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MINISSIMULADO

Colocação pronominal:
Próclise – Mesóclise -
Ênclise

Versão Condensada
Sumário
Colocação pronominal: Próclise – Mesóclise - Ênclise������������������������������������������������� 3

1. Gabaritos:��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 11

 2

A L F A C O N
Colocação pronominal: Próclise – Mesóclise -

Ênclise

1. (CESPE/CEBRASPE – 2015 – DEPEN – AGENTE FEDERAL DE EXECUÇÃO PENAL)

Texto I

1 É preciso compreender que o preso conserva os


demais direitos( educação ,integridade física ,segurança,
saúde ,assistência jurídica ,trabalho e outros )adquiridos
4 como cidadão ,uma vez que a perda temporária do direito de
liberdade em decorrência dos efeitos de sentença penal
refere-se tão somente à liberdade de ir e vir .Isso ,geralmente,
7 não é o que ocorre.
O que se constata é que ,na prática ,o cidadão preso
perde muito mais do que sua liberdade .Perde sua dignidade ,é
10 submetido a humilhação e acaba se sentindo um nada.

Internet: www.lfg.jusbrasil.com.br (com adaptações).

Em relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto I, julgue o item.

A correção gramatical do texto seria preservada, caso o trecho “O que se constata”, no início do segundo parágrafo,
fosse reescrito da seguinte forma: O que constata-se.

Certo ( ) Errado ( )

Colocação pronominal: Próclise – Mesóclise - Ênclise 3

A L F A C O N
2. (CESPE/CEBRASPE – 2017 – PM/AL – SOLDADO)

Texto CB1A1AAA

1 A palavra violência frequentemente nos remete a


crimes como assassinato ,estupro ,roubo e lesão corporal ,ou
mesmo a guerras e terrorismo .Pensamos que violência e crime
4 violento são a mesma coisa e não levamos em conta que nem
toda violência é considerada crime.
A sociedade ,para reafirmar seus valores e se manter,
7 pune as transgressões ,com a intenção de que a punição
aplicada ao transgressor seja útil para que os demais indivíduos
não sigam o mau exemplo ,tendo em vista as consequências.
10 Nesse caso ,considera-se crime a transgressão de regras
socialmente preestabelecidas ,que variam de acordo com a
sociedade e o contexto histórico.
13 Lançadas com o intuito de encontrar respostas para as
possíveis causas da violência ,hipóteses clássicas na sociologia
do crime acabaram por defender a tese de associação entre o
16 aumento nos índices de criminalidade e a pobreza .Essa
associação sustenta a premissa de que o crime seja combatido
e punido com maior rigor e frequência nas classes
19 economicamente mais desfavorecidas ,em contraposição à
tolerância e à impunidade de crimes cometidos tipicamente ou
ocasionalmente por indivíduos detentores de poder.
22 O mito da criminalidade associada à pobreza cria
estereótipos ,marginaliza e criminaliza a pobreza — que ,em si,
é uma violência .Rotula os que são tidos como pobres e faz
25 uma proporção extremamente grande da população ser
prejulgada por atos ilícitos praticados por uma minoria.
A violência nas cidades deve ser vista sob duas vias.
28 Um tipo de violência é a dos crimes praticados nas ruas,
principalmente nas grandes cidades ,que pode atingir qualquer
pessoa .O segundo tipo é a violência praticada pela própria
31 cidade ,que massacra os pobres ,marginalizando e
criminalizando esses cidadãos .Enquanto se diz que os pobres
da cidade são violentos ,a atenção da violência que eles sofrem
34 é invertida .A violência contra quem mora próximo de
condomínios de luxo e mansões fortificadas ,sem ter acesso a
bens básicos para garantir razoáveis condições de vida ,é
37 esquecida.

