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Antropológico
Fátima Fonseca
Estudante nº 43540
Trabalho de Campo Antropológico
Educação Socioprofissional 1º Ano
Vila Nova de Gaia, Julho de 2010
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Índice
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Grupo de Voluntários ...................................................... Pág. 22
3
Introdução
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1. Caracterização do meio
Rio Meão dispõe de uma rede viária com boas condições para os condutores e
peões. A Estrada Nacional 109 é a estrada principal da freguesia e é ladeada por
passeios, que permitem a deslocação de peões em segurança.
Rio Meão dispõe de vários autocarros diários de ligação à cidade de Santa Maria
da Feira, Espinho, Porto, Aveiro e Lisboa.
Para além disso, dispõe de uma linha férrea que liga Aveiro, Águeda, Sernada do
Vouga, Oliveira de Azeméis e Espinho há mais de 100 anos designada por CP
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Linha do Vale do Vouga, vulgo Vouguinha.
A primeira referência escrita a Rio Meão remonta ao século VII (773) com a
designação de “Riuus Medianus”, pese embora esta não diga respeito à freguesia e
apenas ao rio que lhe deu o nome.
A freguesia é banhada a nascente e a sul por um pequeno rio (Rivus Medianus) que
corre entre Santa Maria da Feira e Paços de Brandão. Contudo, em 1220 já se
encontrava organizada como freguesia.
D. Sancho I doou esta freguesia à Ordem do Hospital, mais tarde conhecida por
Ordem da Cruz de Malta. Esta Ordem de carácter religioso-militar teve uma
enorme importãncia nas lutas da Reconquista, na reorganização e no povoamento
do território Português.
A freguesia foi elevada a vila em 20 de Maio de 1993, data festejada todos os anos
desde então.
1.5. Clima
Devido à sua proximidade com o mar, a cidade goza de um clima suave e húmido
no Inverno e relativamente quente de Verão. As amplitudes térmicas de Inverno
são de 5º - 18º e 16º - 32º de Verão.
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proximidade do Oceano sob a influência de massas de ar muito húmidas.
1.6. População
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Os esforços feitos na Educação possibilitaram um decréscimo assinalável deste
indicador, o que, aliado ao facto de cerca de 20% da população de Santa Maria da
Feira possuir habilitações literárias iguais ou superiores ao Ensino Secundário,
permite afirmar que os jovens de Santa Maria da Feira estão, cada vez mais,
munidos de bases para vingarem no competitivo mercado de trabalho.
Com uma população que atinge 135 964 indivíduos, Santa Maria da Feira é, no
contexto da Área Metropolitana do Porto (AMP), um dos mais dinâmicos
municípios em termos demográficos. Dos 1570817 (2004) habitantes da AMP, 9%
são Feirenses e este dado é tão ou mais importante se se sublinhar que, se 1991
para 2001, a população do concelho registou um crescimento na ordem dos 15% -
uma das mais fortes dinâmicas de crescimento em toda a AMP.
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Emprego em Rio Meão
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População Residente
A freguesia encontra-se inserida num meio rural que sofreu grandes mudanças com
a chegada de muitas gentes de muitas procedências, que encontraram nos nativos
um amigo e com ele formaram comunidade, uma só família, na mais perfeita
harmonia.
Actualmente esta vila tem uma boa zona industrial onde predominam as indústrias
de ferragens, cortiça, calçado, entre outras.
Não se pode dizer que seja vasto o património edificado, reduzido quase ao
religioso, como abaixo se refere.
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semana mais próximo do dia 25 de Julho, festa litúrgica do Apóstolo.
Assim, dessa época chegou até nós, como Igreja matriz de Rio Meão, um modesto
templo românico-gótico, com alguns acrescentos barrocos que, contudo, não
alteraram a simplicidade rural da construção primitiva. Datando provavelmente do
século XIII ou XIV, para a sua edificação terão sido decisivas generosas doações
que, em 1239, D. Teresa, filha bastarda de D. Afonso III, fez à Ordem de Malta nas
Terras da Feira. Sob jurisdição dessa Ordem estavam então a igreja e as terras de
Rio Meão.
