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Cálculo das áreas.

As superfícies territoriais são avaliadas através da área de terrenos cujos limites são previamente conhecidos.

Para a determinação da área de um terreno, dois procedimentos distintos são normalmente adotados: por meio de medição realizadas
diretamente sobre o terreno, sendo a área pós-calculada analiticamente, ou através do uso das grandezas gráficas medidas nas
plantas topográficas, convenientemente transformadas em valores naturais mediante a aplicação da correspondente escala do
desenho.

Considerando-se as irregularidades da superfície do terreno, duas espécies de áreas podem ser avaliadas: área desenvolvida e área
topográfica. A área desenvolvida é obtida através das grandezas (lineares e angulares) medidas diretamente no terreno e obedecendo
a suas inclinação; a área topográfica equivale à área desenvolvida projetada horizontalmente, isto é, todas as medidas lineares
inclinadas são reduzidas ao horizonte.

As áreas de interesse, quer para fins legais ou para


fins administrativos, são as áreas topográficas, visto
que as obras de arte, projetadas e executadas pela
engenharia, apóiam-se em projeção horizontal. É
por isso que, em Topografia, conforme a Figura
12.1[a], avalia-se a superfície abcde e
não ABCDE e, conforme a Figura 12.1[b], mede-se
a distânciaAC em vez de AB.

Diversos são os processos empregados para a


avaliação das áreas; dependendo do maior ou menor
rigor exigido, citam-se os seguintes:

 Processo geométrico,

 Processo analítico, e

 Processo mecânico.

O processo geométrico consiste em decompor a poligonal topográfica em figuras geométricas conhecidas, tais como: retângulo,
triângulo e trapézio.

Somando as áreas destas figuras para integralizar a área do polígono e calculadas com as dimensões extraídas do desenho, deve-se
observar a escala do mesmo. Deste modo, a área S do terreno, correspondente à área s determinada sobre a planta na escala 1:N, será

S = s N2 onde N é o denominador da escala do desenho.

Neste processo, a superfície cuja área será avaliada deve possuir contornos retilíneos, para possibilitar a geração de figuras
geométricas regulares.

O processo analítico consiste em determinar a área de um polígono topográfico através das coordenadas plano-retangulares de seus
vértices. A fórmula de GAUSS é amplamente utilizada para esta finalidade.

O processo mecânico consiste em determinar a área de uma figura utilizando instrumentos especialmente construídos para esse fim.
O instrumento mais amplamente utilizado é o planímetro, que permite avaliar mecanicamente áreas planas de superfícies limitadas
por contornos de qualquer forma. Este processo exige a planta topográfica para a avaliação da área.

Duplas distancias medianas.

Vemos que cada umas destas áreas sejam trapézios ou triângulos , é sempre o produto de dm pelo y respectivo, onde dm é a
distancia meridiana do lado , ou seja , a distancia do meio do lado até a origem no ponto mais á oeste.

As duplas distancias meridianas são calculadas á partir do ponto, que é o ponto p mais a oeste,para o calculo da dupla distancia
meridiano, do primeiro lado á partir do ponto mais á oeste, considera se a dupla distancia meridiana do lado anterior como zero e a
abscissa do lado anterior também como zero.
Dedução de formulas.

As coordenadas (abscissas e ordenadas) são calculadas pelas fórmulas:

Xn = Xn-1 + ∆ ∆∆ ∆X

Yn = Yn-1 + ∆ ∆∆ ∆Y

• Xn → Abscissa do ponto • Yn → Ordenada do ponto

• Xn-1 → Abscissa do ponto anterior • Yn-1 → Ordenada do ponto anterior

• ∆ ∆∆ ∆X → Projeção Compensada no eixo X • ∆ ∆∆ ∆Y → Projeção Compensada no eixo Y

• X1 = 108,310 (Abcissa Inicial)

X2 = X1 + ∆ ∆∆ ∆X1-2 X2 =108,310 + (-50,375) X2 = 57,935

X3 =57,935 + (-47,958) X3 = 9,977

X4 =9,977+ (+48,544) X4 = 58,521

X1 =58,521+ (+48,789) X1 = 108,310

• Y1 = 106,215 (Ordenada Inicial)

Y2 = Y1 + ∆ ∆∆ ∆Y1-2

Y2 =106,215 + (20,469)

Y2 = 126,684

Y3 =126,684 + (-14,298) Y3 = 112,386

Y4 =112,386+ (-69,311) Y4 = 43,075

Y1 =43,075+ (-63,140) Y1 = 106,215

• As coordenadas do ponto de chegada deverão ser iguais as coordenadas do ponto de saída.

