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Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo

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Gestão 2010-2011

Seminário A reprodução total ou parcial,


bem como a reprodução de
apostilas a partir desta obra
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mecânico, inclusive através de
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(Lei n. 9610)
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Normas Contábeis RESERVADOS:
É PROIBIDA A REPRODUÇÃO

para Pequenas e TOTAL OU PARCIAL DESTA


APOSTILA, DE QUALQUER
FORMA OU POR QUALQUER
Médias Empresas – 2º MEIO.
CÓDIGO PENAL BRASILEIRO
Módulo ARTIGO 184.

Elaborado por:
Outubro 2010
Marcelo Gomes de Barros
O conteúdo desta apostila é de inteira
responsabilidade do autor (a).

Acesso gratuito pelo portal do CRC SP www.crcsp.org.br


Programa Geral

Módulo 1 – apresentado anteriormente


 Conceitos Gerais
 Demonstrações Contábeis - Estrutura
Módulo 2
 Ativo Circulante
 Ativo Não Circulante
Módulo 3 – apresentação futura
 Ativo Não Circulante (Cont.)
Módulo 4 – apresentação futura
 Passivo
 Resultado
 Tópico Especiais

NBC T 19.41 – Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas

Módulo 2
ATIVO CIRCULANTE

Seção 11 INSTRUMENTOS FINANCEIROS BÁSICOS


Seção 12 OUTRAS QUESTÕES SOBRE INSTRUMENTOS FINANCEIROS
Seção 13 ESTOQUES

ATIVO NÃO CIRCULANTE

Seção 14 INVESTIMENTOS EM CONTROLADAS E COLIGADAS


Seção 15 INVESTIMENTOS CONJUNTO (JOINT VENTURES)
Seção 16 PROPRIEDADE PARA INVESTIMENTO
RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.255/09

NBC T 19.41 – Contabilidade para


Pequenas e Médias Empresas

Seção 11
INSTRUMENTOS FINANCEIROS
BÁSICOS

Alcance desta seção


Orienta sobre o reconhecimento, a
reversão, a mensuração e a divulgação de
Instrumentos Financeiros

As seções 11 e 12 (Instrumentos


Financeiros Complexos) são temas
complementares e devem ser analisados
em conjunto, quando necessário
Alcance desta seção
Aplicam-se a todos os Instrumentos
Financeiros, exceto para os seguintes:
 Investimentos Permanentes – Seção 9,14 e 15
 Instrumento Patrimonial de acordo – Seção 22
 Arrendamento Mercantil – Seção 20
 Plano de Benefícios a Empregados – Seção 28

Instrumentos Financeiros

Qualquer contrato que dá origem a


um ativo financeiro de uma
determinada entidade e a um
passivo financeiro ou instrumento
de patrimônio de outra entidade
Ativo Financeiro
Caixa
Instrumento patrimonial (ações / cotas) de
outra entidade
Direito contratual para recebimento de
caixa ou outro ativo financeiro de outra
entidade
Direito contratual para trocar instrumentos
financeiros com outra entidade sob
condições que sejam contratualmente
favoráveis

Passivo Financeiro
Obrigação de entregar caixa ou outro ativo
financeiro a uma entidade
Obrigação de trocar instrumentos financeiros
com outra entidade sob condições
potencialmente desfavoráveis
Instrumento de Patrimônio:
Qualquer contrato que evidencie participação
residual nos ativos de uma entidade após a
dedução de todos os passivos (ações ou
cotas)
Para todo Instrumento Financeiro Básico
se exige o método de custo amortizado

Exceto para investimentos em ações


preferenciais não conversíveis e não
resgatáveis

Ou quando possa ser avaliado o valor


justo de forma confiável

Quais os Instrumentos
Financeiros Básicos?
Caixa
Duplicatas a receber
Empréstimos concedidos (mútuos)
Duplicatas a pagar
Empréstimos bancários
Contas a pagar em moeda estrangeira
Mensuração = Avaliação
Mensuração Inicial Mensuração Subsequente

Evento Contábil Final do Exercício

Ajustes Contábeis
Custo da Operação

Mensuração Inicial
Ativo ou Passivo Financeiro podem ser
avaliados:

Pelo Custo da Operação

Pelo Valor Justo por meio do resultado

Pelo Valor Presente


Mensuração Inicial
Ativos Financeiros:
Empréstimos a Receber atualizados até a
data-base
Vendas no curto prazo = preço da nota
fiscal
Venda a longo prazo e sem juros:
Preço de venda corrente ou
Valor presente do recebível

Mensuração Inicial
Passivos Financeiros:

