Você está na página 1de 1

Quando as emoções entram no currículo

Lara Tostes Gouveia Fatureto

A partir do século XIX, observou-se um crescente interesse pela inteligência humana,


especialmente quando há uma desconstrução de uma educação obsoleta e ultrapassada.
Partindo dessa questão a inteligência é o reflexo das habilidades sensíveis e perceptivas
transmitidas geneticamente. A criação socioemocional já começa a se tornar realidade nas
escolas Brasileiras, e não era sem tempo: afinal, numa sociedade cada vez mais dinâmica e
desafiadora, os alunos precisam ser vistos de forma integral e suas individualidades devem ser
mais bem compreendidas. Essas competências respondem a um questionamento que vem
desde o final do século XX sobre o que é necessário para o ser humano viver bem. Vários
campos de pesquisa comprovam que essas habilidades, associadas ao desenvolvimento
cognitivo, são fundamentais para a realização de uma formação pessoal e profissional.

As competências socioemocionais nos permitem lidar com os desafios existentes na


sociedade contemporânea, como a complexidade, a condicionalidade, a incerteza, a velocidade
das transformações, a automação e a globalização, assim, apenas o conhecimento cognitivo já
não é e não será suficiente para se atuar como profissionais no mercado, ou mesmo para se
conviver em uma sociedade cada vez mais diversa.

O importante é termos consciência de que essas habilidades podem ser ensinadas e


aprendidas, e a escola é um espaço primordial como agente propulsor desses conhecimentos e
práticas. Se a escola deve estar à frente desse processo, como alinhar a formação do
professor a esses conceitos? Por isso, o professor precisa conhecê-las e praticá-las em sua
própria vida para, então, auxiliar na aprendizagem de seus alunos.

Com as grades de conteúdos cada vez mais lotadas de matérias obrigatórias à


formação básica dos alunos, há cada vez menos tempo para explorar conteúdos
socioemocionais nas escolas. Essa carência é refletida na ansiedade dos alunos, na falta de
habilidade para resolução de problemas e na baixa tolerância ao erro.

Perfazendo o domínio das competências socioemocionais saliento o que Albert


Einstein Dizia: A imaginação é mais importante que a inteligência, a teoria científica mais
transformadora que a humanidade já conheceu, a Teoria da Relatividade, nasceu a partir de
um pensamento imaginativo, observando que estimular o pensamento imaginativo é algo
primordial para a formação de indivíduos mais livres e destemidos. Dando oportunidade
imaginação à criatividade dos alunos e fazê-los pensar “fora da caixa” é essencial para a
construção de cidadãos criativos e futuros empreendedores. A formação socioemocional instiga
habilidades capazes de contribuir para a formação de alunos mais ativos, que ousam resolver
seus próprios problemas, mas também se “atrevem” a pensar sobre os problemas do contexto
no qual estão inseridos.

Você também pode gostar