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Revista Espirito Livre 002 - 05.2009
Revista Espirito Livre 002 - 05.2009
TCOS PROJECT
Montando Thin Clients no
Linux
ESTABILIDADE E
PERFORMANCE
As distribuições Linux dão um
show quando o assunto é isso!
SUMÁRIO
CAPA
33 Entrevista Nacional
Flávio de Oliveira mostra a todos o
PÁG. 25
GoblinX Linux e suas vantagens
37 TCOS Project
Montando thin clients em Linux
41 Sacix
Os desenvolvedores do SACIX mostram
o projeto que visa criar terminais leves
44 Leveza+Versatilidade=
Portabilidade+usabilidade
Uma fórmula e tanto...
Entrevista com Robert
COLUNAS Shingledecker
Robert fala sobre sua vida, superações,
11 Isca Anzol Rede
Cuidado com "certos" pescadores
Damn Small Linux e sobre o Tiny Core, seu
novo projeto
13 Fica no Trem!
Mantenham todos a calma
15 Prontuário eletrônico de
pacientes
É o ODF ajudando a salvar vidas
17 Cordel do GNU/Linux
E o Linux vira poesia...
20 Distribuições: Qual a
melhor?
Eis aí uma questão complicada... 87 AGENDA 06 NOTÍCIAS
22 Open source e a Academia
Como o modelo open source poderia ser
adotado na academia?
DESENVOLVIMENTO
46 Virado pra Lua - Parte 2 TECNOLOGIA
Que tal se tornar um "lunático"?
ODF - OpenDocument Format
49 Aerotarget
Desenvolvendo games com software
65 Uma apresentação formal para os que
livre ainda não o conhecem
54 Scrum
Uma aproximação ágil ao
desenvolvimento de software FÓRUM
ADMINISTRAÇÃO 70 Panóptico na Rede
A vigilância está crescendo e se
fortalecendo...
57 Controlador de versões
Existem vários. Escolha já o seu!
EDUCAÇÃO
59 Ocomon
Gestão de Incidentes com software livre
74 Bicho-papão
A Matemática e o Software Livre
62 dotProject
Primeiras impressões sobre o software
EVENTOS
79 FLISOL 2009 no ES
Fique sabendo o que aconteceu FLISOL
2009 em Vitória/ES
09 LEITOR
NOTÍCIAS
NOTÍCIAS
Por João Fernando Costa Júnior
EMAILS,
SUGESTÕES
E COMENTÁRIOS Maxime Perron Caissy - sxc.hu
Esta seção foi criada para dividirmos com você Em nossa rede municipal de ensino, o Linux
leitor o que andam falando da gente por aí... veio para ficar e a cada dia, em cada escola,
Foram tantos emails e comentários no site da com cada educador nos deparamos com a
revista que ficou até difícil selecionar o que Síndrome do Peter Pan Digital e me sinto como
apareceria e o que não apareceria aqui. Muitos a Sininho, tentando espalhar o pozinho por
comentários dando uma força para nós da onde passo e muitas vezes, tendo que voltar
revista, realmente algo que dá um sentido todo várias vezes para lançar novamente e tentar
especial ao trabalho desempenhado pela "contaminar" estes novos usários. Mas como diz
equipe. Ah! Continuem enviando suas João Fernando: Vamo que vamo! Parabéns
sugestões e comentários! pela iniciativa e pela qualidade dos artigos.
Karla Capucho - Vitória/ES
Gostaria de dar os parabéns pela iniciativa, é a
1a vez que leio uma revista sobre opensource Gostaria de parabenizá-los pela iniciativa. O
de tão alta qualidade. Temas modernos e bem conteúdo da revista está muito bom. Meu
abordados, a diagramação também está ótima. comentário é sobre o projeto de lei contra o
Faço questão de prestigiar aquilo é bem feito. A cibercrime. Na minha opinião tal proposta
Revista Espírito Livre já está no meu agride diretamente o ideal da colaboração. É
bookmarks. uma alternativa tão utópica que chega a ser
Benjamim Góis - Belo Horizonte/MG absurda, muito distante da nossa realidade.
Nossos políticos deveriam estar mais
Nesta manhã de segunda-feira em Vitória, pós preocupados, por exemplo, com o projeto de lei
feriado, trânsito enlouquecido pela paralisação PL-7109/2006, que fala sobre a regulamentação
do transporte coletivo e chegada tumultuada ao das profissões em Tecnologia da Informação.
trabalho... recebo um email sobre a publicação Fica como sugestão para um próximo artigo.
digital da revista. Pensei em ler num intervalo Douglas Lima - Volta Redonda/RJ
de tempo durante o trabalho, resolvi abrir
apenas o sumário, pronto! .....fui contaminada, Só gostaria de comentar que achei fantástica a
como parar de ler artigos criativos como do revista! Parabéns a equipe.
Alexandre Oliva? A abordagem atual da colega Helton Eduardo Ritter - Três de Maio/RS
Sinara Duarte sobre o Linux nas escolas, etc..
Gostei muito da iniciativa de criar a Revista Nossa!!! Muito boa a revista. Sou um estudante
Espírito Livre. É bom saber que a cada dia mais de informática e estou começando agora no
usuários e entusiastas de softwares livres se mundo open source. As matérias sobre a LPI e
reunem e promovem uma grande iniciativa as dicas pra quem quer desenvolver software
como esta, contribuindo muito com a livre não poderiam ter vindo em melhor hora.
abrangência do tema, que a todo momento Parabéns pela revista, além de ter um ótimo
ganha mais espaço no mundo inteiro. conteúdo, me deu bastante estímulo.
Marllus de Melo Lustosa - Teresina/PI Régis F. Brilhante - Mauriti/CE
Conheci a Revista Espírito Livre hoje e gostei A revista Espírito Livre em sua primeira edição
muito do estilo e das matérias. É um trabalho é uma ótima fonte de conhecimento e
realmente bem feito, certamente com emprego divulgação, traz material que atende desde o
de muito empenho. publico iniciante ao avançado e de forma livre.
André Nunes - Salvador/BA Espero que continuem fazendo esse excelente
papel, e que a comunidade ajude a divulgar o
Quero parabenizá-los pela revista. As matérias conhecimento. Agradeço a todos os
estão super atuais e abriram a revista com contribuintes pelo trabalho. Estou ansioso para
chave de ouro. A diagramação deixou o texto ler a proxima edição.
bem claro e não cansativo, ponto pra vocês. Franzvitor Fiorim - Serra/ES
Sucesso!
Tarcísio Cavalcante - Curitiba/PR Ótima conquista para o mundo do software
livre.
Gostaria de parabenizá-los pela revista, linda, Ricardo Martiniano - João Pessoa/PB
bem elaborada, leitura altamente dinâmica,
show! Meus parabéns pela iniciativa, não tenho
Andrea Talarico - Ribeirão Preto/SP dúvidas que esta revista vai estourar em todo
Brasil.
Gostei muito da revista se voltar para o software Carlos Henrique - Brasília/DF
livre. Sou professor de informática e leciono
para cursos técnicos e educacionais. Sempre Saudações! Gostaria de expressar minha total
busco utilizar softwares livres e propagar esta satisfação pelos temas que a revista "Espírito
filosofia. Livre" aborda. Realmente o conteúdo visa fazer
Jefferson Marinho - São Paulo/SP com que o leitor compreenda o texto sem que
este seja um profissional do ramo. Empolgante
Uma revista com assuntos diversos referentes a também é o fato dela ser livre, sendo livres
software livre. Inovando com assuntos jamais podemos ir mais adiante e isto é muito
explorados em outras revistas online. Excelente estimulante. Que a força esteja com vocês,
publicação que está chegando com todo gás. sucesso!
Alan Messias - Camaçari/BA Caiocesar Bayerl Fornaciari - Iconha/ES
quanto pelo acesso ao sítio do so às crias, podendo utilizá-las É verdade que o futuro
pescador. para fins indesejados ou até do usuário capturado pela
Na primeira, a isca não fi- oferecê-las a terceiros. Sem Grande Rede ainda tem chan-
ca presa a um anzol, nem ao controle, o usuário fica à mer- ce de não ser, digamos, nebu-
ambiente do usuário: o pesca- cê do pescador, mesmo que loso. Afinal, há pescadores
dor envia-lhe as iscas goela possa obter receitas e especifi- que devolvem suas presas à li-
abaixo diretamente de seu sí- cações do ambiente (como re- berdade, ainda que às vezes
tio. São iscas com tecnologias quer a GNU Affero GPL) e com sequelas. Mas há os que
AJAX, Flash e Java, entre ou- configurar seu próprio ambien- capturam prisioneiros para que
tras. O usuário as processa te adaptado em sítio alternati- vivam em cativeiro. Uma vez
nas próprias entranhas, sem vo. no aquário, pular fora é difícil e
muita chance de adequá-las Até no caso de uma aplica- perigoso, possivelmente fatal,
às suas preferências e ção colaborativa como, diga- especialmente para as crias
necessidades. Distraído pelas mos, a fecundação dos ovos, é deixadas para trás. É melhor
iscas, nem percebe que a rede essencial para os usuários que evitar! E que faz um usuário
vai ocupando cada vez mais eles, e não um pescador, pos- consciente para evitar os peri-
espaço ao seu redor. Pior que sam controlar o acesso aos gos das iscas, dos sítios e das
é o pescador quem decide o ovos e o ambiente em que são redes dos pescadores? Nada!
que a vítima consumirá, a mantidos. Não bastam as espe- Nada para bem longe deles!
cada visita. Nessas condições, cificações do ambiente do sítio
as iscas são um perigo mesmo mantido pelo pescador. Se os Copyright 2009 Alexandre Oliva
que suas receitas sejam usuários não puderem levar su-
originalmente Livres. Pior as crias para outro sítio, elas Cópia literal, distribuição e publica-
ainda com as descaradamente se tornarão reféns, usadas pa- ção da íntegra deste artigo são permi-
tidas em qualquer meio, em todo o
não-Livres, que usam Ofuscript ra controlá-los. mundo, desde que sejam preserva-
às centenas de toneladas. das a nota de copyright, a URL oficial
do documento e esta nota de permis-
Na segunda maneira, o são.
Nada é perfeito?
pescador estende a rede entre Os pescadores têm muitís-
http://www.fsfla.org/blogs/lxo/pub/is-
usuários e um sítio convidativo simo interesse em controlar as
ca-anzol-rede
para depositarem e manterem gerações atuais, mas não lhes
seus ovos e informações pesso- basta. Esperam imbuir nas ge- ALEXANDRE
ais. Mesmo que não sejam cap- rações que nascem e crescem OLIVA é engenheiro
turados, usuários correm o sob sua influência a aceitação
de Computação e
Mestre em Ciências
risco de que, mais tarde, a pas- desse desrespeito à liberdade. da Computação.
sagem não esteja mais livre; Inocentes usuários, por sua Usuário,
de que suas crias nasçam em desenvolvedor,
vez, parecem não perceber o evangelizador de
cativeiro. risco para si mesmos e suas cri- Software Livre e
contribuidor do
Antes do advento da re- as. E que faz um usuário desa- projeto GNU desde a
de, o usuário podia defender visado para evitar os perigos década de 90.
Engenheiro de
pessoalmente suas crias de das iscas, dos sítios e das re- Compiladores na
ameaças externas, mantendo- des dos pescadores? Nada! Fi- Red Hat desde
fevereiro de 2000.
as sob seu controle em seu pró- ca por ali mesmo, crédulo e Co-fundador e
prio micro-ambiente isolado. Já crente no conforto e na segu- conselheiro da
FSFLA - Fundação
no sítio, é o pescador quem rança do ambiente controlado Software Livre
controla o ambiente e o aces- pelo pescador. América Latina.