Geélison Ferreira da Silva. Considerações sobre criminalidade: marginalização, medo emitos no Brasil. In: Revista Brasileira de Segurança

Pública. ano 5, 8.ª ed. São Paulo,fev. – mar./2011, p. 91-102 (com adaptações).

No que se refere aos sentidos e às propriedades linguísticas do texto CB1A1AAA, julgue o item a seguir.

Na linha 1, a posição do advérbio “frequentemente” justifica a ocorrência de próclise em “nos remete”.

Certo ( ) Errado ( )

Colocação pronominal: Próclise – Mesóclise - Ênclise 4

A L F A C O N
3. (CESPE/CEBRASPE – 2022 – TELEBRÁS – ESPECIALISTA EM GESTÃO DE TELECOMUNICAÇÕES)

No mundo de hoje, as telecomunicações representam muito mais do que um serviço básico; são um meio de pro-
mover o desenvolvimento, melhorar a sociedade e salvar vidas. Isso será ainda mais verdade no mundo de amanhã.

A importância das telecomunicações ficou evidente nos dias que se seguiram ao terremoto que devastou o Haiti,
em janeiro de 2010. As tecnologias da comunicação foram utilizadas para coordenar a ajuda, otimizar os recursos
e fornecer informações sobre as vítimas, das quais se precisava desesperadamente. A União Internacional das
Telecomunicações (UIT) e os seus parceiros comerciais forneceram inúmeros terminais satélites e colaboraram no
fornecimento de sistemas de comunicação sem fio, facilitando as operações de socorro e limpeza.

Saúdo essas iniciativas e, de um modo geral, o trabalho da UIT e de outras entidades que promoveram o acesso à
banda larga em zonas rurais e remotas de todo o mundo.

Um maior acesso pode significar mais progressos no domínio da realização dos Objetivos de Desenvolvimento do
Milênio. A Internet impulsiona a atividade econômica, o comércio e até a educação. A telemedicina está melhorando
os cuidados com a saúde, os satélites de observação terrestre são usados para combater as alterações climáticas
e as tecnologias ecológicas contribuem para a existência de cidades mais limpas. Ao passo que essas inovações
se tornam mais importantes, a necessidade de atenuar o fosso tecnológico é mais urgente.

Ban Ki-moon (secretário-geral das Nações Unidas). Pronunciamento acerca do Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade de Infor-

mação. 17 de maio de 2010. Internet: <unicrio.org.br> (com adaptações).

Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item.

Em “nos dias que se seguiram ao terremoto que devastou o Haiti” (segundo parágrafo), a colocação do pronome
“se” antes da forma verbal justifica-se para reforçar a indeterminação do sujeito oracional.

Certo ( ) Errado ( )

4. (CESPE/CEBRASPE – 2021 – PM/AL – OFICIAL COMBATENTE)

A sociedade que não proporciona liberdade — direito do homem que reconhece a ele o poder de escolha nos
diversos campos da vida social — aos seus membros, a rigor, não se justifica. A liberdade, ainda que não absoluta,
é meta e essência da sociedade.

São extremos: de um lado, a utópica sociedade perfeita, ou seja, essencialmente democrática, liberal e sem injus-
tiças econômicas, educacionais, de saúde, culturais etc. Nela, a liberdade é absoluta. Do outro lado, a sociedade
imperfeita, desigual, não democrática, injusta, repleta dos mais graves vícios econômicos, de educação, de saúde,
culturais etc. Nesta, a liberdade é inexistente.

Entre os extremos está a sociedade real, a de fato, a verdadeira ou efetiva, aquela na qual os problemas econômicos,
educacionais, de saúde, culturais etc. existem em infinitos níveis intermediários.

As três sociedades — perfeita, imperfeita e real — “existem”, cada qual com a sua estabilidade interna de con-
vivência, de forma que os seus membros experimentam relações entre si com a liberdade possível. Quanto mais
imperfeita é a sociedade, menos liberdade os indivíduos possuem e maior é a tendência de convivência impossível.
Na outra ponta, quanto mais a sociedade está próxima da perfeição, mais próximos da liberdade absoluta estão os
indivíduos. Há a convivência ótima.

