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CURSO SUPERIOR DE BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL

DISCIPLINA : NOÇÕES DE ARQUITETURA E PLANEJAMENTO URBANO


Professor: Anderson Ricardo dos Anjos
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Nº de aulas Carga-horária
Disciplina Carga-horária
semanais (H/A)
Noções de Arquitetura e Planejamento 04 80 66:40:00
Urbano
Ementa:
Visualização geral do campo disciplinar da Arquitetura e Urbanismo, através de
conceitos básicos, processos de trabalho, e do instrumental necessário, visando
explicitar o caráter interdisciplinar da profissão pelo contato, através de visita curricular,
a edifícios, a conjuntos urbanos e paisagísticos fundamentais locais e no país, baseados
em Teoria e Metodologia de Projeto.
BIBLIOGRAFIA

Bibliografia Básica:
BENEVOLO, Leonardo. História da cidade. S.Paulo: Perspectiva.
COLIN, Silvio. Uma Introdução à Arquitetura. RJ Ed. UAP., 2000.
COSTA, Lúcio. Arquitetura. R.J.: Ed. Bloch.
LEMOS, C. O que é arquitetura. S.Paulo: Ed. Brasiliense: coleção Primeiros Passos
AAVV. O que é Urbanismo. S.Paulo: Ed. Brasiliense: Primeiros Passos N° 246. 1991.

Bibliografia Complementar:
CEJKA, Jan. Tendencias de la arquitectura contemporânea. G.Gili, 1995
COELHO NETO,T. A construção do sentido da Arquitetura. São Paulo: Perspectiva,1979. (Série Detalhes: Arquitetura).
GRAEFF, E. A. Edifício. São Paulo: Projeto, Cadernos Brasileiros de Arquitetura, nº 7, 3ª ed., 1986.
HOWARTH, E. Breve curso de Arquitetura. Lisboa: Presença, 1990.
SANTOS, Carlos Nelson F dos. A cidade como jogo de cartas. Rio de Janeiro.: EDUFF e S. Paulo: ed Projeto. 1988
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
• Aula 1: Apresentação do plano de curso. Apresentação do conceito de • Aula 11: Noções de Planejamento urbano e planejamento estratégico.
cidade através da história. Aula expositiva dialogada do professor. Parte 2. Aula expositiva dialogada do professor.
Leitura indicada: “ Capítulo 1: O Que faz da cidade uma cidade?”, in:
SOUZA, Marcelo Lopes. ABC do Desenvolvimento Urbano. Rio de • Aula 10: Análise do livro: “A Cidade como um jogo de cartas”. Capítulos
Janeiro: Bertrand Brasil, 190 p, 2003. 3 ao 6. Exposição dos grupos e análise crítica do professor.