Fica no trem!*
Por Paulino Michelazzo
tempo não somente o sol es- seu caminho e depois de hora Curioso para saber como
quenta, mas também os âni- e meia, faz uma pequena para- fez para voltar a nos acompa-
mos de ambos os lados e da numa antiga estação para nhar, descubro que o velho
começa, do nada, a chuva. que subam alguns outros pas- GNU foi resgatado da platafor-
E a chuva era diferente, sageiros. Neste momento para ma de trem por um grupo de
feita de pedras e bombas de a surpresa de todos (ou de qua- nacionais que vinham na com-
gás. De um lado, nativos man- se todos), o mesmo estranho re- posição seguinte e viram aque-
dando ver bem ao estilo clássi- solve descer do trem para uma la inconfundível figura a
co de futebol e de outro, men “rápida esticada nas pernas”. caminhar feito gato em dia de
in black com suas bazucas fla- - Não desça, protestam al- mudança se questionando: o
mejantes. No meio, quem? Os guns. O trem irá partir e não po- que vou fazer da vida?
maiores defensores da liberda- derá voltar Pelo menos a história te-
de do software mundial enfurna- - Mas eu quero descer... ve uma vantagem; em todo o
dos na já comentada lotação, trajeto de retorno não tivemos
esperando por aquele projétil - Não desça! nenhuma surpresa. Parece
que iria entrar pelo vidro. E quem disse que deu cer- que a síndrome do “esquece-
No meio da baderna um to? Lá vai ele caminhando pelo ram de mim” deixou-o cabisbai-
“gênio” tem a iluminada idéia: vagão e desce à plataforma pa- xo.
ra seu tranqüilo caminhar no * A história é verídica e
- Quero sair! meio do fim do mundo. Como passa-se em Cusco/Machu Pic-
- Mas porque quer sair no verdadeiros videntes, o trem lo- chu no Peru em 2003
meio desta loucura toda? go depois começa seu chacoa-
- Quero sair! Nunca senti lhar sem nosso insólito e
cheiro de gás lacrimogênio na teimoso passageiro que fica
vida. Quero sair! perdido há milhares de quilôme-
tros de casa sem falar o idioma
Sob protestos de todos, local e somente do notas de dó-
lá desce o mais estranho de to- lar. PAULINO
dos para, numa fungada de MICHELAZZO é
dar inveja a qualquer baleia, Seguimos viagem e duas diretor da Fábrica
respirar um pouco da fumaça horas após chega aquele que, Livre
já tão famoso pelos seus feitos (www.fabricalivre.
que estava ao redor do ônibus com.br), empresa
e voltar em menos de um minu- no software livre, agora era fa- especializada em
to com os olhos vermelhos san- moso pela sua excentricidade soluções para
Internet com
gue e a garganta queimando em terras latinas. Avistando-o ferramentas de
como o inferno. Dizem que ao longe comento com meu gestão livres. Foi
diretor mundial da
quem avisa amigo é mas tam- amigo e compadre: veja lá Mambo Foundation,
bém cachorro velho não apren- quem saiu da tumba! E este, System Develop
mais que depressa e com seu Specialist da ONU
de truque novo... no Timor Leste. É
humor afiado, retruca: que sor- instrutor de CMS's
Passada a pancadaria, te, seria o primeiro GNU perdi- (Drupal, Joomla e
chega o trem e todos embar- Magento). Escreve
do nestas bandas do planeta. regularmente para
cam rapidamente para quem sa- No mínimo daria uma pesquisa diversos canais na
be não se tornarem alvos Internet e
da National Geographic dentro publicações técnicas
ambulantes. Minutos depois, a de alguns anos. no Brasil e em
velha máquina diesel começa Portugal.
Padrão ODF
e o Prontuário
Eletrônico de
Pacientes
Por Edgard Costa
Lemos e ouvimos no ra- da, que exibir em seus logoti- dando condições para o Minis-
dio e televisão, todos os dias, pos esta imagem padrão no tério da Saúde realocar os re-
o desafio que é, para o cida- cooperativismo. cursos, tanto humanos como
dão brasileiro, conseguir obter A Agência Nacional de em espécie, para áreas em
uma vaga em uma unidade de Saúde, recentemente, lançou que, realmente, são necessári-
saúde ou mesmo uma consul- a primeira iniciativa governa- as, melhorando sua aplicação
ta médica. mental para implementação fu- e fiscalização, o que certamen-
Planos de Saúde, junta- tura do Prontuário Eletrônico te fará com que o atendimento
mente com as operadoras de te- de Pacientes, o T.I.S (Troca de ao cidadão brasileiro se torne,
lefonia móvel ou fixa, são Informação na Saúde Suple- minimamente, civilizado.
campeões de reclamações no mentar), que tem como princi- A adoção de um Prontuá-
PROCON. O governo brasilei- pal finalidade fazer as rio Eletrônico de Pacientes não
ro vem tomando algumas inicia- Operadoras de Planos de Saú- se dará de forma pacífica. En-
tivas, ainda tímidas, para de informem, em tempo real, tre os problemas que deverão
racionalizar e equacionar estes os procedimentos médicos a ser enfrentados podemos des-
problemas, criando a Agência que estão se submetendo tacar os seguintes:
Nacional de Saúde (ANS ) pa- seus associados. a) Regionalismos Lingüísticos;
ra fiscalizar as operadoras de Estudos conduzidos por b) Facilidades na manipulação
Planos de Saúde que, em tem- Universidades Brasileiras mos- de arquivos de papel;
pos remotos, eram monitora- tram que, se adotado um Pron- c) Personalização da codifica-
das por uma diretoria do tuário Eletrônico de Pacientes ção do Prontuário;
Banco Central especializada Universal, o governo brasileiro d) Pouco gasto em treinamen-
em seguros. Imagine, leitor, poderá economizar algumas to de pessoal auxiliar;
que Cooperativas Médicas ( ex- centenas de milhares de reais e) Validade Jurídica, comprova-
emplo Unimed ), quando cria- em procedimentos desnecessá- da, dos arquivos de papel;
das, eram registradas no rios ou solicitados sem ne- f) Gastos imensos com imple-
Ministério da Agricultura, por- nhum critério específico. mentação de plataformas de
que só este órgão público regu- Hardware e Software;
lava a criação de empresas A adoção do PEP gerará
um imenso banco de dados, g) Gastos imensos com imple-
cooperativas. Por isto tem, ain-
Cordel do
GNU/Linux
Por Carlisson Galdino
Distribuições:
Qual a melhor?
Svilen Mushkatov - sxc.hu
Por Roberto Salomon
.hu
- sxc
kas
s Ce
Justa
OPEN
SOURCE E A
ACADEMIA
Por Cézar Taurion
balho em equipe.
Se analisarmos suas prin-
cipais carateristicas, veremos
que muitas delas são muito de- Participar ativamente de uma
sejáveis para um processo de
ensino mais prático em compu- comunidade Open Source significa
tação.
usar tecnologias intensamente, que
Querem alguns
exemplos? variam de wikis, listas de discussão e
a) Conteúdo gerado pelo
usuário. Porque os estudantes
chat, até ferramentas de geração e
não podem contribuir pró-ativa- gerenciamento de código.
mente para a criação e evolu-
ção do material do curso, Cézar Taurion
através de wikis, código fonte,
blogs, etc? O engajamento ati-
vo dos estudantes aumenta c) Uso intenso de tecnolo- ticos devem ser focados em
sua motivação e abre pespecti- gias. Participar ativamente de casos reais e não puramente
vas inovadoras para o conteú- uma comunidade Open Source hipotéticos.
do do curso. significa usar tecnologias inten- Mas como adotar o mode-
b) Atividade real. Faze- samente, que variam de wikis, lo Open Source no ensino da
rem os alunos contribuirem listas de discussão e chats, até computação? Talvez o primei-
com código real para uma co- ferramentas de geração e ge- ro passo seja fazer com que al-
munidade Open Source existen- renciamento de código. Uso gumas disciplinas passem a
te ou a ser criada pelos prático e real. Aliás, muitos alu- demandar contato direto com
próprios alunos, é um trabalho nos tem blogs e usam redes so- projetos Open Source. Estas
útil e uma experiência profissio- ciais. Seria usar estes mesmos disciplinas, e aí podemos falar
nal sem preço. Eles passam a mecanismos nas salas de aula. em inúmeras atividades, como
ter contato com outros profissio- desenvolvimento de progra-
nais e estudantes (do mundo in- mas, aprendizado em banco
Um aspecto importante
teiro) e aumentam sua de dados, sistemas operacio-
que faço questão de enfatizar
percepção e prática do que é nais, etc, exigirão que os alu-
é o potencial de aprendizado
desenvolver software de forma nos contribuam, de forma
prático que se tem quando se
colaborativa. O compartilhamen- colaborativa, para comunida-
trabalha em projetos reais
to de informações com outros des Open Source. E nem preci-
Open Source. Pelo que vejo e
estudantes e profissionais é al- sam ser atividades de geração
ouço, existe uma defasagem
tamente benéfico. Aqui enfati- de código. Podem ser contribui-
grande entre o aprendizado na
zo o ponto que alunos de ções para os wikis das comuni-
maioria dos cursos de computa-
graduação tem condição técni- dades e mesmo até
ção e a necessidade do merca-
ca de colaborarem com códi- contribuições para o Wikipe-
do. Muito do que o aluno
go. Este código não dia. Os mecanismos atuais de
aprende nas escolas não é críti-
necessariamente será aceito ensino estão defasados diante
co ao dia a dia nas empresas,
pela comunidade, mas será desta nova demanda. Muita
faltando a eles um maior experi-
um esforço que valerá pena. gente ainda se assusta com o
ência prática. Os exemplos prá-
Mega-entrevista
c o m R o b e rt
Shingledecker,
criador do
Tiny Core Linux
Por João Fernando Costa Júnior
2004. Cada melhoria estrutural nei aos ícones de clique único DSL que você está usando ho-
do DSL era minha criação. Eu ou duplo, um Icon Layout Mana- je não importa que seja 0.6+,
estava tentando trazer caracte- ger e um desktop com suporte 1.x, 2.x, 3.x ou 4.x, foi primeira-
rísticas novas a um LiveCD de a arrastar e soltar. Adicionei su- mente o resultado de meus es-
modo que houvesse pouca ou porte a Winmodem para os dis- forços com a exigência que eu
nenhuma vantagem em execu- positivos populares da Lucent, devia tornar real no DSL as
tar uma instalação tradicional suporte para adicionar usuári- aplicações em GTK. Isto para
no HD (isto foi bem antes do os, implementei o UnionFS e o que o DSL fosse sempre visto
UnionFS). Escrevi um artigo inti- tipo de extensão UNC, como o DSL. Em outras pala-
tulado "Not you father's Opera- configurei os repositórios, foi cri- vras, não era para eu mexer
ting System" (em português, ada a versão PXE, criei com os aplicativos.
"Não é o Sistema Operacional disquetes de inicialização com
do seu pai"), em que expliquei suporte a USB e suporte a
muito de minha filosofia. Conti- PCMCIA. Codifiquei e REL: E o Tiny Core?
nuei com a instalação frugal, implementei vários novos códi- Fale-nos sobre este seu
usei o GNU coreutils para subs- gos novos de boot como secu- novo projeto. O que você
tituir o BusyBox, escrevi a docu- re, protect, legacy, desktop, esperava criar?
mentação "Getting Started" icons, e waitusb. Criei as biblio- RS: Quando eu sou per-
guntado "por que mais uma ou-
tra distribuição?", isso me faz
recordar do Linux World 2005.
Ele estava lá, quando eu tentei
Minha filosofia é oferecer mostrar o DSL, eu fui desacre-
um maneira original de rodar o ditado com uma observação
do tipo "Oh sim, você e todo
Linux. Eu não promovo instalações menino de treze anos tem sua
própria distribuição Linux".
tradicionais no HD. Mas quando este fornecedor
viu o que eu tinha, ele perce-
Robert Shingledecker
beu que não iria nadar no mar
da mesmice. Minha filosofia é
oferecer uma maneira original
de rodar o Linux. Eu não pro-
(em português, Guia de tecas usadas por bash scripts movo instalações tradicionais
Introdução), criei e apresentei e Lua, assim como o pendrive no HD. Eu chamo agora esse
a extensão de sistema MyDSL, install scripts, ZIP e HDD. Criei método de instalação de "scat-
assim como as extensões a possibilidade de se usar o ter mode" (algo como modo
compactadas montáveis em dpkg-restore, suporte a multi- esparramado, espalhado). Vo-
loop, que mais tarde vieram a usuário para instalação no HD, cê não o encontrará listado no
se chamar UCI. Introduzi o e web backup e restore. Eu des- Core Concepts methods do
Lua/FLTK (Flua) para criar u- montei também o KNOPPIX du- Tiny Core. Com o tempo o de-
mas 50 GUI front ends as vezes (a v3.3 para DSL sempenho é impactado ou se
(interfaces gráficas) para o v0.6 e depois a v3.4 para o torna corrompido. Seja através
DSL. Eu também integrei o QE- DSL v2.0) e compilei o kernel do mau funcionamento do sis-
MU ao DSL e criei uma versão 2.4.31 e todos os módulos pa- tema de software ou hardware,
separada do SYSLINUX. Adicio- ra manter o DSL atualizado. O erro do usuário/operador, o
que quer que seja. Eu acredito re não fosse liberado. John O Tiny Core não é um
que a inicialização de um com- abandonou logo DSL-N e as- fork do DSL. Ele tem uma ba-
putador deve ser rápida. Deve sim, a seguir, eu o fiz. Com se completamente diferente e
sempre partir de um conhecido não muito mais do que eu pode- não é nem baseada no Debi-
estado imaculado. Acredito ria fazer com o kernel antigo an, nem no KNOPPIX. O Tiny
que se deve ter o controle dos 2.4 do DSL, eu procurei mais Core não é também um remas-
processos que estão funcionan- uma vez encontrar uma base ter de SliTaz, mas foi feito ba-
do na hora da inicialização e nova. Foi até que vi o SliTaz e seado nas novas
na coleção das aplicações que me lembrei das conversas com potencialidades do kernel 2.6
se deseja usar. Visto que, a Rob Landley no OLS2006 so- junto com as características
maioria das distribuições está bre o popular o Initramfs com o que o Busybox forneceu. Em-
se tornando cada vez maiores BusyBox. Eu o estudei, junto bora seja pequeno (10MB), o
e maioria delas oferecendo com os registros de desenvolvi- Tiny Core não é focado em ne-
mais atrativos para os olhos do mento do kernel e vi como um nhuma parte específica do
que funcionalidades e ditando disco inicial de RAM simples e hardware. É injusto dizer que
o ambiente de execução e a um Busybox poderiam traba- por causa do tamanho o Tiny
seleção de aplicativos. Acho es- lhar com minhas idéias origi- Core é para um hardware mais
tes processos muito lentos, des- nais e conceitos de extensões. antigo.
