Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
RUI
Caracterização física: gordo, ruivo, barbudo, pescoço peludo,
Caracterização psicológica: “avisado”, decidido, cínico, bravio, calculista, traiçoeiro, vingativo,
ganancioso, ambicioso, sonhador, ansioso, receoso.
GUANES
Caracterização física: magro; pele negra, pescoço de grou.
Caracterização psicológica: desconfiado, bêbado, jogador, leviano, invejoso, bruto, calculista,
traiçoeiro.
ROSTABAL
Caracterização física: alto, cabelo comprido, barba longa, olhos raiados de sangue, destro.
Caracterização psicológica: ingénuo, analfabeto, cerdo, torpe, vingativo, desconfiado, ingénuo,
impulsivo.
Predomina o processo de caracterização directa, visto que a maior parte das informações são-
nos dadas pelo narrador.
No entanto, os traços de traição e premeditação de Rui e Guanes são deduzidos a partir do seu
comportamento (caracterização indirecta).
ESTRUTURA DA ACÇÃO
Da conclusão infere-se que, se considerarmos a história dos “três irmãos de Medranhos”, estamos
perante uma narrativa fechada; ao invés, se nos centrarmos sobre o “tesouro”, teremos de
considerar a narrativa aberta, dado que ele continua por descobrir (“…ainda lá está, na mata de
Roquelanes.”).
Por sua vez, o desenvolvimento tem também uma estrutura tripartida: Descoberta do
tesouro e decisão de o partilhar; Rui e Rostabal decidem matar Guanes; morte de Guanes;
morte de Rostabal; Rui apodera-se do cofre e morre envenenado.
Numa manhã de Primavera, Rui, Guanes e Rostabal, os três irmãos mais famintos de Medranhos,
descobriram, na mata de Roquelanes, um velho cofre de ferro, com três chaves nas fechaduras,
cheio de dobrões de ouro.
Rui, o mais velho, decidiu que o tesouro seria dividido pelos três e Guanes partiu para a vila de
Retortilho, levando consigo uma das chaves do cofre, para trazer de lá três alforges de couro para
transportar o ouro, três maquias de cevada, três empadões de carne e três botelhas de vinho.
Enquanto esperavam pelo irmão, Rui convence Rostabal a matar Guanes para dividirem o tesouro.
Quando este regressou da vila, Rostabal debruçou-se sobre o irmão e assassinou-o, espetando-lhe
uma espada no peito e na garganta.
De seguida, enquanto Rostabal lavava a face e as barbas, Rui assassinou-o, enterrando-lhe sobre
o dorso a lâmina da sua espada.
Na posse das três chaves e senhor de todo aquele tesouro, Rui decidiu beber uma das garrafas de
vinho que Guanes trouxera. De repente, oscilou e sentiu um grande ardor que lhe subia pela
garganta. Desesperado, começou a gritar pelos irmãos e a arquejar, até que compreendeu que
bebera vinho envenenado e morreu.