Para além do valor religioso e afectivo para os seus paroquianos, o que acabamos
de descrever é o mais antigo monumento religioso do concelho de Santa Maria da
Feira e único testemunho arquitectónico das origens medievais da freguesia de Rio
Meão.
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matriz, que continua a dominar, no espaço e no tempo, o conjunto arquitectónico
formado por ambos os templos.
Capelas e Oratórios
Rio Meão teve ao longo dos tempos várias capelas e outros tantos oratórios, visto
ser uma freguesia muito ligada à Igreja Católica e aos seguidores de S. Tiago.
Entre estes estão as capelas de S. Geraldo, do Mourão e capela pública dos Casais
de Baixo; o oratório da Quinta da Paredinha; as alminhas; os cruzeiros; os marcos
da Ordem da Cruz de Malta; as mamoas; os morteiros e o marco de homenagem
aos heróis de 1640.
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Assim, a construção e dedicação da capela, bem como o nome do próprio lugar
onde a mesma se encontra, Santo António, parecem provar a existência em Rio
Meão de uma antiga e particular devoção dos fiéis a este Santo, que já no altar-
mor da igreja matriz aparece em destaque, ao lado do orago da paróquia.
Por isso, a capela de Santo António é o centro das festividades com que
anualmente, no mês de Junho, se honra este grande santo português. Após um
tríduo de oração nos dias 10, 11 e 12, culminam os festejos a 13 de Junho, dia da
festa litúrgica do Santo, com celebração da eucaristia e realização de procissão, a
que se segue alegre convívio em ambiente de arraial popular.
A capela de Santo António que hoje podemos ver não é o primitivo edifício,
construído logo após a libertação do jugo castelhano em 1 de Dezembro de 1640.
Provavelmente, foi a gratidão dos fiéis ao Santo, pelo sucesso do movimento da
restauração da independência nacional e pela consequente ascensão de D. João IV
ao trono, que motivou a construção do templo. Nessa época, terá sido erguida uma
simples ermida, de uma só nave central e rectangular, estendendo-se de Oriente
para Poente, e com galilés laterais, a norte e a sul.
Lendas
No dia 3 de Fevereiro de 1845 casou-se com a sua prima Anna Lentina de Campos.
Zé do Telhado foi apanhado pelas autoridades em 31 de Março de 1859 quando
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tentava fugir para o Brasil, e preso na Cadeia da Relação , onde conhece Camilo
Castelo Branco. Em 27 de Abril de 1861 foi condenado ao degredo em África.
Viveu em Malange, fez-se negociante de borracha, cera e marfim, casando-se com
uma angolana, Conceição, de quem teve três filhos. Em 1875 morreu de varíola.
Arrenego-te diabo,
A Lenda da Fiúza
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cláusula intensa acção em tribunal impugnando a legitimidade de posse por parte
da irmã. Esta terá perdido a acção, é despossada da Fiúza, fica tão pobre e
desgostosa que morre pouco tempo depois. Diz a lenda que tem aparecido por ali
pelos cantos da casa e em partes da quinta uma espécie do vulto branco, esguio e
leve. Interpretam as gentes que será alma de defunta senhora cumprindo seu
destino até que de novo seja sua a propriedade de que pelo menos fora
injustamente esbulhada.
Gastronomia
Rio Meão não é conhecido pela sua gastronomia, tendo nas enguias o prato mais
procurado dentro da sua freguesia.
Festas Religiosas
Rio Meão é uma freguesia muito dedicada à religião. Nesse sentido são muitas as
procissões realizadas na freguesia de ano para ano. Desde 1718 no terceiro
domingo da Quaresma realiza-se em Rio Meão a Procissão do Senhor dos Passos.
Já no domingo de Ramos é realizada a Procissão de Ramos junto à Capela de
Santo António. A Procissão do Senhor Morto é realizada a cada Sexta-Feira Santa.
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Rancho Folclórico, Recreativo e Cultural “As Florinhas de Rio Meão”
Existem, ainda, três escolas do 1º Ciclo, três jardins de infância e uma Instituição
de solidariedade social sem fins lucrativos (M.A.C.U.R.).