A sociedade real, por seu turno, pode ter maior ou menor segurança pública. Numa sociedade real, a maior segu-
rança pública possível é aquela compatível com o equilíbrio dinâmico social, ou seja, adequada à convivência social
estável. Não mais e não menos que isso. Logo, para se ter segurança pública, há que se buscar constantemente
alcançar e preservar o equilíbrio na sociedade real pela permanente perseguição à ordem pública.

FILOCRE, D’Aquino. Revisita à ordem pública. In: Revista de Informação Legislativa, Brasília, out./dez. 2009. Internet: (com adaptações).

Colocação pronominal: Próclise – Mesóclise - Ênclise 5

A L F A C O N
A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto, julgue o item.

No trecho “a rigor, não se justifica” (primeiro período do primeiro parágrafo), o vocábulo “se” poderia ser empregado
depois da forma verbal, reescrevendo-se corretamente o trecho da seguinte forma: a rigor, não justificasse.

Certo ( ) Errado ( )

5. (CESPE/CEBRASPE – 2021 – PC/DF – ESCRIVÃO)

1 Fernando arrancou o paletó no auge da impaciência

e perguntou com voz esganiçada se eu pretendia ficar a

noite inteira ali de estátua enquanto ele teria que encher o

4 tanque naquela escuridão de merda porque ninguém lhe

passava o raio da lanterna.

— Onde está a lanterna?

7 — Mas onde poderia estar a lanterna senão no

porta-luvas, a princesa esqueceu?

Através do vidro, a estrela maior (Vênus) pulsava

10 reflexos azuis. Gostaria de estar numa nave, mas com o

motor desligado, sem ruído, sem nada. Quieta. Ou neste

carro silencioso mas sem ele. Já fazia algum tempo que eu

13 queria estar sem ele, mesmo com o problema de ter

acabado a gasolina.

— As coisas ficariam mais fáceis se você fosse

16 menos grosso — eu disse, entreabrindo a mão e

experimentando a lanterna no pedregulho que achei na

estrada.

19 — Está bem, minha princesa, se não for muito

incômodo, será que poderia me passar a lanterninha?

Quando me lembro dessa noite (e estou sempre

22 lembrando) me vejo repartida em dois momentos: antes e

depois. Antes, as pequenas palavras, os pequenos gestos,

os pequenos amores culminados nesse Fernando, aventura

25 medíocre de gozo breve e convivência comprida. Se ao

menos ele não fizesse aquela voz para perguntar se por

acaso alguém tinha levado a sua caneta. Se por acaso

28 alguém tinha pensado em comprar um novo fio dental, este

Colocação pronominal: Próclise – Mesóclise - Ênclise 6

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estava no fim. Não está, respondi, é que ele se enredou lá

dentro, se a gente tirar esta plaqueta (tentei levantar a

31 plaqueta) a gente vê que o rolo está inteiro mas enredado e

quando o fio se enreda desse jeito, nunca mais!, melhor

jogar fora e começar outro rolo. Não joguei. Anos e anos

34 tentando desenredar o fio impossível, medo da solidão?

Medo de me encontrar quando tão ardentemente me

buscava?

TELLES, Lygia Fagundes. Noturno Amarelo. In: Mistérios. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1981 (com adaptações).

Relativo aos sentidos e a aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item.

No trecho “Quando me lembro dessa noite” (L. 21), a correção gramatical seria mantida caso o pronome “me” fosse
deslocado para imediatamente após a forma verbal “lembro”, da seguinte forma: Quando lembro-me dessa noite.

