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Especialização de professores melhora qualidade do ensino médio

Portal MEC - Sandro Santos | 3.8.2005 | 14h16

Os alunos do ensino médio da rede pública de sete estados e do Distrito Federal


ganharão um impulso na qualidade da educação. A partir deste ano, as aulas serão
ministradas por um quadro de professores que realizam cursos de aperfeiçoamento e
especialização, com impacto direto na qualidade do ensino das escolas públicas.
Este estímulo é possível graças ao investimento na formação dos professores, um dos
principais focos do Ministério da Educação, que em parceria com as secretarias
estaduais de educação desenvolve o Programa Nacional de Incentivo à Formação
Continuada de Professores do Ensino Médio (Pro-Ifem).
Elaborado em 2003, o programa iniciou efetivamente as aulas neste semestre nos
estados do Rio Grande do Norte, Piauí, São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Rio de Janeiro
e Distrito Federal. Para a diretora de Ensino Médio do MEC, Lucia Lodi, este programa
é estratégia importante para fomentar a melhoria da qualidade do ensino, pois investe na
formação do professor.
É o caso de Valter Gomes, que leciona matemática para alunos do ensino médio,
desde 2000, na rede pública do estado do Rio de Janeiro. Ele faz o curso de
especialização em matemática (funções de tecnologia) na Universidade Federal do Rio
de Janeiro (UFRJ). Com aulas a cada dois sábados, além de palestras e filmes, após
realizar a carga horária de 120 horas, o professor pretende estar preparado para lecionar
utilizando as ferramentas da computação. “Já sou graduado em matemática e a
oportunidade de me especializar na área de tecnologia vai ajudar bastante minhas
aulas”, revela.
O universo do ensino médio no país compreende, aproximadamente, 15 mil
escolas, 370 mil professores e 7,9 milhões de alunos. Das 56 instituições de ensino
superior que participam do Pro-Ifem, 36 são instituições públicas e 20 privadas. O
programa recebe o investimento de R$ 5,7 milhões assegurados pelos convênios
firmados em abril com os estados e o Distrito Federal por intermédio do Programa de
Melhoria e Expansão do Ensino Médio (Promed).
Segundo o coordenador-geral de Políticas do Ensino Médio do MEC, Francisco
Potiguar, o programa de formação continuada significa um investimento na qualidade
da educação dos alunos do ensino médio e o retorno dos professores à universidade. “A
volta aos bancos da universidade permite ao professor aprofundar a reflexão sobre a
prática docente que vislumbre a qualidade da educação”, disse.

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