DA COMPRA E VENDA 1. ORIGEM HISTÓRICA • TROCA OU PERMUTA • MERCADORIAS FORAM UTILIZADAS COMO PADRÃO PARA FACILITAR O INTERCÂMBIO E O COMÉRCIO. • NO INÍCIO UTILIZARAM CABEÇAS DE GADO(PECUS) E DEPOIS METAIS PRECIOSOS. DA COMPRA E VENDA 1. CONCEITO:
“Contrato bilateral pelo qual uma das
partes(vendedor) se obriga a transferir o domínio de uma coisa à outra (comprador), mediante contraprestação de certo preço em dinheiro.” DA COMPRA E VENDA
“ Art. 481. Pelo contrato de compra e venda,
um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro”. DA COMPRA E VENDA 2. NATUREZA JURÍDICA • É o mais importante dos contratos e a origem de quase todo o direito das obrigações. • Sinalagmático - gera obrigações reciprocas. • Consensual - se aperfeiçoa com o acordo de vontades, independente da entrega da coisa. • Oneroso - ambos os contratantes obtêm proveito. • Comutativo – certo quanto ao conteúdo das prestações recíprocas. DA COMPRA E VENDA 3. ELEMENTOS DA COMPRA E VENDA 3.1. O consentimento • Capacidade das partes para vender e comprar; • Deve ser livre e espontâneo; • Erro sobre qualidades essenciais ou objeto principal – anulabilidade; • Erro acidental – não acarreta qualquer prejuízo. DA COMPRA E VENDA 3.2 O preço • Fixação conforme taxa do mercado ou bolsa(art.486); • Preço ao arbítrio de terceiro (art.485); • Preço fixado em função de índices ou parâmetros(art.487). • Preço pago em dinheiro, sério e real. DA COMPRA E VENDA 3.3 A coisa a) Existência da coisa; • Coisa atual ou futura; • Venda de coisas incorpóreas; b)Individuação da coisa • Objeto determinado ou suscetível de determinação no momento da execução c)Disponibilidade da coisa DA COMPRA E VENDA 4. DOS EFEITOS DA COMPRA E VENDA • Gerar obrigações recíprocas para os contratantes; • Responsabilidade do vendedor pelos vícios redibitórios e pela e evicção; • Responsabilidade pelos riscos – Art.492; • Repartição das despesas – Art.490. DA COMPRA E VENDA 5. LIMITAÇÕES A COMPRA E VENDA 5.1 Venda de ascendente a descendente. Art. 496. É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido. Parágrafo único. Em ambos os casos, dispensa-se o consentimento do cônjuge se o regime de bens for o da separação obrigatória. DA C OMPRA E VENDA • Venda de descendente a ascendente – não há proibição. • Venda de avô a neto – aplica-se a limitação prevista no art. 496,CC. • Para a venda de ascendente a descendente ser válida é indispensável a anuência dos demais descendentes(herdeiros necessários) ao tempo do contrato. DA COMPRA E VENDA • Filho reconhecido após a realização do contrato de compra e venda – Para o STF o filho legítimo natural reconhecido judicialmente a posteriori é parte legítima para pleitear a nulidade da venda. • É indispensável também o consentimento do cônjuge do vendedor, salvo se o regime de bens for o da separação legal(obrigatória). DA COMPRA E VENDA • Cônjuge do descendente – não precisa consentir. • Legitimidade para ação anulatória – descendentes e cônjuge do vendedor. • Prazo para a anulatória (art. 179, CC) – prazo decadencial de 2 anos, contados do conhecimento da conclusão do contrato. DA COMPRA E VENDA 5.2. Aquisição de bens por pessoa encarregada de zelar pelos interesses do vendedor. • O Código Civil recusa legitimação a certas pessoas encarregadas de zelar pelo interesse do vendedor. • Objetivo: manter a isenção de ânimo naqueles que por dever de ofício ou profissão são responsáveis por cuidar de interesses alheios.Ex: tutor e curador ART. 497. Sob pena de nulidade,não podem ser comprados, ainda que em hasta pública: I- pelos tutores e curadores, testamenteiros e administradores, os bens confiados à sua guarda ou administração; II – pelos servidores públicos, em geral, os bens ou direitos da pessoa jurídica a que servirem, ou que estejam sob sua administração direta ou indireta; III - pelos juízes, secretários de tribunais, arbitradores, peritos e outros serventuários ou auxiliares da justiça, os bens ou direitos sobre que se litigar em tribunal, juízo ou conselho, no lugar onde servirem, ou que se estender a sua autoridade; IV – pelos leiloeiros e seus prepostos, os bens de cuja venda estejam encarregados. DA CODMPRA E VENDA 5.3. Venda da parte indivisa em condomínio. • O condômino vendedor não pode vender sua parte a estranhos sem antes oferecê-la aos demais condôminos, tanto por tanto. • Preterição de Condômino – ação de preempção, ajuizada no prazo decadencial de 180 dias, contados da data em que teve ciência da alienação. Art. 504. Não pode um condômino em coisa indivisível vender a sua parte a estranhos, se outro consorte a quiser, tanto por tanto. O condômino, a quem não se der conhecimento da venda, poderá, depositando o preço, haver para si a parte vendida a estranhos, se o requerer no prazo de cento e oitenta dias, dob pena de decadência. DA COMPRA E VENDA 5.4 Venda entre cônjuges.
“Art. 499. É licita a compra e venda entre
cônjuges, com relação a bens excluídos da comunhão”. DA COMPRA E VENDA 6. VENDAS ESPECIAIS 6.1 VENDA MEDIANTE AMOSTRAS AMOSTRA – paradigma, reprodução da coisa vendida com suas qualidades e características, apresentada em tamanho normal ou reduzido. * O vendedor deve assegurar ter a coisa as qualidades mostradas no modelo ou protótipo. VENDAS ESPECIAIS 6.2 VENDA “Ad corpus” E “Ad mensuram”. *Ad mensuram – venda estipulada com base nas dimensões do imóvel. *Ad corpus – o imóvel é adquirido como um todo, como corpo certo e determinado, não tendo nenhuma influência na fixação do preço as suas dimensões.