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MICROBIOLOGIA

Relatório Aula Prática 02

Nome: Vinícius Ferreira da Silva Alves


Matrícula: 19111020064
Polo: Petrópolis
INTRODUÇÃO

As bactérias estão presentes a nossa volta, mesmo que nós não tenhamos de
fato consciência sobre isso, por isso, é importante compreendermos como esses
micróbios estão interligados com o planeta, com a vida e estão presentes até mesmo
no nosso organismo. Os micróbios podem trazer muitos benefícios para nossa vida,
desde alimentação até mesmo em reações bioquímicas dos nossos órgãos, por
exemplo, na nossa microbiota intestinal os micróbios através da sua multiplicação, são
responsáveis por produzir vitaminas de complexo B, além de competirem com outros
microrganismos externos que podem ameaçar diretamente nossa saúde, entre outras
milhares de funcionalidades que eles possuem, e outras que nós nem descobrimos
ainda. Além de ajudar no nosso organismo, os micróbios são amplamente estudados e
aplicados em áreas industrias, seja no processamento de alimentos, como queijo,
iogurte, pela fermentação, ou como bioinseticidas no controle de pragas na área
agrícola. Aliás sem os micróbios não seria possível que outros seres vivos povoassem
o planeta, lembrando que foram os microrganismos que foram responsáveis pela
liberação de O2 e a biodegradação de moléculas que são nocivas aos seres vivos,
criando assim uma atmosfera que possibilitava a prosperidade de vida e a adaptação
seletiva, para chegarmos onde estamos hoje.
Na nossa aula prática executaremos o método de gram para demonstrar as
diferenças estruturais das bactérias Gram-positivas e Gram-negativas. O método de
Gram é uma técnica que foi desenvolvida em 1885, por Hans Christian Joachim Gram,
um patologista. Sua técnica foi de tamanha importância para a ciência que até hoje é
utilizada, com algumas melhorias que a modernidade nos possibilitou claro. Essa
técnica consiste em explorar as diferenças estruturais bacterianas através da
coloração das bactérias, onde as bactérias com parede celular mais grossa ficaram de
uma cor (As Gram-positivas) e as com parede celular mais fina e com membrana
plasmática externa (As Gram-Negativas) fiquem com outro tom de coloração. A aula
prática foi dividida em quatro etapas, onde nas duas primeiras ocorre a teoria e a
prática em relação do método de Gram; a terceira parte que é uma atividade com
continuidade diária, para a demonstração da importância da água para a existência da
vida; a quarta parte é sobre atividades lúdicas, onde demonstramos para nossos
alunos a importância de higienizar de maneira correta as mãos; a última parte da
prática foi sobre como os micróbios estão presentes ao nosso redor e mesmo com a
higienização, as bactérias ainda estarão presentes na nossa microbiota da epiderme.

OBJETIVOS

 Demonstrar como as diferenças estruturais das bactérias são importantes para


classifica-las dentro do método de Gram;
 Compreender a importância que a água tem para o desenvolvimento de vida
no nosso planeta;
 Compreender como atividades lúdicas podem auxiliar a uma explicação sobre
um contexto cientifico, além de despertar maior interesse dos alunos;
 Demonstrar de maneira prática como os micróbios estão presentes em todos
os lugares e sua relação direta conosco seres humanos na nossa microbiota.
PARTE 1 - Efeitos Físico-químicos que ocorrem durante o
método de Gram.

Materiais

 Pote transparente com vedação;


 Água;
 Óleo mineral;
 Solução de violeta genciana;
 Solução de Iodo (lugol);

Métodos

Primeiro, enchemos metade do pote transparente com água para poder simularmos o
protoplasma das bactérias, logo colocamos uma quantidade de óleo mineral
equivalente a espessura de um centímetro, para simularmos a membrana plásmatica
das bactérias. Agora adicionamos uma gota de violeta genciana, depois fechamos o
pote e sacudimos, e deixamos a amostra em descanso, para que o corante entrasse
em contato com a parte de água do pote. Depois adicionamos quatro gotas de lugol
(tintura de iodo), fechamos o pote e agitamos ele novamente, para que o lugol
pudesse entrar em contato com a água e o corante violeta genciana.

1- Água e Óleo mineral. 2 – Adição de Violeta Genciana.


