Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
engmateriais@mackenzie.com.br
lfmiranda@sti.com.br
SIMETRIA MOLECULAR E TENDÊNCIA A
FORMAR CRISTAIS
A característica molecular de um polímero cristalino que o
distingue de um não cristalino é a regularidade molecular
Ex: Polímeros por condensação
A-B-A-B-A-B Seqüência alternada
ex: nylon e poliéster
ESTEREORREGULARIDADE
1- ENCADEAMENTO DE
MONÔMEROS
Cabeça-cauda:
R R R R
R R
R R
CH3 CH3 CH3 CH3 CH3 CH3
| | | | | |
- CH2- CH - CH- CH2- CH2- CH - CH- CH2 - CH2- CH - CH- CH2
• Misto:
R R
R R
CH3 CH3 CH3 CH3 CH3 CH3
| | | | | |
- CH2- CH - CH2- CH - CH2- CH - CH- CH2- CH2- CH- CH2- CH
ESTEREORREGULARIDADE
1- ENCADEAMENTO DA CADEIA: cabeça – cauda
cabeça/cabeça – cauda/cauda
aleatório
Isotático: sempre
forma cristais
Sindiotático: pode
formar cristais
Gutta Percha
cristalino e duro
Borracha
Natural amorfo
e elastomérico
Não forma
materiais com
boas propriedades
CRISTALINIDADE EM POLÍMEROS
A maioria das moléculas podem se apresentar em um dos três estados:
Gás , Líquido ou Sólido.
Sólido
Polímeros são moléculas grandes apresentam uma somatória de
forças intermoleculares fortesnão apresentam uma fase de vapor
decompõeem-se antes que a temperatura seja suficiente para vencer as
forças intermoleculares
O comprimento das moléculas do polímero torna também difícil
para os cristais serem formados
POLÍMERO
Totalmente amorfo
Parcialmente cristalino encontra-se duas fases contínuas:
cristalina e amorfa.
Assim o comportamento dos polímeros pode mais melhor ser compreendido
nos termos das três fases: fundido, cristalino, e amorfo.
amorfo
Polímeros:
Suas moléculas “podem”
podem se empacotar em cristais;
Estes cristais estão separados por regiões amorfas;
As regiões amorfas são da mesma dimensão dos cristais;
Polímeros Sintéticos Cristalinos:
Parcialmente cristalinos cadeias ordenadas
Parcialmente Amorfos a conformação da cadeia assemelha-se à
da molécula diluída
São utilizados na forma vítrea e na forma de elastômeros (borrachas);
Determinação da Cristalinidade:
Difração de Raios X + precisa
Microscopia Eletrônica - precisa
ESTRUTURA DE SÓLIDOS
POLIMÉRICOS
Polímero Amorfo
POLÍMEROS CRISTALINOS
Os polímeros parcialmente cristalinos apresentam regiões cristalinas e
amorfas propriedade desejável pois combina a resistência da fase
cristalina com a flexibilidade da fase amorfa apresenta a habilidade de
dobrar sem quebrar.
A cristalinidade torna o polímero mais rígido, mais resistente a temperatura
(funde a to mais alta), mais resistente a penetração de solventes.
A cristalinidade torna o polímero mais forte mas menos resistente ao
impacto.
Cristal
do
NaCl
CFC
Cristal monomérico
Polímeros Semicristalinos
Microestrutura
Microestrutura de um
polímero semi-cristalino
apresentando regiões
cristalinas e amorfas.
POLÍMEROS CRISTALINOS
O crescimento dos cristais em um material polimérico é radial.
Formação do
Esferulito
POLÍMEROS CRISTALINOS
ESFERULITO
ESTRUTURA DO CRISTAL
A cristalização se dá em 2 estágios:
1° Estágio As moléculas assumem o seu estado
de menor energia;
Ex: PE: [CH2 - CH2 ]n
Conformação zig-zag planar:
1pm=10-12m
112°
CH2 CH2 CH2
2x(153 cos112°=254pm
153pm
ESTRUTURA DO CRISTAL
No PE ocorre a conformação planar pois:
2° Estágio As moléculas ordenadas
aproximam-se umas das outras e empacotam
(semelhantes a hastes paralelas;
As moléculas estão em
seu estado de energia
mais baixo (energia
livre de Gibs)
O ângulo entre os
planos é de 82°
7,36pm
ESTRUTURA DO CRISTAL
A)Desenho em escala
da conformação de uma
molécula de PE em zig-
zag, conformação
cristalina mostrando
ambos os lados e vista
final
B)Vista do cristal ao
longo do eixo c, no qual
os átomos têm seus
raios corretos
Fratura do
cristal extendido
Superfície do
cristal
ESTRUTURA DO CRISTAL
C C C
116°
C C C
20°
F F F F F F
ESTRUTURA DO CRISTAL
A)Desenho em escala
da conformação de uma
molécula de PTFE
como ocorre no cristal.
