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Brasil nos Trilhos

Ministro dos Transportes afirma que marco regulatório


das ferrovias será debatido com as empresas do setor

“As reformulações do marco regulatório para o transporte ferroviário de carga será


feita dentro de um ambiente de absoluta transparência e diálogo com o setor,
como já está ocorrendo” – afirmou o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio
Oliveira Passos, na abertura do IV Brasil nos Trilhos, hoje em Brasília. Segundo o
ministro, o governo federal não editaria um decreto dessa importância sem a
oportunidade de debatê-lo antes com as concessionárias. ”O governo é ciente de
suas responsabilidades no que diz respeito à observância de contratos, mas é
preciso abrir novas alternativas” – disse ele.
A mesa de abertura do IV Brasil nos Trilhos, promovido pela Associação Nacional
dos Transportadores Ferroviários – ANTF, contou com a participação da Ministra-
chefe da Casa Civil, Erenice Alves Guerra; do secretário substituto do ministério do
Meio Ambiente, Wolney Zanardi, representando a ministra Izabella Teixeira; e do
deputado Milton Monti, presidente da Comissão de Viação e Transportes da Câmara
dos Deputados, entre outras autoridades, além de empresários, técnicos e líderes
de entidades do setor ferroviário.

Competitividade
A ministra Erenice Guerra destacou a importância da modernização do marco
regulatório como fator fundamental para a competitividade do transporte
ferroviário de carga. Para o deputado Milton Monti, as ferrovias estão vivendo um
novo ciclo, com grandes investimentos do governo federal para expansão da malha
e implantação da intermodalidade. “Esses investimentos na infraestrutura de
transportes precisam ser permanentes, agregando os diversos modais, pois o Brasil
precisa disso para consolidar seu desenvolvimento”, disse Milton Monti.
O presidente da ANTF, Marcello Spinelli, destacou os resultados alcançados pelo
setor em 13 anos de atuação das concessionárias, com investimentos privados na
ordem de R$ 22 bilhões. Lembrando que antes da privatização das ferrovias de
carga, a RFFSA acumulava prejuízos de R$ 1 milhão por dia e deixou para a União
um passivo de R$ 13 bilhões, Spinelli observou que as concessionárias já
recolheram R$ 12 bilhões aos cofres públicos, em concessão e arrendamento,
tributos federais, estaduais e municipais.
“Não vivemos de passado, e sim de uma perspectiva enorme de crescimento
sustentado”, disse Spinelli, ressaltando que o efetivo crescimento do setor nos
últimos anos, para atender às demandas da economia brasileira, dependerá da
superação de alguns desafios, como a expansão da malha e a implantação de uma
estrutura intermodal com terminais portuários suficientes para viabilizar o
escoamento ágil dos produtos. O presidente da ANTF citou também, como pontos
críticos, a urgente eliminação de gargalos que comprometem a eficiência das
ferrovias e a criação de mecanismos para assegurar maior competitividade ao
setor.
O aprimoramento do marco regulatório, observou Spinelli, “deve garantir o respeito
aos contratos vigentes, preservando a sustentabilidade e a continuidade dos
investimentos privados”.

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