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P rograma N acional de P rodução e uso de Biodiesel (P N P B) 

Apesar  do  esforço  tecnológico  da  comunidade  científica  nas  últimas  décadas  em 
encontrar  fontes  alternativas  de  combustíveis,  o  petróleo  continua  a  ser  a  principal  fonte  de 
energia  do  mundo.  De  acordo  com  a  divulgação  da  Organização  dos  Países  Exportadores  de 
Petróleo  (OPEP),  feita  na  última  reunião  em  Viena  encerrada  no  dia  11  Set  2006,  a  atual 
produção mundial de petróleo está em aproximadamente 28 milhões de barris diários, atingindo 
assim  o  nível  mais  alto  dos  últimos  25  anos.  Os  Estados  Unidos  lideram  o  consumo  mundial, 
com  25%  do  petróleo  produzido,  sendo  que  deste  apenas  40%  são  provenientes  de  reservas 
norte­americanas internas. 
Porém, como fonte de recurso não renovável, as perspectivas de produção e de consumo 
de combustíveis  fósseis  tornam­se alarmantes, estando o mundo bem perto de um colapso de 
produção.  Ou  seja,  a  crescente  demanda  de  consumo  de  petróleo  exigido  pelos  mercados 
mundiais  faz com  que  os  diagnósticos  futuros  sejam cada vez mais pessimistas em relação às 
reservas deste combustível. 
O  aquecimento  global  registrado  pela  comunidade científica está ligado  diretamente ao 
fenômeno pelo qual a atmosfera aumenta sua capacidade de reter o calor irradiado da superfície 
terrestre. O sistema de produção vigente faz com que sejam lançados milhões de toneladas de 
dióxido  de  carbono,  metano  e  óxido  nitroso  na  atmosfera,  causando  assim  o  conhecido  efeito 
estufa. O aumento de temperatura causado pela queima de combustíveis derivados do petróleo 
vem modificando gradativamente o sensível ecossistema global. 
Com isso, o mundo hoje observa a utilização do biodiesel como a melhor alternativa de 
substituição  dos  combustíveis  fósseis.  É  um  combustível  biodegradável  derivado  de  fontes 
energéticas  renováveis,  que  pode  ser  extraído  de  diversas  formas,  sendo  várias  as  espécies 
vegetais  existentes  no  mundo,  como:  a  soja,  o  babaçu,  a  palma,  o  girassol,  o  amendoim,  a 
mamona entre outros. 
O biodiesel pode substituir totalmente ou parcialmente o uso dos combustíveis derivados 
do petróleo em motores de combustão interna adaptados automotivos ou estacionários. 
O  governo  federal  lançou  o  P rograma  N acional  de  P rodução  e  uso  de  Biodiesel 
(P N P B),  que  tem  como  objetivo  a  implementação,  de  forma  sustentável,  de  um  projeto  de 
produção  e  uso  do  biodiesel,  procurando  o  desenvolvimento  econômico  e  a  geração  de 
empregos. O PNPB foi implantado em 2003, mas só em 2004 foram estabelecidas as condições 
legais para introdução do combustível na matriz energética brasileira de combustíveis líquidos. 
As  regras  estabelecidas  permitem  a  participação  tanto  do  agronegócio  como  da  agricultura 
familiar a partir de diferentes fontes de produção. 
De  acordo  com  os  dados  do  Ministério  das  Minas e Energia,  o  Brasil, em  pouco  tempo, 
será um dos maiores produtores de biodiesel do mundo, capaz de suprir tanto o mercado interno 
quanto o externo, exportando­o já pronto para o consumo.


O  Departamento  de  Combustíveis  Renováveis  do  Ministério  de  Minas  e  Energia planeja 
conseguir misturar, já em 2008, 2% do biodiesel (B2) a todo óleo diesel comercializado no Brasil 
para o consumo interno, esse percentual subirá para 5% (B5) em 2013. 
Setores como a Associação Brasileira das Indústrias de Biodiesel e a Agência Nacional do 
Petróleo (ANP) afirmam que já existe a possibilidade de antecipar o programa desde que se evite 
os erros do pró­álcool, desenvolvido na segunda metade da década de 70. 
Sendo  assim,  o  biodiesel  pode  representar  uma  excelente  oportunidade  para  o  Brasil 
explorar  uma  fonte  energética  renovável,  aproveitando  as  condições  naturais  do  país  e  a 
necessidade mundial de novas alternativas energéticas, promovendo assim a inclusão social com 
a geração de empregos e a inserção do país no mercado internacional numa área em expansão e 
de fundamental importância que é o setor energético. 
Porém  é  muito  importante observar que  a produção  em  larga escala de biocombustível 
pode causar impactos ambientais tão nocivos quanto o uso de combustíveis fósseis. A questão é 
analisar como implementar projetos de produção em larga escala sem que estes atinjam regiões 
de florestas nativas. No Brasil, a produção de soja, por exemplo, já causa danos ambientais nas 
regiões  periféricas  da  floresta amazônica como  no  norte do  Estado  do Mato Grosso e no oeste 
dos  Estados  do  Tocantins  e  Maranhão,  provocando  assim  desmatamento  para  o  avanço  das 
plantações de soja. 

prof_marciovasconcelos@yahoo.com.br 
w w w .editoraferreira.com.br

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