário.
– Dinamizar a nossa esperança, para podermos abrir caminhos de solução às dificuldades e
crises que a nossa sociedade atravessa.
– Revigorar a nossa caridade, dando maior consistência aos inúmeros espaços de
solidariedade e acção social, como resposta aos dramas da sociedade, particularmente as novas
formas de pobreza.
– Fortalecer a nossa unidade através de um projecto de pastoral comum, acolhido por todas
as comunidades, com o intuito de poder responder às alterações civilizacionais em que vivemos.
Queremos apelar a todos, para que não deixem que esta visita do Santo Padre se esgote num
mero acontecimento passageiro, porventura muito participado e festivo, mas que seja antes uma
semente que germine e dê frutos de renovação espiritual, apostólica e social.