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Tema: A Violabilidade do correio eletrônico no ambiente de trabalho.

APRESENTAÇÃO: Com o surgimento de novas tecnologias, pode-se verificar que o correio


eletrônico é uma tecnologia muito utilizada pelo empregado no ambiente de trabalho,
podendo essa utilização sofrer fiscalização por parte do empregador.

Com muita freqüência nos deparamos com situações em que os empregados sofrem punições
ou até mesmo têm o seu contrato rescindido pelo mau uso do e-mail no ambiente de trabalho.
Vemos também situações em que o empregador se utiliza de informações contidas nos e-mails
do empregado, através da interceptação de mensagens.

A questão que se levanta é em relação aos limites do acesso do empregador às mensagens


eletrônicas e, se tal acesso configuraria violação de direitos do empregado, tais como direito a
privacidade, direito ao sigilo das comunicações e direito à vedação do uso de provas ilícitas,
questões que, levadas ao judiciário, encontraram tanto posições favoráveis ao monitoramento
quanto desfavoráveis a tal invasão.

JUSTIFICATIVA: Tendo em vista a legislação escassa em relação ao controle do empregador


sobre o meio eletrônico, podendo o empregador estabelecer normas no regulamento interno
da empresa, afim de tutelar as questões que envolvam o uso do e-mail, configurando-se assim
a única forma possível de regulamentação.

O SUMÁRIO, ainda não elaborado, terá os seguintes pontos a serem tratados na Monografia:

- o que é o poder de direção e quais os seus limites:

O poder empregatício conferido ao empregador, que se estabelece no contexto da relação de


emprego através do exercício dos poderes diretivo, regulamentar, disciplinar e fiscalizatório,
não pode ser exercido de forma ilimitada. Os direitos fundamentais à intimidade e à vida
privada, alicerces dos direitos de personalidade (liberdade, intimidade, vida privada, imagem,
honra, igualdade, imagem) e do princípio constitucional da dignidade da pessoa humana,
compreendem fontes limitadoras do poder empregatício. A autoridade do empregador se
exterioriza pelo poder de direção e torna-se efetiva pelo poder disciplinar.

- a necessidade do empregador em avisar previamente as regras internas de disciplina,


estabelecendo as normas no regulamento interno da empresa: Deve o empregador, através do
seu poder regulamentar, mencionar os limites da utilização da correspondência eletrônica pelo
empregado no ambiente de trabalho, mesmo em se tratando de e-mail corporativo. Todos os
empregados devem ter conhecimento das condutas que são exigidas pelo empregador
referentes ao modo de utilização do e-mail corporativo. Se houver abuso de direito no
exercício do poder empregatício conferido ao empregador, principalmente na situação de
desconhecimento do empregado quanto à forma de utilização da correspondência eletrônica,
afetados serão os direitos de personalidade do empregado, e, por conseqüência, os aspectos
da sua vida íntima e privada.

- a diferença entre o e-mail particular e o corporativo:


E-mail particular é utilizado pelos internautas de maneira pessoal e íntima, sendo o seu acesso
livre por qualquer meio de comunicação eletrônica.

No tocante à verificação de e-mail pessoal ou particular do empregado, não é possível a


fiscalização pelo empregador do conteúdo contido nas mensagens enviadas e recebidas
durante o seu horário de trabalho, muito menos dos endereços que foram utilizados para o
envio e o recebimento dessas mensagens eletrônicas de caráter pessoal. Somente poderá ser
interceptado mediante prévia autorização do empregado ou judicialmente. Nesta hipótese,
para fins de prova, nos processos de natureza processual penal, civil e trabalhista. Qualquer
intromissão não autorizada pelo empregado será considerada invasão de intimidade e quebra
de sigilo de correspondência ou violação da intimidade.

Ao passo que o e-mail corporativo é acessado no computador fornecido pela empresa aos
empregados, estando, desse modo, relacionado a assuntos estritamente profissionais, a
menos que exista consentimento expresso do empregador no sentido da utilização do e-mail
corporativo par fins de natureza particular.

- Quanto à possibilidade de haver acesso aos e-mails dos empregados pelo empregador, a
idéia é que o e-mail dos trabalhadores na empresa é um instrumento de trabalho e, em
determinadas circunstâncias e com determinadas políticas, é possível que o empresário possa
conhecer o conteúdo desses e-mails nas situações em que se identifica que há mal uso do
meio eletrônico, constatando alguns indícios objetivos desse mal uso, tais como o título de e-
mail, freqüência de mensagens etc, e nesses casos, o controle do empregador é permitido, se
estabelecendo assim o mínimo de garantias ao trabalhador quanto aos seus direitos.

- o dano moral pela violação de privacidade.

- ausência de legislação específica

- hipótese ou não de justa causa pelo conteúdo dos e-mails observadas as regras de
violabilidade, tanto para e-mail corporativo quanto e-mail particular.

- posicionamento dos tribunais

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