a liderança a atitude e as práticas do professor bibliotecário e da escola
Os paradigmas da educação actual vieram instruir um novo agente
educador, o Professor Bibliotecário. A ele são exigidas como funções primordiais, o desenvolvimento nos alunos de competências de manipulação da informação de modo a gerar conhecimento e saber para promoverem novas compreensões, percepções e ideias. Assim, os alunos constroem o conhecimento quer por si mesmo, individualmente, quer no colectivo, socialmente construindo significados à medida que aprendem. O principal papel do bibliotecário escolar será, portanto, fazer que todas as informações sirvam para que os alunos possam construir a sua própria compreensão e desenvolver as suas ideias de forma significativa. Porém, os Professores Bibliotecários necessitam de participar activamente em estratégias mais cuidadosamente planeadas que reúnam evidências sobre o impacto do seu papel educativo. Isto não se trata de cingir as evidências em termos estatísticos relativos ao tipo de recursos e dimensão da colecção, despesas e utilização das instalações e infra-estruturas, mas ao salientar evidências que identifiquem e demonstrem o poder tangível da contribuição da BE nos resultados dos alunos. Esta prática baseada em evidências coloca ênfase nos resultados da aprendizagem dos alunos com base na premissa de que todos podem ser alunos de sucesso, pois evidências ricas, diversas e convincentes demonstram que a biblioteca é uma parte vital da estrutura de aprendizagem da escola, que é integrante e não periférica. É importante que estas evidências sejam acumuladas, analisadas e sintetizadas para que possa ser construído um perfil dos resultados de aprendizagem dos alunos que se envolvem nas iniciativas de aprendizagem da biblioteca escolar. O PB, através deste mecanismo de modelo de auto-avaliação, avalia o impacto do trabalho que se desenvolveu na BE teve no respectivo estabelecimento de educação e nas aprendizagens, para assim poder alterar as suas práticas segundo aquilo que se constata em termos de pontos fortes e fracos, visando a melhoria constante dos serviços e de modo a facilitar as aprendizagens. Defende-se a ideia de que o PB deva equilibrar os vários domínios do MABE no Plano de Acção e a articular o trabalho da BE com os objectivos da escola para que resulte num maior sucesso em termos de resultados escolares. A par da aplicação do MABE, outros impulsos se impõem visando o sucesso escolar. Segundo Ross Todd as Bibliotecas Escolares terão de acompanhar este contexto de mudança e dos tempos, nomeadamente ao nível da tecnologia da informação e da educação. Ao tornar como suas aliadas as ferramentas web2.0 e a integração curricular das TIC, o PB estará a impulsionar competências digitais e recursos motivadores aos conteúdos programáticos.
Referências:
Todd, Ross (2001). O Manifesto das bibliotecas escolares sobre a prática
baseada em evidências.
Todd, Ross (2001). Transições para futuros desejáveis das bibliotecas
escolares.
Todd, Ross (2002). Professores Bibliotecários Escolares: resultados da
aprendizagem e prática baseada em evidências (Texto integral)