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CONTRATO DE

SEGURO
DIREITOS E DEVERES
DIREITOS DO SEGURADO

1. Receber a indenização até o limite da apólice, assim que verificado o


sinistro (risco assumido pelo segurador);
Art. 763 CC - Não terá direito a indenização o segurado que estiver em mora no
pagamento do prêmio, se ocorrer o sinistro antes de sua purgação.

2. Reter os prêmios atrasados e fazer outro seguro se a sociedade


seguradora sofrer dissolução;

3. Não ver aumentado o valor do prêmio em face do agravamento dos


riscos assumidos pelo segurador;

Ex. Epidemia que atinge a cidade aumentando o risco de morte.


DIREITOS DO SEGURADO

4. Exigir a revisão do prêmio ou a resolução do contrato se a redução do


risco for considerável;
Art. 770 CC. Salvo disposição em contrário, a diminuição do risco no curso do
contrato não acarreta a redução do prêmio estipulado; mas, se a redução do risco
for considerável, o segurado poderá exigir a revisão do prêmio, ou a resolução do
contrato.

Deve ser uma redução extraordinária, que acarrete considerável desequilíbrio


contratual, não prevista, imprevisível e de grande intensidade, de forma a
descaracterizar o contrato de seguro.

5. Exigir a revisão do prêmio ou a resolução do contrato se a redução do


risco for considerável;
DEVERES DO SEGURADO

1. Pagar o prêmio no prazo estipulado.

O fato de não se ter verificado o risco não exime o segurado do dever de pagar o
prêmio, ressalvadas disposições especiais do direito marítimo (C.COM. 642, 684)

2. Abster-se de tudo que possa aumentar ou agravar os riscos, ou seja,


de tudo que for contrário aos termos estipulados, sob pena de
perder o direito ao seguro.
O segurado não pode desejar a ocorrência do risco, porque, agindo assim,
desnatura-se o contrato de seguro, perde-se a boa-fé e rompe-se o equilíbrio
contratual entre as partes;

Art. 768 CC - O segurado perderá o direito à garantia se agravar intencionalmente


o risco objeto do contrato.
DEVERES DO SEGURADO

3. Comunicar ao segurador todo incidente – fato imprevisto - alheio a


sua vontade, que possa agravar consideravelmente o risco, sob pena
de perder o direito ao seguro, caso demonstrado que silenciou de
má-fé;
Art. 769 CC - O segurado é obrigado a comunicar ao segurador, logo que saiba, todo
incidente suscetível de agravar consideravelmente o risco coberto, sob pena de
perder o direito à garantia, se provar que silenciou de má-fé.
§ 1o O segurador, desde que o faça nos quinze dias seguintes ao recebimento do
aviso da agravação do risco sem culpa do segurado, poderá dar-lhe ciência, por
escrito, de sua decisão de resolver o contrato.

Ônus decorrente do dever de boa-fé presente na relação contratual de seguro. Deve


o segurado comunicar a possibilidade de agravamento considerável da ocorrência
do risco por todo o incidente que ocorrer durante o contrato de seguro. Ex. Faz
seguro de um imóvel e pouco tempo depois se instala uma fábrica de explosivos na
vizinhança.
DEVERES DO SEGURADO

4. Responder pelos juros moratórios se atrasar o pagamento do prêmio


ou de uma de suas prestações;
5. Levar ao conhecimento do segurador a ocorrência do sinistro, assim
que souber da sua verificação, e tomar as providências necessárias
para minorar-lhes as conseqüências.

Art. 771 CC - Sob pena de perder o direito à indenização, o segurado participará o


sinistro ao segurador, logo que o saiba, e tomará as providências imediatas para
minorar-lhe as conseqüências
DIREITOS DO SEGURADOR

1. Receber o prêmio a que o segurado se obrigou, durante a vigência do


contrato;

2. Isentar-se do pagamento da indenização no caso de:

a) Dolo do segurado;
b) Mora no pagamento do prêmio;
c) Sinistro decorrer de vício intrínseco da coisa (Art. 784)

3. Reajustar o prêmio para que corresponda ao risco assumido


DIREITOS DO SEGURADOR

4. Sub-rogar-se, se pagar indenização, no direito respectivo contra o


autor do sinistro, para reaver o que desembolsou.
Art. 786 CC - Paga a indenização, o segurador sub-roga-se, nos limites do valor
respectivo, nos direitos e ações que competirem ao segurado contra o autor do dano.
§ 1º Salvo dolo, a sub-rogação não tem lugar se o dano foi causado pelo cônjuge do
segurado, seus descendentes ou ascendentes, consangüíneos ou afins.

SÚMULA Nº 188-STF
O SEGURADOR TEM AÇÃO REGRESSIVA CONTRA O CAUSADOR DO DANO, PELO QUE
EFETIVAMENTE PAGOU, ATÉ AO LIMITE PREVISTO NO CONTRATO DE SEGURO.

OBS: ART. 800 CC


Nos seguros de pessoas, o segurador não pode sub-rogar-se nos direitos e ações do
segurado, ou do beneficiário, contra o causador do sinistro.
DEVERES DO SEGURADOR

1. Pagar em dinheiro o prejuízo resultante do risco assumido, salvo se


convencionada a reposição da coisa. (art. 776).
2. Constituir reservas técnicas, fundos especiais e provisões para a
garantia das obrigações assumidas
3. Pulverizar o risco, sob a forma de co-seguro e resseguro.

4. Não reter responsabilidade cujo valor ultrapasse seus limites


técnicos;

5. Emitir a apólice, nos termos da proposta devidamente aceita, e


providenciar a sua remessa ao segurado.
DEVERES DO SEGURADOR

6. Restituir o prêmio em dobro, salvo má-fé do segurado, no caso do


art. 773 CC:
Art. 773. O segurador que, ao tempo do contrato, sabe estar passado o risco de que
o segurado se pretende cobrir, e, não obstante, expede a apólice, pagará em dobro
o prêmio estipulado.

7. Adotar as providências necessárias assim que souber do sinistro,


arcando, inclusive, até o limite fixado no contrato, com as despesas
de salvamento;
EXTINÇÃO DO CONTRATO

1. Distrato;
2. Decurso do prazo ajustado;
3. Cessação do risco;

4. Ocorrendo o sinistro e sendo liquidado.

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