3- Adição de Lugol. 4- Iodo-para-Rosanilina.

Resultados

Ao adicionarmos óleo mineral no pote que estava com água, o óleo fica na parte
superior do pote por possuir uma densidade menor que a da água e a água fica no
fundo do pote por ter maior densidade que o óleo. Com a adição do corante violeta
genciana que é uma solução hidrofílica, e misturarmos o corante é alocado para a
parte aquosa da mistura, ficando separado do óleo mineral. Com o lugol inicialmente
ocorre a mesma coisa, pois o lugol também é hidrofílico, mas ao entrar em contato
com a água que já havia outra solução hidrofílica lá (Violeta genciana), as duas
soluções hidrofílicas se misturam formando o IPRA (Iodo-para-rosanilina) que possui
característica hidrofóbica, sendo repelido pela parte aquosa e se alojando na parte
lipídica que representa a parede celular da bactéria (o óleo mineral).

PARTE 2 – A importância da água para o desenvolvimento de


vida.

Materiais

 1/2 pão francês dormido;


 1 tomate;
 1 caneta;
 Água;
 3 Sacos transparentes.

Métodos
No início da prática dividimos o pão em dois e colocamos um deles em um saco de
nomeamos o saco como “Seco”, depois vedamos o saco plástico. Pegamos a outra
metade do pão e molhamos ele, o suficiente para ficar úmido, mas não o suficiente
para ficar enxarcado, o colocamos em outro saco e nomeamos o mesmo como “úmido
ou molhado” e, vedamos o saco. Por último, dividimos o tomate ao meio e guardamos
ele no terceiro saco plástico, colocamos a data e vedemos o mesmo. Depois tivemos
que acompanhar esses exemplares por quatro dias, sendo de domingo (20/08) a
quarta-feira (23/08) de 2023.

Resultados

O experimento visava observar a formação de colônias de micróbios no exemplar


“molhado” e no que mantinha o tomate guardado, pois ambos possuíam água,
enquanto o exemplar “seco” demoraria mais tempo para formar qualquer colônia de
micróbios ou nem ocorreria. Como esperado durante os quatro dias de observação
tivemos o progresso de colônias microbianas nos espécimes que tinha água presente.

5- Exemplares no dia da prática.


 Exemplar “Seco” – durante os quatro dias não foi constatado nenhum resquício
de colônia microbiana.

6– Dia 01 Exemplar “Seco” 7- Dia 04 Exemplar “Seco”

 Exemplar “molhado” – só foi constatado alteração no exemplar a partir do


segundo dia, com algums pontilhados esverdeados, e no final do experimento
fica fácil a localização de colônias microbianas.

9- Dia 04 Exemplar “molhado”.


8- Dia 01 Exemplar “molhado”.

 Exemplar contendo o tomate – No primeiro dia já se dava pra observar uma


substância branca que pode ser a formação de colônias microbianas ou algum
processo que os micróbios estão realizando e liberando algum tipo de
excreção. No quarto dia, além da substância branca, dava pra se notar
colônias microbianas se formando.
10- Dia 01 Exemplar “Tomate”. 11- Dia 04 Exemplar “Tomate”.

PARTE 3 – Atividade lúdica “Mandando o vírus embora”.

Materiais

 Água;
 Prato ou vasilha;
 Orégano (ou outro tempero);
 Detergente.

Métodos

Iniciamos a prática colocando água no prato até ele ficar quase cheio, depois
colocamos o tempero escolhido espalhado pela superfície da água no prato, depois
colocamos o dedo no prato, sujando-o com tempero, limpamos o dedo e agora
passamos um pouco de detergente no dedo e o colocamos novamente no prato.

Resultados
A atividade utiliza o tempero como exemplar de micróbios, para demonstrar para os
alunos que os micróbios tem medo de detergente, como forma de incentivar os alunos
a realizar a higienização das mãos de maneira adequada. Na primeira vez que
colocamos o dedo no prato ele ficou sujo de tempero, simulando como os micróbios se
acumulam em nossas mãos quando não as lavamos. Ao colocar o dedo pela segunda
vez o tempero que está no prato se afasta do local onde colocamos o dedo, isso serve
como exemplo pra dizer para os alunos que os micróbios não gostam de sabão. O
tempero se afasta quando botamos o dedo pela segunda vez, pois com o detergente
no dedo quebramos a tensão superficial da água fazendo com que o tempero que
estava sobre a água se afaste do ponto onde ocorre a quebra da tensão, mas
podemos utilizar esse exemplo para explicar para crianças a importância de lavar as
mãos.

