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Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há

autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por
ele instituídas. Romanos 13.1

Classe Firmes na Fé - 2010


Álem Jr. E Edvaldo Pantoja Lição 24 – Do Magistrado Civil
O Termo Magistrado (Wikipédia)
 O magistrado (do latim magistratus, derivado de magister
"chefe, superintendente") designava, em tempos passados,
lato sensu, um funcionário do poder público investido de
autoridade. Desta forma um Presidente da República, por
exemplo, receberia o epíteto de primeiro magistrado.

 A palavra latina magistratus tanto significa o cargo de


governar (magistratura) como pessoa que governa
(magistrado). Na terminologia romana "magistrado"
compreende todos os detentores de cargos políticos de
consulado para baixo.
O Magistrado nos tempos da Reforma
Inicialmente, os magistrados são os verdadeiros detentores do
imperium, que anteriormente tinham os reis. O imperium é
um poder absoluto, um poder de soberania; os cidadãos não
podem opor-se ao imperium.
O Magistrado nos dias de hoje
 No mundo contemporâneo a palavra magistrado
normalmente remete ao exercício do poder
judiciário. A noção de magistratura, que em alguns
países agrupa juízes e procuradores, é desconhecida
nos países que adotam a common law (como o
Reino Unido, os Estados Unidos ou o Canadá), que
estendem garantias constitucionais somente a seus
juízes, no senso estrito.
O Magistrado no Brasil

 No Brasil, os magistrados são tão somente os


juízes, membros do Poder Judiciário, apesar de
ambas as categorias (magistrados e membros do
Ministério Público) gozarem das garantias
constitucionais de vitaliciedade, inamovibilidade e
irredutibilidade de vencimentos (subsídios).
Formas de governo pelo mundo em
Abril de 2006:

██ Repúblicas presidencialistas totais. ██ Monarquias parlamentares constitucionais em que o monarca


██ Repúblicas presidencialistas ligadas exerce poder pessoal (muitas vezes ao lado de um parlamento fraco).
a um parlamento. ██ Monarquias absolutas.
██ Repúblicas semi presidencialistas. ██ Repúblicas uni partidárias.
██ Repúblicas parlamentares. ██ Ditadura militar
██ Monarquias parlamentares constitucionais em que o monarca não ██ Países que não se encaixam em nenhum dos sistemas acima.
exerce poder pessoal.
Os Cristão Protestantes e a
Democracia
“Se os protestantes afirmam existir uma afinidade
entre o seu espírito e o espírito da democracia, do
progresso e da modernidade, eles não querem com
isso dizer que estas sejam as tarefas específicas a
que eles se propõem, mas antes, que se trada de
decorrências naturais e secundárias do processo de
conversão a Cristo".

Protestantismo e Repressão / Rúbem Alves. São Paulo: Ática, 1982. Coleção Ensaios nº 55, pág 76.
Ramos Protestantes originados da
Reforma do séc. XVI
O Reformador João Calvino
Jean Calvin (aportuguesado João Calvino; Noyon, 10 de Julho de
1509 — Genebra, 27 de Maio de 1564);
 Foi um teólogo cristão francês;

 Formação acadêmica em Direito;

 Teve uma influência muito grande durante a Reforma Protestante,

uma influência que continua até hoje;


 A forma de Protestantismo que ele ensinou e viveu é conhecido

por alguns pelo nome Calvinismo;


 Esta variante do Protestantismo viria a ser bem sucedida em países

como a Suíça (país de origem), Países Baixos, África do Sul (entre


os africânderes), Inglaterra, Escócia e Estados Unidos da América;
Foi Calvino um cientista político?
“Calvino jamais se preocupou em formular uma doutrina
política à parte de sua teologia. Obviamente, por ter
formulado um sistema teológico abrangente e por ter
profunda preocupação pastoral, Calvino tratou em sua
formulação teológica de todas as atividades do homem,
inclusive a política. É como teólogo e pastor que
Calvino precisa ser encarado quando analisamos
qualquer aspecto de seu pensamento. Caso contrário
nos perderemos em nosso esforço de analisá-lo”.

Rev. Paulo Ribeiro Fontes - A OBEDIÊNCIA E A DESOBEDIÊNCIA CIVIL NO


PENSAMENTO DE JOÃO CALVINO
Calvino, um homem do seu tempo
“precisamos entender Calvino como um homem do seu tempo. A
sua teologia foi intimamente relacionada e influenciada pelos
acontecimentos e pelo pensamento de sua época. Se por um
lado Calvino se esforçava para extrair a sua teologia das
Escrituras, por outro lado ele estava preocupado em aplicar as
Escrituras às questões do seu tempo”.

“Uma das afirmações básicas da doutrina política de Calvino é


que o Estado é uma instituição criada e sancionada por Deus,
é um instrumento da providência divina”.

Rev. Paulo Ribeiro Fontes - A OBEDIÊNCIA E A DESOBEDIÊNCIA CIVIL NO PENSAMENTO DE JOÃO


CALVINO
Obediência aos magistrados
"Os magistrados são instituídos por Deus, investidos de
autoridade divina e representam a pessoa de Deus em cujo
nome agem. Portanto, a autoridade civil é, à vista de Deus,
sagrada e legal. “A razão por que devemos estar sujeitos aos
magistrados é que eles foram designados pela ordenação
divina.” Assim devemos obediência às autoridades civis
porque o mandato delas vem de Deus. Calvino afirma ainda
que ninguém está isento da obrigação da obediência civil".

