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Otavio Ferreira de Aquino

Sonho Lúcido Máximo

2010

Definição. Sonho lúcido máximo é um tipo de sonho lúcido caracterizado por image
ns mais coerentes, mais nítidas, mais lucidez, mais controle dos sonhos do que o
habitual.
Nomes. Outros nomes pelo qual e conhecido:
1. Sonho lúcido arrasa quarteirão
2. Sonho plenamente lúcido
3. Super sonho lúcido
4. Big sonho lúcido
5. Sonho lúcido ponto 6
Máximo. Para entender melhor o assunto vamos ver o seguinte relato de sonho lúci
do
"Estou saindo do quarto, indo para a cozinha. Encontro no meu bolso direito da c
alça uma caneta. Na cozinha, estão a minha mãe e a minha irmã. Depois da primeir
a caneta, saiu outra caneta azul esferográfica. Saíram outra e outra. Fiquei mar
avilhado com aquilo. Resolvi mostrar para elas as várias canetas que tinham saíd
o e continuavam a sair do meu bolso. Daí, intuitivamente e instantaneamente, com
preendi que era um sonho; também tive a intenção de não pensar muito nisso, não
me afobar, não me excitar, para não perder a lucidez ou acordar de vez. Fiquei a
ssim alguns segundos e estava quase acordando, ou ainda, o sonho passou por uma
fase em que eu estava na cama. Não me excitei para continuar o sonho. Estava cal
mo e sereno. Comecei a fazer movimentos diferentes e acabei caindo suavemente no
chão em cima de umas cobertas, o que me convenceu ainda mais do caráter onírico
da experiência. Decidi não interferir em nada, ser um observador passivo. Novam
ente me movimentava afastando da cama. Vi várias pessoas e particularmente três
jovens em idade militar, mas essas pessoas parece que não me viam. Os meus movim
entos corporais estavam muito parecido com o de um bebe e, tenho a clara consciê
ncia disso. Agora eu estou em uma espécie de corredor, já com todos os pensament
os, consciente de que era um sonho lúcido. Ouvia mentalmente ditos populares do
tipo "a palavra vale prata, o silencio vale ouro". Nesse corredor eu fui parar n
a rua dos Estudantes na Liberdade. Eu estava andando muito calma e tranqüilament
e. A rua estava bem movimentada e, esbarrei em uma pessoa. Era um homem moreno,
baixo, do tipo nordestino, uns 35 anos, com cara de quem pertence a classe C; em
silêncio fiz várias mesuras a ele, me desculpando pelo esbarrão, sempre conscie
nte de que era um sonho. Os detalhes eram incríveis, muito mas muito real mesmo
e nítido. Eu estava usando um blaser preto estilo inglês e gravata. Andei mais u
m pouco e sai na Av. Paulista. Parei de fronte a uma árvore e fiquei olhando as
suas folhas, como um sonhador lúcido tinha feito uma vez. Fiquei observando a se
melhança com o nosso mundo, a consistência, detalhes, a vivacidade. Estou impres
sionado mas sem me excitar muito. Ando mais um pouco, bem calmamente e em passos
lentos, chego perto de uma banca de jornal. Incrível a riqueza de detalhes. Pri
meiro o que me chama a atenção é um cartão postal em que está o meu irmão, como
maestro de uma banda. Em seguida vejo outro cartão postal em que estou de terno
preto entregando um trofeu para ele. Outro postal em que estou com uma roupa che
ia de condecorações. Calmamente procuro a seção de revistas. O meu irmão aparece
cômico como sempre. Ele está sem camisa. Olho para outra revista e leio clarame
nte ela, os detalhes são incríveis. Resolvo fazer uma experiência: ler as manche
tes dos jornais para ver se conseguiria ler alguma noticia do que poderia aconte
cer, um caso de premonição, mas não consegui ler, ficou tudo embaçado. Ouço uma
música no ar, um coro do tipo de suspense. Vejo pessoas correndo e apareceram so
ldados do exército, que abriram fogo, bem real mesmo, só que eles metralharam se
m apertar o gatilho. Eu brinco. "Eles estão usando telecinesia". Sabia que era u
ma falha do sonho. Mas sai correndo em direção oposta ao dos soldados que ficara
m apenas em um limite, e não passam de lá. Um dos soldados disse: "É ruim passar
por aqui", em tom muito agressivo. Com meus botões fiquei pensando no significa
do daquela dramatização. Continuo andando com o meu irmão e agora estamos em uma
espécie de loja de objeto de artes. Quero prestar uma atenção especial nos obje
tos, coisas pequenas como xícara, porcelanas etc.. Quero prestar bastante atençã
o nos detalhes. Neste ponto sinto que o sonho acabou não faço esforço para mante
r o estado de consciência no sonho. Acordo, isto é entro na vigília ativa.”
