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Unificação da
Alemanha e Itália
Onde hoje é a Itália foi dividida em pequenos estados por ordem de Viena, são eles:
• Reino Sardo-Piemontês: governado por uma dinastia italiana. Era autônomo e soberano;
• Reino Lombardo-Veneziano: governado pela Áustria;
• Ducados de Parma, Módena e Toscana: governados por duques subservientes à
Áustria;
• Estados Pontifícios: governados pelo papa;
• Reino das Duas Sicílias: governado pela dinastia de Bourbon.
A primeira luta do movimento para unificar a Itália só teve início depois da decisão do
Congresso de Viena que transformava a atual Itália. As primeiras tentativas de libertação do
território italiano foi uma organização revolucionária chamada de Jovem Itália liderada por
Giuseppe Mazzini, republicano que junto com a jovem Itália defendia a independência e a
transformação da Itália numa república democrática.
Em 1848, os seguidores de Mazzini promoveram outra manifestação contra a dominação
austríaca em territórios italianos, mas foram vencidos pelo exército austríaco. Apesar da derrota,
o ideal nacionalista permaneceu forte e a partir dessa época, a luta pela unificação passou a ser
liderada pelo Reino Sardol-Piemontês. Cavour, um dos líderes do Risorgimento (movimento que
pretendia fazer a Itália reviver seus tempos de glória), representava todos os que desejavam a
unificação. Para alcançar tal objetivo, Cavour teve o apoio da burguesia e dos proprietários rurais
e colocou em prática um plano de modernização da economia e do exército do Piemonte.
Aproximou-se da França e conseguiu ajuda militar para enfrentar a Áustria.
Com a ajuda da França, o exército de Cavour obteve expressivas vitóriase a Áustria,
derrotada, foi forçada a entregar o reino. Quase em mesmo tempo, o revolucionário Giuseppe
Garibaldi atacou o Reino das Duas Sicílias e criou condições para sua libertação do domínio
estrangeiro. Decidiram então por intermédio de um plebiscito ser governados também pelo rei do
Reino Sardo-Piemontês Victor Emanuel II.
Com a maior parte do atual território italiano, em 1861 Victor Emanuel II foi proclamado rei
da Itália, mas, para que a unidade fosse completada era necessário conquistar Veneza e Roma.
Veneza foi incorporada no ano de 1866 e Roma em 1870 onde passou a ser capital do país no
ano seguinte.
O papa Pio IX, não aceitou a perda dos domínios territoriais da Igreja e rompeu relações
com o governo italiano, considerou-se prisioneiro e fechou-se no Vaticano. Assim nasceu a
Questão Romana que só foi resolvida em 1929 quando doi assinado o Tratado de Latrão. Por
esse acordo, foi criado o Estado do Vaticano dirigido pela Igreja Católica.
A Unificação Alemã
Assim como a Itália, a Alemanha ao foi outro país europeu que se unificou tardiamente. E,
à semelhança do caso italiano, a origem dos conflitos políticos e sociais que tiveram lugar na
atual Alemanha ao longo do século 19 pode ser identificada no Congresso de Viena.
Essa Confederação era composta por quase quarenta estados, entre reinos, ducados e
cidades. Dentre eles, os mais importantes eram o reino da Prússia, governada pela dinastia dos
Hohenzollern, e o Império da Áustria, governado pela casa de Habsburgos.
A partir daí, ocorreram duas mudanças importantes: em primeiro lugar, os esforços para a
unificação passaram a vir sobretudo da Prússia, com a exclusão da Áustria; em segundo lugar,
em contraste com as tentativas iniciais, esse segundo momento ficou marcado pelas ações a
partir do alto, operadas diretamente pelos que ocupavam o aparelho de Estado, e não mais por
movimentos sociais que incluíssem os operários e a pequena-burguesia, por exemplo.
Depois de 1862, esse governo forte, na Prússia, foi representado pelo rei Guilherme 1º.
Naquele ano, ao assumir o trono, Guilherme 1º nomeou Otto von Bismarck para o cargo de
primeiro-ministro. Bismarck entrou para a história como o grande nome da unificação alemã.
Todos os seus esforços foram no sentido de criar um só país. Internamente, fez alianças com a
burguesia industrial e os grandes proprietários de terra. No exterior, apostou na estratégia do
confronto militar. Em 7 anos, foram 3 guerras.
O ápice desse processo aconteceu em 1868, quando o trono espanhol foi oferecido a um
membro da casa de Hohenzollern, primo de Guilherme 1º. A França imediatamente se colocou
contra, temendo o crescimento da influência prussiana sobre a Europa. Do outro lado, com sua
estratégia belicosa, Bismarck ansiava pelo conflito com os franceses, que dificultavam a
unificação.
A guerra, declarada por Napoleão 3º, durou de 1870 a 1871. Com o avanço das tropas
prussianas sobre o território francês e a captura do imperador, a vitória parecia estar garantida.
Mas um governo provisório de resistência, incluindo camadas populares, foi formado em Paris,
em setembro de 1870. Ao final, Napoleão 3º capitulou diante da Prússia e, com seu auxílio,
reprimiu duramente o breve governo operário constituído na capital francesa, chamado
de Comuna de Paris.