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Aluno:

Série: 3º Ano do EM Turma: Data: ____ / ____ / ____

Disciplina: Língua Portuguesa Professor(a): Bruno Baião

SINTAXE
Período Simples
Teoria

Prof. Bruno Baião


3º Ano do Ensino Médio

A VAINCRE SANS PERIL, ON TRIOMPHE SANS GLOIRE

Al. Eduardo Guinle, 265 – Pq. S. Clemente – Centro – Nova Friburgo – RJ – CEP: 28.625-130 – TeleFax.: (22) 2523 9449
Educação Infantil – Ensino Fundamental – Ensino Médio
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Portaria SME nº 062/03 & Portaria E/COIE.E nº 744/98
SUJEITO
O verbo mantém relação de concordância com seu sujeito. A composição do sujeito explícito pode ser uma única
palavra ou um conjunto de palavras (onde se deve determinar o núcleo ou núcleos), incluindo também as orações
substantivas subjetivas.

Podem ser núcleo do sujeito: substantivo ou um equivalente dele (pronomes substantivos, numerais substantivos
ou palavras substantivadas).

Tipos de sujeito

Os tipos de sujeito são basicamente dois, segundo Pasquale e Ulisses, determinado (simples, composto e oculto) e
indeterminado (indeterminado e oração sem sujeito).

• SIMPLES - possui um núcleo.

Ex.: Maria esteve aqui / Alguém me viu / Duas vieram

Observação
O pronome oblíquo átono pode funcionar como suj. de um verbo no infinitivo. Isso ocorre quando se tem
na 1ª oração um verbo causativo (deixar, mandar, fazer...) ou sensitivos (ver, ouvir, sentir...) - o chefe
mandou-o trabalhar / não o vimos entrar

• COMPOSTO - possui mais de um núcleo, independente de sua ordem na frase.

Ex.: João e eu visitamos a moça / Jessé ou José casará com ela? / Estão aqui o seu dinheiro e sua bolsa!

Observação
Nos casos de inversão do suj. a verbos intransitivos (aparecer, chegar, correr, restar, surgir...), pode-se
confundi-lo com objeto. Deve-se sempre examinar a natureza do verbo, para não se deixar enganar -
apareceu, enfim, o cortejo real

• Sujeito Oculto, Elíptico Ou Desinencial - determinado, mas implícito na desinência verbal (DNP) ou
subentendido através de uma frase anterior. Deve-se atentar para a 3ª pessoa do plural, onde não há sujeito
oculto eles ou elas e sim um caso de sujeito indeterminado.

Ex.: Vivemos felizes / "Antes de iniciar este livro, imaginei construí-lo pela divisão do trabalho" - G.
Ramos / Beba esse leite, menino!

• INDETERMINADO - quando não se pode (ou não se quer) precisar que elemento é o sujeito. Ocorre de
duas maneiras: verbo na 3ª pessoa do plural, sem sujeito explícito ou 3ª pessoa do singular (exceto VTD)
+ SE. (Nunca lhe ofereceram emprego / Precisa-se de empregados)

Observação
A oração de suj. indeterminado com a partícula se não pode ser transformada em voz pass. analítica.
Havendo essa possibilidade, a palavra se deve ser interpretada como pronome apassivador - celebrou-se a
missa - a missa foi celebrada
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• ORAÇÃO SEM SUJEITO - o processo verbal encerra-se em si mesmo, sem atribuição a nenhum ser.
Ocorre sempre com verbos impessoais nos seguintes casos: verbos que exprimem fenômenos da natureza;
verbos fazer, ser, ir e estar indicando tempo cronológico ou clima (no caso do ser, também distância);
verbo haver = existir ou em referência a tempo decorrido.

Ex.: Choveu demais / São três anos de solidão / Há cem voluntários / Há muitos anos não o vejo / Vai para
dois meses de espera

Observação
Os verbos impessoais não apresentam sujeito e devem permanecer na 3ª pessoa do singular (exceto o
verbo ser, que também admite a 3ª pessoa do plural). Quando um verbo auxiliar se junta a um verbo
impessoal, a impessoalidade é transmitida a ele.

PREDICADO

Apresenta-se em três tipos:

• verbal - núcleo é um verbo significativo, nocional que traz uma idéia nova ao sujeito (transitivo ou
intransitivo)
• nominal - núcleo do predicado é um nome (predicativo). O verbo não é significativo, funcionando apenas
como ligação entre o sujeito e o predicativo
• verbo-nominal - contém dois núcleos: verbo significativo e um predicativo

Observação
Quando houver verbo de ligação, o predicado será necessariamente nominal e quando houver predicativo do
objeto, o predicado será verbo-nominal sempre.