• Aula 2:História da Arquitetura e do Urbanismo. • Aula 12: Brasília: Cidade inventada. Parte 1. Aula expositiva dialogada
do professor.
• Aula 3: Apresentação do livro “As Cidades Invisíveis”.
• Aula 13: Brasília: Cidade inventada. Parte 2. Aula expositiva dialogada
• Aula 4: Análise crítica do livro: As cidades invisíveis. Debates em duplas do professor.
ou trio. Alunos deverão apresentar seu ponto de vista sobre a alegoria
lida, apresentando uma visão da sua cidade sobre este ponto de vista. • Aula 14: Viagem técnica a Brasília. Objetivo: Conhecer uma das
principais obras do planejamento urbano e arquitetônico mundial. Visita
• Aula 5: Evolução das cidades no Brasil. Aula expositiva dialogada do à Faculdade de Engenharia da UnB e à sede da NOVACAP. Será cobrado
professor. um relatório da visita técnica.
• Aula 6: Análise crítica do artigo: “da dicotomia rural-urbano à • Aula 15: Seminário sobre o livro “A cidade do pensamento único”.
urbanização do território no Brasil”. O professor irá iniciar a exposição Apresentação dos Grupos 1 e 2.
dos temas e os alunos serão convidados a comenta-los.
• Aula 16: Seminário sobre o livro “A cidade do pensamento único”.
• Aula 7: Formação da rede de cidades norte mineiras. Aula expositiva Apresentação dos Grupos 3 e 4.
dialogada do professor.
• Aula 17: Prova.
• Aula 8: Apresentação do Filme Documentário “o Povo Brasileiro: A
formação e o sentido do Brasil”. • Aula 18: Eventos de grande impacto no Brasil. Uma releitura do legado
urbanístico após a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos. Aula expositiva
• Aula 9: Debate acerca do Livro e documentário: “O Povo Brasileiro” e dialogada do professor. Apresentação do caso de Belo Horizonte.
análise local. Alunos deverão entregar uma análise crítica do
documentário. Introdução e III/2- Urbanização Caótica. Rebater a crítica
para a formação sócio-cultural de Pirapora. Analisar as matrizes
formadoras, virtudes e problemas acerca desta formação.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
• Aula 19: Seminário sobre o legado dos jogos. Apresentação pelos alunos • Aula 29: Visita técnica ao Departamento de obras e projetos da
de um estudo de caso. Grupos 1 a 4. Sugestões: Rio de Janeiro, Brasília, Prefeitura de Pirapora-MG.
Natal e Manaus.
• Aula 30: Plano Diretor Democrático: o Plano de Pirapora-MG.
• Aula 20: Leitura comentada do livro “Acupuntura Urbana”. Apresentação Apresentação de seminário pelos alunos.
individual de um capítulo por aluno.
• Aula 31: Lei de Uso e Ocupação do Solo e Zoneamento e Parcelamento.
• Aula 21: Leitura comentada do livro “Acupuntura Urbana”. Apresentação Apresentação de seminário pelos alunos.
individual de um capítulo por aluno.
• Aula 32: Código de Obras. Apresentação de seminário pelos alunos.
• Aula 22: O Estatuto da Cidade. Aula expositiva dialogada do professor.
• Aula 33: Código de Posturas. Apresentação de seminário pelos alunos.
• Aula 23: Atividade em sala de aula “O Jogo das Cidades” – Ministério
das Cidades. • Aula 34: Processo de aprovação e regularização de projetos
arquitetônicos. Aula expositiva dialogada pelo professor.
• Aula 24: Estudos urbanos: As cidades e os rios. Apresentação de um
estudo de caso pelo professor. O caso de Pirapora e Buritizeiro. • Aula 35: Análise crítica de um projeto arquitetônico acerca da Legislação
Urbana Municipal. Cada dupla de alunos trará um projeto a ser
• Aula 25: análise crítica de livros. Tema: Cidades e rios. Apresentação dos criticado.
grupos e livros a serem definidos pelo professor.
• Aula 36: Legislações complementares: Corpo de Bombeiros, Meio
• Aula 26: análise crítica de livros. Tema: Cidades e rios. Apresentação dos Ambiente e Vigilância Sanitária. Parte 1. Aula expositiva dialogada pelo
grupos e livros a serem definidos pelo professor. professor.
• Aula 27: Apresentação pelos alunos de análises críticas e proposições de • Aula 37: Legislações complementares: Corpo de Bombeiros, Meio
intervenção em áreas urbanas de bordas de rio entre Pirapora e Ambiente e Vigilância Sanitária. Parte 2. Aula expositiva dialogada pelo
Buritizeiro. Áreas de intervenção a serem definidas previamente entre o professor.
professor e os alunos.
• Aula 38: Prova.
• Aula 28: Plano Diretor Democrático: Exemplo da cidade de Janaúba-MG.
Aula expositiva dialogada do professor. • Aula 39: .....................................
• Aula 40:....................................
AVALIAÇÕES
AVALIAÇÕES DO SEMESTRE PONTOS

Análise crítica do livro: As Cidades Invisíveis. 5

Análise crítica do artigo: “da dicotomia rural-urbano à urbanização do território no Brasil”. 3

