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BÁSICAS
Antonio Carlos Gomes da Costa e Simone André
Estar com o outro é a base para o aprender a ser e a estar consigo mesmo. A
equação é simples: aprendemos a ser pessoas tornando-nos pessoas por
intermédio daqueles com quem nos relacionamos. Eles são nossa fonte
interpessoal de crescimento e do encontro conosco mesmo. Assim, por exemplo,
quando alguém nos espelha e nos transmite ou nos comunica a certeza de que
somos compreendidos e aceitos, passamos a ter mais condições de
compreender e aceitar os demais.
A incompletude é parte de nossa essência. Por isso, em todo ser humano existe
um desejo de presença, ou seja, de ser capaz de afetar-se e ser afetado pelo
outro. A presença é a base de todo convívio: da maternidade, da paternidade,
da fraternidade, da amizade, da afetividade, da eroticidade, da sociabilidade e do
sentimento profundo de humanidade.
Por outro lado, as competências geradas pelo Aprender a conviver são também
as que permitem aos educandos formarem uma atitude de compromisso com o
desenvolvimento do outro e as habilidades para conviver com autonomia e
solidariedade na vida social mais ampla, como cidadãos capazes de
compreender a sociedade e atuar sobre ela. Viver a cidadania, segundo essa
visão, é buscar relações de trocas solidárias com as demais pessoas e de co-
responsabilidade em relação às questões que dizem respeito ao bem comum,
na comunidade, no país e no planeta.