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No caso em tela é flagrante a ilegalidade cometida pelo réu, eis que quando da
contratação, o autor não foi corretamente informado sobre todas as taxas, custas e tarifas que incidiriam sobre
a operação realizada.
Assim, não foi cumprido o contido no artigo 6º, inciso III, do Código de Defesa
do Consumidor, que assim dispõe:
Dessa forma, deverá o banco réu ser condenado na presente demanda, devendo
Vossa Excelência declarar a inexigibilidade dos valores cobrados à título de IOF, Serviços de Terceiros,
Tarifa de Cadastro e Registro de Contrato, com a respectiva repetição em dobro dos valores devidos, bem
como exclusão desses junto às parcelas vincendas, nos moldes da legislação vigente.
Enunciado N.º 2.3 Tarifa de emissão de carnê (TEC), tarifa de abertura de crédito (TAC) e
tarifa de liquidação antecipada abusividade devolução em dobro: É abusiva a cobrança de
custos administrativos inerentes à atividade da instituição financeira, comportando a repetição
em dobro do valor pago a tal título.
E ainda:
No caso em tela é flagrante a ilegalidade cometida pelo réu, eis que utilizou de
meios ardis para obtenção de enriquecimento ilícito. Frise-se, ainda, que de acordo com o dispositivo inserido
no novo Código Civil, os princípios da probidade e da boa-fé são requisitos indispensáveis aos participantes
[3]
da relação contratual .
Sobre o tema, eis os ensinamentos de Cláudia Lima Marques:
VI - DO REQUERIMENTO
Dá-se à presente o valor de R$ 3.000,00 (três mil reais) apenas para efeito de
alçada.
Nestes Termos,
Respeitosamente,
Pede Deferimento.
[1]
Decreto nº 5.903, de 20 de setembro de 2006, que regulamentou a Lei nº 10.962 de 11/10/04.
[2]
Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não será exposto a ridículo, nem será submetido a qualquer tipo
de constrangimento ou ameaça.
Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por valor igual ao
dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais, salvo hipótese de engano justificável.
[3]
Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de
probidade e boa-fé.
[4]
MARQUES, Cláudia Lima. Contratos no Código de Defesa do Consumidor. 4ª edição. São Paulo: RT. 2002. p. 181.