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O Modelo de Auto-Avaliação das

Bibliotecas Escolares:

Metodologias de operacionalização
(Parte I)

Formanda: Olívia Queiroz (DREN T4 2010)

Novembro 2010
Introdução

Após proceder à leitura atenta do Guia e do texto da sessão, bem como do capítulo do Modelo
referente às orientações para a sua aplicação, entendi que este trabalho teria mais relevância
se partisse das actividades concretas do PAA da Biblioteca, nomeadamente das que estavam
definidas para o domínio a avaliar. Por isso a parte central deste trabalho é a tabela onde se
enuncia a actividade concreta e as evidências que é necessário recolher para avaliar estas
actividades.

1 – Incidência

No caso do meu agrupamento existem dois PB. Assim, um é o coordenador e responsável pela
biblioteca da escola sede e uma biblioteca do 1º ciclo. O outro é responsável mais directo por
3 bibliotecas do 1º ciclo.

No meu caso, sou a coordenadora e por isso sou a responsável pela aplicação do Modelo da
escola sede do agrupamento.

2 – Selecção do domínio a avaliar

A escolha do domínio a avaliar foi fruto de uma decisão partilhada essencialmente a quatro
níveis: a equipa da biblioteca, liderada pelo PB, a equipa de avaliação interna da escola (da
qual a PB faz parte), a Direcção à qual apresentei a proposta (que foi aceite) e finalmente o
C.P, o qual após apresentação dos argumentos, se pronunciou também favoravelmente pela
opção feita.

Daí resultou a escolha do domínio B – Leitura e Literacia. De facto pode dizer-se que este
domínio foi escolhido por ser “um domínio a priori considerado forte e que por isso se
pretende determinar de forma mais precisa o seu impacto na BE.” (MAABE, p.55)

Ao procedermos à avaliação dos pontos forte e fracos da BE facilmente concluímos que esta
foi a área onde existiu, no ano anterior, um investimento que claramente necessitava de uma
continuidade e sobretudo um aprofundamento.

Para além disso consideramos que a leitura está na base de todas as competências que se
pretende que os alunos desenvolvam. A sua centralidade no processo de ensino-aprendizagem
coloca a BE, também ela, no centro do processo educativo. Por isso será o domínio mais
propício a demonstrar o contributo das BE no sucesso escolar.

A avaliação deste domínio é igualmente a que mais vai ao encontro da primeira meta do PEA e
que se refere à proficiência das Línguas.

Trabalho da sessão nº 4
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3 – Recolha de evidências

Aqui reside uma parte significativa do sucesso da operacionalização da avaliação, por isso
resolvi elaborar um quadro que me permite compreender quais as evidências/dados que devo
recolher em cada actividade concreta (já prevista) e que instrumentos serão usados para
recolher esses dados.

Decidi seguir o Plano de Actividades da BE para a área que se pretende avaliar – Leitura e
Literacias - e procurei associar a cada actividade as evidências que preciso de recolher para a
avaliar no âmbito do Modelo.

Indicador B1 – Trabalho da BE ao serviço da promoção da leitura (indicador de processo)

Actividade prevista Evidências Instrumentos de recolha de


dados
Elaboração de listas de
aquisição de novos recursos Estatísticas de requisição, Folha de cálculo por turma e
de acordo com os gostos e circulação e uso de recursos por prof. usada como registo
interesses dos alunos e da relacionados com a leitura das requisições de circulação
pertinência por parte dos
docentes Questionários do modelo (a
responder online) aplicados
aos docentes (20%) e alunos
( 10%, sendo o nº x , nº Y e
nº Z de cada turma)

Incentivo ao empréstimo Estatísticas do empréstimo Programa de registo das


domiciliário domiciliário requisições domiciliárias

Feira do livro Nº de livros adquiridos pelos Folha de cálculo com registo


alunos das vendas
Nº de prof. que visitam a
feira com as suas turmas Calendário de marcação das
visitas das turmas

Visita da escritora Ana Nº de livros da autora lidos


Saldanha pelos alunos/turmas

Inscrições de prof./turmas/nº
de alunos propostos para as Questionários do modelo
sessões aplicados aos docentes e
alunos
Nº de trabalhos sobre a
escritora expostos na BE e a
Trabalho da sessão nº 4
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sua qualidade

Pertinência/Qualidade das
intervenções/perguntas dos
alunos nas sessões

Nº de iniciativas
Projecto de escrita criativa
Nrº de alunos que aderem Registo e contagem informal
individualmente às propostas dos envolvidos e dos eventos
de escrita
Grelha dos resultados da
Nº de prof. que aderem com avaliação final dos alunos, no
as suas turmas às diferentes item ”composição escrita”
iniciativas

