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ARNALDO SEGUNDA-FEIRA
LÚCIA GUIMARÃES
MATTHEW SHIRTS
TERÇA-FEIRA
ARNALDO JABOR
QUARTA-FEIRA
ROBERTO DAMATTA
QUINTA-FEIRA
LUIS FERNANDO
VERISSIMO
SEXTA-FEIRA
IGNÁCIO DE LOYOLA
BRANDÃO
MILTON HATOUM
SÁBADO
MARCELO RUBENS
PAIVA
MARIA RITA KEHL
DOMINGO
LUIS FERNANDO
VERISSIMO
JOÃO UBALDO RIBEIRO
●
✽ arnaldo.jabor@estadao.com.br
Livro. Lançamento
“Eles não se submeteram à escravidão HEREROS – ANGOLA
portuguesa e se opuseram à tentativa de Autor: José Guerra. Editora: Maianga (260 páginas, R$ 190).
dominação alemã.”
} Quando: Hoje, 19 horas. Onde: Livraria Cultura Villa Daslu.
SÉRGIO GUERRA Av. Chedid Jafet, 131, 2º andar, telefone: 3170-4058
SÉRGIO GUERRA/DIVULGAÇÃO
guês, a língua nacional de Ango-
la. A comunicação era mediada
HEREROS, UMA por um intérprete. Eles já foram
mais isolados – hoje, segundo
Guerra, com o contato maior
CULTURA QUE com a sociedade dita moderna,
os adultos já consomem bebi-
das alcoólicas e as crianças fre-
quentam escolas.
RESISTE
Fotógrafo Sérgio Guerra clicou por
Paixão. Fotógrafo diletante e
produtor de artistas brasileiros
(Elza Soares, José Miguel Wis-
nik, Jussara Silveira, Lan Lan) e
angolanos (Paulo Flores, Carli-
tos Vieira Dias), Guerra voltou a
● Retrato.
Fotógrafo e
publicitário,
Sérgio Guerra
tem 49 anos e
há 12 mora e
fotografar mais regularmente
60 dias a rotina da etnia de Angola em Angola. É apaixonado pelo
trabalha em
Angola, onde
país. “Eu acho que as pessoas atua na área de
que vêm e não conseguem se comunicação
Roberta Pennafort / RIO Em Hereros, livro bilíngue que adaptar em Angola querem en- do governo.
lança por sua editora, a Maian- contrar as mesmas referências
Sérgio Guerra é pernambucano, ga, com um CD de cânticos lo- que têm no Brasil. Não adianta
morou no Rio e em São Paulo, cais encartado, estão fotos fei- chegar e ficar entre brasileiros,
radicou-se em Salvador e hoje vi- tas durante 60 dias de convi- assistindo à Globo Internacio-
ve mais da metade do ano em vência intensa com essa popu- nal”, disse, referindo-se à gran-
Luanda. Fotógrafo, publicitário lação, em 2009. Paisagens des- de colônia brasileira em Luan-
e produtor cultural, ele desco- lumbrantes, rituais, tarefas do da, formada por expatriados
briu a capital de Angola em 1999, dia a dia, além de muitos retra- que trabalham em empresas co-
quando chamado a desenvolver tos, aparecem junto a relatos mo Odebrecht e Petrobrás.
projetos para o governo do país. dos hereros sobre seus costu- Autor de outros quatro livros
Desde então, conheceu as di- mes, como a poligamia, o coleti- de fotos de Angola, Guerra coor-
ferentes popula- vismo e o semi- dena a área de comunicação ins-
ções que com- nomadismo. titucional do governo do presi-
põem o povo an- OS ANGOLANOS Presentes tam- dente de Angola, José Eduardo
golano, entre bém nos vizi- dos Santos. No ano passado,
elas, os hereros, POUCO SABEM nhos Namíbia e quando da realização dos en-
concentrados na SOBRE ESSE POVO DE Botsuana, num saios com os hereros, começou a
região sudoeste. total de 240 mil gravar um documentário sobre
Hoje, às 19 horas, VISUAL COLORIDO pessoas, os here- eles, que pretende lançar no ano
naLivraria Cultu- ros teriam chega- que vem, e também uma série de
ra Villa Daslu, Guerra lança He- do a Angola entre os séculos 12 e programas televisivos, ainda a
reros – Angola, luxuoso livro de 15. Quando os avistou pela pri- ser comercializada. Durante
fotos que apresenta o grupo. meira vez, Guerra ficou muito seis anos, ele já havia realizado o
Nas numerosas viagens que impactado, não só pelo seu vi- programa semanal de TV Nação Documento.
fez à África na última década, sual colorido, mas também pelo Coragem. Por intermédio dele, Mulher da
ele percorreu 18 províncias. Ne- fato de estar diante de uma gen- ajudou famílias separadas pela etnia
las, retratou as belezas naturais, te da qual os próprios angola- guerra civil a se refazerem. Mais muhakaona:
a força das tradições e também nos sabem pouco. decemreencontros foramexibi- estilo e
os efeitos dos conflitos civis. Os hereros não falam portu- dos, emocionando todo o país. atitude
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