A participação no Concurso Esmiuçar Copenhaga surge na sequência dos
temas de trabalho que vêm sendo desenvolvidos no âmbito da Área Curricular Não Disciplinar de Área de Projecto nas turmas do 7.º ano da nossa escola e que, no presente ano lectivo, incidem sobre a temática da Eco- sustentabilidade. A Cimeira de Copenhaga, pela relevância e mediatismo com que se apresentou à comunidade internacional no âmbito da Eco-sustentabilidade, desde logo mereceu particular atenção por parte dos professores responsáveis pelo projecto Eco-Escolas em implementação na nossa escola. Nesse sentido, o nosso professor de Ciências Naturais promoveu a realização de várias sessões de debate sobre o tema e, inclusive, a realização de um concurso (Concurso This is iT) no nosso blogue Eco-Escolas – Eco23Campanario.blogspot.com – no intuito de promover a troca de opiniões e o espírito crítico entre os alunos da escola, com prémios aliciantes para os três alunos melhor classificados. Numa fase posterior, pós-realização daquela conferência internacional de Ambiente, ao constatarmos a oportunidade de participarmos num concurso subordinado à temática da Cimeira de Copenhaga, solicitámos aos nossos 1 professores de Área de Projecto que procedessem à nossa inscrição no referido concurso e começámos desde logo a recolher ideias e a pesquisar informação que nos possibilitasse a execução do projecto. O tema Alma Mater, designação atribuída ao nosso trabalho, surge exactamente na sequência das nossas pesquisas iniciais e da concepção que hoje temos acerca do nosso planeta. Alma Mater: a mãe que alimenta e cuida mas que também precisa de protecção, ou seja, a “mãe Terra”. 3. Guião do videoclip
Tal como referido no ponto anterior, todo o guião do videoclip foi
elaborado a partir da concepção que temos sobre o nosso planeta; aquilo que a Terra realmente representa (ou deveria representar) para nós humanos: a Alma Mater. Nesse sentido, por considerarmos que a Terra tem vindo a ser tão maltratada, particularmente no último século, as imagens de crianças – que simbolizam a esperança no futuro – são recorrentes no nosso videoclip, que começa com uma introdução acerca das nossas expectativas (e da generalidade da população, pensamos) anteriores à Cimeira de Copenhaga. Tendo por “pano de fundo” a destruição de habitats e consequente redução da biodiversidade, o aumento da concentração de GEE na atmosfera (decorrente da excessiva circulação automóvel, da intensa actividade industrial e, por outro lado, a ocorrência cada vez mais frequente de incêndios florestais ou a desflorestação decorrente da actividade industrial), augurava que, a este ritmo, o fenómeno do aquecimento global só poderia tender a agravar-se. A não ser que… Copenhaga fosse diferente de Quioto e que finalmente fosse alcançado um verdadeiro e tão desejado compromisso de toda a comunidade internacional. Todos os olhares estavam então centrados na capital dinamarquesa durante aqueles dez dias de Dezembro, já que aquele certame constituía, na opinião de muitos, a derradeira oportunidade de salvarmos a nossa Alma Mater. Mas as notícias que chegavam de Copenhaga não eram infelizmente as melhores e os nossos responsáveis voltaram a persistir na atitude de, citando a música de fundo do videoclip, “virando costas ao Mundo, orgulhosamente sós”, deixar tudo na mesma. Face a este panorama, recorremos então novamente no videoclip às imagens das crianças num apelo à sua Alma Mater. Segue-se depois uma sucessão de imagens ilustrativas de várias catástrofes naturais decorrentes do 2 advento das alterações climáticas, imagens de tristeza, miséria, fome, morte e desespero. Estas imagens pretendem também deixar uma crítica implícita aos países desenvolvidos que se alheiam do sofrimento por eles causado aos povos subdesenvolvidos, nomeadamente ao desprover-lhes da sua Alma Mater (o sustento, a mãe natureza que cuida). Uma referência à ganância dos ricos e incautos, que semearam a escuridão, destruição e o abismo sobre a Terra, antecede a reflexão de que o futuro pode ser diferente – mais uma vez com alusão às crianças – e de que a nossa Alma Mater pode renascer, desde que saibamos preservar a nossa “Mãe Terra”.