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TEC 147 - TOPOGRAFIA

Aula 1 – Levantamento Topográfico

PLANIMETRIA

Profa. Rosângela Leal


Introdução
 Levantamento topográfico:
– Determinação de pontos de apoio ao
levantamento (pontos planimétricos, altimétricos
ou planialtimétricos);

Estabelecimento do apoio topográfico

Levantamento de detalhes
Pontos de Apoio
NBR 13133 (ABNT 1994)
 “pontos, convenientemente distribuídos, que
amarram ao terreno o levantamento
topográfico e, por isso, devem ser
materializados por estacas, piquetes, marcos
de concreto, pinos de metal, tinta, dependendo
da sua importância e permanência.”
Monografia de ponto topográfico
CÁLCULO DE COORDENADAS
NA PLANIMETRIA
 Nesta fase, será detalhado o
desenvolvimento necessário para a
determinação das coordenadas planas, ou
seja, as coordenadas x e y. De uma forma
mais simples, pode-se dizer que a projeção
em “X” é a representação da distância entre
os dois vértices do alinhamento sobre o
eixo das abscissas e a projeção em “Y” a
representação da mesma distância no eixo
das ordenadas.
Representação da projeção da
distância D em X (ΔX) e em Y (ΔY)

ΔX = D . sen Az
ΔY = D . cos Az
Representação de uma poligonal
e suas respectivas projeções

Logo:
Xi = Σ X’i
Yi = Σ Y’i
TÉCNICAS DE LEVANTAMENTO
PLANIMÉTRICO
 A poligonação é um dos métodos para determinar
coordenadas de pontos em Topografia,
principalmente para a definição de pontos de
apoio planimétricos. Uma poligonal consiste em
uma série de linhas consecutivas onde são
conhecidos os comprimentos e direções, obtidos
através de medições em campo.
TÉCNICAS DE LEVANTAMENTO
PLANIMÉTRICO
 O levantamento de uma poligonal é
realizado através do método de
caminhamento, percorrendo-se o contorno
de um itinerário definido por uma série de
pontos, medindo-se todos os ângulos, lados
e uma orientação inicial.
 A partir destes dados e de uma coordenada
de partida, é possível calcular as
coordenadas de todos os pontos.
Levantamento de uma poligonal
Método de irradiação
 A NBR 13133 (ABNT, 1994) classifica as poligonais
em principal, secundária e auxiliar:
– Poligonal principal: poligonal que determina os pontos
de apoio topográfico de primeira ordem;
– Poligonal secundária: aquela que, apoiada nos vértice
da poligonal principal determina os pontos de apoio
topográfico de segunda ordem;
– Poligonal auxiliar: poligonal que, baseada nos pontos de
apoio topográfico planimétrico, tem seus vértices
distribuídos na área ou faixa a ser levantada, de tal forma
que seja possível coletar, direta ou indiretamente, por
irradiação, interseção ou ordenadas sobre uma linha de
base, os pontos de detalhes julgados importantes, que
devem ser estabelecidos pela escala ou nível de
detalhamento do levantamento.
As poligonais levantadas em campo
poderão ser fechadas, enquadradas ou
abertas
Poligonal fechada: parte de um ponto com coordenadas
conhecidas e retorna ao mesmo ponto. Sua principal
vantagem é permitir a verificação de erro de
fechamento angular e linear.
Poligonal enquadrada: parte de dois pontos com
coordenadas conhecidas e acaba em outros dois
pontos com coordenadas conhecidas. Permite a
verificação do erro de fechamento angular e linear.

Poligonal aberta: parte de um ponto com coordenadas conhecidas e


acaba em um ponto cujas coordenadas deseja-se determinar. Não é
possível determinar erros de fechamento, portanto devem-se tomar
todos os cuidados necessários durante o levantamento de campo
para evitá-los.
NBR 13133
(ABNT, 1994 p.7)
 Como visto anteriormente, para o levantamento de uma
poligonal é necessário ter no mínimo um ponto com
coordenadas conhecidas e uma orientação. Segundo a NBR
13133 (ABNT, 1994 p.7), na hipótese do apoio topográfico
vincular-se à rede geodésica (Sistema Geodésico Brasileiro
– SGB), a situação ideal é que pelo menos dois pontos de
coordenadas conhecidas sejam comuns .Neste caso é
possível, a partir dos dois pontos determinar um azimute de
partida para o levantamento da poligonal.