Análise do livro: “A Cidade como um jogo de cartas”. 5

Debate acerca do Livro e documentário: “O Povo Brasileiro” e análise local. 5

Seminário sobre o livro “A cidade do pensamento único”. 5

Prova 20

Seminário sobre o legado dos jogos. Apresentação pelos alunos de um estudo de caso. 5
Leitura comentada do livro “Acupuntura Urbana”. 2
análise crítica de livros. Tema: Cidades e rios. 5
Apresentação pelos alunos de análises críticas e proposições de intervenção em áreas urbanas de bordas de rio entre Pirapora e 10
Buritizeiro.
Apresentação legislação urbana de Pirapora. 10
Análise crítica de um projeto arquitetônico acerca da Legislação Urbana Municipal. 5
Prova 20

TOTAL............................................................................................................................................................................................................100,00
O QUE É UMA CIDADE?

• O termo "cidade" é geralmente utilizado para


designar uma dada entidade político-administrativa
urbanizada.
• É fruto do trabalho coletivo de uma sociedade;
• Nela está materializada a história de um povo, suas
relações sociais, políticas, econômicas e religiosas;
• sua existência ao longo do tempo é determinada
pela necessidade humana de se agregar, de se
interrelacionar, de se organizar em torno do bem
estar comum; de produzir e trocar bens e serviços,
de criar cultura e arte; de manifestar sentimentos e
anseios que só se concretizam na diversidade que a
vida urbana proporciona;
CIDADE: CONCEITOS

• A cidade é uma localidade central


(CHRISTALLER, 1933)
• Cidade é um local de mercado (WEBER, 1921)
• O atendimento a mercados urbanos
possibilitou a especialização de ofícios
(ROLNIK, 1995, p.26)
• Cidades são assentamentos humanos
extremamente diversificados (SOUZA, 1995,
p.26)
• A cidade é um espaço de produção não
agrícola (SOUZA, 2005, p.27)
• Centro de gestão do território (SOUZA, 2005,
p.28)
Revisando o conceito de cidade

• Consiste no agrupamento de áreas de funções diversas, entre as quais pode-se


destacar aquelas residenciais, comerciais e industriais, assim como as zonas mistas
(principais caracterizadoras das cidades contemporâneas).
• Todas as diferentes zonas da cidade são suportadas através de infra-estrutura tais como
vias públicas e ferrovias.
AS CIDADES NA HISTÓRIA:
A CIDADE NA HISTÓRIA – PRÉ HISTÓRIA
• Formas naturais de moradias e templos, tais como: Grutas e
Cavernas.
• Cabanas feitas com tronco de árvores, ramagem, pedras ou
barro.
• As formas das construções e os materiais empregados
dependiam do local e da climatologia de onde se encontram.
• Duas necessidades deveriam ser atendidas pela arquitetura:
defesa e religiosidade.

kuelap
A CIDADE NA HISTÓRIA: ESTRUTURA ADMINISTRATIVA

Código de Hamurabi, representa o conjunto de leis escritas, sendo um dos exemplos mais bem preservados
desse tipo de texto oriundo da Mesopotâmia. Acredita-se que foi escrito pelo rei Hamurábi, aproximadamente em
1772 a.C.
CIDADE: PLANEJAMENTO
ROMA - Alto Império (27 a.C. - 235 d.C)

A planta de uma cidade romana tinha uma forma retangular.


Toda a superficie está dividida por vias dispostas de maneira paralela e
equidistantes, formando uma especie de tabuleiro de xadrez.
No cruzamento das duas ruas principais encontramos o foro (d).
A cidade romana inclui os serviços públicos necessários: abastecimento de água
(aqueduto [h] e depósitos [i]), mercado (e), além de centros de recreação (teatro
[b], anfiteatro [a] e termas [g]).
Toda a cidade está rodeada por muralhas, com torres (j) defensivas e quatro portas
(k) de acceso ao interior.

• As duas ruas principais são: o cardo (c), que vai de norte a sul; e o decumanus (f), que vai de leste a oeste.
CIDADE: INFRA-ESTRUTURA

ROMA - Alto Império (27 a.C. - 235 d.C)

• Caminhos e calçadas comunicavam entre sí as cidades mais importantes e a estas com a capital do Império, Roma.

