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Laboratório: 3º Semestre - Módulo 2

Acadêmicos: Fernanda, Álisson, Lucimara, Vanuza, Rakel, Meire e Gleice

As Políticas Sociais no governo de Fernando Henrique Cardoso não tiveram um


impacto desejado ao ponto de diminuir a miséria e a desigualdade social, pois para este
governo houve a necessidade de primeiramente ajustar as contas públicas, antes de investir
profundamente nas questões sociais, embora neste período houveram a criação de programas
sociais importantes, como o Bolsa Escola e o Vale-Gás, sendo mais tardes integrados em um
único programa no governo petista, juntamente com outros programas assistenciais.
Quando se faz um retrospecto no governo de Fernando Henrique Cardoso, percebe-se
prontamente, que o presidente buscou priorizar as políticas econômicas, em contrapartida com
as políticas sociais, provocando o descontentamento das pessoas que cobravam um estilo de
governo voltado principalmente para as questões sociais, como a miséria, o desemprego, e a
grande desigualdade social que sempre acompanharam este país de dimensões continentais. A
escolha pelos problemas econômicos, por parte do governo daquela época, foi influenciada
por circunstâncias de ordem financeira, visto que o país precisava ser arrumado,
economicamente falando, para depois começar a investir nas causas sociais. Um exemplo
deste modo de governar foi a famosa frase dita por Delfin Neto: “Esperar o bolo crescer para
repartir”. Pela frase citada, pode-se perceber o objetivo de idealização do governo FHC, que
era fazer com que o país tivesse um grande crescimento econômico, para depois aprofundar
nas causas sociais com mais facilidade.
Mas mesmo dando mais enfoque às questões macroeconômicas, as políticas sociais
tiveram seu destaque, visto que o governo FHC tirou do papel os maiores programas de
transferências de renda do País: a Aposentadoria Rural e o Loas, de assistência a idosos e
deficientes. Além, disso implantou em todo Brasil a Bolsa-escola, a partir das experiências
inovadoras do PSDB na cidade de Campinas (SP), e de Cristovam Buarque, em Brasília.
Entretanto, um dos aspectos negativos deste governo encontra-se no fato de que ao
ajustar o país às exigências do FMI a fim de deixar as prestações em dia, o sacrifício como
sempre, coube ao povo, visto que a presidência de FHC optou em escolher a redução das
verbas destinadas às Políticas Sociais, dentre outros sacrifícios, como o aumento da carga
tributária, ainda que o ajustamento da dívida externa só tenha sido concluída no governo de
Lula.
Quanto ao governo de Lula, pelo menos no começo, acabou por ser uma continuidade
do governo anterior, visto que o ajustamento fiscal ainda não havia terminado, atrasando o
comprometimento da política social prometida pelo novo governo. Mas a época foi favorável
ao país, visto que no exterior, a economia mundial estava gozando de uma ótima fase,
incluindo o Brasil nesta melhoria econômica. Aliando-se este bom período internacional com
as atitudes de cunho social que o governo tomou, percebe-se que o país começou a entrar em
uma fase de crescimento sustentável. O governo Lula juntou a Bolsa escola, o auxilio gás e a
bolsa alimentação (também implantados por FHC), formando a bolsa família. A unificação
destes programas sociais, serviu para facilitar não somente o planejamento destas ações, como
também para o próprio usuário destas políticas públicas, auxiliando-o de uma maneira mais
simplificada sobre a maneira como este poderia aderir a estes benefícios. Um cartão que sirva
para todos os programas, contanto que se tenha os requisitos necessários para qualquer um
dos benefícios, é uma maneira mais clara e organizada de se adquirir os direitos sociais mais
básicos.
Mas não se pode fazer uma avaliação totalmente positiva e fantasiosa, visto que este
governo também teve seus momentos ruins, como a corrupção política, citando o Mensalão
como um dos maiores escândalos políticos da história, o que por sua vez, atravancou o
desenvolvimento do país, no tocante ao trabalho de nossos representantes congressistas, que
lutavam e ainda lutam mais pelas causas internas do congresso e do senado, do que pelas
questões sociais do país.
Concluindo, percebe-se que os dois presidentes governaram conforme as
circunstâncias internas e externas, ora priorizando o lado econômico, ora o lado social,
dependendo principalmente da situação econômica do país e do mundo. Situação esta que
poderia ser internamente melhor, senão fossem as corrupções encontradas em ambos os
governos, constituindo esta a avaliação negativa comum entre os dois períodos, com a
diferença de que neste último governo houve, não um aumento, mas a revelação destes
crimes, que por sinal, se repetem na história do Brasil desde a sua descoberta, atrasando o
progresso do povo.

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