Empréstimos Bancários atualizado até a


data-base

Compras a curto prazo = preço da nota


fiscal
Mensuração Subsequente
Ativo ou Passivo Financeiro podem ser
avaliados:
Instrumentos de Dívida = Custo Amortizado
Transação Financeira = Valor Presente
Empréstimos a Receber= Atualização (-)
Redução ao Valor Recuperável
Ações em Bolsa de Valores = Valor Justo

Custo Amortizado
 = Registrado ao custo inicial
 (-) Menos amortizações do principal
 + Mais juros
 (-) Reduções ao valor recuperável (devedores
duvidosos)
===============================================================================================

= Valor do Ativo/Passivo Financeiro

OBS: Para itens circulantes, sem taxa de juros declarada,


só se aplica a redução ao valor recuperável
Exemplo Custo Amortizado
R$

Valor Valor
Contábil Juros a Amorti- Contábil
Ano Inicial 6,9583% zação Final
20x0 950,00 66,10 (40) 976,11
20x1 976,11 67,92 (40) 1.004,04
20x2 1.004,04 69,86 (40) 1.033,89
20x3 1.033,89 71,94 (40) 1.065,83
20x4 1.065,83 74,16 (40) 1.100,00
20x5 1.100,00 (1.100) 0

Ajuste ao Valor Presente


Os itens do ativo e do passivo decorrentes
de operações de longo prazo, ou de curto
prazo quando houver efeitos relevantes,
deverão ser ajustados a valor presente
com base em taxas de desconto que
reflitam as melhores avaliações atuais do
mercado
Exemplo: Recebíveis de R$ 1000, parcela
única, prazo 24 meses, sem juros. TJE=10%
Ajuste ao Valor Presente
Mensuração Mensuração Mensuração
Inicial Subsequente Subsequente

Valor da Final do Final do


Operação Exercício x1 Exercício x2
R$ 1.000 R$ 1.000 R$ 1.000

Ajuste a Valor Ajuste a Valor Ajuste a Valor


Presente Presente Presente
R$ (200) R$ (100) R$ 0
R$ 800 R$ 900 R$ 1.000

Conceito importante
No final de cada exercício, deve-se avaliar
o grau de incerteza quanto ao valor
recuperável dos ativos financeiros
avaliados com base no custo ou custo
amortizado e registrar reduções para
perda, se necessário
Divulgação
Destinadas a passivos financeiros
avaliados a valor justo, ajustados no
resultado
Mencionar as bases de mensuração e outras
práticas

Incluir as práticas contábeis relevantes para


a compreensão na nota explicativa de
“Resumo das Práticas Contábeis”

Apresentação no Balanço
 Divulgar os valores contabilizados de cada
uma das categorias dos instrumentos
financeiros, sendo:
 Avaliados a valor justo com ajustes no resultado
 Avaliados pelo custo amortizado
 Avaliados pelo custo (-) Redução ao Valor
Recuperável
 Divulgar informações aos usuários para
possibilitar avaliar o desempenho
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NBC T 19.41 – Contabilidade para


Pequenas e Médias Empresas

Seção 12
OUTROS TÓPICOS SOBRE
INSTRUMENTOS FINANCEIROS

Alcance desta seção


Orientam sobre o reconhecimento, a
reversão, a mensuração e a divulgação de
Instrumentos Financeiros

As seções 11 e 12 (Instrumentos


Financeiros Complexos) são temas
complementares e devem ser analisados
em conjunto, quando necessário
Alcance desta seção
Aplicam-se a todos os Instrumentos Financeiros que
impõem riscos ao comprador e ao vendedor, exceto para
os seguintes:
Aqueles cobertos pela Seção 11
Investimentos Permanentes – Seção 9,14 e 15
Plano de Benefícios a Empregados – Seção 28Direitos no âmbito de
Contratos de Seguro
Instrumento Patrimonial de acordo – Seção 22, 26
Arrendamento Mercantil – Seção 20
Contratos contraprestação contingente – Seção 19

Primeiro Passo
Reconhecimento Inicial
A Entidade deve reconhecer o instrumento
financeiros quando se torna parte das
disposições contratuais

Mensuração Inicial
Avaliado pelo valor justo, o qual,
normalmente é igual ao preço da transação
Mensuração Subsequente
Mensuração Mensuração Despesa
Inicial Subsequente no Resultado

Evento Final do Ajustes ao


Contábil Exercício Valor Justo

Receita
no Resultado
Preço da
Transação

Os riscos envolvidos entre as partes


podem ser classificados como:
Risco de Taxa de Juros
Risco de Taxa de Câmbio
Risco de Preço de Mercadoria
Risco de Operações no Exterior