Centro Infantil
Iniciado em 1987 com creche e jardim de infância, o Centro Infantil de Rio Meão
é uma das valências do Movimento de Assistência, Cultura, Urbanismo e Recreio,
vulgo MACUR. Acolhe crianças desde os quatro meses até aos 12 anos.
Actualmente tem
A EB1 Outeiro, cujo edifício é tipo "Plano Centenário", é composta por seis salas
de aula, uma das quais destinada ao ensino pré-escolar, sete casas de banho para
alunos duas para professores e auxiliares de acção educativa e um pequeno recinto
coberto.
A maioria dos pais dos alunos desta escola é operária e possui habitações
académicas ao nível do 1º Ciclo do Ensino Básico. Há também alguns pais
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industriais, pequenos e médios comerciantes.
Alguns alunos após as aulas ficam entregues a avós e amas, outros em número
bastante significativo frequentam o A.T L e muito poucos ficam entregues a si
próprios. A carga horária dos pais é rígida e prolongada. Há , nesta freguesia,
algumas instituições culturais e recreativas: três ranchos folclóricos, a divisão
“Culturas e Recreio do M A C U R-uma instituição de Solidariedade Social com
fins não lucrativos, um grupo columbófilo e a J.A.R. (Juventude Atlética de Rio
Meão).
Dispõe ainda de uma ampla zona exterior e de um campo de jogos com piso
sintético. Dentro do mesmo recinto escolar, existe um outro edifício destinado ao
Ensino Pré-Escolar.
O Jardim de Infância com alunos dos 3 aos 5 anos, distribuídos por duas salas,
realiza várias actividades. As crianças aprendem “muitos saberes” através das
brincadeiras que as educadoras promovem.
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trabalhos de interacção com as aulas, além de se poder requisitar livros para levar
para casa.
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1.11. Serviços
Residencial Central
Clínica Fisio-desportiva
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2. Caracterização da Instituição
A Instituição foi constituída por escritura no dia cinco de janeiro de 1979 e a sua
sede situa-se na Rua das Escolas, no Centro Infantil da Instituição, próximo do
largo de Santo António.
A instituição MACUR tem como finalidade ter uma expressão organizada do dever
da solidariedade e de justiça entre os indivíduos. No âmbito dos seus objectivos
incluem-se a promoção da população da freguesia onde tem a sua sede, o apoio a
crianças e jovens e a protecção dos cidadãos na velhice e na invalidez.
2.2. População-alvo
- 4 educadoras de infância
- 3 administrativas
- 2 directoras técnicas
- 2 cozinheiras
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- 2 auxiliares de cozinha
- 3 motoristas
1 autocarro de 32 lugares
2 carrinhas de mercadorias
2.5. Valências
- Creche
- Pré-escolar
- Centro de Dia
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2.6. Protocolos e Parcerias
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2.7. Serviços Prestados
- Tratamentos de roupas
- Assembleia Geral
- Direcção
- Conselho Fiscal
- Centro de Dia
- Centro Infantil
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3. Caracterização do grupo de utentes do Centro de Dia e Serviço de
Apoio Domiciliário
Gráfico 1
Utentes por género
80%
70%
60%
50% Masculino
Feminino
40%
30%
20%
10%
0%
SAD CD
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3.2. Utentes por Idade
Gráfico 2
Utentes por idade CD
50%
45%
40%
35%
30% Masculino
Feminino
25%
20%
15%
10%
5%
0%
40-50 50-60 60-70 70-80 80-90 90-100
Através do gráfico 2 verifica-se que a faixa etária mais representativa dos utentes
do CD encontra-se na categoria entre os 70 e os 80 anos em ambos os géneros
(45% para os dois). As faixas etárias menos representativas são entre os 40 e os 50
anos para as mulheres (0%) e entre os 90 e os 100 anos para os homens (0%).
Gráfico 3
Utentes por idade SAD
70%
60%
50%
Masculino
40%
Feminino
30%
20%
10%
0%
30-40 40-50 50-60 60-70 70-80 80-90 90-100
Através do gráfico 3 verifica-se que a faixa etária mais representativa dos utentes
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do CD encontra-se na categoria entre os 80 e os 90 anos em ambos os géneros
(56% para os homens e 65% para as mulheres). As faixas etárias menos
representativas são entre os 30 e os 40, 40 e os 50, 50 e os 60 e 60 e os 70 anos
para as mulheres (0%) e entre os 70 e os 80 e os 90 e os 100 anos para os homens
(0%).
