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Afirmar e negar

Posted: 19 Mar 2010 11:30 AM PDT


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Por: John Scott

É muito ruim ser dogmático, isso é o que nos dizem. Mas nossos críticos não se dão por satisfeitos e prosseguem: "Se você tem
de ser dogmático, pelo menos faça o favor de guardar seu dogmatismo para si mesmo. Tenha suas próprias convicções definidas
(se você assim insiste), mas deixe que as outras pessoas se sintam livres em ter as delas. Seja tolerante. Cuide de sua própria
vida e deixe que as outras pessoas cuidem da delas".

Outra forma por meio da qual esse ponto de vista é expresso é que podemos ser sempre positivos, se necessário
dogmaticamente positivos, desde que nos abstenhamos de ser negativos. Nossos críticos nos incitam: "Fale daquilo que você crê,
mas não fale contra o que as outras pessoas crêem". Aqueles que defendem essa linha não compreendem a tarefa dupla do
presbítero-bispo, que é de "... encorajar outros pela sã doutrina e de refutar os que se opõem a ela" (Tt 1.9).

Tampouco eles prestaram atenção ao que C. S. Lewis escreveu em uma carta a Dom Bede Griffiths: "Seus hindus certamente
parecem adoráveis, mas o que eles negam?. Esse sempre foi meu problema com os hindus — encontrar qualquer proposição que
eles considerem falsa. Mas a verdade certamente tem de envolver exclusões".

Fonte: [ Josemar Bessa ]

O diácono esperou até o fim.


Posted: 19 Mar 2010 07:22 AM PDT
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Ele era bastante jovem quando foi promovido a diácono em sua igreja. Adorava prestar serviços por horas a fio no posto de
sentinela à porta do velho templo. Aquele era um local muito barulhento, e naquele entre e sai de gente conversando, sem o
mínimo de respeito à Palavra do pregador, em sua imaginação ele parecia estar lutando contra as tropas estrangeiras do mundo
de Lúcifer. Com sua velha e rota Bíblia em punho, via-se armado como se estivesse à espera de um inimigo oculto, que poderia
aparecer a qualquer momento.

Durante anos viveu solitariamente naquele posto de diácono-porteiro, mas sempre pensando um dia galgar o posto máximo da
hierarquia eclesiástica. Doara a sua vida na vigilância contra um inimigo que nunca chegara a conhecer. Vivia enfim uma vida
petrificada numa agenda monótona de dias terrivelmente iguais. Não se dava conta que ia envelhecendo dentro de uma concha
silenciosa, numa espécie de obsessão disciplinar, castradora dos sentimentos mais puros e estranhamente reprimidos pelo medo
imaginário que o deixava sempre à espreita de um estranho a invadir os seus domínios sagrados.

Andava para lá e para cá, varando manhãs ensolaradas, tardes de ventania e noites gélidas, repetindo os mesmos gestos,
marchando pelos mesmos caminhos, buscando com os olhos de assombração uma utópica imagem que pudesse afugentar com
os versículos chavões previamente marcados em vermelho no seu Sagrado livro de capa preta. Alimentou, por anos a fio, a
esperança de que chegaria o dia em que pudesse, afinal, demonstrar a sua valentia contra o inimigo e assim poder subir na
carreira eclesiástica, profetizada e escolhida no seu tempo de menino pela sua velha mãe. Vivia enfim numa esperança mórbida,
na expectativa de uma batalha imaginária que poderia levá-lo a um destino de glórias.

Envelheceu o pobre diácono sem perceber que paulatinamente dissolvera os seus dias, os seus anos, numa repetição contínua
de atos mecânicos, insossos, sem alegria, numa atmosfera de inexorável obsessão. E assim, congelado no tempo, não mais sabia
se ainda estava vivendo ou se morrera. Renunciara a alegria de viver para obedecer de maneira fiel a um “rito” que o
transformou em um autômato a serviço da igreja.

O moço diácono transformado agora num velho diácono passava em revista a sua vida. A profissão da eterna espreita de um
inimigo o engessou num invólucro impermeável e estéril ao gozo, transformando a sua vida numa interminável expiação. Erigiu
então dentro do seu próprio ser uma fortaleza, fundamentada sobre o “temor”, que se nutria das severas penitências pelas faltas
cometidas. Passou toda a sua vida numa atmosfera austera e sinistra à espera de um inimigo, que nunca apareceu aos seus
olhos, nem nunca poderia aparecer, pois era cego para ver dentro de si. Vivendo sempre uma expectativa de guerra com as
forças diabólicas.