B) Há 13 unidades de
CF2 por volta (360°), ou
seja a cada 13
CF2temos um passo de
hélice, com 360nm de
comprimento
C) As moléculas
empacotam
ESTRUTURA DO CRISTAL
A)Ilustração da
molécula de PP
B) Há 3 unidades de
CH3 por volta (360°), ou
seja a cada 3 CH3temos
um passo de hélice
ESTRUTURA DO CRISTAL
Todos os polímeros vinílicos isotáticos apresentam hélice;
Algumas hélices mudam de conformação com a temperatura;
T1 hélice 1 em equilíbrio
T2 hélice 2 em equilíbrio (novo equilíbrio)
Para o PTFE T1 T2-T1=19°
T1 hélice 13CF/1volta Mudança do volume
cristalino na ordem de 1%
T2 hélice 15CF/1volta
Se a variação de conformação ocorre ao redor da T°C ambiente ou
da T°C de trabalho problemas dimensionais em estruturas
mecânicas de precisão CH2 - CH3
Ex: Polibuteno [CH2 - CH]n
T°C de fusão hélice 11/3 T°C ambiente de fusão hélice 3/2
ESTRUTURA DO CRISTAL
Além do volume, em polímeros cristalinos, deve-se levar em conta a
direção da cristalinidade o módulo do cristal depende da
cristalinidade na direção.
PE Na direção do comprimento da molécula o módulo é de
200GPa, enquanto que nas direções transversais é aproximadamente
100 vezes menor.
FIBRAS
Por estiramento os eixos das moléculas do polímero do cristal
posicionam-se ao longo da fibra
Este fato proporciona um alto módulo ao longo do eixo
Célula unitária
(ortorrômbica) da parte
cristalina do Polietileno (PE)
FORMA DO CRISTAL
onde:
ρS= densidade do polímero;
ρa= densidade da parte amorfa;
ρc= densidade da parte cristalina
COMPARAÇÃO COM A FUSÃO
A TRANSIÇÃO VÍTREA NÃO É O MESMO QUE FUSÃO
• Transição vítrea
– É uma propriedade da transição da região amorfa
– Abaixo do Tg sólido amorfo desordenado com as moléculas
imóveis
– Acima da Tg sólido amorfo desordenado, em que as parcelas
das moléculas podem movimentar-se
– Transição termodinâmica de segunda ordem
• Fusão
– Propriedade da região cristalina
– Abaixo de Tm sólido cristalino ordenado
– Acima de Tm fundido desordenado
– Transição termodinâmica
de primeira ordem
Temperatura de Transição da
Fusão Cristalina
• Fusão é a transição entre um cristal sólido e um líquido.
• O ponto de fusão de uma molécula pequena é muito bem definido a
uma dada pressão.
– Ex: H2O, funde a 0oC, quando P = 1 atm.
Líquido viscoso
Borracha
Líquido móvel
Plástico tenaz
Parcialmente
cristalino,
parcialmente plástico
Sólido cristalino
TEMPERATURA DE TRANSIÇÃO
VÍTREA ( Tg)
Propriedades que variam com a Tg e são usadas
para sua determinação
Módulo de elasticidade
Coeficiente de expansão térmica
Índice de refração
Calor específico
Tg: Estado Sólido Estado Borrachoso
Temperatura de Transição da
Fusão Cristalina
Tm ou Tf , é uma temperatura média na qual,
durante o aquecimento (T°C baixa T°C alta)
ocorre a fusão da fase cristalina ( fusão dos
cristalitos)
Nesta temperatura as moléculas adquirem energia
para vencer as forças intermoleculares das cadeias
da fase cristalina (forças intermoleculares
secundárias), ocorre a destruição da estrutura
regular de empacotamento.
Tm: Estado Borrachoso Estado Viscoso (Fundido)
Temperatura de Transição da
Fusão Cristalina
Propriedades que variam com a Tm (Tf)e são usadas para sua
determinação
Volume específico
Entalpia
Fatores que afetam a Tm
- Simetria - Ramificações
- Ligações intermoleculares - MM
- Taticidade
Poli(adipato de etila)
Tg= -46°C e Tm= +45°C
(não tem valor comercial)
Poli(tereftalato de etila) PET
Tg= 69°C e Tm= 265°C
Rigidez / Flexibilidade
da cadeia principal
FORÇAS INTERMOLECULARES
• Forças intermoleculare fortes levam a um aumento na
Tg.
• Propileno Atático
Tg = -20oC
Amida: -N- C -
|
H
O
Uréia: -N- C - N-
| | Quanto maior o n° de -CH2- na cadeia
H H mais a Tm se aproxima da Tm do PE
Grupos Substituintes
A influência dos grupos substituintes na temperatura de transição
vítrea é algo mais complicado.