necessários demais, e não Eu carreguei o Finnix, uma po-
trazem as aplicações que eu de- derosa e pequena distribuição
sejo. As outras distribuições baseada em Debian, e o ker- REL: Como o Tiny Core
pequenas ditam ainda uma co- nel de Landley seguido do Rob trabalha?
leção das aplicações. A maio- e o Busybox para criar o primei- RS: O Tiny Core é conti-
ria que eu nunca uso. O ro protótipo. A seguir comecei do inteiramente em um arquivo
gênesis do Tiny Core foi a par- a mergulhar no código que eu ti- comprimido cpio que popula o
tir de uma reunião na Linux nha criado durante meus últi- disco inicial de RAM em cima
World 2005, comigo, Kent Por- mos cinco anos do DSL, para do booting do Kernel Linux. En-
ter, e Chris Livesay. Nós discuti- fazer o primeiro Linux Tiny Co- tão, basicamente o Tiny Core
mos o que pensávamos ser re. A iteração seguinte era é composto por dois arquivos:
um ambiente ideal. Um que fa- uma conversão do (refatorado) bzImage (o Kernel do Linux) e
cilmente sustentaria os concei- murgaLua para C++/FLTK pa- tinycore.gz. Por causa disso o
tos e a filosofia que eu tinha ra chegar a um protótipo Tiny Core roda inteiramente na
introduzido no Damn Small Li- funcional do Tiny Core. RAM, o que é muito rápido e
nux, mas sem o peso adiciona-
do daquelas aplicações em
GTK. Deixe o usuário decidir-
se; GTK, ou GTK2, linha de co-
mando para servidores, desk-
top light, ou appliance
É injusto dizer que por causa
especializada. Eu criei realmen-
te o Tiny Core quando eu des-
do tamanho o Tiny Core é para um
montei o KNOPPIX 4 e fiz o hardware mais antigo.
DSL-N. John Andrews rejeitou
Robert Shingledecker
o conceito. Ele, outra vez, fi-
cou do lado das aplicações do
DSL-N, de modo que o Tiny Co-
permite também que nos ofere- familiarizados com o comando existente do Linux. Basta copi-
ça diversas opções para persis- TAR irão perceber que o ar o bzImage e o tinycore.gz
tência. Isto tudo está arquivo .filetool.lst é para a op- em seu HD e ajustar o seu
documentado online na seção ção "T" e arquivo .xfiletool.lst é bootloader, neste caso, o
Core Concepts do nosso Web para a opção "X". Estes dois ar- GRUB. Adicione um diretório
site. A idéia é uma separação quivos são populados tce e você está pronto para ro-
dos dados estáticos versus da- previamente para facilitar a lá-lo. Mesmo usando o modo
dos dinâmicos. Todos os da- utilização, mas podem facilmen- persistente ele usará um diretó-
dos estáticos, tipicamente te ser editados para um con- rio /home já existente e adicio-
aplicações, são empacotados trole mais "fino". Este é apenas nará simplesmente um
sob um arquivo TAR (TCE) ou um dos modos de operação pa- diretório "tc" no home. Assim a
em imagens comprimidas para ra o Tiny Core. Nós oferece- cada novo boot o sistema esta-
a montagem em loop (TCZ). Es- mos diversos outros, todos rá em um conhecido estado
tes pacotes, nós os chamamos constituindo diferentes níveis imaculado. Nós não promove-
de extensões, e estão disponí- de persistência. Um exemplo mos fazer uma instalação tradi-
veis em nossos repositórios onli- seria instalar as extensões em cional do HD. Eu chamo-o de
ne. Adicione agora a aqueles um arquivo ou em um diretório "scatter mode" ou modo
dois arquivos, o bzImage e tiny- de loop, assim eliminando a car- esparramado, disperso, por-
core.gz um diretório chamado ga em cima do tempo de boot. que não é pequena e nem or-
"tce" e o Tiny Core vai mesclar Ou ainda usando um home per- ganizada, você termina com
ou montar um diretório inteiro sistente para evitar o backup e arquivos dispersos sobre todo
das extensões durante o boot. o restore. seu HD. Significa que você
O resultado é um desktop feito O Tiny Core sempre é car- tem que alocar um diretório à
sob demanda baseado na sua regado de uma imagem compri- instalação. Significa que você
escolha das aplicações. Os da- mida cpio. Assim, cada boot é não pode coexistir com uma
dos dinâmicos, tipicamente como se fosse o primeiro boot outra distribuição Linux instala-
seus dados pessoais, situados do CDROM. Na verdade nós su- da. Significa que aqueles arqui-
em seu diretório home são per- gerimos que os arquivos do vos dispersos não são
sistidos com um backup e um Tiny Core estejam colocadas carregados "do início", "não
restore. Isto também pode ser em um HD, numa instalação fru- estão frescos" a cada novo
automático e é dirigido por gal. pequena e organizada. O boot e sendo assim são susce-
dois arquivos .filetool.lst e .xfile- Tiny Core pode facilmente tíveis ao "system rot"
tool.lst. Aqueles que estiverem coexistir com uma distribuição (decomposição do sistema).
Assim, o Tiny Core é pro-
jetado para começar pequeno
e ir se transformando em um
sistema baseado em suas pró-
Nós do Tiny Core tentamos prias necessidades através de
nosso repositório da extensão.
encontrar o contrapeso entre o Isto difere de instalar um siste-
tamanho e desempenho. ma básico Debian e adicionar
programas. Começando com
Robert Shingledecker
uma instalação Debian básica,
isso significa alocar espaço no
drive, não ser capaz de coexis-
tir, adicionando pacotes que com rede sem fio. O Tiny Core blioteca em C. Mas outra vez,
serão espalhados sobre o siste- tem suporte a adição de usuári- o glibc padrão, foi usado de
ma de arquivos. Isso é muito di- os mas principalmente para per- modo que o Tiny Core fosse
ferente. Considere também o mitir o acesso SSH. O Tiny mais "main stream" do que
que as dependências da instala- Core está ainda em sua infân- uma distribuição embarcada,
ções do Debian ditariam um ta- cia. Nossa primeira versão especializada de Linux. O Tiny
manho que seria muito maior pública saiu no dia 1º de dezem- Core poderia liberar uma ver-
do que o Tiny Core e seu mode- bro de 2008. Muitas característi- são sem o X (interface gráfica)
lo otimizado de extensão. Uma cas e atualizações ainda estão somente para ser ainda me-
instalação base Debian traduzi- por vir. nor, porém uma versão só em
ria em mais recursos para funci- linha de comando não seria
onar e não é para ser dinâmica muito amigável. Eu acho que
em cada boot. O Tiny Core em REL: Muitos acreditam me esforcei para o contrapeso
qualquer de suas diversos que o DSL é uma mini-distri- correto da facilidade de utiliza-
modos de execução pode facil- buição. Bem, temos agora o ção, tamanho e desempenho.
mente ser seu desktop. "Eu co- Tiny Core que é ainda me-
mo minha própria dog food". nor. Existe possibilidade de
Meu desktop é Tiny Core. Eu o se ter algo ainda menor do REL: Você recomenda o
rodo com umas 60 extensões. que o Tiny Core e com a mes- uso do Damn Small Linux e
Prefiro pessoalmente o tipo de ma usabilidade? Qual é o limi- do Tiny Core aos usuários
montagem do tcz. Eu tenho te? iniciantes, que acabaram de
dois netbooks ambos têm RS: O Tiny Core podia chegar ao mundo do Linux?
SSDs pequenos. Uso a usar uma compressão mais ele- Você acha que são difíceis
instalação frugal para ele vada, como LZMA. Mas signifi- para o usuário que acabou
coexista com o Xandros no ee- caria um boot mais lento. de chegar no Linux?
ePC 900A e com o Ubuntu no Como resultado teríamos um RS: O DSL é um desktop
Dell 9 Mini. Eu sempre entro menor tamanho, mas que não completo e por causa disso é
pelo Tiny Core. A inicialização, é tão primordial quanto o de- útil aos novatos. O DSL é
mesmo com o carregamento sempenho. Nós no Tiny Core completo e às vezes ainda é
das extensões, me fornece um tentamos encontrar o contrape- bom tamanho para um hardwa-
netbook com redes sem fio mui- so entre tamanho e desempe- re mais antigo.
to mais responsivo do que o nho. O Tiny Core podia Pode-se dizer que o Tiny
OS nativamente instalado. O também usar uma pequena bi- Core é para usuários avança-
Tiny Core também funciona
bem com computadores ve-
lhos, naturalmente, as caracte-
rísticas modernas como GTK2,
o flash mais recente têm exigên- Querer compartilhar com
cias enormes. Na Conferência
Scale 7x que aconteceu no sul os outros aquilo que se têm é
da Califórnia, eu demonstrava
o Tiny Core em alguns dos net- uma coisa boa.
books mais novos tão bem Robert Shingledecker
quanto laptops com 300Mhz e
128MB em modo framebuffer.
Todos estavam funcionando
dos. Mas eu tenho tentado dura- acontecer? sendo usado anunciar a infor-
mente apresentar uma interfa- mação do estacionamento em
ce fácil de se usar em relação bondes no "Los Angeles Fair-
a adicionar aplicações, módu- REL: Poderemos grounds".
los, e bibliotecas. Sendo somen- encontrar no futuro o Damn
te um núcleo, isso implica em Small Linux ou o Tiny Core
encarar muitas escolhas. Com em uma PC à venda em uma REL: Como a distribui-
muitas escolhas, vêm muitas loja grande, (de ção Tiny Core é sustentada?
decisões. Para tomar decisões departamentos ou shopping) Como sobrevivem?
eficazes temos que ter tempo com o sistema instalado / RS: O Tiny Core é manti-
para aprender tudo que envol- OEM? do por uma equipe dos voluntá-
va o Tiny Core. Tente você mes- RS: Eu acho que não. O rios
mo, você pode ficar muito DSL é muito atual. O Tiny Core (http://tinycorelinux.com/Te-
surpreso como pode ser fácil. não é um desktop completo. O am_TC.html). Por causa da mi-
Tiny Core está mais para nha idade e saúde, eu me
hobbystas, construtores do sis- habilito a fazer menos a cada
REL: Que você pensa tema, construtores do dispositi- ano. Mas não tenho medo al-
dos remixes que muitos fa- vos, etc. O Tiny Core não é gum, a equipe que eu selecio-
zem com distribuições Li- uma solução instantânea. Ago- nei é mais do que capaz. Mas
nux? É saudável? ra, um construtor/integrador de eu não vou desistir. Desde que
RS: O software livre pro- sistema pode desdobrar e mui- eu seja capaz, estarei dirigindo
move muito isso. Eu penso to o Tiny Core nos dispositivos o desenvolvimento do Tiny Co-
que é saudável. Qualquer um que eu nem mesmo saberia. re.
que queira aprender os funda- Recentemente, me mandaram
mentos de como o Linux um email mostrando que o
funciona é algo muito bom. DSL estava sendo usado no REL: Atualmente você
Querer compartilhar com os ou- "Bay Area Rapid Transit está a frente do Tiny Core.
tros aquilo que se têm é uma (BART)" de São Francisco, Cali- Como ficou sua participação
coisa boa. Muitos remixes po- fórnia para indicar a informa- no DSL? Você tem outros
dem não ser muito interessan- ção do trem. Em uma projetos de código-fonte
tes, mas fazer o que?! Sem conferência recente de Linux, aberto?
nunca ter a oportunidade, co- se aproximaram de mim para di- RS: Desde que eu come-
mo é que novas visões iriam zer que meu software estava cei o Tiny Core, John Andrews
proibiu-me de continuar a tra-
balhar no DSL. Fundou o DSL,
possui a marca registrada, e
controla todo o acesso ao
A melhor contribuição é a DSL. Não tenho nenhum outro
projeto de código fonte aberto.
de compartilhar do conhecimento Desde que fiquei aposentado,
com o outro. eu vivo da minha pensão e in-
vestimentos. Nós, eu e equipe,
Robert Shingledecker
somos todos voluntários. Os
conceitos Tiny Core são algo
que todos acreditam. É nossa
ENTREVISTA:
FLÁVIO DE
OLIVEIRA
Criador do GoblinX
Por João Fernando Costa Júnior
REL: Você acredita que ma de vez uma posição no REL: O que os fãs da
o cenário nacional tem lugar mercado, com chances reais distribuição e colaboradores
para as tantas distribuições de desbancar concorrentes podem esperar nas futuras
que tem? Se as comunida- (se é que podemos chamar versões do sistema?