Ponto Este é o sonho lúcido máximo ou sonhos lúcido do ponto 6, onde o sonhador
lúcido sabe que está sonhando o tempo inteiro e controla o sonho plenamente. De
uma forma ou de outra.
Imagem. A imagem onírica ganha contornos especiais. Cenário, enredo, personagens
, vivacidade onírica, literalmente, ganham um colorido mais forte no sonho lúcid
o máximo. Por exemplo, a imagem onírica ligada ao tato, é como se realmente esti
véssemos tocando um objeto real e não um objeto onírico
Consciência. A consciência onírica no sonho lúcido máximo é:
1. Central
2. Alta
3. Não linear
4. Ampla
5. Multidimensional
6. Integral
Características Este sonho lúcido está cheio de características de um sonho lúci
do e temos outros fenômenos ligados aos sonhos lúcidos. Vamos analisar criterios
amente todos essas características.
1. Ponto de incongruência: Quando saíram muitas canetas do meu bolso, canetas de
mais para estarem em um bolso, compreendi que era um sonho, é o ponto de incongr
uência ou estranheza e que nos permiti alcançar a lucidez nos sonhos.
2. Quarto dos sonhos: o sonho passou por uma fase em que eu estava na cama. Acab
ei caindo suavemente no chão em cima de umas cobertas o que me convenceu mais ai
nda do caráter onírico da experiência. O quarto que eu estava era o famoso quart
o dos sonhos, mais uma fase dos sonhos.
3. Autocontrole do corpo dos sonhos: apesar de estar maravilhado com a experiênc
ia, tive a intenção de não pensar muito nisso; decidi não interferir em nada, se
r um observador passivo; de não me afobar, de não me excitar. Estava calmo e ser
eno. Eu estava andando calmamente e muito tranqüilo, etc.
4. Estava consciente de que era um sonho: intuitivamente e instantaneamente, com
preendi que era um sonho; consciente de que era um sonho lúcido; sempre conscien
te de que era um sonho; sabia que era uma falha do sonho.
5. Controle dos sonhos: andando calmamente e muito tranqüilo; olhar os detalhes;
ver os cartões postais; ler as revistas, tentar ler as manchetes do futuro, obs
ervar os detalhes das porcelanas.
6. Outros fenômenos: entrar consciente no estado de sonho; sair consciente do es
tado de sonho, mudança de cenário, tremenda realidade dos detalhes, seguir o enr
edo dos sonhos.
Típico. Este é um típico caso de sonho lúcido, onde o sonhador está inteira e pl
enamente consciente de que é um sonho, vigília onírica. Este ponto 6 é o portal
para o completo domínio dos sonhos, hão dá para se dizer o que se pode fazer com
o sonho lúcido máximo. Imaginem uma pessoa tendo em média quatro sonhos desse p
or noite, 7 dias por semana, quatro semanas por mês e 12 meses por ano.
Laberge. "Eu estava com um amigo, andando por uma trilha de montanha que subia g
radualmente. Tanto quanto conseguia ver, a única coisa em movimento era a neblin
a silenciosa que ocultava os picos misteriosos. Mas de repente nos vimos diante
de uma ponte estreita que atravessava precariamente um abismo. Quando baixei os
olhos para aquele abismo sem fundo sob a ponte, fiquei tonto de medo e incapaz d
e continuar. Nisso, meu companheiro falou: ?'Sabe, Stephen, você 'não precisa' i
r por esse caminho. Pode voltar por onde viemos" e apontou para trás, para o que
me pareceu uma distância enorme. Mas nesse momento passou pela minha cabeça o s
eguinte pensamento: se eu ficasse lúcido, não teria motivo para ter medo das alt
uras. Uns segundos de reflexão foram suficientes para eu perceber de que fato es
tava sonhando. “Recuperei a confiança e consegui atravessar a ponte e acordar.”