Certo ( ) Errado ( )

6. (VUNESP – 2021 – TJ/SP – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO)

Vida ao natural

Pois no Rio tinha um lugar com uma lareira. E quando ela percebeu que, além do frio, chovia nas árvores, não pôde
acreditar que tanto lhe fosse dado. O acordo do mundo com aquilo que ela nem sequer sabia que precisava como
numa fome. Chovia, chovia. O fogo aceso pisca para ela e para o homem. Ele, o homem, se ocupa do que ela nem
sequer lhe agradece; ele atiça o fogo na lareira, o que não lhe é senão dever de nascimento. E ela – que é sempre
inquieta, fazedora de coisas e experimentadora de curiosidades – pois ela nem lembra sequer de atiçar o fogo; não
é seu papel, pois se tem o seu homem para isso. Não sendo donzela, que o homem então cumpra a sua missão. O
mais que ela faz é às vezes instigá-lo: “aquela acha*”, diz-lhe, “aquela ainda não pegou”. E ele, um instante antes
que ela acabe a frase que o esclareceria, ele por ele mesmo já notara a acha, homem seu que é, e já está atiçando
a acha. Não a comando seu, que é a mulher de um homem e que perderia seu estado se lhe desse ordem. A outra
mão dele, a livre, está ao alcance dela. Ela sabe, e não a toma. Quer a mão dele, sabe que quer, e não a toma. Tem
exatamente o que precisa: pode ter.

Ah, e dizer que isto vai acabar, que por si mesmo não pode durar. Não, ela não está se referindo ao fogo, refere-se
ao que sente. O que sente nunca dura, o que sente sempre acaba, e pode nunca mais voltar. Encarniça-se então
sobre o momento, come-lhe o fogo, e o fogo doce arde, arde, flameja. Então, ela que sabe que tudo vai acabar,
pega a mão livre do homem, e ao prendê-la nas suas, ela doce arde, arde, flameja.

(Clarice Lispector. Os melhores contos [seleção Walnice Nogueira Galvão], 1996)

* pequeno pedaço de madeira usado para lenha

Assinale a alternativa em que a reescrita de informações textuais atende à norma-padrão de colocação pronominal.

a) Se apercebendo de que chovia nas árvores, ela não pôde acreditar que tanto lhe fosse dado.

b) Como ela esquece de atiçar o fogo, pois não é seu papel, o seu homem dedica-se a essa missão.

Colocação pronominal: Próclise – Mesóclise - Ênclise 7

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c) Antes que ela esclareça onde está a acha, ele por ele mesmo já tinha notado-a, homem seu que é.

d) Ela às vezes instiga o homem, dizendo-lhe: “aquela acha ainda não pegou e você não atiçou-a”.

e) Ela acha que aquilo vai acabar. Não é ao fogo que refere-se, certamente refere-se ao que sente.

7. (ALFACON – 2023 – POLÍCIA FEDERAL – AGENTE)

O uso da próclise foi corretamente empregado no excerto “Me preocupo demais com você”.

Certo ( ) Errado ( )

8. (VUNESP – 2018 – TJ/SP – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO)

Se determinado efeito, lógico ou artístico, mais fortemente se obtém do emprego de um substantivo masculino
apenso a substantivo feminino, não deve o autor hesitar em fazê-lo. Quis eu uma vez dar, em uma só frase, a ideia
– pouco importa se vera ou falsa – de que Deus é simultaneamente o Criador e a Alma do mundo. Não encontrei
melhor maneira de o fazer do que tornando transitivo o verbo “ser”; e assim dei à voz de Deus a frase:

– Ó universo, eu sou-te,

em que o transitivo de criação se consubstancia com o intransitivo de identificação.

Outra vez, porém em conversa, querendo dar incisiva, e portanto concentradamente, a noção verbal de que certa
senhora tinha um tipo de rapaz, empreguei a frase “aquela rapaz”, violando deliberadamente e justissimamente a
lei fundamental da concordância.

A prosódia, já alguém o disse, não é mais que função do estilo.

A linguagem fez-se para que nos sirvamos dela, não para que a sirvamos a ela.

