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A ÉTICA NAS RELAÇÕES DE

TRABALHO

“A busca do conhecimento do ser


para construir aquilo que deve ser”

Nivaldo Vicente
A consciência é a característica que melhor distingue o
homem de outros animais. Ela permite o desenvolvimento do
saber e de toda essa racionalidade que se empenha em
distinguir o verdadeiro do falso.

TEMOS:
Consciência Lógica - que é extremamente ligada a razão.
Consciência Moral - que é a faculdade de observar a própria
conduta e formular juízos sobre os atos passados, presentes e
as intenções futuras.
A liberdade e a consciência moral estão intimamente
relacionadas, porque só tem sentido julgar moralmente a ação
de uma pessoa se essa ação foi praticada em liberdade. Quando
não se tem escolha (liberdade), quando se é coagido a praticar
uma ação, é impossível decidir entre o bem e o mal
(consciência moral).
Como definir liberdade?
Quando realmente somos livres para decidir?
A Filosofia aponta três respostas diferentes:
O DETERMINISMO ABSOLUTO - A liberdade não existe, pois
o homem é sempre determinado.
A LIBERDADE ABSOLUTA - O homem é sempre livre.
A RELAÇÃO DIALÉTICA ENTRE LIBERDADE E
DETERMINISMO - O homem é determinado e livre ao mesmo
tempo.
A consciência moral geralmente nos fala como uma voz interior
que nos inclina para o caminho da virtude. A palavra virtude
deriva do latim virtus e significa a qualidade ou a ação digna do
homem. Ela designa, portanto, a prática constante do bem,
correspondendo ao uso da liberdade com responsabilidade
moral.
MAS O QUE É ESSA RESPONSABILIDADE?

O termo vem do latim respondere e significa estar em


condições de responder pelos atos praticados, isto é, de
justificar ações. Nesse sentido, a responsabilidade pressupõe
uma relação entre a pessoa responsável e ‘algo’ ao qual ou pelo
qual ela responde.
RELAÇÃO ENTRE SOCIEDADE E INDIVÍDUO.

A relação sociedade e indivíduo pode ser considerada uma


relação dialética:

* por um lado, o indivíduo, um ser singular, é elevado, através


da educação, à universalidade expressa nos costumes e normas
morais.

* por outro lado, os indivíduos não assimilam passivamente


esses princípios, pois interferem na sua formulação,
modificando-os de acordo com as novas condições histórico-
sociais, e acabam por transformar as normas e costumes
morais.
OS FILÓSOFOS E A ÉTICA.
SÓCRATES - Indaga: O que é essencial no ser humano?
A sua alma racional. O homem é, essencialmente, razão. E é na
razão que se devem, portanto, fundamentar as normas e
costumes morais.

PLATÃO - Aprofundou a diferença entre corpo e alma.


Argumentando que o corpo, por ser a sede de nossos desejos e
paixões, muitas vezes desvia o homem de seu caminho para o
bem, defendeu a necessidade de purificação do mundo material,
sensível, para se alcançar a Idéia de Bem.
Já ARISTÓTELES desenvolveu uma reflexão ética, também
racionalista, mas sem o dualismo entre corpo e alma, mundo
sensível e mundo inteligível, proposto por Platão. Aristóteles
procurou construir uma ética mais realista, mais próxima do
homem concreto. Para tanto, perguntou-se sobre o fim último
do homem.

Para o que o homem tende?

E respondeu: para a FELICIDADE. Todos nós buscamos a


felicidade.
O BEM ESTAR INDIVIDUAL.
As principais escolas desse período são o ESTOICISMO e o
EPICURSISMO.
O princípio da ética estóica é a apathéia: a atitude de aceitação
de tudo que acontece, porque tudo faz parte de um plano
superior guiado por uma razão universal que a tudo abrange.
O princípio da ética epicurista é a ataraxia: a atitude de desvio
da dor e procura do prazer; a concepção de prazer espiritual,
que contribui para a paz de espírito e o auto-domínio.
Minimizando a influência dos fatores exteriores sobre o bem-
estar espiritual. “O ESSENCIAL PARA NOSSA
FELICIDADE É NOSSA CONDIÇÃO ÍNTIMA E DELA
SOMOS SENHORES”.
VISÃO MARXISTA DE HOMEM.

Para MARX o homem não é nem uma essência nem um


‘recipiente’ no qual o espírito se manifesta, mas um indivíduo
que se forma e se constitui no interior das relações sociais nas
quais vive. Em suas palavras, “o indivíduo é o ser social”.
A VISÃO DE JURGEN HABERMANS.

Habermans desenvolveu elementos para uma ética


discursiva, ou seja, uma ética fundada no diálogo e no
consenso entre os sujeitos. O que se busca nesse diálogo é a
razão que, tendo sido reconhecida pelos participantes do
diálogo, sirva como fundamentação última para a ação
moral.
A ética discursiva de Habermans é uma aposta na linguagem
e na capacidade de entendimento entre as pessoas na busca
de uma ética universal, baseada em valores válidos e aceitos
consensualmente.
Em nosso dia-a-dia, encontramo-nos freqüentemente diante de
situações nas quais a nossa decisão depende daquilo que consideramos
bom, justo ou moralmente correto.

ARISTÓTELES já dizia: “ A característica específica do homem em


comparação com os outros animais é que somente ele tem o sentimento
do bem e do mal, do justo e do injusto e de outras qualidades morais”.

Em outras palavras, o homem é um ser moral, um ser que avalia sua


ação a partir de valores.
A MORAL é o conjunto de normas que orientam o
comportamento humano tendo como base os valores próprios a
uma dada comunidade.

A ÉTICA (do grego ethikos, ‘costume’, ‘comportamento’) é a


disciplina filosófica que busca refletir sobre os sistemas morais
elaborados pelos homens, buscando compreender a
fundamentação das normas e interdições próprias a cada sistema
moral.
MORAL:
Podemos dizer que pertencem ao vasto campo da moral a
reflexão sobre perguntas fundamentais como ?
* O que devo fazer para ser justo?
* Quais valores devo escolher para guiar minha vida?
* Há uma hierarquia de valores que deve ser seguida?
* Que tipo de ser humano devo ser nas minhas relações
comigo mesmo, com meus semelhantes e com a natureza?
* Que tipo de atitudes devo praticar como pessoa e como
cidadão?
ÉTICA:
É um estudo sistematizado das diversas morais, no sentido de
explicitar os seus pressupostos, ou seja, as concepções sobre o
ser humano e a existência humana que sustentam uma
determinada moral.

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