des se unissem será que não de concorrentes)? FdO: O GoblinX vem sem-
teríamos algo mais sólido e FdO: Acho que as gran- pre mudando e renascendo a
enbasado? No mundo temos des cooporações precisam se cada versão, e para a próxima
mais de 300 distribuições. ajudar mais, Canonical e Novel passaremos por nossa maior
Aos olhos de quem está che- por exemplo parecem brigar en- mudança, com um novo modo
gando parece que cada um tre elas, acho que falta ainda de gerenciar o projeto para tor-
está atirando para um lado. mais parcerias dessas empre- ná-lo profissional e entrarmos
O que você pensa disso? sas com grandes fabricantes no mercado dos fabricantes de
FdO: Em relação a união de software, como Adobe, Auto- computadores.
entre comunidades eu não acre- desk e outras mais. Falta ao Li-
dito que traria melhoria algu- nux ser compatível com mais
ma, cada comunidade deve programas dos grandes fabrica- REL: Caso alguém quei-
ajudar e ter opção de um mo- tes como Adobe, ser mais ma- ra colaborar com o sistema o
do geral, acho mais importan- leável e aceitar aplicativos e que deve fazer? E onde o
tes as comunidades dos drivers não livre e trabalhar usuário leigo, que acabou de
projetos do que das distribui- mais os nomes das distribui- ficar sabendo do sistema, de-
ções, só que as comunidades ções do que a marca Linux. ve buscar informação e di-
em volta de uma distribuição cas?
tendem a ter mais força. FdO: O melhor modo é
REL: Com a chegada de me contactar via email conta-
Agora eu acho que quem sistemas operacionais propri-
atrapalha são as grandes em- to@goblinx.com.br ou visitar
etários que exigem bastante nosso site e fórum. O site e fó-
presas, Canonical, Novel e hardware, o preço sempre
Red Hat cada qual faz algo le- rum tem muitas dicas, artigos e
tende a cair. Você acha que sempre eu ou alguém tirando
vando em conta apenas as idéi- com essa medida os benefici-
as deles e sem considerar os as dúvidas.
ados somos nós que utiliza-
outros, assim todo dia o Ubun- mos linux?
tu traz uma novidade, o Fedo-
FdO: O Linux sempre se REL: Deixe uma mensa-
ra outra e o SuSE outra e
beneficia das mudanças nos gem para o pessoal que está
estas não se ajudam em qua-
grandes sistemas, entretanto is- lendo a revista!
se nada e normalmente estas
novidades fazem a mesma coi- so é passageiro, não acho que FdO: Espero que você lei-
sa que outros projetos já fazi- aquele que testa e odeia o Win- tor tenha gostado da entrevista
am. dows Vista adote alguma dis- e se lembre de falar com ami-
tro Linux, é mais fácil retornar gos sobre o GoblinX e sobre a
Nós temos poucas distri- ao Windows XP. O Linux se be- Revista Espírito Livre.
buições no Brasil, já tivemos neficiaria muito mais se o supor-
mais. te ao Windows XP dado pelos
grandes fabricantes de aplicati-
vos e hardware fosse interrom- Maiores informações:
REL: Na sua opinião o
que falta em um sistema li- pido. Site Oficial GoblinX Linux:
http://www.goblinx.com.br
nux hoje para que ele assu-
O que fazer quando os desktops estão ob- distribuições GNU/Linux Debian[3], Ubuntu[4],
soletos demais para usar a versão mais nova de MaX 4.0[5], Guadalinex[6] e Lliruex[7]. A versão
um sistema operacional, por exemplo? O que fa- atual é a 0.89.33 e está traduzida para o espa-
zer para reduzir os custos de propriedade da re- nhol, inglês e português.
de (custos com a aquisição e manutenção dos
equipamentos, licença de uso de softwares pro-
prietários, consumo de energia elétrica, etc)? As ferramentas
Ou o que fazer para reduzir o impacto ambiental Os grandes trunfos do TCOS, em relação
dos computadores obsoletos? a outros projetos de Software Livre para clientes
magros, são as ferramentas gráficas:
Uma boa solução para esses e outros pro-
blemas é a utilização de clientes magros. Uma re-
de de clientes magros possui baixo custo de tcosconfig => usada para criar e persona-
instalação por permitir o uso computadores obso- lizar os arquivos de inicialização dos clientes.
letos ou thin clients[1], todos conectados a um Desenvolvida em Python e GTK2, ela é uma in-
servidor de alta performance de processamento terface gráfica para o gentcos, um shell script
que compartilha o sistema operacional, aplicati- que compila as imagens a partir das configura-
vos, acesso a Internet, CD-ROM, impressora, ar- ções indicadas pelo administrador.
mazenamento de arquivos, etc.
Existem vários projetos de Software Livre
e Proprietário que proporcionam a implantação
dessas redes, mas neste artigo iremos conhecer
o TCOS – Thin Client Operating System.
O que é TCOS?
É um projeto de Software Livre licenciado
pela GPL 2[2] e formado por um conjunto de fer-
ramentas gráficas utilizadas tanto para inicializar
como para gerenciar clientes magros.
O TCOS foi criado pelo espanhol Mario Iz-
quierdo Rodrigues e encontra-se disponível no si-
te http://tcosproject.org para ser instalado nas Figura 1: Tela inicial do TcosConfig
TERMINAIS
LEVES
COM O SACIX
Por Anderson Goulart e Luiz Paulo
- TFTP (Trivial File Transfer Protocol): utilizado gos, como os 486. Neste caso, é necessário
para transferir a imagem do kernel para cada es- iniciar o computador por disquete, cd-rom ou
tação uma placa de rede externa com este suporte[6].
- DHCP (Dynamic Host Control Protocol): forne- Já o Sacix é formado pela distribuição De-
ce os endereços IPs e nomes para cada cliente bian Lenny acrescentados os pacotes de confi-
- NFS (Network File System): compartilha os ar- gurações dos serviços já listados. Selecionamos
quivos e diretórios utilizados pelos clientes os aplicativos a serem instalados a partir das de-
- XDMCP (X Display Manager Control Protocol): mandas dos usuários dos telecentros. Em uma
habilita o suporte para execuções de aplicações estrutura lógica de desenvolvimento, dividimos o
gráficas remotamente nosso trabalho em 2 partes: servidor e desktop.
- LTSP: realiza o trabalho de configuração de ca-
da terminal e o suporte aos dispositivos: vídeo, Servidor (sacix-server): nos preocupa-
som, impressoras, teclado, mouse, etc. mos com a funcionalidade do ambiente LTSP,
compartilhamento da internet, segurança, servi-
ços de impressão, proxy, compartilhamento de
arquivos e configuração dos serviços.
Desktop (sacix-desktop): o trabalho con-
siste na escolha do ambiente gráfico (Gnome),
dos aplicativos (Firefox, Broffice, GIMP, Inksca-
pe, Pidgin, etc) e suas personalizações (temas,
tunning, preferências). Recursos como acessibili-
dade (gnome-orca) e multimídia (áudio, vídeo,
flash, java, jogos) estão incluídos nesta seção,
com suas devidas limitações.
Características do sistema
Nossa proposta não é criar mais uma distri-
buição, com mais um nome e mais uma série de
dificuldades. Manter uma distro requer tempo, di-
nheiro e pessoas. Por isso nossa abordagem foi
Figura 1: Arquitetura do sistema LTSP
criar meta-pacotes facilmente personalizados pa-
ra qualquer projeto relacionado com terminais le-
É importante lembrar que todas as esta- ves. Através da instalação do pacote chamado
ções devem ter suporte a boot pela rede via "sacix", é desencadeado um processo de instala-
PXE. Ou seja, todo o carregamento do sistema ção dos meta-pacotes "sacix-server" e "sacix-
operacional é feito pela rede. A principal vanta- desktop" os quais, através de uma estrutura hie-
gem do LTSP é a facilidade de manutenção, já rárquica de dependências, faz toda a mágica.
que administramos apenas o servidor. Não há Em alguns momentos é necessária a interven-
mais necessidade de reinstalação dos clientes. ção do usuário para preenchimento de informa-
Basta reiniciar a máquina. Entretanto, uma falha ções essenciais, tais como endereço de rede e
no servidor impede o uso de todas as estações. máscara. Dessa forma, aproveitamos todos pa-
O PXE pode ser habilitado na BIOS e está cotes oferecidos pelo projeto Debian sem a ne-
disponível em todas as placas-mãe modernas. Is- cessidade de mantê-los.
so é um problema para os computadores anti- Outro ponto de destaque são as versões
Leveza + versatilidade =
portabilidade + usabilidade
Por Orlando Lopes
Em primeiro lugar, obser- Hoje em dia existe já apenas uma máquina de escre-
vemos que os dois termos re- software para fazer a migração ver; tudo o que entra nele – to-
presentam características de uma máquina para outra, co- dos os inputs que fazemos
qualitativas dos recursos (se- mo o NortonGhost (proprietá- nele – se reduz a um só meio,
jam de hardware ou de sotwa- rio) e gerenciadores de backup a um só veículo, o do famosís-
re) a serem empregados pelos como o Cobian (gratuito para simo “bit”. Em princípio, todos
usuários. Mas por que esses Windows) e o Easy Backup 0.1 os dados podem ser represen-
dois parâmetros são importan- (para Linux). Só não venham di- tados em todos os programas,
tes? Ora, eles são importantes zer que isso é coisa fácil de se se você tiver o filtro certo. De-
porque correspondem a duas fazer, ainda mais em se tratan- veria ser muito fácil – e está fi-
das principais demandas do do de preservação de arquivos cando, cada vez mais –
que poderíamos chamar de pessoais e documentos... A im- reaproveitar dados de um pro-
“usuário modelo” das socieda- portância da leveza/portabilida- grama ou banco de dados em
des em rede. Dá até pra fazer de do “sistema de trabalho outro(s). Mas ainda não é, fa-
uma equação, aquela que vem residente” no equipamento que zendo enorme falta e represen-
lá no título: leveza + versatilida- estamos utilizando é mais que tando prejuízo de tempo na
de = portabilidade + usabilida- estratégica: há informações organização dos dados que
de. nossas que não queremos ver dão apoio às atividades que re-
Se dizemos que um siste- circulando na Nuvem, e coisas alizamos fora do computador.
ma deve ser leve, é porque ele que não queremos ser obriga-
não deve pesar na vida do dos a ter em nossas máqui-
usuário, certo? O usuário (um nas. Poder ir de uma máquina
termo que já não seu restringe para outra e não perder a famili- Maiores informações:
a pessoas físicas, mas tam- aridade de um ambiente é um
dos maiores presentes que a Easy Backup 0.1:
bém a instituições, quando fala-
comunidade SL poderia dar à http://ebackup.sourceforge.net
mos em sistemas) busca
sempre personalizar o sistema sociedade. E ao que parece,
ela vem vindo aí. Cobian Backup:
em que opera, mas isso às ve-
http://www.educ.umu.se/~cobian
zes é penoso e muitas vezes in- A outra questão que se de-
frutífero. Quem já não bateu senha nos qualificativos de um
Web 2.0:
cabeça procurando corrigir te- bom sistema de trabalho hoje
http://pt.wikipedia.org/wiki/Web_2.0
clados, acertar a configuração é a da “versatilidade”. Assim co-
do corretor ortográfico, reinsta- mo as pessoas estão aprenden-
Ítalo Calvino na Wikipédia:
lar programas etc. Não será do a usar os computadores
http://pt.wikipedia.org/wiki/Italo_
mesmo uma maravilha o dia para atividades muito distintas
Calvino
em que nós apenas precise- na vida cibercotidiana, o siste-
mos de uma senha (sim, mais ma que elas usam deve acom-
ORLANDO LOPES
uma...) para passar não aparpe- panhar as variações de uso. é pesquisador no
nas nossos arquivos pessoais, A Web 2.0 acelerou um Núcleo de Estudos
em Tecnologias de
mas virtualmente todas as ca- processo que já vinha se dese- Gestão e
racterísticas que ele virtualmen- nhando, permitindo a configura- Subjetividades do
te tenha adquirido durante os PPGAdmin/UFES e
ção de interfaces e Consultor para o
“usos monitorados” (como os funcionalidades de forma bem desenvolvimento de
que se dão na escola e no tra- mais intuitiva. Um computador,
Projetos em
Responsabilidade
balho)? como todos sabemos, não é Cultural e Social.