Controle. Neste relato é um sonho lúcido típico ou sonho lúcido máximo. Ao atrav
essar a ponte após vencer o medo, LaBerge usou o controle dos sonhos de forma pl
ena. Ele poderia ter utilizado outros métodos, mas preferiu apenas atravessá-la
andando!
Classificação. A minha classificação dos sonhos vai de l a 7.
1. No sonho ponto 1 temos o sono sem sonho, ou sonho sem sonho, o sonho con
junto vazio.
2. No ponto 2 temos o sonho filme, nos vemos na teceria pessoa.
3. No ponto 3 temos o sonho-ator, interpretamos papeis no enredo só sonho,
nos vemos na primeira pessoa do singular.
4. No ponto 4, temos o sonho lúcido mínimo,
5. no ponto 5, temos o sonho lúcido médio .
6. No ponto 6 temos o sonho lúcido máximo ,
7. no ponto 7 temos o sonho lúcido sem sonho, um sonho especial em que se c
aracteriza pela completa ausência de qualquer coisa, mais ou menos como no inter
ior de um buraco negro, mas que é o ponto principal de tudo.
Mesclagem. Além dessa classificação uma outra coisa que nos interessa é a mescla
gem dos sonhos. Em um sonho podemos mudar instantaneamente de cenário e de posiç
ão do sonho de tal forma que temos um continuum do sonho. Traduzindo em miúdo, p
odemos sonhar com o Pato Donald conversando com a gente, mas somos outro e, entr
amos em vivenciar um papel, conseguimos alguma lucidez, ampliamos, mais, chegamo
s ao ponto 7 e vamos para outra seqüência.
Sobreposição. A mesclagem onírica se caracteriza pela sobreposição de sonhos a
ssim podemos ter sonhos lúcidos filmes ou sonhos muita realista não lúcidos. O m
ecanismo responsável, em tese seria a rápida passagem de seqüências, assim criar
ia a interferência onírica. Com a prática constante e o aperfeiçoamento da lucid
ez, diminui-se a mesclagem onírica, ficando os sonhos lúcidos cada vez mais puro
s
Princípio. Um dos princípios que norteiam os sonhos lúcidos e dos sonhos é o pri
ncípio do somatório de minissonhos, isto um sonho é formado por minissonhos dos
mais diversos tipos, variando em forma e conteúdo. Um exemplo prático para enten
der, um filme, pelo menos os antigos, analógicos, não digitais era formado por u
ma seqüência de quadros, que para a mente era visto como um filme. .
Lúcidos. Falando em termos estritos de sonhos lúcidos, nós temos apenas o sonho
lúcido mínimo ou peso pena, médio, peso médio e os sonhos lúcidos máximo ou peso
pesado. Assim o sonho lúcido peso pena abrange os sonhos sem sonho, filme, ator
e mínimo. O sonho lúcido máximo abrange o sonho lúcido máximo e o sonho lúcido
sem sonho, que é um caso especial de sonho lúcido máximo. Com isso percebemos qu
e todo mundo é sonhador lúcido mínimo, no mínimo.
Lucidez. Podemos perceber claramente que a lucidez aparece do quarto ponto em di
ante. O objetivo só sonhador lúcido é obter cada vez mais lucidez e uma maior co
ntrole dos sonhos.
Podemos utilizar essa classificação para acompanhar o nosso desenvolvimento da l
ucidez de uma forma simples e elegante, como eu tenho aplicado. Basta saber se v
ocê tem mais sonhos lúcidos mínimo do que comum e, mais sonhos lúcidos médio e m
áximos que mínimo, Para os mais perfeccionistas pode-se usar o critério da numer
ação. Assim poderá ter sonhos 4,1; 4,2 e assim por diante.
Conteúdo. Em termos de classificação dos sonhos podemos ter quanto ao conteúdo:
sonho: sexual, sonho simbólico, sonho paranormal, sonho transcendental, sonho de
resolução de problema, sonho criativo, sonho inspiracional, sonho de voo, sonho
compartilhado, sonho de cura, sonho complexo, sonho de prosperidade, etc. Para
ter sonhos lúcidos basta acrescentar sonhos lúcidos assim temos o sonho lúcido s
imbólico mínimo, o sonho lúcido simbólico médio e o sonho lúcido simbólico máxim
o.
