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UNIVERSIDADE DA REGIÃO DE JOINVILLE – UNIVILLE

DEPARTAMENTO DE DIREITO

TURMA: 5AN

Aluno: Alan Gicélio da Silva Testoni

Matéria: Direito Processual Penal I

Tema do Trabalho: Insanidade mental do acusado

JOINVILLE/SC
UNIVERSIDADE DA REGIÃO DE JOINVILLE – UNIVILLE
DEPARTAMENTO DE DIREITO

Insanidade Mental do acusado

O incidente de insanidade mental visa perquirir se o indivíduo, no


momento da ação ou omissão, tinha capacidade de entender a ilicitude do
fato e agir de acordo com este entendimento. Segundo art. 26 do CP, é
isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento
mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão,
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de
determinar-se de acordo com esse entendimento.

Diante do exposto o exame médico legal do acusado é instaurado


quando há dúvidas de sua higidez mental, portanto, fornecendo os autos
elementos que indiquem tais dúvidas, pode o juiz, de ofício ou a
requerimento do Ministério Público, defensor, curador, ascendente,
descendente, irmão ou cônjuge do acusado, ordenar a realização do
mesmo. Poderá, ainda, o exame ser ordenado na fase do inquérito,
mediante representação da autoridade policial ao juiz competente,
segundo o disposto no art.149, § 1º, do CPP. Nota-se que em todos os
casos é o juiz quem determina a instauração do incidente.

Cabe ainda dizer que, sendo deferido o exame, o juiz ordenará a


suspensão da ação principal, embora devam ser realizadas diligências, que
possam ficar prejudicadas pelo adiamento, como por exemplo, a oitiva de
testemunhas enfermas. Deve-se atentar para o fato de que, durante esta
suspensão, o prazo prescricional flui normalmente.

O laudo médico-legal dos peritos deve explicitar o quadro clínico do


acusado, demonstrando se este é ou não portador de doença mental, ou
se traz perturbação em sua saúde mental, bem como se apresenta
desenvolvimento mental incompleto ou retardado. Deverá o laudo, ainda,
tratar da capacidade de auto determinação do réu no momento da prática
do delito. Uma vez apresentado o laudo pelos peritos, não fica o juiz
vinculado a ele, podendo, inclusive, ordenar nova perícia por outros
peritos.
UNIVERSIDADE DA REGIÃO DE JOINVILLE – UNIVILLE
DEPARTAMENTO DE DIREITO

BIBLIOGRAFIA

DECRETO-LEI Nº 3.689, DE 3 DE OUTUBRO DE 1941.

DECRETO-LEI Nº 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940

SAMPAIO, Emília. O incidente de insanidade mental no processo penal.


Acesso em:
http://www.facs.br/revistajuridica/edicao_dezembro2002/corpodiscente/e
miliasampaio.doc
Último acesso em 13 de novembro de 2010

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