A Via Ápia (Via Appia), uma estrada romana que liga a cidade de Roma ao sul da Itália, permanece utilizável até hoje.
CIDADE: LOCAIS DE ENCONTRO DA VIDA PÚBLICA
O foro Romano
Ágora

A ágora constituía o centro nervoso nas cidades; transcorria a


imensa maioria dos acontecimentos de caráter social.
•O foro era o lugar cívico de reunião; continha as basílicas, os templos e as tendas.

•O foro era o centro nervoso da cidade, contudo podia haver mais de um; nele se
encontravam a basílica, que tinha as funções de tribunal, bolsa comercial ou de
lugar de reunião; monumentos comemorativos (colunas como a de Trajano,
estátuas de Imperadores, arcos triunfantes) e templos.
CIDADE: LOCAIS DE ENCONTRO DA VIDA PÚBLICA
CIDADE: QUAIS OS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A SUA FUNDAÇÃO

• Arraial
• Freguesia +P
• Vila (passado e sede de distrito)
• Cidade (Salvador, primeira cidade do Brasil)
• Povoado
• Município
➢É uma divisão territorial do estado que tem
autonomia administrativa, que tem governo
e leis própria. Formado por área urbana e
rural. Instituição da Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Morrinhos, em 8 de
dezembro de 1695, por ato do arcebispo de Salvador, Dom Frei Manuel da

• Distrito Ressurreição

• Elevação de vila a condição de cidade eleva


distrito a condição de município.
DIVISÃO ADMINISTRATIVA
CIDADE: QUAIS OS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A SUA FUNDAÇÃO
• Cada País define seu critério
• Brasil: LEI COMPLEMENTAR Nº 1, DE 9 DE NOVEMBRO DE 1967 : Estabelece os requisitos
mínimos de população e renda pública e a forma de consulta prévia as populações locais para
a criação de novos municípios, e dá outras providências. (Redação dada pela LCP nº 46, de
21.8.1984)
➢Parágrafo único - O processo de criação de Município terá início mediante representação
dirigida à Assembléia Legislativa, assinada, no mínimo, por 100 (cem) eleitores, residentes ou
domiciliados na área que se deseja desmembrar, com as respectivas firmas reconhecidas.
✓Art. 2º - Nenhum Município será criado sem a verificação da existência, na respectiva área
territorial, dos seguintes requisitos:
✓I - população estimada, superior a 10.000 (dez mil) habitantes ou não inferior a 5 (cinco)
milésimos da existente no Estado;
✓II - eleitorado não inferior a 10% (dez por cento) da população;
✓III - centro urbano já constituído, com número de casas superior a 200 (duzentas);
✓IV - arrecadação, no último exercício, de 5 (cinco) milésimos da receita estadual de impostos.
Conceito: Planejamento Urbano

• O planejamento urbano é o processo de


idealização, criação e desenvolvimento de
soluções que visam melhorar ou revitalizar
certos aspectos dentro de uma determinada
área urbana ou do planejamento de uma
nova área urbana em uma determinada
região, tendo como objetivo principal
proporcionar aos habitantes uma melhoria
na qualidade de vida.
• Multidisciplinar
• Arcabouço legal: Planos Diretores, Códigos
de Obra, Leis de uso e ocupação do solo, de
parcelamento e zoneamento, EIV, EIA, etc.
Conceito: Urbanismo
• O urbanismo refere-se ao conjunto das
ideias relativas as formas de ocupação e
uso do espaço da cidade pelo ser humano
e tudo que isto implica: sua expansão físico-
territorial, seus aspectos sócio, econômico,
cultural e ambiental.
• É um conjunto de teorias e pensamentos de
natureza política e filosófica, que a partir da
Revolução Industrial, tentou compreender,
regular, estruturar e organizar o espaço
urbano, metropolitano e regional, de forma
a criar condições favoráveis à instalação de
comunidades humanas.
• Relativo ao desenho urbano da (ou partes)
cidade.
• Área mais restrita a arquitetura.
Parque sustentável em Pequim, projeto desenvolvido
pelo arquiteto Mauro Resnitzky,
Urbanismo como ciência

O Urbanismo é considerado como


uma ciência que nasceu no final do
século XIX, para o estudo, a
organização e intervenção no espaço
urbano, como prática das
transformações necessárias à
realidade caótica das condições de
habitação e salubridade em que
viviam os habitantes de grandes
cidades européias, na época da
revolução industrial. (BONNET
CORRERA, 1989).
História do Urbanismo

• A origem do urbanismo enquanto


um modelo de estudo científico, está
associado ao surgimento da
cidade industrial.

