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Trabalho de Língua Portuguesa 1

Faculdades Integradas de Cataguases

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Nome: Laís Rios


6º Período de Letras

Trabalho de Língua Portuguesa

- Texto 1: Realejo

Função emotiva:
“Já vendi tanta alegria,
Vendi sonhos a varejo...”
Trecho centrado no eu-lírico e em sua fragilidade emocional.

Função conativa:
“Quem comprar leva consigo
Todo encanto que ele traz”
Neste fragmento, nota-se o intuito de persuasão do poeta ao tentar vender o realejo,
aplicando, no sentido conotativo, o segundo verso, e aderindo, dessa forma, um toque de
magia ao objeto. Há também a aplicação do verbo “comprar” no infinitivo.

Função referencial:
“Estou vendendo um realejo:
Quem vai levar, quem vai levar, quem vai levar?”
A função referencial se dá pela denotação em ambos os versos, repetindo a expressão
“quem vai leva” foca, ainda, na mensagem: a venda do realejo.

Função poética:
“Já vendi tanta alegria,
Vendi sonhos a varejo...
Ninguém mais quer, hoje em dia,
Acreditar em realejo...”
Trabalho de Língua Portuguesa 2
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Escrevendo o texto em versos e utilizando de rimas, o autor acrescenta musicalidade e


ritmo ao poema, que é, de fato, a letra de uma música.

Função Metalinguística:
“Quando eu punha na calçada
Sua valsa encantadora,
Vinha moça casadoura...
Hoje em dia, já não vejo
Serventia em seu cantar...
Então eu vendo um realejo
Quem vai levar?”
Por se tratar de uma letra de música, ao falar da própria música e da melodia do objeto
realejo, exerce a função metalingüística.

Função fática:
“Leva o mar, a amada, o amigo
O ouro, a prata, a praça, a paz,
E, de quebra, leva o arpejo
Da sua valsa, se agradar...”
Prolongando o seu discurso ao descrever tudo que poderá levar consigo quem adquirir
o realejo, usou a função fática.

- Texto 2: Cidadezinha Qualquer

Usando vogais fechadas, como “bananeiras”, “homens” e “cachorro” no início do


poema, o autor demonstra certa tristeza ao descrever a inércia de sua cidade, no fim da
segunda parte, demonstra que o único momento em que a cidade de fato vive, ainda que
de forma efêmera, é quando “as janelas olham”.
O autor ainda repete “eiras” nos dois primeiros versos, talvez como que quisesse
especificar que o local se encontrava em uma eira qualquer ou que aquele ambiente não
possuía “eira” nem “beira”, remetendo a um bordão popular.
O uso de reticências em “devagar... as janelas olham” acentua, ainda mais, a vagareza
da vida nessa cidade, obrigando o leitor a também pausar a leitura. Ainda caracterizando a
falta de movimento, há a repetição da palavra “devagar”.
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- Texto 3: Fantasia

Relevando-se que o texto “Fantasia” foi escrito durante os anos 70, marcados por
intensa repressão da ditadura política que assombrava o país, silenciando vários artistas ou,
para os mais afortunados, levando-os ao exílio, pode-se notar que o uso de figuras de
linguagem funcionava como um escudo para o texto, pois elas mascaravam as verdadeiras
intenções por trás das letras.
Em “Fantasia”, por exemplo, pode-se notar o uso frequente dos termos “noite” e “dia”,
o primeiro remetendo à própria política fechada da ditadura, à prisão, à barbárie, e o
segundo à liberdade, tanto no sentido amplo, invocando a liberdade como um todo, quanto
no restrito, libertar-se da opressão local, da censura ou das prisões.
No trecho “revirando a noite/revelando o dia”, há referência do período de protestos
feitos à surdina da noite, antes que a luz do dia os condenasse, ainda como constatação
dessa referência, tem-se o trecho “preparando a tinta/enfeitando a praça”.

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