12- Momento da quebra da tensão superficial da água.

PARTE 4 – A presença dos micróbios


Materiais

 Tinta guaxe;
 Água;
 Venda.

Métodos

Dois alunos voluntários tiveram suas mãos pintadas com o guaxe, depois eles tiveram
um certo tempo para lavar as mãos com os olhos fechados (Vendados), o voluntário
um teve quinze segundos para higienizar suas mãos, enquanto o segundo voluntário
teve trinta segundos para realizar a higienização das mãos.

Resultados

O experimento visa mostrar como mesmo que lavemos nossas mãos ainda ficaram
micróbios nela, o primeiro voluntário que teve quinze segundos para lavar suas mãos
tinham mais tinta restando em sua mão após a lavagem do que o voluntário que lavou
por trinta segundos, mas ambos ainda possuíam traços de tinta em suas mãos.

13- Mostrando o tempo que cada 14- Mostrando as mãos após a lavagem.
voluntário teve.
15- Voluntário um.

Conclusão

 Podemos concluir com a prática que o método de Gram utiliza a estrutura


celular das bactérias para poder classifica-las, onde as células bacterianas com
a parede celular mais espessa são denominadas Gram-positivo e ficando da
cor roxa no final do processo, enquanto as células bacterianas com a parede
celular mais fina e com a presença de membrana plasmática externa,
denominadas Gram-negativas ficaram com a cor avermelhada no final do
processo, o que tornou possível a diferenciação das mesmas.
 Conseguimos também observar que a água é essencial para a existência de
vida, através dos exemplares que observamos por quatro dias, onde os que
haviam a presença e água, tiveram o desenvolvimento de Biofilmes
microbianos, enquanto o exemplar seco, se manteve do mesmo jeito.
 Foi possível constatar que as atividades lúdicas são importantes, para a quebra
da rotina dentro das salas e aula, e atraindo o interesse dos alunos, e
demonstrando para eles como lavar as mãos é importante, de uma maneira
mais atrativa.
 Foi possível compreender que os micróbios estão presentes em todos os
lugares e isso não é necessariamente ruim, ao lavarmos nossas mãos nos
livramos de micróbios externos, mas mantemos os micróbios da nossa
microbiota ainda conosco. Além de demonstrar que lavar as mãos de maneira
adequada e por tempo suficiente é mais efetivo do que lavar de qualquer jeito e
rápido.

Questão 1. O que é Biofilme microbiano? e onde podem ser encontrados?


Biofilmes microbianos são comunidades complexas de micróbios, onde esses, criam
estruturas funcionais, se aderindo a uma superfície, de maneira tridimensional. São
compostas por micróbios que se incorporam em uma matriz de substâncias
extracelulares. Podemos encontrar biofilmes em diversos lugares, em matérias em
decomposição, em paredes com mofo, no caso o mofo é um biofilme, no sistema
gastrointestinal, placas bacterianas nos dentes também são biofilmes (Tártaro), entre
outros diversos lugares.

Questão 2. Descreva o conceito de microbioma.

O microbioma nada mais é do que um conjunto de microrganismos que se juntam em


comunidades microbiana em um determinado local, por exemplo, nosso sistema
gastrointestinal, na nossa pele, na água, no solo, etc. Nos microbiomas os
microrganismos coexistem interagindo entre si, trazendo uma correlação benéfica para
eles.

Referências:

 Liberto, Maria Isabel Madeira, et al. - Livro de Microbiologia. Fundação


Cecierj/Consórcio Cederj, 2013. Volume 1, Módulo 1. 2ª Edição.

 HIGA, Juliana Suyama. Biofilmes bacterianos: vivendo em comunidade.


Universidade de São Paulo. Disponível em:
<https://microbiologia.icb.usp.br/cultura-e-extensao/textos-de-divulgacao/
bacteriologia/bacteriologia-oral/biofilmes-bacterianos-vivendo-em-
comunidade/>. Acessado em: 09 de Set de 2022.

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