• Polipropileno Atático
Tg = -20oC
• Poliestireno Atático
Tg = 100oC
1% de cristalinidade PS isotático
Grupos Substituintes
Quando um centro quiral esta presente em uma molécula polimérica,
são possíveis diferentes configurações ou isômeros ópticos. As
formas são mostradas abaixo para os polímeros vinílicos
substituídos.
Isotático
Sindiotático
Atático
• Poli(metacrilato de butila)
Tg = 20oC
Ligações Cruzadas
• A presença de ligações cruzadas entre as cadeias
poliméricas restringem o movimento rotacional e
aumenta a Tg.
• Alguns polímeros apresentam ligações cruzadas entre
as cadeias poliméricas criando redes tridimensionais.
• Uma alta densidade de ligações cruzadas restrigem o
movimento da cadeia e leva a rigidez de um material.
Temperatura de Cristalização
A dependência da cristalização em relação ao tempo é uma
curva sigmoidal é resultado da fração da transformação (fração
cristalizada) em função do logaritmo do tempo (a uma temperatura
constante) Cristalização Isotérmica
CRISTALIZAÇÃO DO PP EM 3 ToC DIFERENTES
Equação de Avrami
Fração Cristalina Normalizada
y= 1-exp(-ktn)
K e n são constantes
independentes do
tempo dependem
do sistema que está
sendo cristlizado
Ceras
resistentes Plásticos moles
Ceras
moles
Graxas,
líquidos
Se:
V=X.Vc + (1-X).Va
V=X.Vc+Va-X.Va
Linha para o V-Va= X.Vc - X.Va
volume específico
V-Va= X (Vc - Va)
Temperatura X= (V-Va)/ (Vc-Va)
de fusão
CRISTALINIDADE
cristalina
X = 0,69 69%
CRISTALINIDADE
Falhas na determinção:
Vc Va
Flutuações nos conteúdos de vazios (processo de fabricação do
polímero. Ex: PTFE processo de sinterização
(deposição) vazios da ordem de 1%)
Cristalinidade depende do método de solidificação
(história térmica do polímero)
Maior tempo na temperatura de fusão Maior Cristalinidade
Maior Cristalinidade Maior resistência e Propriedades
Mecânicas
PROPRIEDADES MECÂNICAS
• As propriedades mecânicas de um polímero envolvem seu
comportamento sob solicitação: tensão.
• Estas propriedades indicam como um polímero pode ser usado.
– Qual é a sua resistência?
– Quanto pode esticar antes que quebre?
– Quão duro ele é?
– Quanto pode flexionar?
– É frágil?
– Quebra facilmente sob impacto?
– É duro ou macio?
– Mantêm-se íntegro sob ciclos de stress?
Tensão
• Ductibilidade: é o alongamento
percentual
=L/L0
Tensão
Ruptura da Amostra
Influência da
temperatura sobre
as propriedades
mecânicas do
PMMA
Deformação
Deformação de Polímeros
Semicristalinos
POLÍMEROS SEMICRISTALINOS
Direção do crescimento do esferulito
Cadeia lamelar-
parte cristalina
Material amorfo
Observa-se
que as
cadeias vão
se orientando
em direção ao
eixo de tração
Deformação de Polímeros
Semicristalinos
MECANISMO DE DEFORMAÇÃO PLÁSTICA ENTRE AS REGIÕES
CRISTALINA E AMORFA EM RESPOSTA À TRAÇÃO
Observa-se
que as
cadeias vão
se orientando
em direção ao
eixo de tração
Deformação Macroscópica
Limite de escoamento
superior
Tensão
Orientação das
cadeias
Limite de escoamento
inferior
Deformação
Fatores que influenciam as
propriedades mecânicas dos polímeros
• Temperarura ou Taxa de deformação ↓ Módulo de tração ↓
• No de ligações intermoleculares Módulo de tração
•Alinhamento Módulo de tração
•Grau de cristalinidade Módulo de tração (mas tornam-se + frágeis)
Massa Molar Módulo de tração LRT=LRT -A/ Mn
•Massa
onde: LRT =limite de resistência para
um polímero com MM infinito
A= constante
Mn= Massa Molar Média Numérica
Vulcanizado
Não Vulcanizado
Deformação
Elastômeros
Estireno-butadieno
Estireno-isopreno
Elastômeros
Os domínios
Domínio de de segmentos
segmentos
duros
duros agem
como ligações
cruzadas a
Domínio de
segmentos
temperatura
moles ambiente
Fratura de Polímeros
• As resistências à fratura dos materiais
poliméricos são baixas.
• POLÍMEROS TERMOFIXOS fratura
frágil
• POLÍMEROS TERMOPLÁSTICOS
fratura dúctil ou frágil
• Fratura Frágil é favorecida por:
temperatura baixa
Aumento da taxa de deformação
Presença de entalhe afilado
Estrutura química
Fendilhamento