VIRADO
PRA LUA
Parte 2
Por Lázaro Reinã
Abdulaziz Almansour - sxc.hu
A atribuição em Lua ocor- não poderia ser diferente, pode- na tela. Mas caso queira testar
re de maneira semelhante às mos usar parêntesis para con- resultados diferentes, altere os
demais linguagens, sendo re- trolar a precedência dos valores e os operadores para
presentada pelo sinal “=” que operadores. Vejamos alguns ver como é na prática.
diz que a variável à esquerda exemplos:
do sinal recebe o valor que es- a=b+c
tá à direita do sinal. Operadores lógicos
a = (b - c ) * d Muito utilizados na avalia-
Ainda é muito interessan- a=b/c+d ção de expressões booleanas.
te observar uma característica São eles: and (e), or (ou), not
no mínimo única, que se refere Operadores relacionais (negação), porém ainda existe
à atribuição de valores em Os operadores relacio- o operador “..” que concatena
Lua. É a chamada atribuição nais são geralmente usados strings. Adeus strcat!!
múltipa, onde podemos fazer a em estruturas de controle de flu-
atribuição de vários valores dife- Vejamos:
xo, laços de repetição. De ma-
rentes à variáveis diferentes, es- neira mais generalizada os ~$ vim
crevendo apenas uma linha. usamos quando tivermos de operadores_logicos.lua
str_teste,num=" testar alguma expressão. São
atribuição multipla", eles: a = "Teste de string"
10 ; < menor que print (a);
b = "Esse é um teste"
> maior que
No exemplo acima vimos print (b);
<= menor ou igual a
um exemplo da atribuição múlti- c = a..b
>= maior ou igual a print (c);
pla. Perceba que na mesma li- == igual a
nha foi atribuído uma string ~= diferente de Agora:
para a primeira variável, e um
número para a segunda variá- ~$ lua
vel. Esses operadores retor- operadores_logicos.lua
nam false caso a expressão se-
ja falsa, e 1 caso seja
Operadores verdadeira. Simples, não?! Ve-
Estruturas de controle
Lua provê operadores arit- jamos:
de fluxo
méticos, relacionais, e lógicos. Nesse aspecto, Lua se
Além de um operadorde conca- ~$ vim operadores.lua> parece muito com as demais
tenação de srtings que será vis- linguagens. Vejamos:
to mais à frente. a = 4 > 3
print (a);
Usando o IF:
Operadores Aritméticos Salve o arquivo e rode Como de costume, o if
Os operadores aritméti- usando o comando já utilizado tem diferentes formas de se
cos apresentados por Lua são em exemplos anteriores: apresentar. Ele pode se apre-
os ususais de quaquer lingua- sentar de maneira bem sim-
gem. ~$ lua ples, cuja estrutura se mostra
<nome_do_arquivo.lua> dessa forma:
Os binários são: Adição(
+ ); Subtração ( - ); Multiplica- Observe que neste caso if expressao then
ção ( * ) e Divisão ( / ). Como o programa retorna o valor 1
bloco
end
Ele também pode apare- seja, o programa salta para a tros para funções e ainda
cer dessa forma: próxima instrução depois do la- servirem de retorno para ou-
ço. Vejamos os laços disponí- tras funções.
if expressao then
veis em Lua: As funções podem ser de-
bloco
else While claradas da seguinte forma:
bloco2 O while testa uma expres-
end function nome ([lista-
são e executa o bloco de co-
de-parâmetros])
mandos caso a mesma seja
bloco
E por último temos os cha- verdadeira. Sua sintaxe é a se- end
mados ifs aninhados: guinte:
Posteriormente abordarei
if expressao then while expressao do aqui mais detalhes sobre o uso
bloco bloco das funções e também a API
else expressao 2 then end Lua.
bloco2
Repeat Por enquanto é só isso
else
bloco_default Temos também o laço re- pessoal, nos vemos nos próxi-
end peat , que ao invés de testar a mos capítulos de nossa aventu-
expressão logo no início, execu- ra. E não deixem de
Laços de controle com to- ta todo o bloco pelo menos acompanhar-nos, nesse mes-
mada de decisão uma vez, e só então testa a ex- mo horário e nesse mesmo ca-
Os laços de controle são pressão. Caso a expressão se- nal. Até a próxima!
usadas para que intruções se- ja verdadeira, ocorrerá mais
jam repetidas ou não, de acor- uma iteração. Sua sintaxe é a
do com o retorno do teste de seguinte:
uma determinada expressão. LÁZARO REINÃ é
Cada repetição de um laço é repeat usuário Linux,
bloco estudante C/C++,
chamada de iteração. O teste Lua, CSS, PHP.
until expressao
de uma expressão pode retor- Integrante do
nar tanto nil, que torna a expres- EESL, ministra
palestras e mini-
são negativa, quanto qualquer Funções cursos em
outro valor tornando-a assim A linguagem Lua trata as diversos eventos
verdadeira. Geralmente quan- funções como valores, ou seja, de Software Livre.
do o teste de uma expressão re- podem ser armazenadas em va-
torna nil, o laço é quebrado, ou riáveis, passadas como parâme-
AEROTARGET
Parte 1
Por David A. Ferreira
Gabriela Ruellan - sxc.hu
Você sempre teve vonta- mente a SDL vem instalada Descompacte o arquivo
de de fazer seus próprios jo- por padrão em todas as distri- “aerotarget_cap01.zip”, e ob-
gos? E nunca soube como ? buições GNU/Linux, ou então serve a figura 1.
Pois bem, chegou sua no site http://www.libsdl.org Será criada uma estrutu-
vez, darei inicio agora a uma sé- GBFramework, um fra- ra de diretório, onde no diretó-
rie de artigos sobre Desenvolvi- mework nacional criado para au- rio principal, você irá encontrar
mento de Jogos com Software xiliar no desenvolvimento de o arquivo “AeroTarget.cbp”, o
Livre. Em nosso artigo(tutorial), jogos 2D, com foco na orienta- qual deverá ser aberto pelo Co-
usaremos apenas ferramentas ção a objetos e no suporte a deBlocks.
livres, as quais podem ser utili- multiplataforma. O qual deve O GBFramework, cria
zadas tanto em GNU/Linux ser obtido no site http://pj- uma estrutura de diretório para
quanto no Ms-Windows. Para is- moo.sourceforge.net auxiliar na organização do seu
to neste primeiro artigo, criare- Feita a instalação e Confi- jogo onde, temos:
mos um protótipo de um jogo guração dos aplicativos acima,
de avião, bastante simples o - src, arquivos de código fonte
iremos agora
qual servirá de base para as realizar o
próximas edições. download do
Para iniciar, você deve arquivo “aero-
ter instalado em seu computa- target_-
dor os seguintes software: cap01.zip”, o
CodeBlocks, uma IDE mul- qual está dis-
tiplataforma, a qual pode ser en- ponível no se-
contrado nos repositórios das guinte
principais distribuições ou no si- endereço:
te http://www.codeblocks.org http://pj-
SDL, a biblioteca multimí- moo-aerotar-
dia utilizada pelas principais get.googlecod
aplicações multimídia no Linux, e.com
e em especial nos jogos. Geral-
Figura 1: Estrutura de Diretórios
28.#ifndef JOGADOR_H
Códigos utilizados neste artigo: 29.#define JOGADOR_H
30.
31.#include <GBF/Personagem.h>
32.#include <GBF/SpriteFactory.h>
33.#include <GBF/InputSystem.h>
34.
1./**********************************************************************/ 35.class Jogador : public Personagem::Personagem
2./* AeroTarget - Cap01 - Código do Artigo Desenvolvimento de Jogos 36.{
*/ 37. public:
3./* com Software Livre */ 38. Jogador();
4./**********************************************************************/ 39. virtual ~Jogador();
5.int main(int argc, char* argv[]) 40. void acao(GBF::Kernel::Input::InputSystem * input);
6.{ 41. protected:
7. GBF::GBFramework frameworkGBF; 42. private:
8. 43.};
9. frameworkGBF.setPath(argv[0]); 44.#endif // JOGADOR_H
10. frameworkGBF.setTitulo("AeroTarget - Cap 01","GBFramework &
Revista Espitiro Livre"); Codigo 2: Jogador.h
11.
frameworkGBF.iniciar(640,480,16,false,GBF::Kernel::FPS::FPS_LIMIT
ADO);
12. frameworkGBF.inputSystemCore- 45.#include "Jogador.h"
>setControleExclusivo(SDL_GRAB_OFF); 46.
13. 47.Jogador::Jogador()
14.//carregando imagens 48.{
15. frameworkGBF.graphicSystemCore->graphicSystem- 49. GBF::Imagem::SpriteFactory *spriteFactory = new
>imageBufferManager-> carregar("sprites","//data//imagem//sprites.png"); GBF::Imagem::SpriteFactory("sprites");
16. 50. adicionarSpritePrincipal(spriteFactory-
17. while (true) { >criarSpritePersonagem(0,0,59,43,3,6));
18. if (frameworkGBF.inputSystemCore->inputSystem- 51. getSpritePrincipal()->setQtdDirecoes(1);
>teclado->isKey(SDLK_ESCAPE)){ 52. getSpritePrincipal()->animacao.setAutomatico(true);
19. break; 53. delete (spriteFactory);
20. } 54.
21. frameworkGBF.writeSystem-> 55. setPosicao(320,400);
escrever(GBF::Kernel::Write::WriteManager::defaultFont,10,460,"AeroTar 56.}
get - Cap01 : GBFramework & Revista Espírito Livre"); 57.Jogador::~Jogador()
22. //realiza refresh, fps, flip 58.{
23. frameworkGBF.atualizar(); 59.}
24. frameworkGBF.graphicSystemCore->clear(); 60.void Jogador::acao(GBF::Kernel::Input::InputSystem * input)
25. } 61.{
26. return 0; 62. if (input->teclado->isKey(SDLK_RIGHT)){
27.} 63. posicao.x+=4;
64. } else if (input->teclado->isKey(SDLK_LEFT)){
Codigo 1: cap_01.cpp 65. posicao.x-=4;
66. }
67.}
Codigo : Jogador.cpp
Site CodeBlocks:
118.#include <vector> http://www.codeblocks.org
119.#include <iostream>
120.
121.#include "Inimigo.h" DAVID ALMEIDA FERREIRA é Especialista
122.#include "Jogador.h" em Engenharia de Software com Ênfase em
123.#define TOTAL_INIMIGO 3 Padrões de Software(UECE), É Arquiteto de
Codigo 6: Include e Define Software do Banco do Nordesde do Brasil
(BNB). É integrante do Projeto de Software
Livre Ceará(PSL-CE) e do Grupo de
Desenvolvedores de Jogos do
Ceará(GDJCE).
Artefactos
Um artefacto em Agile é
qualquer sub-produto que deri-
va das actividades e proces-
sos levados a cabo durante
um projecto mas que não é ne-
cessariamente parte do produ-
to. Por exemplo o gráfico
Burndown, o quadro de tarefas
e o Product Backlog. É tarefa
do Scrum Master assegurar
que os artefactos sejam distri-
buídos por todos os stakehol-
Figura 1 - O processo ders para assegurar a máxima
visibilidade do projecto por to-
O processo em poucas O Scrum Master dos os interessados
linhas Scrum é uma framework
Em suma, um projecto leve com uma hierarquia de ver-
Scrum pode ser descrito como ticalidade mínima, apenas 3 pa- Cerimónias
segue. Uma necessidade de ne- péis: Product Owner, Team Além da visibilidade ou-
gócio ou visão é traduzida nu- Member e Scrum Master. tros dois conceitos importantes
ma lista de requisitos (Product em Scrum é inspeção e adapta-
O Scrum Master é o pivo
Backlog). Esta lista não deve ção. O Scrum Master encarre-
do Scrum. Não devemos con-
ser exaustiva nem detalhada. ga-se de promover as
fundi-lo com o gestor de projec-
Os items são priorizados pelo seguintes Cerimónias: Scrum
tos tradicional. Em Scrum os 3
Product Owner (Proprietário do Planning, Daily Scrum, Scrum
papéis são gestores. A equipa
Produto) e estimados por uma Review e Scrum Retrospecti-
é responsável e compromete-
equipa entre 4 e 9 membros ve. Estas cerimónias são as
se com os prazos e proactiva-
(Team Members). O projecto é reuniões de projecto do
mente toma decisões a respei-
dividido em Sprints (sub-projec- Scrum. Cada uma com um pro-
to de quem e como as tarefas
tos), cuja duração pode variar pósito bem definido. Planea-
são executadas.
de 1 a 4 semanas. No começo mento, sincronização diária,
de cada Sprint o Product Ow- O Scrum Master funciona inspecção e adaptação. Além
ner define o objectivo daquela como um facilitador no proces- de um objectivo definido cada
iteração e a Equipa comprome- so. Suas responsabilidades cerimónia também tem um uni-
te-se a desenvolver um entregá- são: difundir as regras do verso de tempo muito bem defi-
vel perfeitamente funcional no Scrum, assegurar visibilidade nido. Esse conceito chama-se
fim do período. Não se trata de do projecto, assistir a equipa time box.
um protótipo, nem prova de con- sempre que um impedimento
O Scrum Planning é com-
ceito, mas de uma fracção per- surge, servir de escudo entre o
posto de duas fases. Cada
feitamente funcional do Product Owner e a equipa, as-
uma dessas fases tem um time
software. Cada Sprint terá um segurar a qualidade, produzir
box de 4 horas (podendo vari-
Sprint Backlog com a sua sub- os artefactos do Scrum, reali-
ar dependendo do projecto).
lista de requisitos, cuja estimati- zar as cerimónias do Scrum.
Na primeira o Product Owner
va coincida com a duração esta- explica cada um dos items no
belecida para cada Sprint.
