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28/07/2010

Referencial de Formação Contínua


Referencial de Formação Contínua
Bibliotecas Escolares – 2009
2009

O referencial da formação contínua


proposto no site da RBE, assenta em
princípios basilares como:
 Proporcionar um conjunto de acções
Princípios orientadores que
de formação contínua que visem
norteiam a realização das acções
todos os docentes da de formação.
escola/agrupamento, de forma a
produzir conhecimento sobre o valor
dos recursos físicos e virtuais de
que as BE dispõem;
 Promover acções de formação
destinadas a órgãos de gestão e
gestão pedagógica, perspectivando
a gestão dos recursos e serviços da
BE na lógica da sua rentabilização a
toda a escola/agrupamento;
 Disponibilizar acções de formação
estruturantes para o professor
bibliotecário e equipa, atendendo às
Pessoal
suas necessidades de formação; Não
Docente
 Oferecer diferentes níveis de
formação; Formação
 Dar resposta às necessidades de
formação, utilizando as
potencialidades do E – Learning;
 Proporcionar acções de formação
para actualização dos percursos
profissionais do PB e equipa em
áreas emergentes;
 Associar as componentes: trabalho presencial/online/trabalho autónomo;
 Articular com as instituições de formação no que concerne aos temas e
modalidades.

 Formação Pessoal Docente


O plano de formação contínua compreende o plano de formação em BE, o
perfil de apoio à construção de acções de formação (ANs) pelos centros de
formação ou outras instituições e a acreditação junto do Conselho Científico –
Pedagógico de Formação de Professores com um período de acreditação de
três anos.
Em 2007 foi elaborado o plano de formação pelo GRBE e define quatro
áreas de actuação que abordam os seguintes temas:

Área “B”
Área “A” Área “C” Área “D”
Desenvolvimento da BE
Integração da BE no A BE e as literacias do A BE e os ambientes
na escola/ Organização da
PEE/PEA século XXI digitais
Informação

 A área “A” relaciona-se com a integração da BE no Projecto


Educativo de Escola.
ÁREA A – 1 - Esta acção de formação visava reflectir sobre os objectivos da
escola actual e das necessidades da sua organização no contexto da
sociedade da informação, potenciando todos os recursos, designadamente a
BE, tendo em atenção a melhoria do processo e ensino/aprendizagem. O
público-alvo são os órgãos de gestão, presidentes de assembleia de escola,
membros do conselho pedagógico, coordenadores de departamento e das
áreas não disciplinares, directores de turma e professores em geral.
Observamos que esta é uma acção de formação que tem público preferencial
as estruturas de direcção e gestão da escola.
ÁREA A – 2 - Esta acção de formação tem como tema central o papel da BE
no processo de ensino aprendizagem. De facto, refere-se como objectivo
proporcionar uma visão sobre a missão e objectivos da BE, enquanto estrutura
capaz de produzir alterações em todos os sectores da escola, como
instrumento facilitador de metodologias inovadoras e desenvolvimento de
competências dos alunos. Esta, destina-se a todos os docentes porque se
pretende que a biblioteca seja considerada efectivamente como um espaço de
todos e esteja presente nas planificações curriculares, PCT e restantes
documentos da escola numa perspectiva de articulação.
 A área “B” pretende tratar temas como e desenvolvimento da BE na
escola e trabalhar temas como a organização da Informação e gestão da BE e
destinam-se a coordenadores e equipa da BE.
Assim, na ÁREA B – 1 – são tratadas perspectivadas formas de organização
de espaço e de recursos com vista à obtenção e optimização das mais-valias
potenciadas pela BE, dotando os formandos de um conjunto de competências
e planeamento e da gestão da BE.
ÁREA B – 2 – Esta tem como objectivo sensibilizar os formandos para a
necessidade de adoptar um conjunto de procedimentos e regras que facilitem o
acesso dos utilizadores à informação adquirindo competências na área do
tratamento técnico. Assim, pretende-se trabalhar temas como o tratamento
biblioteconómico do documento (catalogação, classificação e indexação…).
ÁREA B – 3 – Esta acção de formação centra-se na gestão das colecções em
diferentes suportes no contexto da escola actual, elaboração de um documento
institucional e orientador de política documental.
ÁREA B – 4 – A área B 4 visa sensibilizar os formandos para a necessidade de
uma prática sistemática de avaliação enquanto ferramenta de melhoria
contínua da execução, permitindo introduzir correcções e ajustamentos
decorrentes de um processo “on going”, traduzindo-se num instrumento de
promoção da qualidade e de integração/valorização do papel da BE na escola.
 A área “C” também se destina preferencialmente aos
coordenadores e equipa da BE e visa reflectir sobre a problemática da leitura
na sociedade contemporânea. Esta divide-se em C1 e C2, no entanto
enquanto a primeira se centra na leitura e literacia nos jardins-de-infância e
escolas de 1.º CEB a segunda desenvolve-se tendo por base o segundo e
terceiro ciclos do ensino básico e secundário. De facto, a leitura é uma
competência transversal a outros conhecimentos, pelo que, se for estimulada
desde os níveis mais elementares de ensino reflecte-se de forma positiva nos
resultados escolares, na forma de ser e de estar dos alunos, ou seja, promove
a formação integral dos alunos.
 A área “D”, tem como público preferencial coordenadores e
equipa da BE e pretende abordar temas como a BE e os ambientes digitais,
permitindo-lhes adquirir conhecimentos e competências que possibilitam o uso
de informação e produção de conteúdos a diferentes públicos, desenvolvendo
redes.
As ANs são elaboradas pelo GBRE e são acreditadas pela DGIC em
2008 com um prazo de acreditação até 2011. Esta modalidade visa a
realização de acções de formação à distância/online e aborda temas como: a
missão da BE; organização e gestão da BE; gestão de colecções; BE e
currículo: promoção da leitura e das literacias, e, BE e a Web 2.0.
No que respeita ao plano tecnológico de educação apenas apresenta a
informação de que o processo de acreditação está em curso.
O número quatro diz respeito à formação de formadores: DGIC/RBE,
prevendo oficinas de formação.
O número cinco remete para a Auto-avaliação das BE e refere-se às
práticas e modelos na Auto-avaliação das BE.