Dois pontos com


coordenadas conhecidas e
vinculadas ao SGB
comuns a poligonal.
Pontos com coordenadas conhecidas
entre pontos da poligonal
 Estes dois pontos não necessitam ser os
primeiros de uma poligonal.

 Um vértice de apoio pertencente a poligonal e


observação a um segundo vértice.
Transporte de coordenadas
utilizando uma poligonal de apoio
 Nenhum ponto referenciado ao SGB faz
parte da poligonal, porém existem pontos
próximos a poligonal de trabalho. Neste
caso efetua-se o transporte de coordenadas
através de uma poligonal de apoio.
LEVANTAMENTO E CÁLCULO DE
POLIGONAIS FECHADAS
 A vantagem de utilizar uma poligonal
fechada é a possibilidade verificar os erros
angular e linear cometidos no levantamento
da mesma.
LEVANTAMENTO DA POLIGONAL
 Um dos elementos necessários para a definição
de uma poligonal são os ângulos formados por
seus lados.
 A medição destes ângulos pode ser feita
utilizando técnicas como pares conjugados,
repetição ou outra forma de medição de ângulos.
 Normalmente são determinados os ângulos
externos ou internos da poligonal.
 Também, é comum realizar a medida dos
ângulos de deflexão dos lados da poligonal.
Estação Ré e Estação Vante
 O sentido de caminhamento para o levantamento
da poligonal será considerado o sentido horário.
No sentido de caminhamento da poligonal, a
estação anterior denomina-se de estação RÉ e a
estação seguinte de VANTE.
Ângulo=leitura vante – leitura ré
 Neste caso os ângulos determinados são chamados de
ângulos horizontais horários (externos) e são obtidos da
seguinte forma: estaciona-se o equipamento na estação
onde serão efetuadas as medições, faz-se a pontaria na
estação ré e depois faz-se a pontaria na estação vante.
 Os comprimentos dos lados da poligonal
são obtidos utilizando-se trena,
taqueometria ou estação total, sendo este
último o método mais empregado
atualmente.
 Não se deve esquecer que as distâncias
medidas devem ser reduzidas a distâncias
horizontais para que seja possível efetuar o
cálculo das coordenadas. A orientação e as
coordenadas de partida da poligonal serão
obtidas conforme visto anteriormente.
CÁLCULO DA POLIGONAL
 A partir dos dados medidos em campo (ângulos
e distâncias), orientação inicial e coordenadas
do ponto de partida, é possível calcular as
coordenadas de todos os pontos da poligonal.
Inicia-se o cálculo a partir do ponto de partida
(costuma-se empregar a nomenclatura OPP
para designar o ponto de partida).
VERIFICAÇÃO DO ERRO DE
FECHAMENTO ANGULAR
 Para a poligonal fechada, antes de calcular o azimute das
direções, é necessário fazer a verificação dos ângulos
medidos. Uma vez que a poligonal forma um polígono
fechado é possível verificar se houve algum erro na
medição dos ângulos. Em um polígono qualquer, o
somatório dos ângulos externos deverá ser igual a:
 Somatório dos ângulos medidos = (n + 2) . 180º
– Onde “n” é o número de estações da poligonal
 O erro angular (ea) cometido será dado por:
– ea = Somatório dos ângulos medidos – (n+2).180º
 Para ângulos internos o somatório dos mesmos deverá ser igual ao
número de estações menos dois, multiplicado por 180º.
Tolerância angular (εa)
 Este erro terá que ser menor que a tolerância
angular (εa), que pode ser entendida como o erro
angular máximo aceitável nas medições. Se o erro
cometido for menor que o erro aceitável, deve-se
realizar uma distribuição do erro cometido entre
as estações e somente depois realizar o cálculo
dos azimutes. É comum encontrar a seguinte
equação para o cálculo da tolerância angular:
εa = p. m1/2
 onde m é o número de ângulos medidos na
poligonal e p é precisão nominal do equipamento
de medição angular.

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