Product Backlog e responde a duct Owner na sua decisão pa- decisões estratégicas para a di-
qualquer questão que possa ra a visão do próximo Sprint. recção ou vida do produto.
surgir para a equipa. Na segun- Sprint Retrospective é on-
da a equipa parte os itens de adaptação entra no proces-
(User Stories) em tarefas e esti- Referências
so. Cada membro da equipa, o Schwaber, Ken (1 de Fevereiro
ma o tempo necessário para Scrum Master e opcionalmente
executar cada uma delas, atri- de 2004). Agile Project
o Product Owner pode dizer o Management with Scrum
buindo um responsável por ca- que correu bem e o que pode
da tarefa. No fim o Product melhorar. A informação recolhi-
Owner volta a validar os itens da é transformada em activo
seleccionados segundo os ob- do projecto (lessons applied). Maiores informações:
jectivos do Sprint.
Embora tenha apresenta-
O Daily Scrum é uma opor- do Scrum e Agile dentro do con- Site Control Chaos:
tunidade que a equipa tem pa- texto de desenvolvimento de http://www.controlchaos.com
ra sincronizar. Tem software, simplesmente devido
normalmente um time box de a minha área de especialidade Site Scrum Alliance:
15 ou 30 minutos. Durante es- estar ligado com esta indústria, http://www.scrumalliance.org
ta cerimónia cada um dos mem- Scrum pode ser aplicado a virtu-
bros responder a três almente qualquer indústria. Te-
questões: Que fizeste deste a nho encontrado pessoas que
última sincronização? No que aplicam Scrum, por exemplo,
vais trabalhar até a próxima sin- em equipas que trabalho com
cronização? Que impedimen- a projectos legislativos, manu-
tos o previne de concluir a ais de contabilidade, e muitas
MARCELLO
DUARTE é o autor
tarefa? Outro propósito que se outras áreas. da premiada Quinoa
cumpre nestas sessões é que framework.
o Scrum Master como facilita- Scrum e Agile são especi- Licenciou-se pela
Universidade
dor, toma nota e responsabili- almente relevantes em ambien- Autónoma de Lisboa
za-se por apoiar o membro da tes de mudança, ou quando em Informática de
uma parte do produto pode ser Gestão, tendo se
equipa na resolução do impedi- especializado em
mento. posta em produção antes da Gestão de Projectos
versão final estar terminada e (PMP e Scrum
É no Sprint Review que o proporcionar assim uma diminui-
Master Certified).
Actualmente trabalha
Product Owner tem a oportuni- ção do tempo necessário para como Engenheiro de
dade de inspeccionar o resulta- o retorno do investimento. Ou-
Software para a
Ibuildings UK, em
do da iteração. Durante esta tra aplicação é quando uma par- Londres.
sessão a equipa demostra o te da aplicação possui um
software entregável. O Sprint certo risco e pode ser prioriza-
Review pode direccionar o Pro- da ante as demais, permitindo
E você?
Já escolheu o seu
controlador de versões?
Por Evaldo Junior
Calma não precisa escolher um só, as opções estão aí, use e abuse!
É até engraçado ver co- amigo faz as alterações que jul- Se você já passou por es-
mo começamos na vida do de- gar necessárias e implementa ses problemas sabe como é
senvolvimento de software novas funcionalidades, então complicado, se ainda não pas-
sempre usando o estilo “vou ele lhe envia tudo de novo, vo- sou é melhor começar a se pre-
guardar isso em um diretório cê vê as diferenças e as aplica venir e já adotar um sistema
no meu computador”, e lá se ao código principal... Chato is- de controle de versões. Mas
vão alguns diretórios para guar- so, não? Mas seria ainda mais agora vem a pergunta, o que é
dar códigos de diferentes proje- chato se fosse uma equipe de, um sistema de controle de ver-
tos, o que não é digamos, apenas três pessoas. sões mesmo?
necessariamente uma coisa E o que aconteceria então se a Os sistemas controlado-
ruim, quando você trabalha sozi- equipe crescesse? res de versão[1] (version con-
nho ou tem projetos realmente Toda essa história de equi- trol system) são utilizados para
pequenos. pe já assusta um pouco, mas controlar as várias versões
Mas quando alguém resol- também existe o problema das principalmente de software,
ve contribuir com o seu projeto versões, como voltar a ter o sis- mas podem ser usados para
a coisa começa a complicar, tema de, digamos, um ano controlar versões de vários ti-
imagine a cena, um amigo lhe atrás? Ou mesmo desfazer pos de documentos digitais.
pede o código, você compacta uma grande parte de código Existem controladores de
e envia tudo por e-mail, esse que você estava trabalhando? versão livres e também os pro-
IFES Cariacica:
Gestão de incidentes
de TI com o Ocomon
Por Célio P. Maioli
Fases do Projeto
Iniciamos a fase 1 no iní-
cio de 2007 com a aquisição
de uma máquina que atendes-
se aos requisitos mínimos para
atuar como servidor web. Con-
seguimos um HP 5150, Atlhon
3600+ com 1Gb de RAM e
80GB de HD, ou seja, um desk-
top que transformamos em ser-
vidor. Esta máquina foi
suficiente por que não havia in-
teresse no acesso externo ao
sistema, ou seja, apenas o pú-
blico interno a escola poderia
registrar problemas de TI. Es-
colhemos a plataforma LAMP
(Linux, Apache, MySql, PHP)
Figura 1: Unidade IFES Cariacica - Fonte: www.ifes.edu.br
para abrigar o sistema, pois se-
ria mais simples a implementa-
terface única entre os setores ção destes e de outros
da escola e a tecnologia da in- sistema de código aberto para projetos de software livre.
formação. que, se fossem necessários,
ocorressem os ajustes míni- A fase dois correu quase
Portanto, era muito impor- mos, dada a nossa pequena paralelamente à fase um, pois
tante começar a padronizar e equipe. tratava de pequenos ajustes
documentar os procedimentos gráficos e funcionais ao site. In-
de atendimento. Além disto, re- Entre pesquisas em fó- serimos o logo do CEFETES e
cebíamos críticas por serviços runs e sites especializados em retiramos alguns campos não
não realizados e por outros, cu- software livre, encontramos o interessantes ao nosso contex-
jo tempo de resposta e atendi- Ocomon[2], um sistema de re- to, como a etiqueta do produto.
mento era excessivamente gistro de incidentes bastante Entretanto, a principal altera-
grande. Também havia casos aderente ao ITIL (referência ção no código foi a integração
nos quais a solução não chega- mundial no gerenciamento de com nosso serviço de diretóri-
va sequer ao contento do usuá- serviços de TI), que já vem sen- os. O sistema CEFETES adota
rio atendido. do usado por várias organiza- o Active Directory (AD) da Mi-
ções no Brasil. Baixamos a crosoft para gerenciar usuári-
Assim, era urgente imple- versão 1.4, uma anterior que a os, grupos e políticas de
mentar alguma ferramenta de mais recente, pois assim tería- segurança, por isso era funda-
controle, mas alguns requisitos mos um sistema mais estável. mental ao funcionamento do
precisavam ser preenchidos,
O projeto de implementa- sistema que os usuários pudes-
dentre eles, a apresentação do
ção foi dividido em 5 fases: es- sem "logar" com mesmo usuá-
sistema, que deveria ser do ti-
trutura básica, adequação do rio e senha, que já possuíam,
po "web para fácil acesso a to-
sistema, cadastros, testes de para ingressar na rede e no
dos os usuários"; módulos de
uso e lançamento. email. Assim que a integração
relatório; integração com nos-
com o AD e demais ajustes fo-
so serviço de diretório; ser um
Maiores informações:
[1] Site CEFET-ES:
http://www.cefetes.br
É imprescindível para uma
[2] Site Oficial Ocomon:
instituição um serviço de TI pró- http://ocomonphp.sourceforge.net
Primeiras impressões
do dotProject
Por Saymon Castro
Um projeto é um empreendimento com ca- ta ter um servidor web + php e o banco de da-
racterísticas próprias, tendo princípio e fim, con- dos MySql instalados. Existem os módulos
duzidos por pessoas, para atingir metas Add-on, que podem ser encontrados no site ofici-
estabelecidas dentro de parâmetros de prazo, al, tais módulos são desenvolvidos por usuários
custo e qualidade. Um projeto é um empreendi- que servem de extensão para o projeto. Um ex-
mento temporário, cujo objetivo é criar um produ- emplo de add-on é a tradução do dotProject pa-
to ou serviço, distinto e único. ra o português Brasil.
A gestão de projetos é aplicação dos conhe- O primeiro acesso ao dotProject será feito
cimentos, habilidades, ferramentas e técnicas através do usuário: admin, senha: passwd. A pri-
com o objetivo de atingir ou até mesmo exceder meira tela, após a autenticação é parecida com
as necessidades e expectativas dos clientes e a figura 1.
demais partes interessadas do projeto, por este Na parte superior, veremos a versão do
motivo, portanto nenhum projeto poderá ser dotProject (neste caso é 2.1.2), logo abaixo, es-
bem sucedido se não for bem gerenciado. tarão os links principais de navegação. À direita
No mercado, existem softwares como por temos um calendário e mais ao centro a parte
exemplo MS Project (Microsoft) que são referên- mais operacional do sistema.
cia quando o assunto é gerenciamento de proje-
tos. Tais softwares auxiliam na concepção,
planejamento e controle dos projetos.
Pesquisando sobre alternativas de softwa-
re ao Project da Microsoft, descobri o projeto
opensource dotProject (www.dotproject.net). O
dotProject é uma ferramenta de gerenciamento
de projetos, cuja interface é web (desenvolvido
em php e banco de dados MySql), que facilita a
interatividade da equipe com a atualização da
execução das tarefas de um projeto.
A instalação é relativamente simples para Figura 1 - Lista de projetos
quem possui certo conhecimento de redes. Bas-
Fórum
Figura 3 - Gerenciamento de usuários
É comum que na concepção, planejamen-
to, controle e desenvolvimento de um projeto ha-
Integração com servidor de email
jam diversos debates. Pensando nesse aspecto
É possível integrar o dotProject a um servi- o dotProject possui um fórum para cada projeto.
dor de email, assim as novas atividades/projetos
podem ser avisados via email.
Calendário
O calendário do dotProject registra todas
os eventos e atividades referentes aquele dia,
ajudando muito nessa gestão.
Figura 4 - Lista de tarefas
Figura 8 - Calendário
SAYMON CASTRO
é Pós-Graduando
em Gerenciamento
de Projetos pela FIJ,
Tecnólogo em
Figura 10 - Customização/administração do sistema Redes de
Computadores pelo
Ifes, Analista de
Tecnologia da
Relatórios Informação pelo Ifes
e professor de
Existem diversos relatórios disponíveis: De- ensino
sempenho do usuário, Horas alocadas por usuá- profissionalizante
(Técnico em
rio, estatísticas de projetos, lista de tarefas, Informática).
relatório das tarefas, tarefas por usuário, Tare-
Na edição passada da re- situações onde a edição do do- tornasse o que comumente se
vista, abordei o tema Padrões cumento é feita de forma cola- chama de “padrão de merca-
Abertos para garantir que to- borativa. Existem ainda os do” (eu odeio este termo). Um
dos os leitores saibam exata- documentos de escritório em dos problemas que isso nos
mente diferenciar o que é um forma final, comumente armaze- trouxe é que em média a cada
padrão aberto e o que é uma nados em um formato não editá- dois anos, o fabricante da tal
especificação publicada na In- vel, como o PDF (ok, eu sei suíte de escritório lançava uma
ternet. No artigo de hoje vou fa- que você pode até editar um nova versão da suíte, alteran-
lar sobre um padrão aberto PDF, mas o formato PDF foi cri- do o formato dos documentos
que está sendo adotado no ado pela indústria gráfica para gerados por ela. Isso demanda-
mundo todo e mudando a for- armazenar documentos em va a atualização da suíte de es-
ma pela qual armazenamos do- sua forma final, como se fosse critório, e portanto aquisição
cumentos editáveis de uma impressão eletrônica do de uma nova licença, por parte
escritório. documento). de praticamente todos os usuá-
rios, uma vez que os documen-
Documentos de escritório Na década de 90, vivía-
tos gerados por uma nova
são aqueles que utilizamos no mos uma situação interessante
versão da suíte não era supor-
dia a dia em nossa vida pesso- onde era crescente a utilização
tado pelas versões anteriores.