Operações de hedge
Divulgação

Aplicar todas as divulgações exigidas na


Seção 11
Segregar as informações sobre
instrumentos financeiros que estão no
alcance da Seção 12

RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.170/09

NBC T 19.41 – Contabilidade para


Pequenas e Médias Empresas
SEÇÃO 13
ESTOQUES
ALCANCE DESTA SEÇÃO

13.1. Esta seção determina as práticas para


o reconhecimento e mensuração de
estoques

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Estabelecer o tratamento contábil, método e


critérios para:
• atribuir custos aos estoques;
• custo a ser reconhecido como um ativo;
• mantê-lo nos registros até que reconhecidas
as respectivas receitas;
• determinar o valor de custo dos estoques;
• reconhecimento do custo como despesa em
resultado;
• redução ao valor recuperável de estoques.
Estoques
13.2. Esta seção aplica-se a todos os estoques.

Estoques são ativos:


- mantidos para venda no curso normal dos
negócios;
- no processo de produção para venda; ou
- na forma de materiais ou suprimentos, a
serem consumidos no processo de produção
ou na prestação de serviços.

13.3 Esta seção não é aplicável a mensuração de


estoques mantidos por:

•produtores de produtos agrícolas e florestais, produto


agrícola após a colheita, e minerais e produtos
minerais, na medida em que eles são avaliados pelo
valor justo menos despesas para vender por meio do
resultado; ou

•corretores de produtos e revendedores que avaliam


seus estoques pelo valor justo menos despesas para
vender por meio do resultado.
Mensuração de estoques
13.4 Estoques são avaliados pelo menor valor entre o custo e o valor
realizável líquido.
Valor realizável líquido é o preço de venda estimado diminuído
dos custos para completar a produção e despesas de vendas.
Valor total
Preço de venda (estimado) 80.000
(-) Custos para completar a produção (em processo) 35.000
(-) Despesas de vendas 30.000
Total – Valor líquido realizável do estoque 15.000
Custo de produção em processo 18.000
Ajuste ao valor realizável líquido (3.000)

Mensuração de estoques
Custo de estoques
13.5 O Custo de estoques é a soma de todos
os custos de compras, os custos de
transformação, e outros custos
incorridos para trazer os estoques para
sua localização e condição atuais.
Mensuração de estoques
Elementos dos custos dos estoques R$
de produtos acabados e em processo
Custos de compras de matéria prima 58.000
Custos de mão de obra 22.000
Custos indiretos de fabricação 20.000
Total - Custo dos estoques 100.000

Mensuração do Custo de aquisição de estoques

13.6 Custos de compra = preço de compra +


tributos de importação + transporte
+ manuseio + outros - tributos
recuperáveis - descontos comerciais,
abatimentos.
13.7 Juros = preço a prazo – preço a valor
presente = ajuste a valor presente. São
despesas não somadas ao custo dos
estoques.
Mensuração de estoques
Elementos dos custos de compra de matéria Total de custos
prima e mercadorias
Valor da compra de materiais para estoque 420.000
Impostos de importação e outros tributos 60.000
Tributos recuperáveis (créditos) (10.000)
Fretes no transporte dos materiais comprados 15.000
Total – Custos de aquisição de estoques 485.000

Mensuração de estoques
Custos de transformação de estoques

13.8 Custos de transformação de estoques


são os custos de mão-de-obra direta,
mais os custos indiretos de produção,
fixos e variáveis.
Mensuração de estoques
Mão de obra direta são custos diretamente relacionados às
unidades de produção.

Custos indiretos de produção, fixos e variáveis, são os


incorridos na conversão de materiais em produtos acabados.

Custos indiretos fixos são relativamente constantes


independente do volume de produção. Exemplos:
depreciação, manutenção e o custo de gestão da fábrica.

Custos indiretos variáveis são os custos indiretos de


produção que variam com o volume de produção. Exemplos:
materiais indiretos, algumas vezes energia, etc.

Mensuração de estoques
13.9 Capacidade normal é a produção que se espera
atingir durante uma quantidade de períodos ou
épocas, sob circunstâncias normais, levando em
consideração a perda de capacidade resultante de
manutenção planejada. É base para alocação dos
custos fixos indiretos de produção para os custos
de transformação.
Os custos indiretos fixos alocados por unidade de
produção não são aumentados como efeito de
baixa produção ou fábrica ociosa.
Mensuração de estoques

Custos indiretos não alocados são despesas


(perdas) do período em que são incorridos.

Custos indiretos de produção variáveis são


alocados com base no uso real das instalações
de produção.

