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Ligação química II – geometria molecular

Ligação química II – geometria molecular


Teoria da repulsão electrónica dos pares de e- da camada
de valência
Valence shell electron pair repulsion (VSEPR)
Prediz a geometria de uma molécula com base na
repulsão electrostática entre pares de electrões (ligantes
e não ligantes).
# de átomos # pares de e-
ligados ao não Arranjo dos pares Geometria
Classe átomo central partilhados de e- molecular

AB2 2 0 linear linear

B B
Ligação química II – geometria molecular
Teoria da repulsão electrónica dos pares de e- da camada
de valência
Cloreto de Berílio

Cl Be Cl

2 átomos
0 pares e- não ligados ao átomo
partilhados central
no átomo central
Ligação química II – geometria molecular
Teoria da repulsão electrónica dos pares de e- da camada
de valência
# de átomos # pares de e-
ligados ao não Arranjo dos pares Geometria
Classe átomo central partilhados de e- molecular

AB2 2 0 linear linear


planar planar
AB3 3 0
trigonal trigonal
Ligação química II – geometria molecular
Teoria da repulsão electrónica dos pares de e- da camada
de valência
Trifluoreto de Boro
Ligação química II – geometria molecular
TRPECV
# de átomos # pares de e-
ligados ao não Arranjo dos pares Geometria
Classe átomo central partilhados de e- molecular

AB2 2 0 linear linear


planar planar
AB3 3 0
trigonal trigonal
AB4 4 0 tetraedrica tetraedrica
Ligação química II – geometria molecular
Teoria da repulsão electrónica dos pares de e- da camada
de valência
Metano

Tetraedrica
Ligação química II – geometria molecular
TRPECV
# de átomos # pares de e-
ligados ao não Arranjo dos pares Geometria
Classe átomo central partilhados de e- molecular

AB2 2 0 linear linear


planar planar
AB3 3 0 trigonal trigonal
AB4 4 0 tetraedrica tetraedrica
bipiramidal bipiramidal
AB5 5 0 trigonal trigonal
Ligação química II – geometria molecular
Teoria da repulsão electrónica dos pares de e- da camada
de valência
Pentacloreto de Fósforo

Bipiramidal
Trigonal
Ligação química II – geometria molecular
TRPECV
# de átomos # pares de e-
ligados ao não Arranjo dos pares Geometria
Classe átomo central partilhados de e- molecular
AB2 2 0 linear linear
planar planar
AB3 3 0 trigonal trigonal
AB4 4 0 tetraedrica tetraedrica
bipiramidal bipiramidal
AB5 5 0 trigonal trigonal
AB6 6 0 octaédrica octaédrica
Ligação química II – geometria molecular
Teoria da repulsão electrónica dos pares de e- da camada
de valência
Hexafluoreto de Enxofre

Octaédrica
Ligação química II – geometria molecular
TRPECV
Ligação química II – geometria molecular
TRPECV

Tipo par não partilhado vs. par não partilhado vs. par ligante vs.
repulsão par não partilhado > par ligante > par ligante
Ligação química II – geometria molecular
TRPECV
# de átomos # pares de e-
ligados ao não Arranjo dos pares Geometria
Classe átomo central partilhados de e- molecular

AB3 3 0 trigonal trigonal


planar planar
trigonal
AB2E 2 1 planar não linear
Ligação química II – geometria molecular
TRPECV
# de átomos # pares de e-
ligados ao não Arranjo dos pares Geometria
Classe átomo central partilhados de e- molecular

AB4 4 0 tetraedrica tetraedrica


piramidal
AB3E 3 1 tetraedrica
trigonal
Ligação química II – geometria molecular
TRPECV
# de átomos # pares de e-
ligados ao não Arranjo dos pares Geometria
Classe átomo central partilhados de e- molecular

AB4 4 0 tetraedrica tetraedrica


piramidal
AB3E 3 1 tetraedrica
trigonal
AB2E2 2 2 tetraedrica dobrada

O
H H
Ligação química II – geometria molecular
TRPECV
# de átomos # pares de e-
ligados ao não Arranjo dos pares Geometria
Classe átomo central partilhados de e- molecular
bipiramidal bipiramidal
AB5 5 0 trigonal trigonal
bipiramidal tetraedro
AB4E 4 1 trigonal distorcido
Ligação química II – geometria molecular
TRPECV
# de átomos # pares de e-
ligados ao não Arranjo dos pares Geometria
Classe átomo central partilhados de e- molecular
bipiramidal bipiramidal
AB5 5 0 trigonal trigonal
bipiramidal tetraedro
AB4E 4 1 trigonal distorcido
bipiramidal
AB3E2 3 2 Forma -T
trigonal