PREDICADO NOMINAL

É formado por um verbo de ligação acrescido de um nome (substantivo, adjetivo ou pronome), dito predicativo do
sujeito. O núcleo deste predicado é o predicativo, uma vez que o verbo somente estabelece ligação.

Ex.: O rapaz estava apreensivo. / Ela caiu de cama. / A mãe virou bicho naquele dia.

PREDICADO VERBAL

É formado por um verbo transitivo ou intransitivo, isto é, um verbo que não seja de ligação. Neste caso, o verbo
será sempre significativo, constituindo o núcleo do predicado verbal

Ex.: Os passageiros desceram. / Comprei flores. / Comprei-lhe flores.

PREDICADO VERBO-NOMINAL

Encerra em si mesmo uma união de predicados. Apresenta um verbo significativo (núcleo do predicado verbal) e
um predicativo (núcleo do predicado nominal), portanto dois núcleos.

Ex.: Ela entrou risonha na sala. / João abaixou os olhos pensativo. / Considero inexeqüível o projeto exposto.

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A regência verbal é importante para se compreender que os verbos devem ser classificados em função do contexto
em que se apresentam. Há casos de verbos que aparecem com transitividades diferentes se os contextos foram
trocados.

Ex.: Perdoai sempre. - intransitivo / Perdoai as ofensas - transitivo direto / Perdoai aos inimigos - transitivo
indireto / Perdoai as ofensas aos inimigos. - transitivo direto e indireto

PREDICATIVO
Expressa um estado ou qualidade do sujeito ou do objeto. Pode ser representado por: substantivo ou expressão
substantivada, adjetivo ou locução adjetiva, pronome, numeral ou oração subordinada substantiva predicativa.

Ex.: Os filhos são frutos / Ela era chata e sem utilidade / Os próximos seremos nós / Todos eram um / O difícil era
que ele viesse

O predicativo pode referir-se ao objeto, sendo mais raramente ao objeto indireto. Exprime, às vezes, a
conseqüência do fato indicado pelo predicado verbal.

Ex.: Elegeram o macaco Tião governador / Todos lhe chamavam ladrão

Observação
O predicativo pode vir precedido de preposição (de, em, para, por), de locução prepositiva ou da palavra
como (Ele formou-se de advogado / Considerei-o como um farsante

Observe alguns predicativos do objeto: Todos nos julgam culpados / Considero uma verdade isso / As paixões
tornam os homens cegos / Acho razoáveis suas pretensões / O maior desprazer de um homem é ver a amada triste
/ O governador nomeou a professora reitora / O juiz julgou o recurso improcedente.

COMPLEMENTOS VERBAIS
São termos que complementam a significação de um verbo transitivo, isto é, de sentido incompleto. Podem ser
diretos ou indiretos em função de se ligarem ou não ao verbo por preposição necessária.

Objeto direto

Completa um verbo transitivo direto sem se ligar a ele por preposição necessária. Representa-se por: substantivo,
pronome substantivo, numeral, palavra ou expressão substantivada ou oração subordinada substantiva objetiva
direta.

Ex.: Amava a mulher / Não direi nada / Ele deixou cinco caídos / Use aquele i

Pode indicar: o ser sobre o qual recai a ação verbal, o resultado da ação ou o conteúdo da ação.

Ex.: Castigou o filho / Construiu uma bela casa / Contestou sua reeleição

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Objeto direto preposicionado
Completa o sentido de um verbo transitivo direto, com o uso de uma preposição não regida pelo verbo. Alguns
casos deste emprego são indicados pela gramática:

• com as formas tônicas dos pronomes pessoais - Ele conquistou a mim com sabedoria
• com o pronome quem com antecedente expresso - Perdi meu pai a quem muito amava
• com o nome Deus - Ame a Deus
• quando se coordenam pronome pessoal átono e substantivo - Ele o esperava e aos convidados.
• com verbo trans. direto usado impessoalmente + se - Aos pais ama-se com carinho
• para evitar ambigüidade - "Vence o mal ao remédio" (A. Ferreira)

Objeto indireto
Complemento ligado a um verbo transitivo indireto, ligado a ele por meio de uma preposição necessária (a, mais
raramente para), regida pelo verbo.

Pode ser representado por: substantivo ou expressão substantivada, pronome substantivo, numeral ou oração
subordinada substantiva objetiva indireta.