(Fernando Pessoa. A língua portuguesa, 1999. Adaptado)

Assinale a alternativa que atende à norma-padrão de colocação pronominal.

a) A prosódia, já disse-o alguém, não é mais que função do estilo.

b) Se consubstancia o transitivo de criação com o intransitivo de identificação na frase: – Ó universo, eu sou-te.

c) Tendo referido-me a Deus simultaneamente como o Criador e a Alma do mundo, recorri à frase: – Ó universo,
eu sou-te.

d) Sirvamo-nos da linguagem para quaisquer efeitos, sejam eles lógicos ou artísticos.

e) Para expressar minha ideia, juntariam-se o transitivo de criação com o intransitivo de identificação na frase.

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9. (AOCP – 2017 – SJC/CE – AGENTE PENITENCIÁRIO)

Texto 1

O acúmulo de compromissos preenche horários livres, adia o lazer e a vida social, dando a impressão de que o
tempo passa cada vez mais rápido

Raphael Martins

O ano passou rápido? Não dá para cumprir todas as obrigações dentro dos prazos? O dia parece cada vez mais
curto? Por que não se tem mais tempo para nada?

O estilo de vida atarefada e a dificuldade de conciliar compromissos profissionais com relações sociais dão uma
nítida impressão de que o tempo voa. Dentre os principais motivos para que isso aconteça está o aumento de tarefas
e obrigações que as pessoas se envolvem nos dias de hoje. Cria-se, assim, uma sensação pessoal de que há cada
vez menos tempo para si. Florival Scheroki, doutor em Psicologia Experimental pela Universidade de São Paulo e
psicólogo clínico, explica: “Há realmente essa impressão de que o tempo se acelerou. Na realidade, é uma percepção
que as pessoas têm que não cabe, no tempo disponível, tudo aquilo que elas têm que fazer”.

O psicólogo complementa: “Isso tudo acontece pelo estilo de vida que temos hoje. Uma mãe de família sai às 7 horas
da manhã para deixar as crianças na escola. Se sai às 7h15, ela não cumpre o horário de entrada no trabalho, às 8
horas. Parece que não temos mais intervalos”. Maria Helena Oliva Augusto, professora da Faculdade de Filosofia,
Letras e Ciências Humanas, concorda: “É como se o ritmo do tempo se acelerasse. Na verdade, a percepção tem-
poral muda por conta dos inúmeros compromissos que estão presentes no cotidiano, que fazem não se dar conta
de perceber o tempo de maneira mais tranquila”.

Sobre o assunto, Luiz Silveira Menna-Barreto, professor especializado em cronobiologia da Escola de Artes, Ciências
e Humanidades, coloca que, na sociedade contemporânea, as cobranças são cada vez mais intensas e frequentes,
o que produz uma sensação crônica de falta de tempo. As demandas exigem que as pessoas tenham inúmeras
habilidades e qualificações acadêmicas, tomando boa parte do tempo que poderia ser destinado ao lazer. Scheroki
completa: “Por que hoje é assim e antes não era? Hoje temos várias tarefas que não tínhamos. Temos que saber
inglês, francês, jogar tênis, trabalhar… As pessoas tentam alocar dentro do tempo mais ações do que cabem nele”. [...]

A professora Maria Helena destaca: “A percepção de aceleração do tempo é uma coisa angustiante. É possível se
dar conta disso pela quantidade de pessoas ansiosas, depressivas e estressadas que se encontra. Elas percebem
o tempo passando rapidamente e, por isso, tem pressa de viver intensamente. Isso acaba criando situações de
tensão muito grandes”. [...] O psicólogo acredita que os principais prejuízos de uma vida atarefada é sentido nas
relações com amigos ou familiares. Na hora de escolher entre uma obrigação profissional ou uma interação social,
as pessoas acabam priorizando o trabalho: “Nós somos nossas relações sociais, nós acontecemos a partir delas.
Se elas acabam sendo comprometidas, comprometem toda a nossa vida. A vida é composta pelas nossas ações
no tempo e cada vez menos a gente tem autonomia sobre ela”.