CAPACIDADE NOMINAL OU CAPACIDADE INSTALADA


Volume máximo de produção que pode ser obtida.

PRODUÇÃO NORMAL
Volume de produção considerado normal para o período

RESERVA PRODUTIVA
Diferença entre a capacidade nominal e a produção normal

PRODUÇÃO REAL
Volume de produção efetivamente realizado

CAPACIDADE OCIOSA
Diferença relevante entre a produção normal e a produção real.
Custo Custo
Custo Volu- Custo apro- da pro-
fixo total me fixo unit priado dução
CAPACIDADE
NOMINAL $ 12.000 10.000 $ 1,20 $ 12.000
RESERVA NOMINAL
PRODUTIVA - NORMAL 2.000
PRODUÇÃO
NORMAL $ 12.000 8.000 $ 1,50 $ 1,50 $ 12.000

PRODUÇÃO REAL $ 12.000 5.000 $ 2,40 $ 1,50 $ 7.500


CAPACIDADE NORMAL -
OCIOSA (Resultado) REAL 3.000 $ 1,50 $ 4.500

Mensuração de estoques
13.10. Produtos conjuntos e subprodutos
correspondem a processos simultâneos de
produção.
Os custos transformação de cada produto não
identificáveis separadamente são alocados
entre os produtos, em base racional e
consistente. A alocação pode ser baseada no
valor relativo de venda de cada produto, no
estágio quando se tornam identificáveis
separadamente, ou ao final da produção.
Mensuração de estoques
O valor contábil do produto principal não é
materialmente diferente de seu custo.
A maior parte dos subprodutos é imaterial, não
relevante. Neste caso, deve-se avaliar pelo preço
de venda menos custos para completar a produção
e despesas de vender e deduzir esse valor do custo
do produto principal.
Exemplo: Alocar o custo conjunto de R$ 95.200 a
dois produtos conjuntos A e B com base no valor
de mercado e nos dados de vendas e estoque final
de produtos acabados.

Alocação de custos conjuntos


a produtos conjuntos

Receita de Estoque final de Produtos


Vendas Acabados
Produtos Kg R$ Kg Preço de Valor de Valor total de
Venda Mercado mercado da
Produção (VMP)
A 4.000 32.000 1.000 R$ 8 8.000 40.000
B 5.000 60.000 3.000 R$12 36.000 96.000
9.000 92.000 4.000 44.000 136.000

Alocação = ......custo de produção = ...95.200 = 70%


Valor total de mercado 136.000
Mensuração de estoques
Valor de CPV EFPA Total
Mercado R$
Prod Venda Estoque % R$ R$ R$
. final
A 32.000 8.000 70 22.400 5.600 28.000
B 60.000 36.000 70 42.000 25.200 67.200
92.000 44.000 64.400 30.800 95.200
Custo Produtos Vendidos: (CPV)
Estoque final produtos acabados: (EFPA)
Total: CPV + EFPA

13.13 Custos excluídos do custo de estoques e


reconhecidos como despesas no período
em que são incorridos são:

a) Quantidade anormal de material, mão-de-


obra desperdiçados;
b) Custos de estocagem, antes de estágio de
produção mais avançados;
c) Despesas indiretas administrativas que não
contribuem para colocar os estoques à sua
localização e condição atuais;
d) Despesas de vendas.
Custo de produção agrícola colhida
proveniente de ativos biológicos

13.15 Custo da produção agrícola =


valor justo – despesas de
vendas no ponto de colheita.

Ativo Biológico e Produto Agrícola

O ativo biológico é um animal ou uma


planta, vivos

Produto agrícola / biológico é o produto


colhido / extraído de um ativo biológico de
uma entidade
Produto Produtos resultantes do
Ativos
agrícola ou processamento após a
biológicos biológico colheita
Carneiros Lã Fio, tapete
Gado de leite Leite Queijo
Porcos Carcaça Salsichas, presunto
Árvores - Eucalipto Madeira Caibros, sarrafos, pranchas
Canavial Cana Açúcar, álcool
Algodoal Algodão Fio de Algodão, vestimentas
Laranjal Laranja Suco de laranja
Cafezal Café Pó de café
Videiras Uvas Vinho
Arbustos Folhas Chá, tabaco

