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CURSOS PROFISSIONAIS DE NÍVEL SECUNDÁRIO

Técnico de Gestão

Componente de Formação Científica


Disciplina: Economia

Módulo 5
O Estado e a Actividade Económica

5.2 Objectivos da Intervenção Económica e Social do


Estado

António Amaral 2010/2011 1


Evolução da intervenção do estado na economia

Duas concepções básicas

Estado Liberal Estado Intervencionista


- O estado intervém apenas para -Surge em força como resposta à
garantir o funcionamento do crise de 1929
mercado
-Aparece para prevenir outras
-O estado deve limitar-se a definir crises e minimizar os seus efeitos
o quadro jurídico que a actividade
-Às funções relacionadas com a
económica deve respeitar
justiça, a segurança e a defesa, o
-Surge em força no século XVIII estado intervencionista acrescenta
associado às ideias liberais medidas de natureza económica
tendo em conta objectivos
-Assenta na liberdade de iniciativa
políticos, económicos e sociais
e na concorrência
que pretende alcançar
-O estado não deve intervir
directamente na economia
É frequente, hoje em dia, assistir-se à intervenção do
estado na actividade económica

Condução de políticas anti-crise através de


instrumentos fiscais, monetários e de controlo de
preços

Elaboração de planos indicativos visando o


desenvolvimento económico nacional e regional

Constituição de um Sector Empresarial do Estado

Regulação e dinamização da actividade


económica

Fiscalização dos agentes económicos


Funções económicas e sociais do estado

Incapacidade de o mercado assegurar, por si só, a


eficiência, a equidade e a estabilidade.

Argumenta-se que o estado intervém para minimizar as


falhas de mercado, de forma a promover o
desenvolvimento económico e a justiça social

Os objectivos da intervenção do estado na economia


seriam assim, garantir a eficiência, a equidade e a
estabilidade.
Exercício das funções económicas e sociais do estado

Repor a eficiência, a equidade e a estabilidade, promovendo:

Uma eficaz utilização dos recursos, reduzindo os custos


de produção

A produção de bens públicos (bens e serviços não


divisíveis: redes rodoviárias e ferroviárias, iluminação
pública, segurança interna e externa, educação (?),
saúde (?), etc.)

A justiça social – redistribuição dos rendimentos

A diminuição da amplitude das flutuações da actividade


económica, actuando contra o aumento dos preços, o
desemprego, a estagnação ou a redução da produção
A eficiência, a equidade e a estabilidade

A eficiência

Predominam os mercados de concorrência imperfeita –


falta de eficiência

Situações de insegurança alimentar, poluição – falhas


de mercado

O mercado não tem em conta as externalidades,


nomeadamente as externalidades negativas – efeitos
nocivos da actividade económica (poluição)

Inaptidão do mercado na produção de bens públicos:


bens indivisíveis que satisfazem necessidades
colectivas – iluminação pública
A eficiência, a equidade e a estabilidade

A equidade

O mercado por si só não gera a equidade. Equidade: repartição


dos rendimentos mais equitativa; promoção da justiça social,
garantir um nível mínimo de vida a todos os cidadãos

A estabilidade

A economia funciona por ciclos: às fases de crescimento


sucedem-se as fases de desaceleração da actividade
económica

O estado deverá procurar antecipar-se a esta sucessão de


fases de expansão e de recessão da actividade económica,
reduzindo as flutuações do ciclo económico para garantir maior
estabilidade
A eficiência, a equidade e a estabilidade

Funções económicas e sociais do estado

Incapacidade de o mercado assegurar, por si


só, a eficiência, a equidade e a estabilidade

Argumenta-se que o estado intervém para


minimizar as falhas de mercado, de forma a
promover o desenvolvimento económico e a
justiça social

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