Para o professor Menna-Barreto, o ideal é buscar alternativas de trabalho ou estudo em horários mais compatíveis
com uma vida saudável. “Exercício físico, relações sociais e familiares ricas e alimentação saudável também ajudam,
mas a raiz do problema reside no trabalho excessivo”, completa. [...]

Disponível em: http://www.ip.usp.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=3330%3Aa-sensacao-dos-dias-de-poucashoras&ca-

tid=46%3Ana-midia&Itemid=97&lang=pt

Colocação pronominal: Próclise – Mesóclise - Ênclise 9

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Assinale a alternativa correta em relação ao Texto 1.

a) No excerto “O ano passou rápido? Não dá para cumprir todas as obrigações dentro dos prazos? O dia parece
cada vez mais curto? Por que não se tem mais tempo para nada?”, os pontos de interrogação são utilizados para
marcar frases interrogativas indiretas.

b) No excerto “Se sai às 7h15, ela não cumpre o horário de entrada [...]”, o uso da crase é facultativo, tendo em vista
que está antes de uma indicação de horas.

c) No excerto “Florival Scheroki, doutor em Psicologia Experimental pela Universidade de São Paulo e psicólogo
clínico, explica [...]”, o uso das vírgulas está incorreto, de acordo com a norma culta da língua portuguesa, uma
vez que elas separam o sujeito do verbo da oração.

d) No excerto “[...] que fazem não se dar conta de perceber o tempo [...]”, a próclise é utilizada por haver uma palavra
de sentido negativo que atrai o pronome oblíquo átono.

10. (AOCP – 2018 – TRT/1ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO)

Texto II

O Medo

Em verdade temos medo.

Nascemos no escuro.

As existências são poucas;

Carteiro, ditador, soldado.

Nosso destino, incompleto.

E fomos educados para o medo.

Cheiramos flores de medo.

Vestimos panos de medo.

De medo, vermelhos rios

Vadeamos.

Somos apenas uns homens e a natureza traiu-nos.

Há as árvores, as fábricas,

Doenças galopantes, fomes.

Refugiamo-nos no amor,

Este célebre sentimento,

E o amor faltou: chovia,

Ventava, fazia frio em São Paulo.

Fazia frio em São Paulo...

Nevava. [...]

(Poema extraído da obra A Rosa do Povo. ANDRADE, Carlos Drummond de. Rio de Janeiro: José Olympio, 1945.)

Colocação pronominal: Próclise – Mesóclise - Ênclise 10

A L F A C O N
Em relação às ideias do texto II, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta a(s) correta(s).

I. Nos versos “Cheiramos flores de medo.” e “Vestimos panos de medo.”, observa-se que o poeta utiliza-se da seme-
lhança sintática com o intuito de ressaltar a imagem do medo que aparece constantemente ao longo do poema.

II. Em “Somos apenas uns homens e a natureza traiu-nos.”, o pronome “nos” poderia ser anteposto ao verbo “traiu”,
resultando em “Somos apenas uns homens e a natureza nos traiu”.

III. Trata-se de uma poesia de cunho social, na qual se expressa as inquietudes do poeta frente às condições huma-
nas desiguais e ao mundo fragmentado e caótico criado pelo próprio homem.

a) Apenas I.

b) Apenas II e III.

c) Apenas I e III.

d) Apenas II.

e) I, II e III.

1. Gabaritos:

1. ERRADO.

2. CERTO.

3. ERRADO.

4. ERRADO.

5. ERRADO.

6. B.

7. ERRADO.

8. D.

9. D.

10. E.

Colocação pronominal: Próclise – Mesóclise - Ênclise 11

A L F A C O N

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