Acadêmicos: Fernanda, Álisson, Lucimara, Vanuza, Rakel, Meire e Gleice
As Políticas Sociais no governo de Fernando Henrique Cardoso não tiveram um
impacto desejado ao ponto de diminuir a miséria e a desigualdade social, pois para este governo houve a necessidade de primeiramente ajustar as contas públicas, antes de investir profundamente nas questões sociais, embora neste período houveram a criação de programas sociais importantes, como o Bolsa Escola e o Vale-Gás, sendo mais tardes integrados em um único programa no governo petista, juntamente com outros programas assistenciais. Quando se faz um retrospecto no governo de Fernando Henrique Cardoso, percebe-se prontamente, que o presidente buscou priorizar as políticas econômicas, em contrapartida com as políticas sociais, provocando o descontentamento das pessoas que cobravam um estilo de governo voltado principalmente para as questões sociais, como a miséria, o desemprego, e a grande desigualdade social que sempre acompanharam este país de dimensões continentais. A escolha pelos problemas econômicos, por parte do governo daquela época, foi influenciada por circunstâncias de ordem financeira, visto que o país precisava ser arrumado, economicamente falando, para depois começar a investir nas causas sociais. Um exemplo deste modo de governar foi a famosa frase dita por Delfin Neto: “Esperar o bolo crescer para repartir”. Pela frase citada, pode-se perceber o objetivo de idealização do governo FHC, que era fazer com que o país tivesse um grande crescimento econômico, para depois aprofundar nas causas sociais com mais facilidade. Mas mesmo dando mais enfoque às questões macroeconômicas, as políticas sociais tiveram seu destaque, visto que o governo FHC tirou do papel os maiores programas de transferências de renda do País: a Aposentadoria Rural e o Loas, de assistência a idosos e deficientes. Além, disso implantou em todo Brasil a Bolsa-escola, a partir das experiências inovadoras do PSDB na cidade de Campinas (SP), e de Cristovam Buarque, em Brasília. Entretanto, um dos aspectos negativos deste governo encontra-se no fato de que ao ajustar o país às exigências do FMI a fim de deixar as prestações em dia, o sacrifício como sempre, coube ao povo, visto que a presidência de FHC optou em escolher a redução das verbas destinadas às Políticas Sociais, dentre outros sacrifícios, como o aumento da carga tributária, ainda que o ajustamento da dívida externa só tenha sido concluída no governo de Lula. Quanto ao governo de Lula, pelo menos no começo, acabou por ser uma continuidade do governo anterior, visto que o ajustamento fiscal ainda não havia terminado, atrasando o comprometimento da política social prometida pelo novo governo. Mas a época foi favorável ao país, visto que no exterior, a economia mundial estava gozando de uma ótima fase, incluindo o Brasil nesta melhoria econômica. Aliando-se este bom período internacional com as atitudes de cunho social que o governo tomou, percebe-se que o país começou a entrar em uma fase de crescimento sustentável. O governo Lula juntou a Bolsa escola, o auxilio gás e a bolsa alimentação (também implantados por FHC), formando a bolsa família. A unificação destes programas sociais, serviu para facilitar não somente o planejamento destas ações, como também para o próprio usuário destas políticas públicas, auxiliando-o de uma maneira mais simplificada sobre a maneira como este poderia aderir a estes benefícios. Um cartão que sirva para todos os programas, contanto que se tenha os requisitos necessários para qualquer um dos benefícios, é uma maneira mais clara e organizada de se adquirir os direitos sociais mais básicos. Mas não se pode fazer uma avaliação totalmente positiva e fantasiosa, visto que este governo também teve seus momentos ruins, como a corrupção política, citando o Mensalão como um dos maiores escândalos políticos da história, o que por sua vez, atravancou o desenvolvimento do país, no tocante ao trabalho de nossos representantes congressistas, que lutavam e ainda lutam mais pelas causas internas do congresso e do senado, do que pelas questões sociais do país. Concluindo, percebe-se que os dois presidentes governaram conforme as circunstâncias internas e externas, ora priorizando o lado econômico, ora o lado social, dependendo principalmente da situação econômica do país e do mundo. Situação esta que poderia ser internamente melhor, senão fossem as corrupções encontradas em ambos os governos, constituindo esta a avaliação negativa comum entre os dois períodos, com a diferença de que neste último governo houve, não um aumento, mas a revelação destes crimes, que por sinal, se repetem na história do Brasil desde a sua descoberta, atrasando o progresso do povo.