Falso despertar. "Acordo. Levanto. Vou ao guarda roupa escolher a roupa que vou
utilizar no dia de hoje. Depois acordo de verdade. Foi um falso despertar."Falso
despertar também conhecido como despertar enganoso é um do fenômenos dos sonhos
lúcidos. O pior falso despertar é aquele em que você que anotar um sonho e depo
is descobre que estava sonhando! Mas tem um pior, em que você sai de um sonho lú
cido e se acha no seu quarto de dormir pensado que acordou de um sonho lúcido, m
as apenas está em um falso despertar. Há também falsos despertares sucessivos. C
erta vez, passei por quatro falsos despertares até acordar realmente.
Fenômenos. Podemos encontrar os seguiontes fenômensio em um sonho lúcido máximo:
1. Hipercromia onírica
2. Superrealismo onírico
3. Maxicoerencia onírica
4. Solucionática onírica
5. Sensibilidade onírica aumentada
6. Percepções oníricas ampliadas

Pré-Sonho. Ao lado desse fenômeno nós temos o pré-sonho lúcido que é pior ainda,
pois você desconfia que é um sonho, mas na hora H se deixa levar pelo sonho. Le
mbro-me que uma vez em um sonho, estava num ônibus e testei se era um sonho, e c
heguei a conclusão falsa de que não estava sonhando.
Imagens. Ligado aos sonhos nós temos as imagens hipnagógicas e hipnopômpicas. As
primeiras se referem aquelas imagens que aparecem quando começamos a entrar no
sono. Essas imagens são ótimas para conseguirmos sonhos lúcidos. Quando pergunte
i aos sonhos o que deveria fazer para melhorar os meus sonhos lúcidos parte da r
esposta foi aumentar minha dedicação às imagens hipnagógicas.
Stack. Rick Stack desvreve o seguinte sonho lúcido. "Vi-me sentado a uma mesa nu
ma sala que não reconheci. Na mesa havia muitas pessoas, inclusive eu próprio. E
u estava completamente acordado e sabia estar fora do meu corpo físico. Estava f
ascinado por ver como tudo parecia totalmente real. Essa sala era percebida como
tão real quanto qualquer outra onde eu estivesse até hoje estado. Eu era eu mes
mo e sabia que era eu mesmo; e, no entanto, eu era algo mais, de um certo modo.
Senti-me como se estivesse fundido com outro e mais vasto aspecto só meu eu. Com
ecei discutindo com as pessoas da mesa sobre a parcela de mim mesmo que habitava
na realidade física normal. A discussão gravitou em torno do comportamento e ca
racterísticas do meu eu físico. O eu com que me fundira nesse estado parecia ter
acesso a uma perspectiva mais esclarecida e sagaz do que aquele que eu normalme
nte possuía. Parecia saber uma grande quantidade de coisas que eu ignorava; mas
agora, que estávamos juntos, algum de seus conhecimentos pareciam-me acessíveis.
Eu não estava separado desse eu. Esse eu era eu. Era deveras estranho estar sen
tado a uma mesa não física que eu sentia ser tão física quanto qualquer outra na
Terra e ouvir me descrevendo e analisando calmamente o meu eu físico normal com
um nível de discernimento que parecia exceder facilmente aquele que eu estava h
abituado."
Mecanismos. Os mecanismos que explicam os sonhos lúcidos máximos estão contidos
no cérebro. Podemos sonhar sobre diversos aspectos, que vão produzir alterações
no cérebro, nas mais diversas regiões e centros especializados, neurônios, sinap
ses, hemisférios. O cérebro é capaz de proezas incríveis coma a meditação, estad
o alfa, laboratório da mente, sonhos, mostram para a gente todos os dias.
Somatório. O sonho lúcido máximo é a soma de diversos minissonhos ligado as cara
cterísticas próprias da lucidez máxima. Se pudéssemos dissecar um sonho lúcido e
ncontraríamos sonho consciente, sonho lúcido, sonho criativo, sonho paranormal,
sonho compartilhado, sonho realista,sonho de consciência contínua, etc. O sonho
diretor, nesse caso é o sonho lúcido que daria a direção máxima para esse conjun
to de sonhos.

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