Sobre Ipês

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Botânica: De acordo com a classificação botânica, os ipês pertencem à família

Bignoniaceae, família esta constituída por cerca de 100 gêneros e 800 espécies
pantropicais, predominantemente neotropicais e, poucas, distribuídas nas regiões
temperadas. O Brasil é considerado importante centro de dispersão. São plantas
lenhosas, além das formas arbóreas, ocorrem também as arbustivas ou subarbustivas. Os
ipês pertencem ao gênero Tabebuia(a palavra “gênero” é definida como uma categoria
formada pela reunião de espécies semelhantes, considerando tanto os aspectos genéticos
quanto os ecológicos). Podemos citar diversas espécies deste gênero como: Tabebuia
alba ( ipê amarelo); Tabebuia aurea ( Ipê amarelo do cerrado); Tabebuia avellanedae
( ipê-roxo); Tabebuia cassinoides (caixeta); Tabebuia chrysotricha ( ipê-amarelo
cascudo); Tabebuia dura ( ipê-branco-do-brejo); Tabebuia heptaphylla ( Ipê-roxo ou
ipê rosa ); Tabebuia impetiginosa ( ipê-roxo); Tabebuia roseo-alba (ipê-branco);
Tabebuia serratifolia (pau-d’arco-amarelo); Tabebuia umbellata (ipê-amarelo do brejo);
Tabebuia vellosoi( ipê-tabaco).

Aspectos gerais: É na verdade um complexo de cerca de dez espécies com


características mais ou menos semelhantes, com flores brancas, amarelas, roxas ou
rosas. São lindas árvores que embelezam e promovem um colorido no final do inverno.
Existe uma crença popular de que quando o ipê-amarelo floresce não ocorrerá mais
geada. De um modo geral, os ipês atingem uma altura de 25 metros, com exceção aos
ipês brancos que possuem um porte menor. Normalmente apresentam a madeira muito
pesada e moderadamente pesada, muito dura ao corte, de alta resistência mecânica e de
longa durabilidade. Quanto aos aspectos ecológicos, os ipês normalmente são
considerados espécies heliófitas (planta adaptada ao crescimento em ambiente aberto ou
exposto à luz direta) e decídua (que perde as folhas em determinada época do ano). A
entrecasca do ipê-amarelo possui propriedades terapêuticas como adstringente usada no
tratamento de garganta e estomatites. É também usada como diurético. O ipê-amarelo
possui flores melíferas. Infelizmente, a espécie é considerada vulnerável quanto à
ameaça de extinção. Possui tendência em crescer reto e sem bifurcações quando
plantado em reflorestamento misto, pois é espécie monopodial.

Sementes/mudas: Os frutos devem ser coletados antes da dispersão, para evitar a perda
de sementes. A germinação ocorre após 30 dias e apresenta um índice de germinação
em geral de 80%. A muda atinge cerca de 30 cm em 9 meses, apresentando tolerância
ao sol 3 semanas após a germinação. Dependendo da espécie, um quilograma de
semente pode conter aproximadamente 80.000 unidades. O desenvolvimento das mudas
no campo é variável, chegam a atingir em 2 anos, uma altura que pode aproximar entre
2,50 a 3,00 metros.

Paisagismo e arborização urbana: As árvores desta espécie proporcionam, em curto


período de tempo, um belo espetáculo com sua magnífica floração na arborização de
ruas em cidades brasileiras. Não se recomenda plantar em calçadas estreitas, seu plantio
deve ser de preferência em locais amplos (praças, parques públicos e condomínios
residenciais). No planejamento de jardins, é preciso não esquecer que sua floração dura
pouco tempo, e seu uso como atração principal na primavera deve ter boa combinação
com as outras plantas Ao ser utilizado em arborização urbana, o ipê amarelo requer
podas de condução com freqüência mediana. O ipê também é indicado para a
recomposição de matas ciliares. É considerada uma árvore símbolo e também é
protegida por Lei. Plante um ipê!!!
Fonte: Carvalho, D. A. Sistemática Vegetal, Textos acadêmicos, Ufla, 2000; Lorenzi, H, Árvores Brasileiras, vol.I, 2000;

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