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POSITIVISMO

Corrente de pensamento formulada na França por Auguste Comte (1798-


1857). O termo identifica a filosofia que busca seus fundamentos na ciência e
na organização técnica e industrial da sociedade moderna. O método científico
é o único válido para se chegar ao conhecimento. Reflexões ou juízos que não
podem ser comprovados pelo método científico, como os postulados da
metafísica, não levam ao conhecimento e não têm valor.

Entre suas formulações principais, está a que considera que as sociedades


humanas passam por três estágios de evolução histórica. O primeiro é o
teológico, no qual os fenômenos são apresentados como sendo produzidos
pela ação de seres sobrenaturais que interferem arbitrariamente no mundo. O
segundo é o metafísico, no qual os fenômenos são engendrados por forças
abstratas. O último estágio é o positivo, em que o ser humano desiste de
procurar as causas íntimas dos fenômenos para, através da observação e do
método científico, estabelecer as leis gerais que os regem. O estado positivo,
portanto, corresponde à maturidade do espírito humano que não é mais
enganado por explicações vagas, uma vez que pode alcançar o real, o certo e
o preciso.

Para Comte, o método positivista consiste na observação dos fenômenos, subordinando a


imaginação à observação. O fundador da linha de pensamento sintetizou seu ideal em sete
palavras: real, útil, certo, preciso, relativo, orgânico e simpático. Comte preocupou-se em
tentar elaborar um sistema de valores adaptado com a realidade que o mundo vivia na época
da Revolução Industrial, valorizando o ser humano, a paz e a concórdia universal.

O positivismo teve fortes influências no Brasil, tendo como sua representação máxima, o
emprego da frase positivista “Ordem e Progresso”, extraída da fórmula máxima do
Positivismo: "O amor por princípio, a ordem por base, o progresso por fim", em plena
bandeira brasileira. A frase tenta passar a imagem de que cada coisa em seu devido lugar
conduziria para a perfeita orientação ética da vida social.

O Positivismo tem o seu paralelo no Realismo (a partir de cerca de 1850) que, ao


nível da arte e da literatura, se revela pela representação da natureza sem
qualquer idealismo. A obra de arte passa a ter como missão revelar toda a
realidade natural, social e histórica. O realismo literário visa a clarificação do
mundo – o mundo é compreensível e explicável. Assim, como pano de fundo do
Realismo está o Positivismo – visa a objectividade com o apoio da documentação
e da análise.A análise da realidade através da observação e da experiência
manifesta um novo posicionamento – a necessidade de utilizar nas ciências
sociais e políticas os métodos utilizados para as ciências positivas. Comte propõe
algo novo: a física social, que mais tarde passou a chamar-se sociologia. Assim, a
ciência social e política passaria a ter o estatuto das ciências de observação. Nesta
classificação a matemática era considerada a base de todas as ciências. O estudo
dos fenómenos sociais assentava nos dados dispensados pela astronomia, pela
física e pela química, tendo em linha de conta as leis naturais invariáveis. A
noção de Humanidade, defendida como a unidade entre os homens, e os
fenómenos do real não constituíam para o sociólogo conceitos abstractos mas
conceitos de uma realidade positiva que se impõe ao espírito como unidade e
como síntese universal.Num período em que dominam novas formas de
feudalismo na indústria, o Romantismo desvenda o trágico da vida. De certa
forma, o Romantismo e o Realismo não são mais que dois aspectos
indissociáveis de uma mesma atitude face à vida: a consciência de uma realidade
intolerável que é necessário transformar.

Determinismo
Termo utilizado pela primeira vez por Hippolyte Taine para denominar uma
visão que apresenta o ser humano como produto do meio em que se encontra,
da herança (cultural, social, biológica) recebida e das condições históricas
características do momento em que vive.

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