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peel Go ie bane Deen iii —— PONTO DE VISTA CLARO QUE NEM TUDO ESTA BEM! Weep aire Ud Dect RC LZ AMBIENTE AAGUAE A BIOSFERA: (IV) AEVAPOTRANSPIRACAO ADELIO A.$.€. MACHADO Profesor do Departamento de Quimica da Faculdade de Cineas do Porto Emartigosanteriores(A Agua ea Bisfera (ll) (IN);RUA, nimero 21, pig 3 (1996) e nimero 24, pig. 22 (1997), respectivamente), Aiscutram-seosdoisproc davegetagdo com ociclodadgua, atranspiragioainterseecHo. Nasua sequéncia, est artigo trata de um outro processo da interacgdo solo- -vegetagio-atmosfera com interesse do ponto de vstahidrolbgico, chamada.evapotranspiragéo. O artigo comega por evidenciar a complexidade deste fendmeno, depoisintroduze discute oconceitode evapotranspiracio potencial, a sua implementagio por meio de definigdes operacionaise, fnalmente, abordo problema dadetermi- ago da evapotranspiragio real. Oconhecimento de extenso (quantidade de agua evaporada num «dado periododetempo) ou caudal (quantidade deiguaevaporadapor ‘unidade de tempo) de evapotranspiragdo & importante er muitas actividades humanas que envolvem o ambiente, por exemplo, na indistria agua, na agricultraet..Oscdlculo deevapotranspiragdo sos hisicos mais importantesdainteraegiio Sionecessiris, porexemplo, emprojectosdeirrigagdo,paraavaliara exequibilidad,planificar oprojecto,geriradistribuigio dedgua, et na gesto das bias luviis, para prever caudais, definirexcedentes paratransferénciaentrebacias, prevenirosriscosdecheiasoude fogos nas florestas, tc; na planificago do desenvolvimento urbano, para prever o rendimento dos aquiferos disponiveis para distribuigdo, planificarasredesde Aguas pluviais, et. A. COMPLEXIDADE DA EVAPOTRANSPIRACAO Aeevapotranspiragio éum fendmeno muito complexo vera Fig. 1), constiuido fundamentalmente pordois subprocessos:(i)aevaporagao apartirdesuperficies de dgualiqua (agos,albufeiras, rise.) do solo eda superficie da vegetasio; (i) atranspiragdo das plantas, em ‘quea iguaéremovidado solopelasraizes dasplantase evaporadapera ‘aatmosferaa partirdo interior das folhas atranspiragdofoidiscutida SUPERFICIES DE AGUA EVAPORACAO SUPERFICIES VEGETAIS EVAPOTRANSPIRACAO TRANSPIRACAO PLANTAS Fig. 14 evapotranspraso & constitute por dos subprocesses paralelos: a evapora apart de sperficies ea transprago das pants, N.°26 -JANEIRO/FEVEREIRO/MARCO 1998 AMBIENTE ae ritTT dda profundidade do solo e das, respectivas caracteristicas driulicas; (ii)comasecagemda super- ficiedosolo,incia-se uma se- sgunda fase (a chamada fase decrescente),emque aevapo- rag ocorreabaixo dasuperti- cie,emprofundidade, 0 vapor de gua se movimenta para @ superficie por difusio ou por convexto provocada por fusedeaescente flutuagdes na pressio do ar; nestafase,avelocidadedeeva- Fig. 2A evaporago a partir de um solo (sem vegeta) ensloba duas fases que envolvem procssos isis diferentes. Poragdo € controlada plas cae racteristicasdosolo,nomeada- ‘mentepelachamada condutiv- empormenorno pentltimoartigodestastrie 4 AguaeaBiosfera(Il) A Transpiragio das Plantas, RIA, nimero 21, pag. 3 (1996)). ‘A evaporagto a partir de uma superficie de égualiguida € um ‘enémeno relativamente simples, porque, pelosmenositdealmente,a superficie € homogénea e reprodutivel. A extensdo da evaporagio depende fundamentalmente de dois factores: (i) fomecimento de ‘energiaparasuprirocalorlatente de vaporizagdo de égua; (i) estabe- lecimento de um gradiente de concentrago de vapor de égua na fase _gas03a, que provoquearemogodo vaporna vizinhangadasuperficie 1,pode-seconeluirquea evapotranspiragdopotencial deequilibrioraramentc ocorreri Aequagio de Priestley e Taylor (ver ‘expresso na Tabelad) éfrequentemente usads embidrologia, masa ‘comparaso dos seus resultados com os obtidos experimentalmente, «em medigdes com lisimetros (ver adiante) cuitivados com alfalfa, rmostrou que s6 dé resultados aceitéveis até valores de 0,4 em dia (a valores superiors, produzresultados demasiado clevados). Pie Penman (1948) foi quem pela primeira vez, no trtamento da evaporagio,usouconjuntamente os disingredienesesenciais que contribuem para esa: derivou uma equagdo em que combinow 0 fomecimento de energia necessiria para proporcionar 0 valor de ‘aporizago com um mecanismo para remogio do vapor de égua da ‘izinhanga da superticie de evaporagio. Ese tiimo mecanismo era traduzido por uma equagao empirica para o vento, que este que provoca a remogio do vapor de gua. Este tratamento foi depois retomado por Montheith(1987), quesubsituiuasproximagdoempirica por um tratamento com melhor fundamentagdo tebrica, entrando em linha de conta com os efeitos de friegdo do vento na vegetagdo eda ‘ocorréncia de uma contribuiglo da vegetagio para a resisténcia & transferéncia de vapor do solo para a atmosfera (raduzida pela condutincia olan). Estes efeitossdoinchudosnachamada equagdode Penman-Monteith (equago 12 do artigo A Agua ea Biosfera (I) A Transpiragdo das Planias, RIA, nimero 21, pag. 3 (1996). staequagdoserve de base tum processomaiselaboradodecdleulo

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