 Formação Pessoal Não Docente


Este plano de formação destina-se a auxiliares de acção educativa a
exercer funções nas bibliotecas. Estas podem ser de tipo I, quando são de
150h, ou, tipo II quando as mesmas são de 250h.

Os formadores de ambas as acções de formação têm de ser acreditados


pelo Concelho Científico Pedagógico de Formação Contínua, estar inscritos na
bolsa de formadores do Gabinete Rede Bibliotecas Escolares /Direcção Geral
de Inovação e Desenvolvimento Curricular e possuir experiência de formação
no âmbito das BE e outras áreas associadas.

As instituições de formação (Centro de Formação e Associação de


Escolas, Centros de Formação de Professores de Associações Profissionais;
Organizações Científicas e outras entidades acreditadas, Instituições de Ensino
Superior) autorizadas a realizar acções de formação têm de ser acreditadas
pelo Concelho Científico Pedagógico de Formação Contínua.

Para concluir, podemos afirmar que se pretendemos «garantir que a BE


se assume, no novo modelo organizacional das escolas, como estrutura
inovadora, funcionando dentro e para fora da escola, capaz de acompanhar e
impulsionar as mudanças nas práticas educativas, necessárias para
proporcionar o acesso à informação e ao conhecimento e o seu uso, exigidos
pelas sociedades actuais» como se refere no preâmbulo da Portaria nº
755/2009 de 14 de Julho, será importante garantir uma formação adequada
aos docentes e não docentes, quer no que respeita aos aspectos que se
relacionam com organização, gestão e funcionamento da própria BE, que é
assegurada por uma equipa formada para o feito; quer no que concerne à
sensibilização dos restantes docentes para as potencialidades da utilização
regular deste recurso na sua prática docente. Neste sentido, podemos afirmar
que o referencial de formação contínua constitui um excelente projecto
orientador no sentido de que as acções propostas visam garantir e tornar a BE
um serviço dinâmico e com reconhecida qualidade no panorama educativo.

BIBLIOGRAFIA:
Portaria nº 756/2009.D.R. 1º Série. 134 (14-07-2009).4488-4491p.
RBE Referencial de Formação Contínua. [Em linha].[Consult. 16-07- 2010].
Disponível em http://WWW.rbe.min-edu.pt

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