O pobre diácono envelheceu no seu posto, tentando expiar a sua culpa, com obsessão inesgotável contra um ilusório inimigo,
tal qual um militar que monta guarda, verifica diuturnamente as armas, prepara os canhões, limpa o telescópio, e mantém-se em
vigília, arrebatado pelo que poderia aparecer no horizonte, sem nunca suspeitar que estivesse fiscalizando a sua própria sombra
oculta nos porões do seu inconsciente.

Ali no seu leito de dor, via a sua estrada rumo ao posto maior da Eclésia, terminada. No seu quarto, quando envolto pelas
trevas da noite, parecia ouvir os doces hinos de sua igreja, entre os arpejos de um violão, e isso fazia então nascer dentro de si
uma nesga de esperança, sem saber que a batalha final estava tão perto.

Em sonhos ouvia uma voz constante dizer ao seu ouvido: “Coragem meu velho diácono, esta é a sua última cartada, vá ao
encontro da morte como um soldado. Mesmo que ninguém cante louvores para ti, mesmo que ninguém te chame de Pastor.
Mesmo com os teus sonhos transformados em desejos rotos e amarguras, és bravo, por ainda esperar”.

O pobre diácono mal conseguia respirar, mas ainda pensava: “e se dentro de alguns minutos, dentro de uma hora, alguém
viesse ungi-lo como pastor?”.

Nessa noite a voz lhe soou ao ouvido pela última vez: “meu querido e velho diácono, mesmo se não houver mais os cânticos
para te consolar e, ao contrário dessa fria noite, vierem névoas fétidas, tudo será o mesmo. O que importa já foi feito, não
podem mais enganá-lo".

Na escuridão densa do seu quarto, ninguém o vê, mas ele parece sorrir, antes de dar o seu último suspiro.

Ensaio por Levi B. Santos


Guarabira, 18 de março de 2009
Fonte: [ Ensaios & Prosas ]
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Mudando a verdade de Deus


Posted: 19 Mar 2010 01:05 AM PDT
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A conduta dos senhores da apostasia

Em leituras realizadas deparei-me com duas situações que expressam bem o momento que vivemos.
A primeira postada em http://monergismo.com/?p=1778#respond, de autoria do Pr. Isaltino Gomes descreve uma interessante
experiência de estar diante de uma heresia e poder questioná-la. A outra, esclarece sobre as heresias que grassam no livro A
Cabana, postada no blog http://blogdopcamaral.blogspot.com/2009/09/as-confusoes-da-cabana.html, de autoria de Dr. Paulo
Romeiro.

Os contextos foram assim:

O Pr. Isaltino, convidado como pregador, esteve em meio a um grupo não tradicional(?). Ao ouvir a respeito da “amarração de
satanás” e a declaração que a cidade, onde se situa a igreja, "pertenceria a Jesus", questionou se aquilo REALMENTE aconteceria.
Mas ele, percepção minha, em resposta, recebeu olhares profundos vestindo-o bata lilás com uma cruz amarela à frente, escrito
HEREGE (INCRÉDULO). 

A maravilha dos resultados: fim dos roubos, drogas, crimes, vandalismos etc. é tão surreal que não comporta na mente do mais
exaltado e positivista apóstata.

O segundo fato ocorreu com o amado irmão PC Amaral. Ao visitar um blog, registrou sua posição contrária a indicação do livro
feita pelo autor do blog. E disponibilizou o endereço acima, onde há uma refutação muito sólida e sóbria do livro A Cabana. Várias
pessoas estiveram lendo – presumo eu - e registraram suas indignações por meio de comentários, muitos deles até grosseiros.

O que há em comum entre os fatos:


Os defensores dos erros não recorrem a uma única linha das Escrituras para defender suas posições;

assediam os detentores da verdade, declarando-os como infiéis, incrédulos.

Essa insanidade religiosa pretende, e tem logrado êxito, da mentira produzir "outra verdade". Este ritual de celebração
caracteriza a vida religiosa dos senhores da apostasia. Destes, foge!

"Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito
eternamente. Amém." (Romanos 1 : 25)

Bendito seja nosso Deus.

A Ele honra, poder e glória de eternidade a eternidade.

Autor: Paulo Brasil


Fonte: [ Através das Escrituras ]
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