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Aforçadamunicipalizaçãodaoposição
Aforçadamunicipalizaçãodaoposição
FORTALECIMENTO DA OPOSIÇÃO
O futuro Congresso Nacional será muito mais um conselho político da Presidente eleita
do que cumpridor do seu verdadeiro papel institucional. Há tempos o governo federal
vem tratando o Congresso como uma repartição do executivo diante das ilimitadas
medidas provisórias que trancam a pauta do legislativo e a descarada manipulação dos
poderes constitucionais específicos que, na sua grande maioria, tem servido aos
interesses e conveniência do grupo político que governa e continuará governando o
Brasil nos próximos quatro anos.
O exemplo das lideranças partidárias de oposição foi de total apatia que, de forma
equivocada, inicialmente tentou angariar a simpatia de grande parcela dos eleitores que
se alinhava ao presidente Lula, fazendo “vistas grossas” aos desmandos, denúncias e
tantos outros sérios problemas causados ou envolvendo figuras do PT e seus aliados.
Essa postura desencadeou a total perda de coerência propositiva na eleição, refletida na
campanha eleitora de todos os cargos, não só no de Presidente da República.
Exceções, como o caso do Deputado Federal e candidato ao Senado pelo Paraná Gustavo
Fruet, que em todas as oportunidades na campanha eleitoral não poupou esforços para
destacar as conquistas e virtudes da oposição, denunciando e alertando a respeito da
conduta dos governistas e partidos aliados. Tal postura foi fundamental para ressaltar tal
discussão e o que ele próprio chamou de “o perigo do fim da oposição no Brasil” e os
efeitos que isso representaria.
Na prática, hoje os partidos de oposição não se caracterizam pela forte militância, pela
manifestação pública incisiva em torno de uma idéia ou objetivo. São partidos
particularizados em que poucos decidem por muitos, não contemplam e consideram
antigas conquistas e inibem o surgimento de novas “cabeças”, que oxigenariam a
agremiação.
Para tanto, se impõe uma análise urgente por parte dos dirigentes regionais e do
comando nacional no sentido de se ampliar o número de membros das executivas e
comissões provisórias municipais. Só assim novos integrantes surgirão, não só como
expectadores de velhas rixas e desentendimentos, mas como participantes ativos da
necessária oxigenação das ações e diretrizes partidárias, sem romper com os atuais
membros e lideranças locais. Havendo a ampliação de “cadeiras” com direito a voto, a
alternância do poder interno ocorrerá naturalmente, sem rupturas ou desgastes
desnecessários, mas com o debate de idéias e o aprimoramento dos princípios do grupo.