PRODUTO AGRÍCOLA - commodity SOJA MILHO CANA


CUSTO DA SAFRA EM FORMAÇÃO 1.320 1.310 1.490
RESULTADO DA AVALIAÇÃO – Período 1 1.680 1.490 1.010
VALOR DE MERCADO DA SAFRA – Período 1 3.000 2.800 2.500
RESULTADO DA AVALIAÇÃO – Período 2 200 (50) 300
VALOR DE MERCADO DA SAFRA – Período 2 3.200 2.750 2.800
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO – Período 3
RESULTADO DA AVALIAÇÃO – Período 1 1.680 1.490 1.010
RESULTADO DA AVALIAÇÃO – Período 2 200 (50) 300
RECEITA DA VENDA – Período 3 3.250 2.720 2.760
CUSTO DA MERCADORIA VENDIDA (3.200) (2.750) (2.800)
LUCRO BRUTO – Período 3 50 (30) (40)
RESULTADO TOTAL 1.930 1.410 1.270

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO TOTAL


RECEITA DA VENDA 3.250 2.720 2.760
CUSTO DA SAFRA (1.320) (1.310) (1.490)
RESULTADO FINAL 1.930 1.410 1.270
Técnicas para avaliar custo
13.16 Se o resultado se aproxima do custo, a
mensuração do custo de estoques pode ser feita por
técnicas como os métodos de custo-padrão,
métodos de varejo, ou preços de compra mais
recente.
O Custo-padrão leva em consideração níveis
normais de consumo de materiais e suprimentos, da
mão-de-obra, eficiência e capacidade de utilização.
O custo padrão é revisado regularmente e
corrigidos à luz das condições atuais.
O método de varejo mensura o custo por meio da
redução do valor de venda do inventário pela
percentagem apropriada da margem bruta.

Exemplo de mensuração de estoque pelo método


de varejo – valores em milhares de reais

Método de Varejo
Valor de venda do inventário (estoque) 5.000
Custo das Mercadorias Vendidas (40%
de Margem bruta) 2.000
Custos do estoque 3.000
Métodos de avaliação do custo

13.17 Custo de estoques de itens não intercambiáveis e de


bens ou serviços produzidos e segregados por
projetos específicos = identificação específica de
seus custos individuais.
Exemplo: custeio por ordem ou encomenda.
13.18 Os métodos aceitos/legais são: PEPS (FIFO) e Custo
Médio Ponderado.
Método não permitido pelo pronunciamento: UEPS
(LIFO)
Estoque de natureza e uso similar: usa-se o mesmo
método de avaliação de custo.
Estoque de natureza ou uso diferente: usam-se
diferentes métodos de custo.

Redução ao valor recuperável de estoques


13.19 Os itens 27.2 a 27.4 exigem que a entidade analise
ao final de cada exercício/período se alguns
estoques necessitam ser reduzidos ao seu valor
recuperável, por exemplo, o valor contábil não é
totalmente recuperado (isto é, por causa de dano,
obsolescência ou preços de venda em declínio).
Se um item (ou grupo de itens) de estoques
necessita ser reduzido ao valor recuperável,
aqueles itens exigem que a entidade avalie o
inventário pelo seu preço de venda menos custos
para completar a produção e vender, e reconhecer a
perda por redução ao valor recuperável.
Aqueles itens também exigem a reversão da
redução anterior em algumas circunstâncias.
Reconhecimento como despesa
13.20 O valor contábil dos estoques vendidos é
reconhecido como despesa no período no qual
a receita relacionada é reconhecida.
13.21 Alguns estoques podem ser alocados a outras
contas do ativo, por exemplo, inventário usado
como componente de ativo imobilizado de
construção própria.
Estoques alocados a outro ativo dessa forma
são contabilizados, subsequentemente, de
acordo com a seção apropriada deste
Pronunciamento.

Divulgação
13.22 A entidade deve divulgar o seguinte:
(a) as práticas contábeis adotadas ao avaliar estoques,
incluindo o método de custo utilizado;
(b) o valor contábil de estoques e o detalhe das categorias
de estoque apropriadas à entidade;
(c) o valor de estoques reconhecidos como despesa
durante o período;
(d) perda por redução ao valor recuperável reconhecida ou
revertida para o resultado, de acordo com a seção 27;
(e) o valor contábil total de estoque dados como garantia de
passivos.
Exemplos
Notas explicativas das Demonstrações Contábeis
da Eletro Ricardo S/A em 31/12/20x9
Nota 1 Políticas contábeis
Os estoques são avaliados pelo menor valor
entre o custo e o preço de venda estimado
diminuído dos custos para completar a produção
e despesas de vendas.