Nº de trabalhos
apresentados para exposição
na BE

Semana da Leitura Nº e variedade de iniciativas Programa da semana da


leitura
Diversidade e número de
intervenientes envolvidos

Artigos escritos no jornal da


escola/blogs e na imprensa
local

“Encontros Lusófonos” Nº de turmas e prof. que Formulários de inscrição


assistem às actividades
propostas pela casa da Inquéritos de satisfação dos
Cultura da Trofa intervenientes

Blogue da Biblioteca Nº de posts sobre leituras e Estatísticas do próprio blogue


literacias

Nº de visitantes

Programa “Quanto mais Nº de reuniões de Actas de participação em


livros melhor” do PNL Departamento em que a PB reuniões do Dept. de Línguas
para promoção deste para divulgação do programa
programa
Mapas Estatísticos de
Nº de professores que aderiu requisição dos conjuntos PNL
ao projecto de leitura orientada

Trabalho da sessão nº 4
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Nº de turmas envolvidas

Nº de conjuntos requisitados

Indicador - B3 – Impacto do trabalho da BE nas atitudes e competências dos alunos no


âmbito da leitura e literacia. (Indicador de impacto)

Neste caso, por se tratar de medir o impacto, limito-me a transcrever do Modelo os factores
críticos de sucesso, por serem esses que devem ser objecto de avaliação.

Factores críticos de sucesso Evidências Calendarização

Os alunos usam o livro e a BE para lerem de forma


recreativa, para se informarem ou para realizarem  Estatísticas de
trabalhos escolares. utilização da BE para
actividades de
leitura.
Final do ano
 Estatísticas de
requisição domiciliária. lectivo
Os alunos, de acordo com o seu ano/ nível de
 Observação da
escolaridade, manifestam progressos nas utilização da BE
competências de leitura, lendo mais e com maior (GO3; GO4).
profundidade.  Trabalhos
realizados pelos
alunos.
Os alunos desenvolvem, de acordo com o seu ano/  Análise
nível de escolaridade, trabalhos em que interagem diacrónica das
com equipamentos e ambientes informacionais avaliações dos
variados, manifestando progressos nas suas alunos.
competências no âmbito da leitura e da literacia.  Questionário
aos docentes
(QD2).
Os alunos participam activamente em diferentes  Questionário
actividades associadas à promoção da leitura: aos alunos
clubes de leitura, fóruns de discussão, jornais, (QA2).
blogues e outros.

Intervenientes:

O professor Bibliotecário será sempre o líder deste processo, no entanto, em algumas das
actividades, é possível e com certeza desejável que a recolha de dados possa ser da

Trabalho da sessão nº 4
5 Formanda: Olívia Queiroz
responsabilidade de um dos membros da equipa que esteja mais ligado com a sua execução.
Além disso a assistente operacional será, no caso da minha BE, igualmente uma interveniente
muito importante já que muitos dos registos estatísticos da actividade da BE passam por ela.

Calendarização:

Para as actividades pontuais, a calendarização da avaliação será feita à medida que as


actividades se realizam. Para as actividades que se prolongam ao longo do ano, a avaliação e a
aplicação será no final do ano. Além disso temos ainda os questionários aos alunos e
professores que devem de ser aplicados em dois momentos (início do ano e final do ano).

Conclusão:

Como já referi nos trabalhos anteriores é a primeira vez que contacto com o MAABE e é a
primeira vez que estou a exercer o cargo de coordenadora na BE da escola-sede, pelo que
sinto ainda muitas limitações ao nível do conhecimento da estrutura e da operacionalização do
modelo. Não poderia ser de outra forma, mas também é essa a razão por que estou aqui.

Assim, procurei também neste trabalho proceder a uma aplicação a mais prática e concreta
possível, tendo em conta a minha BE, o meu PAA, a minha escola e não outra qualquer,
porventura mais elaborada, mas mais abstracta também.

Tenho a noção que esta é ainda uma tabela incompleta, em alguns aspectos talvez de difícil
execução e que não sofreu o embate com a realidade. Necessita de aperfeiçoamento, por
exemplo em relação à calendarização.

Trata-se, para mim, sobretudo, de um documento inicial que penso partilhar com a minha
equipa, no sentido de compreender a sua exequibilidade e o grau de participação de cada um
deles.

Bibliografia

Guia da Sessão
Texto do Sessão
Modelo de Auto-Avaliação das Biblioteca escolares

Trabalho da sessão nº 4
6 Formanda: Olívia Queiroz

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