F Cl

F
Ligação química II – geometria molecular
TRPECV
# de átomos # pares de e-
ligados ao não Arranjo dos pares Geometria
Classe átomo central partilhados de e- molecular
bipiramidal bipiramidal
AB5 5 0 trigonal trigonal
bipiramidal tetraedro
AB4E 4 1 trigonal distorcido
bipiramidal
AB3E2 3 2 Forma -T
trigonal
bipiramidal linear
AB2E3 2 3 trigonal
I

I
Ligação química II – geometria molecular
TRPECV
# de átomos # pares de e-
ligados ao não Arranjo dos pares Geometria
Classe átomo central partilhados de e- molecular
AB6 6 0 octaédrico octaédrico

piramidal
AB5E 5 1 octaédrico
quadrangular
F
F F
Br
F F
Ligação química II – geometria molecular
TRPECV
# de átomos # pares de e-
ligados ao não Arranjo dos pares Geometria
Classe átomo central partilhados de e- molecular
AB6 6 0 octaédrico octaédrico

piramidal
AB5E 5 1 octaédrico
quadrangular
quadrangular
AB4E2 4 2 octaédrico
planar

F F
Xe
F F
10.1
Ligação química II – geometria molecular
Prever a geometria molecular
1. Desenhe a estrutura de Lewis da molécula
2. Conte o nº de pares de e- não partilhados no átomo central e o
nº de átomos ligados ao átomo central.
3. Utilize a TRPECV para prever a geometria da molécula.
Qual a geometria molecular do SO2 e do SF4?

O S O F
AB4E
AB2E F S F
tetraedro
não linear distorcido
F
Ligação química II – geometria molecular
Momentos dipolares e moléculas polares

alta densidade
baixa densidade
electrónica
electrónica

H F

δ+ δ−
µ=Qxr
Q é a carga
r é a distância entre cargas
1 D = 3.36 x 10-30 C m
Ligação química II – geometria molecular
Comportamento das moléculas polares
Ligação química II – geometria molecular
Momentos dipolares e moléculas polares
Momento dipolar
resultante = 1.46 D

Momento dipolar
resultante = 0.24 D
Ligação química II – geometria molecular
Momentos dipolares e moléculas polares
Quais das seguintes moléculas possuem um momento dipolar ?
H2O, CO2, SO2, e CH4

S
O O
H O
H
tem momento dipolar
tem momento dipolar
molécula polar
molécula polar
H

H C H
O C O

não tem momento dipolar H


molécula não polar não tem dipolar momento
molécula não polar
Ligação química II – geometria molecular
Momentos dipolares e moléculas polares

O CH2Cl2 tem um
momento dipolar?
Ligação química II – geometria molecular
Momentos dipolares e moléculas polares
Ligação química II – hibridação
Teoria das orbitais de valência
Como é que a teoria de Lewis explica as ligações em H2 e F2?

Através da partilha de dois electrões entre dois átomos.

Energia de Dissociação comprimento ligação Sobreposição de

H2 436.4 kJ/mol 74 pm 2 1s

F2 150.6 kJ/mol 142 pm 2 2p

Teoria das orbitais de valência – as ligações são formadas


pela partilha de electrões através da sobreposição de
orbitais atómicas.
Ligação química II – hibridação
Teoria das orbitais de valência
Variação da energia potencial de dois átomos de H
Ligação química II – hibridação
Teoria das orbitais de valência

Variação da densidade
electrónica
Com a aproximação de
dois átomos de H
Ligação química II – hibridação
Teoria das orbitais de valência
Teoria das orbitais de valência e NH3
N – 1s22s22p3

3 H – 1s1
Se as ligações se formam pela sobreposição de 3 orbitais 2p do azoto
com a orbital 1s de cada átomo de hidrogénio, qual será a geometria
molecular do NH3?

As 3 orbitais
2p preveêm 900

O ângulo actual
H-N-H é de 107.30
Ligação química II – hibridação
Hibridação

Hibridação – mistura de duas ou mais orbitais atómicas


para formar uma nova série de orbitais hibridas.