Divulgação
Nota 2 Estoques
20X9 20x8
Produtos acabados 100.000 90.000
Produtos em processo 85.000 80.000
Matérias primas 120.000 100.000
Almoxarifados de peças e 55.000 40.000
componentes
Total-Estoques 350.000 310.000
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Pequenas e Médias Empresas

Seção 14
INVESTIMENTOS EM
CONTROLADAS E COLIGADAS

Alcance desta seção


 Contabilização de investimentos:
 em coligadas, nas demonstrações contábeis
consolidadas e individuais do investidor (uso do
método de equivalência patrimonial por exigência legal).

 em controladas nas demonstrações contábeis


individuais do controlador (uso do método de
equivalência patrimonial por exigência legal).

 em coligadas ou controladas nas demonstrações


contábeis separadas do investidor (o item 9.26 permite
optar pelo método do custo ou do valor justo)
Demonstrações Empresa X
consolidadas
CPC 36
Demonstrações
separadas
Empresa X Investimento Alfa
Demonstrações individuais
VALOR JUSTO
Investimento Alfa
MEP – Método da
Equivalência Patrimonial

70%

70%
Empresa Alfa
Demonstrações
Empresa Alfa individuais
Demonstrações CPC 26
individuais

Definições Importantes
 Coligada: entidade sobre a qual o investidor
tenha influência significativa e que não se
constitui em uma controlada ou um
empreendimento controlado em conjunto.
 Influência significativa: é o poder de participar
nas decisões acerca das políticas financeiras e
operacionais da coligada, sem contudo controlar
ou exercer um controle compartilhado
 Presume-se que exista influência quando o investidor
detém 20% ou mais do poder de voto da coligada
Mensuração de Invest. em Coligadas
 Opções permitidas pela norma
Método do custo
• Somente se não existir cotação de preço
publicada
Método da equivalência patrimonial
• Esse é o único método permitido pela Lei
Societária.
Método do valor justo
• Desde que possível avaliar o valor justo com
confiabilidade

Método do Custo
 O investimento é reconhecido inicialmente pelo
seu custo e subsequentemente ele deve ser
testado frente ao seu valor recuperável
 Portanto, os dividendos e distribuições de lucro são
contabilizados como receita

 O saldo contábil líquido do investimento é


composto do custo menos quaisquer perdas
acumuladas por redução ao valor recuperável
 Válido apenas para as demonstrações contábeis
separadas
Método da Equivalência Patrimonial
 O investimento é reconhecido inicialmente pelo seu custo
(preço pago e custos de transação) e subsequentemente
ajustado para refletir a participação efetiva do investidor
nos resultados (resultado da equivalência patrimonial)
 Ajustar o saldo do investimento em decorrência de outras
mutações no patrimônio líquido da coligada
 A diferença entre o custo do investimento e a parte do
investidor no valor justo dos ativos líquidos da coligada:
 Se positiva, constitui o ágio por rentabilidade futura (goodwill)
 Se negativa, constitui o deságio ou ganho por compra vantajosa

INVESTIDORA ADQUIRE 20% DO CAPITAL DA INVESTIDA


POR $ 250

PL INVESTIDA INVESTIMENTO INVESTIMENTO


Método de Custo MEP
ÁGIO 10
01.01 1.200 CUSTO 250 Equivalência 240
LLE XA 150 AEP XA 30
DIVIDENDOS (120) _______________ DIVIDENDOS (24)
31.12.XA 1.230 31.12.XA 250 31.12.XA 246
PLE XB (70) _______________ AEP XB (14)
31.12.XB 1.160 31.12.XB 250 31.12.XB 232

CAIXA CAIXA CAIXA


COMPRA (250) COMPRA (250)
DIVIDENDOS (120) DIVIDENDOS 24 DIVIDENDOS 24

RESULTADO RESULTADO
GANHO XA 24 GANHO XA 30
PERDA XB (14)
Divulgações
 Prática contábil utilizada
 Valor contábil dos investimentos em coligadas
 Valor justo dos investimentos contabilizados via MEP
para os quais exista preço de cotação
 Valor dos dividendos e outras distribuições dos
investimentos avaliados pelo método do custo
 Parte do investidor no resultado das coligadas e em
quaisquer operações descontinuadas destas
 Informações exigidas nos itens 11.41 a 11.44 da seção
sobre instrumentos financeiros para os investimentos
avaliados a valor justo

RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.255/09

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Pequenas e Médias Empresas

Seção 15
INVEST. EM EMPREENDIMENTOS
CONTROLADOS EM CONJUNTO
Alcance desta seção
 Contabilização de investimentos em
empreendimentos controlados em conjunto nas
demonstrações contábeis:
 consolidadas do empreendedor que também possui
investimentos em controladas.
 individuais do empreendedor (compartilha o controle) ou
do investidor que tem influência significativa no
empreendimento controlado em conjunto por outras
partes
 separadas do empreendedor (o item 9.26 permite optar
pelo método do custo ou do valor justo).