Tabela IV- Coordenadas totais

Vértices Coordenadas

X Y

1 108,310 106,215

2 57,935 126,684

3 9,977 112,386

4 58,521 43,075

Cálculo das distâncias: D = ( k . L . sen2z )

• K → Constante do aparelho.

• L → Leitura FS – Leitura FI.

• z → Ângulo zenital.

Observações: • Calculamos sempre duas distâncias para o mesmo alinhamento, resultantes da visadas de vante e ré.
• A distância adotada será a média aritmética destas.

Tolerância para o erro angular: Tα αα α = K * L* √ √√ √n

Observação: • Caso o erro cometido seja menor que a tolerância, a poligonal é válida, caso \contrário os ângulos em campo deverão
ser novamente medidos com mais atenção e cuidado com a operação do aparelho e com os procedimentos.

f. Correção dos ângulos: Cα αα α = - Eα αα α / n Onde:

• Cα αα α→ Correção angular.

• Eα αα α→ Erro angular.

• n → Número de vértices da poligonal.

Observações: • O sinal negativo indicará se deveremos somar ou subtrair o erro angular.

• A distribuição do erro pode ser feita em quantidades iguais por vértice,no entanto, caso haja frações de segundo para distribuir
entre os ângulos, podemos adotar uma maneira de distribuir apenas valores inteiros de minutos e segundos entre os ângulos para
facilitar os cálculos.

Coordenadas parciais corrigidas :               


           
O emprego das coordenadas parciais é indispensável para a seqüência do cálculo de uma poligonal, pois através delas é que
conseguimos apurar o erro de fechamento linear, a distribuição deste erro e, finalmente, o cálculo da área do polígono.

Partindo de uma mesma origem 0 e considerando a vertical como direção N-S, marcamos a partir do norte os ângulos que
representam os rumos,(esta marcação é feita com transferidor). Depois de traçados os raios a partir de 0 , marcamos, com uma
escala, os comprimentos obtendo-se os pontos 11,2,3,4,5 e 6 finais, respectivamente das retas 6-1, 1-2, 2-3, 3-4, 4-5, 5-6.

Existem tabelas para cálculo de coordenadas, fazendo os comprimentos variarem de cm em cm e os ângulos dos rumos, de minuto
em minuto.

A correção no eixo X:

Cx 1-2 = A correção no eixo Y: Cy 1-2 =

Somatório das coordenadas na direção X, com o sinal.

Somatório das coordenadas na direção Y, com o sinal.

Somatório das coordenadas na direção X, sem o sinal.

Somatório das coordenadas na direção Y, sem o sinal.

• Temos uma constante Kx e Ky, iguais respectivamente, pois são invariáveis em ambos os casos.

Kx= 0,110/196,666 Kx= 0,000559

Ky= 0,139/167,217 Ky= 0,000831

Correções no eixo X:

Cx1-2 = 50,347 x 0,000559 = -0,028 Cx2-3 = 47,931 x 0,000559 = -0,027

Cx3-4 = 48,571 x 0,000559 = -0,027 Cx4-1 = 49,817 x 0,000559 = -0,028 Soma = -0,110

Correções no eixo Y:

Cy1-2 = 20,486 x 0,000831 = -0,017 Cy2-3 = 14,286 x 0,000831 = -0,012

Cy3-4 = 69,253 x 0,000831 = -0,058 Cy4-1 = 63,192 x 0,000831 = -0,052 Soma = -0,139

• O sinal da correção deverá ser sempre contrário do sinal do erro.

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