Ex.: Ele divergiu do rapaz / A moça apresentou-o a elas / A mãe gostava de ambos

Objeto representado por pronome oblíquo

Os pronomes pessoais oblíquos são indicados para uso sintático de objetos.

Os pronomes o, a, os, as são utilizados para substituir o objeto direto. Já os pronomes lhe, lhes substituem o
objeto indireto. Os demais pronomes oblíquos átonos (me, te, se, nos e vos) tanto podem ser empregados para
substituir objeto direto quanto indireto. Neste último caso, deve-se analisar a transitividade verbal para classificar
o complemento.

Ex.: Emprestei-o / O assunto interessa-lhe / Telefonou-me / Convidaram-nos

Cabe também destacar que com a utilização dos pronomes como objeto indireto a preposição não aparece,
dificultando um pouco a análise.

Ex.: Comprei um presente a ela = comprei-lhe um presente

Objeto pleonástico
Recurso utilizado para chamar a atenção para o objeto, que antecede o verbo. O objeto deslocado é repetido
através de um pronome pessoal átono.

Ex.: Estas obras, já as li no ano passado / Ao avarento, nada lhe satisfaz

COMPLEMENTO NOMINAL

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Dá-se o nome de complemento nominal ao termo que complementa o sentido de um nome ou um
advérbio, conferindo-lhe uma significação completa ou, ao menos, mais específica.
Como o complemento nominal vem integrar-se ao nome em busca de uma significação extensa para nome
ao qual se liga, ele compõe os chamados termos integrantes da oração.

Principais características do complemento nominal:


 Refere-se a um substantivo abstrato, adjetivo ou advérbio
 Sempre segue um nome, em geral abstrato;
 Liga-se ao nome por meio de preposição, sempre obrigatória.
Exemplos:
 Meus filhos têm loucura por futebol.
 Faça uma rápida leitura do texto
 Ele mora perto de um grande hotel.
 Tenho-lhe uma justificada admiração
 Faz tempo que não tenho notícia de Joaquim

Em geral os nomes que exigem complementos nominais possuem formas correspondentes a verbos
transitivos, pois ambos completam o sentido de outro termo.
São exemplos dessa correlação:
 obedecer aos pais - obediência aos pais
 chegar em casa - chegada em casa
 entregar a revista à amiga - entrega da revista à amiga
 protestar contra a opressão - protesto contra a opressão

ADJUNTO ADNOMINAL
É o termo da oração que sempre se refere a um substantivo.
Vem representado por artigos, adjetivos, locuções adjetivas, pronomes adjetivos e numerais.
Os adjuntos adnominais modificam o substantivo, qualquer que seja a função que ele exerça na oração.
Exemplos:
 O alegre espetáculo começou tarde (adjetivo)
 Os meninos tristes chegaram.(artigo)
 Era uma noite de inverno.(locução adjetiva)
 Você pegou meu livro (pronome adjetivo)
 Conheço aqueles dois alunos. (numeral)

DIFERENÇA ENTRE ADJUNTO ADNOMINAL E COMPLEMENTO


NOMINAL
Há nomes que, por não terem sentido completo, exigem um termo para completá-los. Esse termo é
chamado complemento nominal e inicia-se sempre por preposição.
Exemplos:
Impedimos a derrubada da mata.
 DERRUBADA: nome incompleto (substantivo)
 DA MATA: complemento nominal

Você é igual a ele.


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 IGUAL: nome incompleto (adjetivo)
 A ELE: complemento nominal

Todos tiveram medo do ladrão.


 MEDO: nome incompleto (substantivo)
 DO LADRÃO: complemento nominal

OBSERVAÇÃO. O adjunto adnominal pode, às vezes, ser iniciado por preposição. Exemplo: A casa de madeira
caiu.

O complemento nominal sempre é iniciado por preposição. Isso pode gerar, em certas frases, sérias
dúvidas quanto à função do termo em estudo.
Assim, quando um termo estiver se referindo a um nome e estiver iniciado por preposição, ele será ou
adjunto adnominal ou complemento nominal. Para distinguir um do outro, é conveniente usar, como critério
auxiliar da análise, as orientações seguintes:

PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE O COMPLEMENTO NOMINAL E O ADJUNTO ADNOMINAL.