Rev. Paulo Ribeiro Fontes - A OBEDIÊNCIA E A DESOBEDIÊNCIA CIVIL NO PENSAMENTO DE JOÃO


CALVINO
E as autoridades injustas, imorais ou
anti-religiosas?
"mesmo que injusta, imoral ou anti-religiosa, a autoridade civil
deve ser respeitada em sua função legítima. Calvino
acreditava que Deus pode se servir de magistrados indignos e
injustos para, soberana e providencialmente, cumprir a sua
boa vontade na história".

Rev. Paulo Ribeiro Fontes - A OBEDIÊNCIA E A DESOBEDIÊNCIA CIVIL NO PENSAMENTO DE JOÃO


CALVINO
Porém...
"o dever de submissão às autoridades civis não é ilimitado. Contra os
governos injustos é preciso agir pelos meios legais que estão na mão
do povo. Por isso, ele entendia que é necessário dar ao povo
mecanismos legais para a derrubada de seu governo".

“Mas a desobediência civil não se justifica senão àquela ordem injusta


em particular, naquele ponto específico que o governo tem de injusto,
e não ao governo como um todo. O governo injusto retém sua
autoridade em tudo que exige de seus governados e que não contrarie
sua obediência a Deus”.

Rev. Paulo Ribeiro Fontes - A OBEDIÊNCIA E A DESOBEDIÊNCIA CIVIL NO PENSAMENTO DE JOÃO


CALVINO
CFW - CAPÍTULO XXIII
DO MAGISTRADO CIVIL
 I. Deus, o Senhor Supremo e Rei de todo o mundo,
para a sua glória e para o bem público, constituiu
sobre o povo magistrados civis que lhe são sujeitos, e
a este fim, os armou com o poder da espada para
defesa e incentivo dos bons e castigo dos malfeitores.
 Ref. Rom. 13:1-4; I Ped. 2:13-14.
CFW - CAPÍTULO XXIII
DO MAGISTRADO CIVIL
 II. Aos cristãos é licito aceitar e exercer o ofício de
magistrado, sendo para ele chamado; e em sua
administração, como devem especialmente manter a
piedade, a justiça, e a paz segundo as leis salutares de
cada Estado, eles, sob a dispensação do Novo
Testamento e para conseguir esse fim, podem
licitamente fazer guerra, havendo ocasiões justas e
necessárias.
 Ref. Prov. 8:15-16; Sal. 82:3-4; II Sam. 23:3; Luc.
3:14; Mat. 8:9-10; Rom. 13:4.
CFW - CAPÍTULO XXIII
DO MAGISTRADO CIVIL
 II. Os magistrados civis não podem tomar sobre si a administração da palavra e dos
sacramentos ou o poder das chaves do Reino do Céu, nem de modo algum intervir em
matéria de fé; contudo, como pais solícitos, devem proteger a Igreja do nosso comum
Senhor, sem dar preferência a qualquer denominação cristã sobre as outras, para que
todos os eclesiásticos sem distinção gozem plena, livre e indisputada liberdade de
cumprir todas as partes das suas sagradas funções, sem violência ou perigo. Como
Jesus Cristo constituiu em sua Igreja um governo regular e uma disciplina, nenhuma
lei de qualquer Estado deve proibir, impedir ou embaraçar o seu devido exercício
entre os membros voluntários de qualquer denominação cristã, segundo a profissão e
crença de cada uma. E é dever dos magistrados civis proteger a pessoa e o bom nome
de cada um dos seus jurisdicionados, de modo que a ninguém seja permitido, sob
pretexto de religião ou de incredulidade, ofender, perseguir, maltratar ou injuriar
qualquer outra pessoa; e bem assim providenciar para que todas as assembléias
religiosas e eclesiásticas possam reunir-se sem ser perturbadas ou molestadas.
 Ref. Heb. 5:4; II Cron. 26:18; Mat. 16:19; I Cor. 4:1-2; João 15:36; At. 5:29; Ef. 4:11-
12; Isa. 49:23; Sal. 105:15; 11 Sam.23:3.
CFW - CAPÍTULO XXIII
DO MAGISTRADO CIVIL
 V. É dever do povo orar pelos magistrados, honrar as suas pessoas,
pagar-lhes tributos e outros impostos, obedecer às suas ordens legais
e sujeitar-se à sua autoridade, e tudo isto por amor da consciência.
Incredulidade ou indiferença de religião não anula a justa e legal
autoridade do magistrado, nem absolve o povo da obediência que
lhe deve, obediência de que não estão isentos os eclesiásticos. O
papa não tem nenhum poder ou jurisdição sobre os magistrados
dentro dos domínios deles ou sobre qualquer um do seu povo; e
muito menos tem o poder de privá-los dos seus domínios ou vidas,
por julgá-los hereges ou sob qualquer outro pretexto.
 Ref. I Tim. 2:1-3; II Ped. 2:17; Mat. 22:21; Rom. 13:2-7, e 13:5; Tito
3:1; I Ped. 2:13-14, 16; Rom. 13:1; At. 25:10-11; II Tim. 2:24; I
Ped. 5:3.
FIM

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