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- Texto 1: Realejo
Função emotiva:
“Já vendi tanta alegria,
Vendi sonhos a varejo...”
Trecho centrado no eu-lírico e em sua fragilidade emocional.
Função conativa:
“Quem comprar leva consigo
Todo encanto que ele traz”
Neste fragmento, nota-se o intuito de persuasão do poeta ao tentar vender o realejo,
aplicando, no sentido conotativo, o segundo verso, e aderindo, dessa forma, um toque de
magia ao objeto. Há também a aplicação do verbo “comprar” no infinitivo.
Função referencial:
“Estou vendendo um realejo:
Quem vai levar, quem vai levar, quem vai levar?”
A função referencial se dá pela denotação em ambos os versos, repetindo a expressão
“quem vai leva” foca, ainda, na mensagem: a venda do realejo.
Função poética:
“Já vendi tanta alegria,
Vendi sonhos a varejo...
Ninguém mais quer, hoje em dia,
Acreditar em realejo...”
Trabalho de Língua Portuguesa 2
Faculdades Integradas de Cataguases
Função Metalinguística:
“Quando eu punha na calçada
Sua valsa encantadora,
Vinha moça casadoura...
Hoje em dia, já não vejo
Serventia em seu cantar...
Então eu vendo um realejo
Quem vai levar?”
Por se tratar de uma letra de música, ao falar da própria música e da melodia do objeto
realejo, exerce a função metalingüística.
Função fática:
“Leva o mar, a amada, o amigo
O ouro, a prata, a praça, a paz,
E, de quebra, leva o arpejo
Da sua valsa, se agradar...”
Prolongando o seu discurso ao descrever tudo que poderá levar consigo quem adquirir
o realejo, usou a função fática.
- Texto 3: Fantasia
Relevando-se que o texto “Fantasia” foi escrito durante os anos 70, marcados por
intensa repressão da ditadura política que assombrava o país, silenciando vários artistas ou,
para os mais afortunados, levando-os ao exílio, pode-se notar que o uso de figuras de
linguagem funcionava como um escudo para o texto, pois elas mascaravam as verdadeiras
intenções por trás das letras.
Em “Fantasia”, por exemplo, pode-se notar o uso frequente dos termos “noite” e “dia”,
o primeiro remetendo à própria política fechada da ditadura, à prisão, à barbárie, e o
segundo à liberdade, tanto no sentido amplo, invocando a liberdade como um todo, quanto
no restrito, libertar-se da opressão local, da censura ou das prisões.
No trecho “revirando a noite/revelando o dia”, há referência do período de protestos
feitos à surdina da noite, antes que a luz do dia os condenasse, ainda como constatação
dessa referência, tem-se o trecho “preparando a tinta/enfeitando a praça”.