al ou corporativa, tipicamente de uma suíte de escritórios es-
Bastava que uma organização
textos, planilhas e apresenta- pecífica (e proprietária) para a
em uma rede de troca de docu-
ções. São chamados “editá- produção de documentos de es-
mentos fizesse o upgrade para
veis” pois comumente são critório e tal utilização massifica-
que todas as demais acabas-
documentos que são armazena- da (chegando a taxas
sem tendo também que fazer a
dos em forma editável, e são uti- superiores a 90% de liderança
atualização, pois os problemas
lizados como base para o de mercado) acabou fazendo
gerados pela falta de interope-
desenvolvimento de novos do- com que o formato de documen-
rabilidade eram elevados e o
cumentos, não sendo raras as tos utilizado por esta suíte se
retrabalho (gravar o documen-
to na versão anterior do forma- os hieróglifos, e através dela do- engenharia reversa e partido
to), além de improdutivo por ve- cumentou toda a sua história do texto em grego, em 1822 os
zes gerava a perda de parte em seus monumentos e papi- hieroglifos foram decifrados, ini-
das informações ou da formata- ros. O problema é que por vol- ciando assim os estudos sobre
ção do documento (cá entre ta do ano 300 D.C. morreu o sua formação e permitindo o
nós, todos sofremos com isso último egípcio que sabia ler os aprofundamento dos estudos
pelo menos uma vez na vida, hieróglifos e com ele morreu a sobre a civilização egípcia. No-
não é ?) possibilidade de se utilizar as in- te que este processo só foi pos-
Existiam outras opções formações existentes naqueles sível pois existia uma versão
de suítes de escritório na épo- documentos. Durante aproxima- conhecida do texto, e infeliz-
ca, mas a utilização massifica- damente 1.500 anos os hierógli- mente nos nossos tempos (ou
da da suíte que dominou o fos desafiavam os em um futuro próximo) a enge-
mercado acabou forçando to- pesquisadores e em 1799 o nharia reversa talvez não pos-
das as organizações a adota- exército de Napoleão encon- sa ser aplicada, pois é comum
la, pois era mais barato com- trou no norte do Egito, na cida- encontrarmos somente a ver-
prar a licença e instalar a nova de de Rosetta uma pedra que são eletrônica de nossos docu-
suíte do que ficar o tempo todo ajudaria mudar esta história. Es- mentos (e sem uma cópia
tendo retrabalho para importar ta pedra, que ficou conhecida impressa, nossos herdeiros
e exportar documentos. como a “Pedra da Rosetta”, não poderão fazer muito para
continha um mesmo texto escri- desvendar nossos hieróglifos
Não foi a primeira vez na to em hieróglifos, demótico e digitais). No nosso caso, corre-
história da humanidade que a grego clássico, a única língua mos o risco de perder uma par-
forma de armazenar informa- conhecida na época de Napo- te da nossa própria história,
ções nos trouxe problemas. leão (para os mais curiosos, os pois grande parte dos docu-
Gosto de lembrar a todos em últimos faraós do Egito, os Pto- mentos governamentais gera-
minhas palestras que a civiliza- lomeus, eram de origem Gre- dos nas últimas décadas já
ção egípcia utilizava uma for- ga, por isso o texto em grego são, infelizmente, hieróglifos di-
ma muito peculiar de escrita, gravado na pedra). Através de gitais.
Ainda olhando as lições
da história, o Império Romano
criou uma biblioteca no norte
do Egito, na cidade de Alexan-
Os especialistas no acervo da dria que é considerada como o
Biblioteca de Alexandria consideram maior repositório de documen-
tos que a humanidade já criou.
que se o conhecimento não tivesse se Durante aproximadamente
1.000 anos, todos os documen-
perdido pelo fogo em 646 D.C. tos encontrados no Império
eram levados para a bibliote-
poderíamos hoje ter a cura para ca, que apesar deste nome,
funcionava como uma universi-
doenças como o câncer. dade aberta e seus documen-
tos foram base para o
Jomar Silva
desenvolvimento de importan-
tes obras sobre geometria, tri-
gonometria e astronomia, idio- ceu com empresas no passa- to das informações e por isso,
mas, literatura e medicina. Infe- do, por exemplo, alguém aí junto com a criação do projeto
lizmente a biblioteca foi lembra do WordStar ?). Para do OpenOffice.org foi criado
totalmente destruída pelo fogo muita gente no Império Roma- um projeto para desenvolvi-
em 646 D.C., queimando prati- no, imaginar a Biblioteca de Ale- mento colaborativo de um for-
camente todo o conhecimento xandria destruída pelo fogo mato de documentos para ser
escrito que o império romano ti- também era um despautério, utilizado pela suíte, com base
nha coletado e gerado em qua- mas aconteceu. no formato XML desenvolvido
se 1.000 anos. Os Voltando aos nossos tem- anteriormente pela Star Divisi-
especialistas no acervo da bibli- pos, na década de 90, uma em- on.
oteca consideram que se este presa alemã chamada Star Cabe lembrar aqui que
conhecimento não tivesse se Division desenvolvia uma suíte até o final do primeiro trimestre
perdido, poderíamos hoje ter cu- de escritório chamada Star Offi- do ano passado (2008), a espe-
ra para doenças como o Cân- ce, distribuída gratuitamente. cificação dos formatos proprie-
cer e alguns desenvolvimentos Dentro desta empresa, foi inicia- tários da suíte de escritório
em tecnologia que nem sequer do o desenvolvimento de um dominante do mercado era fe-
conseguimos imaginar. formato de documentos editá- chada e de controle direto do
seu fabricante. Já há alguns
anos esta empresa permitia
que seus parceiros acessas-
sem esta especificação medi-
ante a assinatura de um
É importante a garantia de contrato específico e por isso,
que os documentos armazenados não eram abundantes as em-
presas que topavam esta pro-
em ODF poderão ser abertos em posta. Até então, todo o
suporte aos formatos proprietá-
10, 50 ou 100 anos. rios implementados em softwa-
Jomar Silva
res livres, como o
OpenOffice.org, era fruto de en-
genharia reversa e por este
motivo, nem sempre estes
Muita gente considera veis de escritório baseado em softwares tratavam os docu-
que utilizar um formato proprie- XML, para ser utilizado pelo mentos de forma adequada.
tário para armazenamento de software. Atualmente esta documenta-
documentos não é tão mal as- Em 2000 a Sun Microsys- ção está disponível na Inter-
sim, pois existe uma grande em- tems comprou a Star Division e net, mas creio que todos aqui
presa por trás deste formato. A decidiu licenciar em software li- já sabem que ela não é um pa-
Biblioteca de Alexandria tam- vre o código fonte da suíte, nas- drão aberto, é apenas uma es-
bém era assim, indestrutível, e cendo assim o projeto pecificação publicada.
da mesma forma que muita gen- OpenOffice.org. Não fazia senti- Em 2002, foi lançado o
te acredita que a tal empresa ja- do algum ter uma suíte de escri- OpenOffice.org versão 1 e o
mais deixará de existir tório em software livre que StarOffice versão 6, ambos
(levando consigo o formato de tivesse que utilizar um formato com suporte ao formato de do-
documentos, como já aconte- proprietário para armazenamen- cumentos desenvolvido (exten-
são .sxw, alguém aí lembra dis- em Maio de 2008 como a NBR va da indústria e seu desenvol-
so ?). Com este lançamento, es- ISO/IEC 26.300:2008 (ou seja, vimento não depende de uma
tava comprovado que a o ODF é a norma técnica brasi- única empresa. A segunda é
utilização da tecnologia XML pa- leira para documentos editá- que sua especificação está dis-
ra armazenar documentos editá- veis de escritório). ponível na Internet e já exis-
veis de escritório era viável e o O maior benefício propicia- tem diversas implementações
novo formato criado atraiu a do pelo ODF é a liberdade que de referência do padrão licenci-
atenção de outras comunida- ele oferece a quem o utiliza, adas em código aberto, como
des de software livre, que se en- permitindo que qualquer aplica- o OpenOffice.org. Novamente,
volveram no projeto de ção que suporte o padrão (atu- a continuidade destas aplica-
desenvolvimento do novo for- almente mais de 50 aplicações ções depende mais das pesso-
mato (destaque na época para já o fazem), possa ser utilizada as (como eu e você) do que
o Koffice). das empresas, mas acho que
O novo formato atraiu a
atenção da indústria e por isso
foi criado em 2002 um comitê
para seu desenvolvimento den- O maior benefício propiciado
tro do OASIS, uma organiza-
ção internacional sem fins pelo ODF é a liberdade que ele
lucrativos que trabalha com o
desenvolvimento de padrões oferece a quem o utiliza.
abertos (de acordo com os crité- Jomar Silva
rios que vocês já conhecem,
descritos na edição passada
da revista).
Em Dezembro de 2004 o todo mundo aqui já sabe disso,
segundo draft do padrão foi para manipular os documen-
tos, independente do sistema não é ?
aprovado no OASIS, em Feve-
reiro de 2005 o terceiro draft é operacional utilizado ou da pla- Mais do que ter a liberda-
colocado em consulta pública taforma computacional (falan- de, com a utilização do ODF
e em Maio de 2005 o ODF é do nisso, para quem gosta das você permite que os outros te-
aprovado pelo OASIS. Note buzzwords, se você é da gera- nham liberdade também, não
que esta aprovação ocorre ção “da nuvem” ou da turma obrigando ninguém a adquirir
após 6 anos de desenvolvimen- do “SaaS”, pode utilizar ODF uma licença de software algum
to do padrão, 5 dos quais atra- no Google Docs, sem necessi- para poder trocar documentos
vés de um processo aberto e dade de instalar nenhuma suí- com você. Mais legal ainda é
colaborativo. te de escritório em seu que existindo uma suíte de es-
computador). critórios tão completa como o
Em Setembro do mesmo OpenOffice.org disponível gra-
ano, o ODF é encaminhado pa- É importante também a ga-
rantia de que os documentos ar- tuitamente, você pode ensinar
ra a ISO, e em Maio de 2006 o e recomendar a todos que o
ODF é aprovado por unanimida- mazenados em ODF poderão
ser abertos em 10, 50 ou 100 instalem em seu computador
de, se tornando a norma para poder editar nativamente
ISO/IEC 26.300, adotada (este anos, por dois motivos princi-
pais. O primeiro deles é que o documentos em ODF.
é o termo para a aprovação de
uma norma na ABNT) no Brasil ODF é uma iniciativa colaborati- Muita gente deve estar se
perguntando “Por que o Jomar tes do lançamento, gostaria de realmente inovadoras que utili-
fala tanto em OpenOffice.org e deixar claro que “Só acredito zam o ODF ainda serão desen-
não no BrOffice.org?”. Para vendo :)”). Ainda falando em Mi- volvidas. Meu principal objetivo
quem não sabe, o OpenOffi- crosoft Office, já existem plug- hoje é fazer com que você seja
ce.org e o BrOffice.org são exa- ins para fazer com que ele su- o autor de uma delas :)
tamente a mesma aplicação, e porte ODF e destes plug-ins, o
basicamente o nome muda por mais destacado (e até onde
que quando o OpenOffice.org sei o mais completo) é desen-
foi lançado internacionalmente, volvido pela Sun Microsystems
a marca OpenOffice.org já ha- e pode ser facilmente encontra-
via sido registrada no Brasil e do na Internet. Como se pode Maiores informações:
a empresa detentora do regis- ver, a escolha da sua suíte de
tro não abriu mão da sua mar- escritório é toda sua. ODF Alliance:
ca. A comunidade brasileira http://www.odfalliance.org
Atualmente participam do
precisou então mudar o nome desenvolvimento do ODF diver-
da “nossa versão” traduzida do Site do OpenOffice.org:
sas empresa de tecnologia co- http://www.openoffice.org
OpenOffice.org para BrOffi- mo Novell, Google, Sun
ce.org e por incrível que pare- Microsystems, IBM, Red Hat e
ça isso nos deu alguns Site do BrOffice.org:
Microsoft (entre outros), além http://www.broffice.org
benefícios. O primeiro e mais de diversos especialista do
importante deles é que temos mundo todo, como este que
hoje uma das maiores e mais Site da OASIS:
vos escreve (sim, tem brazuca http://www.oasis-open.org
ativas comunidades de OpenOf- desenvolvendo o ODF :) ).
fice.org do mundo e muita gen-
te chega á esta comunidade A última versão do ODF ISO:
imaginando que o software é to- aprovada pelo OASIS é a ver- http://www.iso.org
do desenvolvido no Brasil. são 1.1, que se diferencia da
Quando aprende a história que versão 1.0 (a mesma da norma ABNT:
acabei de contar, o colabora- ISO), por contar com suporte á http://www.abnt.org.br
dor já está apaixonado pela suí- acessibilidade. A versão 1.2 do
te e pela comunidade e aí não ODF está em fase final de de- Blog do Jomar:
consegue mais abandona-la. senvolvimento no OASIS e con- http://homembit.com
vido a todos a acompanhar
Existem outros softwares nosso trabalho (basta buscar JOMAR SILVA é
que suportam o ODF e dentre engenheiro
OASIS ODF TC e você nos en- eletrônico e Diretor
eles destaco o Lotus contra online). Geral da ODF
Symphony da IBM, o Star Offi- Alliance Latin
Espero que todos agora America. É também
ce da Sun, os softwares livres coordenador do
Koffice e Abiword (só para citar saibam o que é o ODF, pois grupo de trabalho na
pretendo falar mais sobre ele ABNT responsável
alguns) e por incrível que pare- pela adoção do ODF
ça, no final do mês de Abril se- nos próximos artigos da revis- como norma
rá lançado o Service Pack 2 do ta. Eu acredito que estamos brasileira e membro
do OASIS ODF TC,
Office 2007 da Microsoft que te- com o ODF hoje no mesmo es- o comitê
rá como uma das suas novida- tágio que estávamos com o internacional que
HTML em 1995 e por isso, ain- desenvolve o padrão
des o suporte nativo ao ODF ODF (Open
(como escrevo este artigo an- da vai passar muita água debai- Document Format).
xo da ponte e as aplicações
PANÓPTICO
NA REDE
Por Filipe Saraiva
sitados, quanto tempo passou recentemente várias delas tra- ce administradores de redes
em cada um deles, sobre o mitando em diferentes países sociais como Facebook e MyS-
que eles tratam... – vale citar alguns, por exem- pace a fornecer detalhes de
Outra frente parte dos ma- plo, França, Coreia do Sul, Grã- amigos e contatos de usuários.
gistrados mais conservadores, Bretanha e Brasil. O governo diz que o projeto é
que interpretam a dinâmica Na França, existe um pro- necessário para combater o ter-
das redes como similar a das jeto de resposta gradual que rorismo no país, e que para is-
sociedades convencionais, ten- suspenderá o acesso a Inter- so é fundamental ter acesso
tando transpor leis e juízos de net de partilhadores por até irrestrito a esses dados.
valor da realidade física (palpá- um ano (ver Espírito Livre nº 1 No Brasil temos a Lei Aze-
vel) para a virtual. Daí, por ex- – Julgamento do The Pirate redo que, através de seus arti-
emplo, que distribuir música, Bay). A responsabilidade por gos bastante abertos a várias
filmes e livros ou até simples- acusar e investigar os internau- interpretações, criminaliza o
mente fazer legendas para um
seriado sejam considerados,
respectivamente, furto e que-
bra de direito autoral.