Gráfico 4
Utentes por estado civil CD
60%
50%
40%
Masculino
Feminino
30%
20%
10%
0%
Solteiro Casado Viúvo Divorciado Separado União de facto
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Gráfico 5
Utentes por estado civil SAD
50%
45%
40%
35%
30% Masculino
Feminino
25%
20%
15%
10%
5%
0%
Solteiro Casado Viúvo Divorciado Separado União de facto
Gráfico 6
Utentes por naturalidade CD
100%
90%
80% Masculino
70% Feminino
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Rio Meão P.Brandão S.Oleiros S.J.Vêr Esmoriz SMLamas
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freguesia de Rio Meão, seguido de 9% dos homens de Paços de Brandão e 9% das
mulheres de Esmoriz e Santa Maria de Lamas.
Gráfico 7
Utentes por naturalidade SAD
80%
70%
Masculino
60% Feminino
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Rio Meão P.Brandão S.Oleiros S.J.Vêr Esmoriz SMLamas
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Gráfico 8
Habilitações Literárias dos utentes CD
90%
80%
70%
60%
Masculino
50% Feminino
40%
30%
20%
10%
0%
S/ instrução 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo
Gráfico 9
Habilitações Literárias dos utentes SAD
80%
70%
60%
50% Masculino
Feminino
40%
30%
20%
10%
0%
S/ instrução 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo
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3.6. Grau de dependência dos Utentes
Gráfico 10
Utentes por grau de dependência CD
50%
45%
40%
35%
30% Masculino
Feminino
25%
20%
15%
10%
5%
0%
Nulo Ligeiro Moderado Severo Muito severo Não sabe Não responde
Com a análise do gráfico 10, o qual se refere ao grau de dependência dos utentes
do Centro de Dia, constata-se que 45% das mulheres não sofrem de qualquer
dependência, 27% têm uma dependência ligeira, 18% moderada e 9% sofrem de
dependência severa. Já 36% dos homens sofrem de dependência moderada, 27%
com dependência nula e ligeira e 9% severa.
Gráfico 11
Utentes por grau de dependência SAD
90%
80%
70%
60%
Masculino
50% Feminino
40%
30%
20%
10%
0%
Nulo Ligeiro Moderado Severo Muito severo Não sabe Não responde
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Apoio Domiciliário, reflete que 59% das mulheres sofrem de uma dependência
severa, 24% muito severa e 18% moderada. Os homens apresentam uma maior
preponderância na dependência ligeira (78%), seguindo-se a dependência
moderada (22%).
Gráfico 12
Serviços prestados a utentes
120%
100%
80%
CD
SAD
60%
40%
20%
0%
Tratamento de Roupa Refeições Higiene Habitacional Enfermagem Higiene Pessoal Outros
No que respeita aos serviços prestados aos utentes, como apresentado no gráfico
12, verifica-se que a categoria dos serviços de enfermagem apresenta 100% de
utilização nas duas valências (CD e SAD), sendo apenas igualado pelas refeições
para os utentes do Centro de Dia. De seguida surge a higiene habitacional para os
utentes do Serviço de Apoio Domiciliário (77%) e a higiene pessoal para as duas
valências (61% para CD e 62% para a SAD).
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4. Entrevistas Exploratórias
Senhora Dorinda Dias Pinto, reside no lugar da Quinta, Rio Meão e tem 79 anos.
Sentindo-se ainda capaz de fazer as suas lidas diárias, optou pelo centro de
convívio. Recorre também à instituição para resolver assuntos relativos ao pedido
de medicação, marcação de consultas, acompanhamento ao médico e a exames,
pagamento de luz e telefone. Vê na instituição uma forma de combater a solidão.”
