noite. A noite muito escura. Numa casa a uma grande distncia
Brilha a luz duma janela. Vejo-a, e sinto-me humano dos ps cabea. curioso que toda a vida do indivduo que ali mora, e que no sei quem , Atrai-me s por essa luz vista de longe. Sem dvida que a vida dele real e ele tem cara, gestos, famlia e profisso. Mas agora s me importa a luz da janela dele. Apesar de a luz estar ali por ele a ter acendido, A luz a realidade imediata para mim. Eu nunca passo para alm da realidade imediata. Para alm da realidade imediata no h nada. Se eu, de onde estou, s veio aquela luz, Em relao distncia onde estou h s aquela luz. O homem e a famlia dele so reais do lado de l da janela. Eu estou do lado de c, a uma grande distncia. A luz apagou-se. Que me importa que o homem continue a existir? Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos" Heternimo de Fernando Pessoa A Noite Muito Escura noite. A noite muito escura. Numa casa a uma grande distncia Brilha a luz duma janela. Vejo-a, e sinto-me humano dos ps cabea. curioso que toda a vida do indivduo que ali mora, e que no sei quem , Atrai-me s por essa luz vista de longe. Sem dvida que a vida dele real e ele tem cara, gestos, famlia e profisso. Mas agora s me importa a luz da janela dele. Apesar de a luz estar ali por ele a ter acendido, A luz a realidade imediata para mim. Eu nunca passo para alm da realidade imediata. Para alm da realidade imediata no h nada. Se eu, de onde estou, s veio aquela luz, Em relao distncia onde estou h s aquela luz. O homem e a famlia dele so reais do lado de l da janela. Eu estou do lado de c, a uma grande distncia. A luz apagou-se. Que me importa que o homem continue a existir? Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos" Heternimo de Fernando Pessoa A Noite Muito Escura noite. A noite muito escura. Numa casa a uma grande distncia Brilha a luz duma janela. Vejo-a, e sinto-me humano dos ps cabea. curioso que toda a vida do indivduo que ali mora, e que no sei quem , Atrai-me s por essa luz vista de longe. Sem dvida que a vida dele real e ele tem cara, gestos, famlia e profisso. Mas agora s me importa a luz da janela dele.
Apesar de a luz estar ali por ele a ter acendido,
A luz a realidade imediata para mim. Eu nunca passo para alm da realidade imediata. Para alm da realidade imediata no h nada. Se eu, de onde estou, s veio aquela luz, Em relao distncia onde estou h s aquela luz. O homem e a famlia dele so reais do lado de l da janela. Eu estou do lado de c, a uma grande distncia. A luz apagou-se. Que me importa que o homem continue a existir? Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos" Heternimo de Fernando Pessoa
Edital de Processo Seletivo para Ingresso No Curso de Mestrado Do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas Da Faculdade de Farmácia Da Ufrj - Segundo Semestre de 2023