Definições Importantes
 Controle Conjunto: compartilhamento contratualmente
acordado para controle de atividade econômica e só
existe quando as decisões estratégicas e operacionais
da atividade exige unanimidade entre as partes que
compartilham o poder (empreendedores)
 Empreendimento controlado em conjunto: é um
acordo contratual por meio do qual duas ou mais partes
empreendem uma atividade econômica que está sujeita
ao controle conjunto, podendo assumir a forma de:
 Operações ou ativos controlados em conjunto
 Entidades controladas em conjunto
Operações Controladas em Conjunto

 Utilizaçãode ativos e outros recursos dos


empreendedores na consecução da atividade econômica
 Não foi criada uma entidade para realizar a atividade
empreendida em conjunto
 Cada empreendedor utiliza sua própria estrutura (ativos e
empregados) incorre em despesas, contrai passivos e
obtém seus próprios financiamentos
 O acordo provê as regras pelas quais as receitas e
despesas são partilhadas entre os empreendedores
 As demonstrações do empreendedor já inclui os ativos
que controla, os passivos e despesas que incorre e sua
parte nas receitas

Ativos Controlados em Conjunto


 Envolve o controle ou a propriedade conjunta de Ativos
dedicados ao empreendimento controlador em conjunto
 Nas demonstrações deve-se reconhecer:
 A participação de cada empreendedor nesses ativos,
classificados de acordo com a natureza dos mesmos
 Os passivos incorridos pelo empreendedor e a parte deste
nos passivos assumidos em conjunto
 A parte do empreendedor nas despesas incorridas
conjuntamente e nas receitas ou produção geradas pelo
empreendimento, bem como quaisquer despesas
adicionais que o empreendedor tenha incorrido
Entidades Controladas em Conjunto
 Envolve a criação de uma corporação, sociedade ou outra
entidade na qual cada empreendedor tem uma
participação e o acordo ou estatuto estabelece que o
controle é compartilhado
 Mensuração da participação do empreendedor:
 Método do custo
(somente se não existir cotação de preço publicada)
 Método da equivalência patrimonial
(único permitido pela Lei Societária)
 Método do valor justo
(somente se puder avaliar com confiabilidade)

Transações entre o Empreendedor e


a Entidade Controlada em Conjunto
 Quando o empreendedor contribui ou vende ativos para a
entidade controlada em conjunto (transferindo os riscos e
benefícios de sua propriedade), enquanto os ativos
permanecerem no empreendimento, o empreendedor:
 Reconhece apenas a parte do lucro ou prejuízo que é
atribuível à participação dos demais empreendedores,
ou seja, não reconhece a parte que lhe cabe nos lucros
que auferiu na transação.
 Reconhece o valor total de qualquer prejuízo quando a
contribuição ou a venda apresentar evidência de perda
por redução ao valor recuperável do ativo
Transações entre o Empreendedor e
a Entidade Controlada em Conjunto
 Quando o empreendedor compra ativos para a entidade
controlada em conjunto, enquanto tais ativos não forem
vendidos para terceiros (partes independentes), o
empreendedor:
 Não reconhece sua parte nos lucros ou prejuízos da
transação, auferidos pela entidade controlada em conjunto.

 Reconhece sua parte nos prejuízos da transação quando


estes representarem perdas por redução ao valor
recuperável do ativo

Divulgações
 Prática contábil utilizada
 Valor contábil dos investimentos em entidades
controladas em conjunto
 Valor justo dos investimentos contabilizados via MEP
para os quais exista preço de cotação
 Valor total de seus compromissos relativos aos
empreendimentos, incluindo sua parte nos incorridos em
conjunto com outros empreendedores e sua parte nos
passivos dos próprios empreendimentos
 Informações exigidas nos itens 11.41 a 11.44 para os
investimentos avaliados a valor justo, e nos itens 14.14
para os investimentos avaliados via MEP
RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.255/09

NBC T 19.41 – CONTABILIDADE


PARA PEQUENAS E MÉDIAS
EMPRESAS

Seção 16
PROPRIEDADE PARA
INVESTIMENTOS

ALCANCE DA SEÇÃO - 16

• Contabilização de Terrenos e Edifícios


que atenda a definição de Propriedade
para Investimentos, conforme descrito
no Ítem 16.2 desta Seção.
• Algumas Participações Imobiliárias por
parte do Arrendatário de Arrendamento
Operacional [item 16.3], que seja tratado
como Propriedade para Investimentos
PROPRIEDADE PARA INVESTIMENTOS -
CONTABILIZAÇÃO