Só não vou mais vezes porque tenho que cuidar do quintal e das minhas
galinhas!”, afirma a Senhora Dorinda. As actividades que mais interesse lhe
desperta no centro de convívio são as aulas de música e dança, as conversas,
bastante animadas, que mantém com os restantes utentes, as olímpiadas séniors e
as matinés dançantes.
23 de Junho de 2010
É viúva há 10 anos, tem uma filha com quem vive mais o genro e o neto.
A filha recorreu ao centro de dia para este prestar serviço de higiene e imagem
após uma intervenção cirurgica da mãe. A senhora Olindina recoperou na integra o
seu estado de saúde, mas, mantém o apoio domiciliário pelos laços de afecto que
criou com os colaboradores do Macur e “porque a minha filha não deixa!” diz a
senhora Olindina com um sorriso maroto.
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Mantém uma vida activa com as devidas limitações da idade. Gosta de cozinhar,
fazer renda, conviver com vizinhos e amigos, participar nas festas temáticas do
Macur e ir ao café.
23 de Junho de 2010
Senhor Joaquim Ferreira Silva, tem 85 anos e mora no lugar da Própria, freguesia
de S. João de Ver. Recebe serviço do apoio domiciliário do Macur desde 2005.
Começou a fazer parte do grupo de utentes devido à doença da sua esposa, a qual
precisava de cuidados de higiene e imagem. Posto isto recorreu, também, ao
fornecimento das refeições, assumindo:”ter mais jeito para comer do que para
cozinhar!”
À quarta-feira, a filha faz companhia a mãe e faz a limpeza a casa. ” È o meu dia
de folga!” Assume o Senhor Joaquim que aproveita esse dia para resolver assuntos
pendentes e conviver com os amigos de longa data. Uma vez que não deixa a sua
esposa, em casa, sozinha. Ocupa os seus dias a fazer companhia e a cuidar da
esposa e da casa. Nos seus tempos livres e de lazer gosta de lêr, escrever, ouvir
música e discutir assuntos da actualidade. Hábito que criou devido à sua profissão,
jornalista de imprensa, que exercía em vários jornais locais.
23 de Junho de 2010
Deste casamento nasceram três filhos, um dos quais institucionalizado por défice
cognitivo profundo e duas filhas que os visitam e prestam o auxílio necessário.
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filhas procuraram junto do Centro de Dia apoio, no sentido de proporcionar
melhor qualidade de vida a este casal, com uma vida dedicada à agricultura.
O Senhor Mário achou por bem acompanhar a esposa e ocupa os seus dias a jogar
cartas, conversar com vizinhos e amigos. Adere a todas as actividades propostas,
fazendo-o sempre que possível acompanhado pela esposa.
Tem uma pequena quinta da qual parte das silvas já tomaram conta. Cuida também
de alguns animais. De manhã a sua rotina passa por prender duas cabras no pasto,
recolhendo-as quando regressa do Centro de Dia. O casal tem por hábito viajar em
excursões por Portugal, Espanha e França.
23 de Junho de 2010
Senhor Jorge Manuel Morés reside no lugar de Santo António em Rio Meão e tem
52 anos. Vive com a sua família de adopção, composta pelo casal e um dos filhos
do mesmo.
O Senhor Jorge é de raça negra e foi adoptado por um militar, aquando da guerra
colonial na Guiné Bissau. É solteiro e sem filhos. Recorreu ao serviço de apoio
domiciliário após uma queda que o deixou imobilizado numa cama durante vários
meses. Recuperou da queda, mas uma doença degenerativa que afecta o sistema
neuromuscular implica a continuação da prestação dos serviços. Ocupa os seus
dias empenhando-se na sua reabilitação, fazendo fisioterapia, ginásio e
caminhadas.
Nos tempos livres gosta de ver televisão, conversar com os amigos e, se possível,
à volta de uma mesa “bem apresentada”, como refere o próprio sorridente.
23 de Junho de 2010
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Considerações Finais
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Anexos
7. Que tipo de actividades gosta mais de fazer nos seus tempos livres?
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Anexo 2: Estatutos da MACUR, Instituição Particular de Solidariedade Social
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Bibliografia
RODRIGUES, David Simões (2001) Rio Meão A terra e o povo na história vol. I
e II
38
Sitografia
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