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AFAZERES

AFAZERES EE
PREFERÊNCIAS:
PREFERÊNCIAS: OO
LUGAR
LUGAR DA
DA TELEVISÃO
TELEVISÃO
NO
NO COTIDIANO
COTIDIANO
INFANTIL
INFANTIL
CLAUDIA CRISTINA ANDRADE DE AZEVEDO
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - USP
Análise quantitativa
Atividades citadas(respostas
livres)
60
50
3ª série
Atividades preferidas
40
3ª série
30
4ª série
20 Atividades por ordem de preferencia
4ª série
10
0 120
100 Total de citações
80 1ªopção
60
40 2ª opção
20 3ª opção
0
AFAZERES E PREFERÊNCIAS: O
LUGAR DA TELEVISÃO NO
COTIDIANO INFANTIL
Claudia Cristina Andrade de Azevedo
Orientadora: Profa Dra. Alice Vieira
Programa de Pós Graduação em
Educação
Universidade de São Paulo – USP
OBJETIVO
Compreender que lugar a televisão
ocupa no cotidiano das crianças,
buscando analisá-lo na interface com
os outros afazeres, dentro da
proposta de estudar que
representações as crianças fazem do
que vêem na TV.
Metodologia
• Sujeitos: alunos e alunas de 3a. e 4a. séries de
um colégio de aplicação de uma universidade
pública.
• Instrumento: questionário sobre os hábitos fora
do espaço escolar, com 18(dezoito) questões
dirigidas, com opções de escolha, e livres.
• As perguntas buscavam: 1)identificar o lugar da
televisão na vida cotidiana das crianças;
2)classificar estes lugares percebidos, fazendo
um levantamento do que é visto e de como é
visto pelos sujeitos, assim como de suas
atividades de lazer; 3)fazer um levantamento
dos programas mais vistos de forma a compor o
instrumento da segunda etapa da pesquisa.
Referencial de análise
Foram analisados 68 questionários dos alunos da
quarta-série e 44 da terceira série. As respostas
foram quantificadas, e como a criança poderia dar
mais de uma resposta, essas foram contadas por
quantidade de citações. As respostas às questões
foram confrontadas e alguns trechos foram
selecionados de forma a buscar uma microgênese na
forma como propõe Góes(2000), que sugere, para
os estudos que se preocupam com a micro-história
dos processos referidos ao contexto de produção, o
paradigma discursivo-indiciário, que tem como base
as contribuições de Vygotsky, Bakhtin e de
Orlandi, sob a ótica do paradigma
indiciário(GINZBURG, 1991) pela necessidade de se
buscar nos detalhes elementos que possam se
referir a um contexto mais amplo de produção
Falas...
“Eu chego da escola e “Eu chego em casa depois da
vou para o meu quarto, aula, tomo o banho e almoço.
entro no computador, Depois de almoçar vou estudar
olho meus e-mails, até às duas da tarde e depois
almoço, faço o dever, vou ver um pouco de TV até
vou para natação e para 3h30min. Com a explicadora até
4h30min, mais só ás segundas e
o inglês, volto, brinco, quintas, nos outros dias faço o
janto, durmo”.(B.F., 11 dever dela.”(C.A. , 10 anos)
anos)

“Amo brincar de
bola, voley, “não costumo brincar
muito, não tem
futebol...com meus ninguém pra brincar
amigos do prédio. comigo, só minha vó,
Conclui-se que sou muito raramente”
muito feliz!” (B.F, (C.A 10 anos)
11 anos)
A TELEVISÃO NO COTIDIANO: A
QUESTÃO DA EXPERIÊNCIA
 Silverstone(2002) e Thompson(2002) nos levam a
pensar na televisão como uma porta virtual, que
substitui a porta real para o mundo, minimizando o
seqüestro da experiência.
 Pensando nas idéias de Benjamin (1984),
consideramos que o canal de comunicação propicia
construções de sentido que provocam mais
vivências e menos experiências, que, de qualquer
forma, contribuem com a composição de discursos
que marcam nossas relações cotidianas e,
dialeticamente, pertencem a novos enunciados
produzidos, tendo em vista, em especial, a
capacidade inventiva da criança.
Algumas conclusões...
• Há um espaço significativo para a
televisão na vida das crianças.
• Porém, este ainda não suplantou o
desejo pelas atividades culturais e
sociais realizadas fora das paredes
de uma casa, principalmente pela
brincadeira.

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