E por último, outro grupo
Acredito que deva haver
que propõe leis de controle so- um aparato para coibir estes
bre a rede são, por vezes, liga-
dos aos movimentos de crimes pela rede, mas as leis que
garantia dos direitos humanos
que gostariam de interceptar re- versariam sobre esta questão não
des de tráfico de drogas, ar-
mas e crimes bárbaros como deveriam colocar a totalidade dos
os de pedofilia. Certamente, es-
tas atitudes listadas causam
internautas como suspeitos
prejuízos a sociedade como
um todo; porém suspender ga-
destes atos.
Filipe Saraiva
rantias e conquistas de direito
a privacidade de todos os inter-
nautas não seria aceitável – tan-
to como violar a
correspondência de todo mun- tas compartilhadores de bens compartilhamento p2p, a pro-
do para interceptar estas mes- culturais ficaria a cargo de gramação de eletrônicos bus-
mas redes criminosas também uma entidade chamada HADO- cando-se novos usos, coloca
não o são. Acredito que deva PI. O projeto na Coreia do Sul servidores para gravarem logs
haver um aparato para coibir es- é parecido com o francês, exce- de acesso à rede... dentre ou-
tes crimes pela rede, mas as to que o poder de encerrar qual- tros. Importante que temos um
leis que versariam sobre esta quer atividade online, seja site movimento muito forte para
questão não deveriam colocar ou acesso a rede, seria concer- barrar esta lei, que já contou
a totalidade dos internautas co- nente ao Ministério da Cultura, com debates, manifestações e
mo suspeitos desses atos. Desporto e Turismo. uma extensa petição online ain-
A Grã-Bretanha estuda a da no ar.
Para alguns exemplos des-
tas leis invasivas, temos visto possibilidade de uma lei que for- Quanto aos produtos dis-
perseguição ou neurose...
Maiores informações:
Filipe Saraiva Grokster:
http://www.grokster.com
ponibilizados que favorecem a Um interessante vídeo fic- Documentário Ficção EPIC 2014
implementação do panótip- ção-documentário sobre o Goo- http://www.youtube.com/watch?v=4O
co/controle na Internet, pode- gle e a privacidade de seus Z-ANCEchM
mos citar os bastante clientes pode ser encontrada
utilizados – até por este que em EPIC 2014. Algumas ponde- Petição contra a Lei Azeredo
vos escreve – serviços do Goo- rações feitas nele pode assus- http://www.petitiononline.com/veto200
gle. Buscador, Gmal, Blogger, tar a aqueles que nunca 8/petition.html
Youtube, Orkut... todos eles se pensaram no impacto de dispo-
apropriam de informações pes- nibilizar informações pessoais Site Liberdade na Fronteira
soais nossas – cedidas espon- para a empresa. http://www.liberdadenafronteira.blogs
taneamente, vale lembrar – Estamos diante de uma
pot.com
que são utilizadas pelos bots era em que a vigilância está se
da empresa para dispor de pro- fortalecendo na rede. Não ape- FILIPE DE OLIVEIRA
paganda condizente com nos- SARAIVA estuda
nas aos partilhadores de bens Ciências da
sas preferências. Isso é culturais, mas até pessoas que Computação na
também uma forma de vigilân- Universidade Federal
utilizam webmail, blogs grátis e do Piauí, entusiasta
cia, uma maneira de termos in- redes sociais estão cada vez do GNU/Linux, da
formações pessoais mais tendo suas informações
Cultura Livre e das
possibilidades de
disponibilizadas para alguém repassadas a desconhecidos criação coletiva
“estranho”, que conhece nossa ou sendo vítimas do olhar de oferecidas pelo
mundo conectado. É
intimidade através de nossas um “Big Brother” que quer sa- pesquisador da área
correspondências eletrônicas, ber – ou já sabe – qual o con- de Cibercultura,
posts em blogs pessoais, bus- Pesquisa Operacional
teúdo daquele pacote roteado e Inteligência
cas... para a sua máquina. E cabe a Artificial.
Fazendo as
pazes com o bicho-papão:
A matemática e o SL
Por Sinara Duarte
A matemática, para a mai- de nerd, que sabia tudo de ma- ve a dádiva de ser pai ou mãe,
oria, das pessoas, é o bicho-pa- temática, fazendo “ares de dou- ou mesmo ficou observando
pão, pois é a disciplina que tor” sem ter sequer completado uma criança dar seus a primei-
mais apavora, que mais repro- o ensino fundamental (antigo ros passos, percebe a hesita-
va. Estima-se que em um uni- 1º grau). Infelizmente ainda ho- ção da mesma, quando
verso de cem reprovações, je, predomina no ideário coleti- encontra um obstáculo em seu
70% por cento, aproximadamen- vo, que a aprendizagem da caminho: uma poça de água
te, são atribuídas a essa discipli- matemática é para poucos afor- ou uma calçada mais alta. Nes-
na, o que demonstra o tunados que nasceram com es- te momento, a criança hesita,
fracasso do ensino da matemáti- te dom, quando na verdade, já pois seu cérebro ainda em for-
ca nas instituições escolares nascemos programados para mação, enfrenta uma situação
brasileiras. aprender matemática. Como as- nova na qual não está habitua-
O reflexo da precarieda- sim? da. No caso de cérebro adul-
de do ensino brasileiro foi mos- Que a matemática, está to, este é capaz dentro de uma
trado no PISA – Programa em todo lugar, isso já sabe- fração de segundos, como
Internacional de Avaliação de mos, não apenas na fatura do uma poderosa máquina de cal-
Alunos (2000) – onde os estu- cartão de crédito, no desconto cular, relacionar a distância a
dantes brasileiros ficaram na úl- do Imposto de Renda, no alinha- partir de seu campo de visão
tima colocação na prova de mento das rodas de seu carro, (comparação) até o obstáculo,
matemática concorrendo com mas indiretamente, também fa- calcular o ângulo (trigonome-
outros trinta países. zemos cálculos inconsciente- tria) necessário para dar o pas-
mente. Mesmo até os mais so, calcular a força necessária
Na escola a matemática para a impulsão (física), o risco
é vista como vilã, ao mesmo avessos a matemática, utiliza
essa habilidade corriqueiramen- envolvido (probabilidade: eu
tempo que eterniza os gênios. caio ou não?) para por fim, defi-
Todo mundo lembra da infân- te sem perceber.
nir qual a melhor estratégia:
cia, daquele aluno, com cara Exemplificando: Quem te- dar a volta ou tentar pular a po-
VITÓRIA/ES
Por João Fernando Costa Júnior
A arrecadação também
rendeu mais frutos que no
último evento. Desta vez
entregamos aproximadamente
60 kilos de alimentos, muitos
deles necessitados pela
associação como relatou a
responsável, Creuza, que nos
recebeu prontamente, assim
que ligamos para ela. Um
relato que nos comoveu foi o
fato dela ter dito que naquele
mesmo dia havia dividido o
feijão (8 KG) que a unidade
tinha com a segunda unidade,
que fica localizada em um
outro bairro do mesmo
município, ficando apenas 4
KG para cada uma das
Figura 3: Entrega dos alimentos
unidades. Segundo ela,
aqueles alimentos do eventos Novos projetos junto a Maiores informações:
haviam caído do céu. Neste Associação Amor e Vida
momento, toda a equipe que Iniciativa Espírito Livre:
A Iniciativa Espírito Livre,
estava responsável por http://www.espiritolivre.org/
juntamente com integrantes de
entregar os alimentos sentiu outros grupos envolvidos com
que o FLISOL 2009 havia FLISOL 2009 no Espírito Santo:
software livre no Espírito
ajudado não somente os http://flisol.espiritolivre.org
Santo, perceberam a
participantes que necessidade da Associação
permaneceram durante parte FLISOL - Site Oficial
Amor e Vida não dispor de um
do sábado assimilando novos http://flisol.info
site da instituição, que neste
conceitos e ensinamentos. contexto se torna um canal de
Mas também havíamos feito a DFD'09 no Espírito Santo:
contato entre outras pessoas
diferença com esta http://dfd.espiritolivre.org
que queiram ajudar, bem como
colaboração à Amor e Vida. uma forma da associação
Agradecemos aos mostrar para a sociedade
participantes do FLISOL 2009 como é feito seu trabalho.
em Vitória/ES, pois esta Assim, a proposta de
doação apesar de ter sido desenvolvimento de um site
intermediada pela Iniciativa ficou de ser vista, bem como a
Espírito Livre, ela foi feita manutenção e hospedagem do JOÃO FERNANDO
serviços em nossos COSTA JÚNIOR é o
inteiramente por vocês, que líder do GUBrO-ES e
fizeram suas inscrições servidores. Percebemos que responsável pela
doando os alimentos. Nosso isto a princípio não é nada, Iniciativa Espírito
Livre / Revista
muito obrigado a vocês e nos entretanto pode ajudar muita Espírito Livre.
vemos em breve. gente.
DIA LIVRE:
IDÉIAS
SIMPLES E
AÇÕES
PRÁTICAS
Por David A. Ferreira
Palestras
Busque em sua cidade
por pessoas que tenham afini-
dade com Software Livre ou
GNU/Linux e que de fato te-
nham ações condizentes com
as palavras, ou seja, tome cui-
dado para não achar um Admi-
nistrador de Sistemas, que
nunca trabalhou com um siste-
ma GNU/Linux, para justamen-
te palestrar sobre o mesmo,
afinal que credibilidade e respei-
to o publico daria para uma pes-
soa que não tem vivência para
poder falar de pontos fortes ou
fracos deste ambientes.
Selecione por volta de du- Figura 2: Da esquerda para direita: João Neto, Alexandre Alencar e David Ferreira
MAIO JUNHO
Evento: Hora Livre - Por que
Evento: XIX SEMAC 2009 programar em PHP? Evento: IV EvidoSol e I
Data: 11 e 15/05/2009 Data: 23/05/2009 CILTEC Online
Local: São Paulo/SP Local: Campo Grande/MT Data: 03 a 05/06/2009
Local: Encontro Virtual
Evento: Brazil Scrum Evento: Falando em Java
Gathering 2009 Evento: I Encontro de
Data: 12/05/2009 Data: 24/05/2009 CakePHP
Local: São Paulo/SP Local: São Paulo/SP Data: 13/06/2009
Local: São Paulo/SP
Evento: Java@TV Digital Evento: Brazilian Road Show
Data: 14/05/2009 2009 - Java EE Open Source Evento: III ENSOL - Encontro
Local: São Paulo/SP Data: 27/05/2009 de Software Livre da Paraíba
Local: Rio de Janeiro/RJ Data: 19 a 21/06/2009
Evento: IX Encontro de Local: João Pessoa/PB
Informática da FARN Evento: Palestra sobre
Data: 19 e 20/05/2009 Desenvolvimento Evento: CMS Brasil 2009
Local: Natal/RN Aplicativos Web Data: 20/06/2009
Data: 28/05/2009 Local: São Paulo/SP
Evento: Brazilian Road Show Local: Vitória/ES
2009 - Java EE Open Source Evento: WordCamp Brasil
Data: 20/05/2009 Evento: Free Software Bahia Data: 21/06/2009
Local: Porto Alegre/RS 2009 Local: São Paulo/SP
Data: 28 e 29/05/2009
Evento: Engenharia de Local: Salvador/BA Evento: 10º Fórum
Software Conference Internacional Software Livre -
Data: 22 e 23/05/2009 Evento: III ENSL e IV Festival FISL 10
Local: São Paulo/SP Data: 29 e 30/05/2009 Data: 24 a 27/06/2009
Local: Salvador/BA Local: Porto Alegre/RS
Evento: Seminário O Novo
Mercado de TI - Evento: 1º Workshop PHP-ES Evento: Google Developer
Oportunidades e Data: 30/05/2009 Days 2009
Especializações Local: Vila Velha/ES Data: 29/06/2009
Data: 23/05/2009 Local: São Paulo/SP
Local: Porto Alegre/RS