1.ª diferença:
 O adjunto adnominal só se refere a substantivos (tanto concretos como abstratos).
 O complemento nominal refere-se a substantivos (só abstratos), a adjetivos e a advérbios.
2.ª diferença:
 O adjunto adnominal pratica a ação expressa pelo nome a que se refere.
 O complemento nominal recebe a ação expressa pelo nome a que se refere.
3.ª diferença:
 O adjunto adnominal pode indicar posse.
 O complemento nominal nunca indica posse.
4º diferença:
 O complemento nominal é sempre preposicionado.
 O adjunto adnominal pode ou não ser preposicionado.

Exemplos de aplicação dos critérios acima:

As ruas de terra serão asfaltadas.


RUAS: nome (substantivo)
DE TERRA é adjunto adnominal ou complemento nominal?
Note que DE TERRA refere-se ao nome RUAS, que é um substantivo concreto (considerando a classe
gramatical). Pelo 1.º critério, podemos concluir que DE TERRA só pode ser adjunto adnominal, pois o
complemento nominal não se refere a substantivo concreto. Então, DE TERRA: adjunto adnominal.

A rua é paralela ao rio.


PARALELA: nome (adjetivo)
AO RIO: complemento nominal ou adjunto adnominal?
O termo AO RIO está se referindo a PARALELA, que é um adjetivo (considerando a classe gramatical). Usando
o 1.º critério, podemos concjuir eu ao rio só pode ser complemento nominal, já que o adjunto adnominal nunca se
refere a adjetivo.

As críticas ao diretor eram infundadas.


CRÍTICAS: nome (substantivo)
AO DIRETOR: complemento nominal ou adjunto adnominal?

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Observe que CRÍTICAS expressa uma ação (ação de criticar). O termo AO DIRETOR é que recebe as críticas (o
diretor é criticado). Usando o segundo critério, podemos concluir que AO DIRETOR é um complemento
nominal.

As críticas do diretor eram infundadas.


CRÍTICAS: nome (substantivo)
Agora, o termo DO DIRETOR é adjunto adnominal, pois ele pratica a ação expressa pelo nome CRÍTICAS.

ADJUNTO ADVERBIAL
Apesar poder se referir ao verbo, o adj. adverbial não é complemento verbal, mas um termo
acessório que acrescenta determinada circunstância ao que se refere.

Pode ser representado por um advérbio ou uma locução adverbial, indicando alguma
circunstância. Quando expresso por um advérbio, pode modificar um adjetivo ou outro advérbio.
Incluem-se como adj. adverbiais também as palavras e expressões denotativas

Ex.: Costumava falar em altos brados (modo), Aonde você vai? (lugar), Ele é muito bom goleiro
(intensidade), Retirou a terra com a pá (instrumento)

Observação
não confundir predicativo do sujeito com adj. adverbial de modo. Este último é invariável e se
refere ao verbo, enquanto o predicativo é variável e concorda com o suj. a que se refere.

APOSTO
Aposto é o termo que explica, desenvolve, identifica ou resume um outro termo da oração, independente da
função sintática que este exerça.
Observe os exemplos

Joana, filha de D. Maria, comprou uma casa de praia.


A expressão em destaque identifica/explica quem é Joana. Ela é filha de D. Maria. Portanto, “filha de D. Maria” é
um aposto.

 Machado de Assis, autor de “A mão e a luva”, é considerado o maior escritor brasileiro.


 Curitiba, capital do Paraná, é famosa por sua beleza.

Em todos os exemplos acima, podemos notar que o aposto está identificando/explicando /esclarecendo algum
termo da oração.

ATENÇÃO:
1-A cidade de Manaus tem um teatro lindo.
2-Durante o carnaval a cidade de Salvador fica cheia de gente.
3- A professora Vera trará mais exercícios.
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Os termos em destaque são apostos, pois estão especificando ou individualizando as cidades.Várias cidades
possuem um teatro lindo, mas aqui especifica que é a cidade de Manaus. Não é outra cidade que fica cheia de
gente, várias cidades ficam cheia de gente, mas a cidade escolhida para o exemplo foi Salvador e não outra. O
mesmo ocorre com Vera.