1. Misture pelo menos 2 orbitais atómicas não equivalentes (ex. s e p).


As orbitais híbridas têm formas muito distintas das orbitais originais.
2. O numero de orbitais híbridas é igual ao número de orbitais
atómicas puras utilizadas no processo de hibridação.
3. As ligações covalentes são formadas por:
a. Sobreposição de orbitais híbridas com orbitais atómicas.
b. Sobreposição de orbitais híbridas com outras orbitais híbridas.
Ligação química II – hibridação
Hibridação
Formação de orbitais híbridas sp3

Hibridação
Ligação química II – hibridação
Hibridação
Formação de ligações covalentes
Ligação química II – hibridação
Hibridação
Hibridação sp3 do átomo de N em NH3

Prevê ângulo de
ligação correcto
Ligação química II – hibridação
Hibridação
Formação de orbitais híbridas sp
Ligação química II – hibridação
Hibridação
Formação de orbitais híbridas sp2
Ligação química II – hibridação
Hibridação
Como prever a hibridação do átomo central?
Conte o nº de pares de e- não partilhados E o nº de átomos ligados ao átomo
central
# pares não
partilhados +
# átomos ligados Hibridação Exemplos
2 sp BeCl2

3 sp2 BF3

4 sp3 CH4, NH3, H2O

5 sp3d PCl5

6 sp3d2 SF6
Ligação química II – hibridação
Hibridação
Hibridação sp2 do átomo de carbono
Ligação química II – hibridação
Hibridação
Orbital 2pz é perpendicular ao plano das orbitais híbridas
Ligação química II – hibridação
Hibridação
Ligação no etileno
Ligação sigma
Pi (π) –
densidade
(σ) – densidade
electrónica acima e
entre osdodois
abaixo plano dos
átomos dos átomos
núcleos
da ligação
Ligação química II – hibridação
Hibridação
Ligação química II – hibridação
Hibridação
Hibridação sp do átomo de carbono
Ligação química II – hibridação
Hibridação
Ligação química II – hibridação

Ligações sigma (σ) e ligações pi (π)


Ligação simples 1 ligação sigma

Ligação dupla 1 ligação sigma e 1 ligação pi

Ligação tripla 1 ligação sigma e 2 ligações pi

Quantas ligações σ e π existem na molécula de ácido


acético (vinagre) CH3COOH?
O

H
Ligações σ = 6 + 1 = 7
H C C O H
Ligações π = 1
H
Ligação química II – TOM
Teoria das orbitais moleculares - TOM
Experiências mostram que O2 é paramagnético

O
O
nenhum e-
desemparelhado
Devia ser diamagnético

Teoria das orbitais moleculares – as ligações são formadas


através da interacção de orbitais atómicas para formar
orbitais moleculares.
Ligação química II – TOM
Teoria das orbitais moleculares
Níveis de energia das orbitais moleculares ligante e não ligante para o
hidrogénio (H2).

Uma orbital molecular ligante tem menor energia e maior estabilidade


que as orbitais moleculares que lhe deram origem.
Uma orbital molecular antiligante tem maior energia e menor
estabilidade que as orbitais atómicas a partir das quais foi formada.
Ligação química II – TOM
Teoria das orbitais moleculares
Ligação química II – TOM
Interacção entre 2 orbitais p e respectivas OM
Ligação química II – TOM
Moléculas diatómicas homonucleares – 2º período
Li2, Be2, B2, C2 e N2
Ligação química II – TOM
Configuração das Orbitais Moleculares

1. O número de orbitais molecular (OMs) formado é sempre igual ao


número de orbitais atómicas combinadas.
2. Quanto mais estável for a OM ligante, menos estável será a
correspondente OM anti-ligante.
3. O preenchimento das OMs é feito das orbitais de mais baixa
energia para as de mais alta energia.
4. Cada OM pode acomodar até dois electrões.
5. A regra de Hund é utilizada quando se adicionam electrões a OMs
com a mesma energia.
6. O número de electrões nas OMs é igual à soma de todos os
electrões nas orbitais atómicas.
Ligação química II – TOM
Configuração das Orbitais Moleculares

Ordem de
ligação =
1
2 ( Nº de e- nas
OMs ligantes - não ligantes )
Nº de e- nas OMs

Ordem
ligação ½ 1 ½ 0
Ligação química II – TOM
Configuração das Orbitais Moleculares
Ligação química II – TOM
Orbitais Moleculares deslocalizadas

Orbitais moleculares deslocalizadas


não estão confinadas entre dois
átomos adjacentes e estendem-se
sobre 3 ou mais átomos.
Ligação química II – TOM
Orbitais Moleculares deslocalizadas

A densidade electrónica na molécula benzeno.


Ligação química II – TOM
Orbitais Moleculares deslocalizadas
A ligação na molécula de carbonato

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