• PROPRIEDADE DE INVESTIMENTOS, CUJO


JUSTO VALOR POSSA SER MENSURADO
DE FORMA CONFIÁVEL E SEM ESFORÇOS
ADICIONAIS. (MENSURAÇÃO SUJEITO AOS
REQUISITOS DESTA SEÇÃO)

MENSURADO AO JUSTO VALOR, COM


ALTERAÇÕES NO JUSTO VALOR
RECONHECIDO NO RESULTADO

PROPRIEDADE PARA INVESTIMENTOS -


CONTABILIZAÇÃO

• TODAS AS DEMAIS PROPRIEDADE PARA


INVESTIMENTOS.

(MENSURAÇÃO SUJEITO AOS REQUISITOS


DESCRITOS NA SEÇÃO 17 OU SEJA: ATIVO
IMOBILIZADO)

[ CUSTO (–) DEPRECIAÇÃO ACUMULADA (–)


REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL]
PROPRIEDADE PARA INVESTIMENTOS
IDENTIFICAÇÃO.
16.2 Propriedade para investimento é a
propriedade (terra ou edifício, ou parte de
edifício, ou ambos) mantida pelo proprietário
ou pelo arrendatário em arrendamento
mercantil financeiro para auferir aluguéis ou
para valorização do capital, ou para ambas, e
não para:
– utilização na produção ou fornecimento de bens
ou serviços ou por propósitos administrativos;ou
– venda no curso normal dos negócios.

PROPRIEDADE PARA INVESTIMENTOS


MENSURAÇÃO NO RECONHECIMENTO INICIAL

• 16.5 No reconhecimento inicial, a entidade


avalia a propriedade para investimento pelo seu
custo.
• O custo de propriedade para investimento
comprada abrange seu preço de compra e
quaisquer custos diretamente imputáveis, tais
como honorários legais e de corretagem,
tributos de transmissão imobiliária e outros
custos de transação.
PROPRIEDADE PARA INVESTIMENTOS –
DIVULGAÇÃO.

16.10 A entidade divulga, para todas as


propriedades para investimento
contabilizadas pelo valor justo reconhecidos
no resultado do período, o que se segue:

• (a) os métodos e pressupostos


significativos aplicados na determinação do
valor justo da propriedade para investimento

PROPRIEDADE PARA INVESTIMENTOS –


DIVULGAÇÃO.

• (b) à medida que o valor justo da propriedade


para investimento (como avaliado ou divulgado
nas demonstrações contábeis) é baseado em
avaliação por avaliador independente que
possua uma qualificação profissional
reconhecida e relevante e tem experiência
recente na localização e classe de propriedade
para investimento a ser avaliada.
Se não houver tal avaliação, este fato deve ser
divulgado;
PROPRIEDADE PARA INVESTIMENTOS
DIVULGAÇÃO

• c) a existência e as quantidades de restrições


na realização da propriedade para investimento
ou a remessa de rendimentos e valores de
alienação;
• (d) obrigações contratuais para comprar,
construir ou desenvolver propriedade para
investimento ou para consertos, manutenção ou
melhoramento;

PROPRIEDADE PARA INVESTIMENTOS –


DIVULGAÇÃO.

• (e) conciliação entre as quantias escrituradas


da propriedade para investimento no começo e
no fim do período mostrando separadamente:

– (i)adições, divulgando separadamente aquelas


adições resultantes de aquisições por meio de
combinações de negócios;

– (ii)ganhos líquidos de ajustes de valor justo;


PROPRIEDADE PARA INVESTIMENTOS –
DIVULGAÇÃO.

• (iii) transferências para ativos imobilizados


quando a mensuração confiável de valor justo
não está mais disponível sem custo ou esforço
excessivos (ver item 16.8);

• (iv)transferências de e para estoques e


propriedade ocupada pelo proprietário;
• (v)outras alterações.
Essa conciliação não precisa ser apresentada para períodos
anteriores.

PROPRIEDADE PARA INVESTIMENTOS


DIVULGAÇÃO

16.11 De acordo com a Seção 20, o proprietário de


propriedade para investimento deve efetuar as
divulgações, como arrendador, dos contratos que
tenha de arrendamento mercantil.
A entidade que possui propriedade para investimento
sob contrato de arrendamento financeiro ou
arrendamento operacional deve efetuar as
divulgações, como arrendatário, dos contratos que
tenha de arrendamento mercantil financeiro, e como
arrendador, dos contratos que tenha de
arrendamento operacional.
CONTATO:
desenvolvimento@crcsp.org.br

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