Tipos de Aposto
 Explicativo - Mariovaldo, meu primo, esteve aqui.
 Enumerativo - Eis os três rapazes: José, Ruan e Sérgio
 Recapitulativo ou Resumitivo - Os pais, os netos e as primas, todos estavam radiantes
 Distributivo - Matemática e Biologia são ciências, aquela exata e esta humana
 Especificativo - O poeta Olavo Bilac / O estado de Tocantins / A serra de Teresópolis

VOCATIVO
O vocativo é um termo independente que serve para chamar por alguém, para interpelar ou para invocar
um ouvinte real ou imaginário.
Ex. Marcela, dê-me um beijo!
AGENTE DA PASSIVA
É o termo da oração que complementa o sentido de um verbo na voz passiva, indicando-lhe o ser que
praticou a ação verbal.
A característica fundamental do agente da passiva é, pois, o fato de somente existir se a oração estiver na
voz passiva. Há três vozes verbais na nossa língua: a voz ativa, na qual a ênfase recai na ação verbal praticada
pelo sujeito; a voz passiva, cuja ênfase é a ação verbal sofrida pelo sujeito; e a voz reflexiva, em que a ação verbal
é praticada e sofrida pelo sujeito. Nota-se, com isso, que o papel do sujeito em relação à ação verbal está em
evidência.
Na voz ativa o sujeito exerce a função de agente da ação e o agente da passiva não existe. Para completar
o sentido do verbo na voz ativa, este verbo conta com outro elemento – o objeto (direto). Na voz passiva, o sujeito
exerce a função de receptor de uma ação praticada pelo agente da passiva. Por conseqüência, é este mesmo agente
da passiva que complementa o sentido do verbo neste tipo de oração, substituindo o objeto (direto).
Exemplo:

O barulho acordou toda a vizinhança. [oração na voz ativa]


...[o barulho: sujeito]
...[acordou: verbo transitivo direto = pede um complemento verbal]
...[toda a vizinhança: ser para o qual se dirigiu a ação verbal = objeto direto]

Toda a vizinhança foi acordada pelo barulho. [oração na voz passiva]


...[toda a vizinhança: sujeito]
...[foi: verbo auxiliar / acordada: verbo principal no particípio]
...[pelo barulho: ser que praticou a ação = agente da passiva]

O agente da passiva é um complemento exigido somente por verbos transitivos diretos (aqueles que pedem
um complemento sem preposição). Esse tipo de verbo, em geral, indica uma ação (em oposição aos verbos que
exprimem estado ou processo) que, do ponto de vista do significado, é complementada pelo auxílio de outro
termo que é o seu objeto (em oposição aos verbos que não pedem complemento: os verbos intransitivos). Como
vimos, na voz passiva o complemento do verbo transitivo direto é o agente da passiva; já na voz ativa esse
complemento é o objeto direto. Nas orações com verbos intransitivos, então, não existe agente da passiva, porque
não há como construir sentenças na voz passiva com verbos intransitivos.
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Observe:
1 - Karina socorreu os feridos.
...[verbo transitivo direto na voz ativa]

2- Os feridos foram socorridos por Karina


...[verbo transitivo direto na voz passiva]

3 - Karina gritou.
...[verbo intransitivo na voz ativa]

4 - Karina foi gritada. (sentença inaceitável na língua)


...[verbo intransitivo na voz passiva]

*Os feridos: objeto direto em (1) e sujeito em (2)


Karina: sujeito em (1) e agente da passiva em (2)

A oração na voz passiva pode ser formada através do recurso de um verbo auxiliar (ser, estar). Nas
construções com verbo auxiliar, costuma-se explicitar o agente da passiva, apesar de ser este um termo de
presença facultativa na oração. Em orações cujo verbo está na terceira pessoa do plural, é muito comum ocultar-se
o agente da passiva. Isso se justifica pelo fato de que, nessas situações, o sujeito pode ser indeterminado na voz
ativa. Porém mesmo nesses casos, a ausência do agente é fruto da liberdade do falante.

Exemplos:
Os visitantes do zoológico foram atacados pelos bichos.
...[foram: verbo auxiliar / passado do verbo "ser"]
...[pelos bichos: agente da passiva]
Nossas reivindicações são simplesmente ignoradas.
...[são: verbo auxiliar / presente do verbo "ser"]
...[agente da passiva: ausente]
Cercaram a cidade. [voz ativa com sujeito indeterminado]
A cidade está cercada.
...[está: verbo auxiliar / presente do verbo "estar"]
...[agente da passiva: ausente]
A cidade está cercada pelos inimigos.
...[pelos inimigos: agente da passiva]

O agente da passiva é mais comumente introduzido pela preposição por (e suas variantes: pelo, pela, pelos,
pelas). É possível, no entanto, encontrar construções em que o agente da passiva é introduzido pelas preposições
de ou a.
Exemplos:

O hino será executado pela orquestra sinfônica.


...[pela orquestra sinfônica: agente da passiva]
O jantar foi regado a champanhe.
...[a champanhe: agente da passiva]
A sala está cheia de gente.
...[de gente: agente da passiva]

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