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Questões do texto:

Natureza e desenvolvimento das políticas sociais no Brasil (Vicente de Paula Faleiros)

• Os modelos de política social: existe um modelo distributivista?


- Não. Nenhum deles fala sobre uma real distribuição. Todos passam uma falsa impressão para os
beneficiados, quando na verdade os benefícios são custeados parcial ou totalmente por pelos
próprios através de impostos e contribuições. Sem falar que não existe interesse, por parte dos que
detém o poder político e econômico, de distribuir, mas sim o de acumular em benefício do sistema
capitalista.

• Brasil: dos anos 30 aos 60 construímos um modelo próprio de política social, o


getulismo?
- Eu acredito que até os dias atuais vigora o modelo getulista. Como fala no texto, o modelo
getulista era fragmentado em categorias, limitado e desigual. As políticas tinham o intuito de
controlar a massa trabalhadora, controle social. Não é diferente do que acontece hoje.

• Os anos da ditadura militar: autoritarismo e tecnocracia?


- A ditadura militar no Brasil foi marcada por forte autoritarismo. Este último foi veemente
combatido por militantes do movimento democrático e/ou socialista que não aceitavam o sistema
implantado. O Brasil expandia sua indústria e os tecnocratas que estavam no governo utilizaram do
seu poder para favorecer grupos privados e o seu interesses. Na verdade, esta mistura de
autoritarismo e tecnocracia formou um clima perfeito para a exploração do trabalhador e o
acirramento da desigualdade no Brasil. A produção com a implantação de novas tecnologias ao
invés de melhorar a qualidade de vida do trabalhador favoreceu em grande escala ao interesses
privados, dinamizando a acumulação.

• A Constituição de 1988: a seguridade chegou?


- A Constituição Cidadã, como foi chamada a carta constitucional do Brasil, é o resultado da
diversidade de interesses existente no país. Não é a toa que, no senso comum, o significado de
lobby seja tão distorcido. A Constituição de 1988, ainda vigente nos dias de hoje, é a expressão do
interesse de poucos quando em seu texto são colocados e emendadas leis que contradizem, ou pelo
menos dão margem a outras interpretações, leis que beneficiam o trabalhador.
No texto fala-se sobre que em concomitância acontecia a definição do conceito de cidadania e o
desmonte de políticas como a da habitação, da saúde e educação e utilizando seu poder, o então
presidente José Sarney, articulava-se para se manter no poder por 5 e não por 4 anos como era
previsto. Está situação já mostra o situação difícil da criação da Constituição e nos dá respaldo para
explicar o modo capenga que se desenrola a seguridade no Brasil.
A seguridade não chegou, pois continua sedendo aos interesses dos poucos que comando o mercado
em detrimento dos interesses das pessoas que precisam e para quem definitivamente deveria ser
destinada.

• As reformas neoliberais dos anos 90: a seguridade acabou?


- Nos anos 90 a palavra de ordem era modernizar e para isso era preciso o enxugamento do Estado.
Enfim, as tão faladas privatizações. Em relação a seguridade, ela não acabou, ainda resiste depois
de todas as medidas que foram pensadas para reduzir as políticas públicas. A Previdência Social,
por exemplo, foi estabelecido um teto que tinham seu interesse escuso de forçar a quem quisesse
receber uma aposentadoria maior a fazer um plano privado.
A década de 1990 foi marcado por grandes privatizações, mudança de plano monetário, e de fortes
impactos no social. O Estado tentou de várias maneiras tirar a sua responsabilidade de prover o
social. Sua principal função era dinamizar o mercado, a economia, e foi o que aconteceu. A
Seguridade foi sendo modificada a tal ponto de deixá-la altamente complexa e burocrática. Diante
de tão poucas garantias, diante da real necessidade, a seguridade está mais difícil de ser usufruída.

• Vem a capitalização, comandada de fora?


- Na década de 1990 houve uma abertura para o capital estrangeiro como parceiro do
desenvolvimento do Brasil. Com as privatizações e incentivos, as empresas estrangeiras se
instalaram no Brasil e passaram a ter uma grande parcela no mercado nacional. O Brasil segue os
conselhos do FMI. O Estado retira sua responsabilidade e deixa nas mãos dos trabalhadores (e
desempregados) o papel de encarar o setor privado em áreas que deveriam ser supridas pelo Estado.
As intenções eram de substituir o modelo de repartição simples pelo modelo de capitalização, isto é
de acumulação. Fomentando o capitalismo e as empresas estrangeiras.

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