• Com o rápido crescimento das


cidades nos séc. XVII e XVIII na
Inglaterra e XIX na França e
Alemanha, foram gerados enormes
problemas urbanos, principalmente
com relação a:
1. Habitação
2. Saneamento
3. Circulação das grandes massas
de trabalhadores que a
industrialização levou para a cidade.
São preocupações das áreas do planejamento urbano e do urbanismo:

• Morfologia urbana e sintaxe espacial que cada


cidade apresenta;
• Densidade do espaço urbano;
São preocupações das áreas do planejamento
urbano e do urbanismo:
• Aglomeração e territorialidade;
• Limites do perímetro urbano;
São preocupações das áreas do planejamento urbano e do urbanismo:
• Estrutura urbana e desenho urbano;
• Política urbana e legislação urbana;
São preocupações das áreas do planejamento urbano e do urbanismo:
• História dos lugares, memória e o
patrimônio urbano;
• Meio ambiente;
São preocupações das áreas do planejamento urbano e do urbanismo:

• Habitação de interesse social;


• Qualidade de vida das pessoas na
cidade.
Correntes Urbanistas
• Alguns pensadores dedicaram-se a imaginar modelos teóricos do que seria a cidade
ideal – a cidade que resolvesse esses problemas.

• O conceito de cidade ideal foi amplamente explorada por filósofos, arquitetos,


artistas e acadêmicos durante o Renascimento.

• Escrita por Ildefonso Cerdà entre 1857 e 1863, a Teoria General de la Urbanización
foi o primeiro documentação de formulação da cidade ideal.

• Ildefons Cedá foi o responsável pelo plano de extensão e reforma da cidade de


Barcelona.
CIDADE PÓS-REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Culturalistas e Progressistas
Dois períodos distintos marcaram a
formulação do urbanismo enquanto
disciplina. De meados do século XVIII a
meados do século XIX, as concepções
iluministas sobre a cidade, sua
problematização e as idéias de
intervenção preconizam duas correntes:
• Os CULTURALISTAS defendem a
valorização do passado, realiza uma
abordagem estética, histórica e
sociológica da cidade.
• Os PROGRESSISTAS defendem um
modelo de cidades ideal para o homem;
determina o indivíduo “típico”, sua
habitação, suas necessidades e
prazeres, com forte preocupação com a
higiene.
Washington – Corrente Culturalista
Culturalista: Cidade Jardim
• Ebenezer Howard criador do modelo;
• A concepção do espaço é irregular e
assimétrico, ligado à natureza (áreas
verdes preservadas em seu estado
natural ou cuidadosamente
arrumadas), dividido em áreas
limitadas, de baixa densidade.
• No centro, os prédios púbicos
(imponentes), os jardins e as vias
principais, e na periferia, as habitações
(diferentes umas das outras), limitado
o conjunto, por uma área verde,
(cinturão agrícola) num arranjo
orgânico.
Nova Deli ( Centro)
Um exemplo brasileiro do modelo culturalista
Belo Horizonte

Cercada pela Serra do


Curral, que lhe serve de
moldura natural e referência
histórica, foi planejada e
construída para ser a capital
política e administrativa do
estado mineiro.

A cidade é uma mistura


de tradição e modernidade e
destaca-se pela beleza de
seus conjuntos
arquitetônicos e uma rica
produção artística e cultural
Progressistas: Cidade Linear
• Modelo de cidade criada pelo
urbanista espanhol Arturo Soria
y Mata como um bairro
experimental dos arredores de
Madrid, na Espanha, a partir de
1894.
• Tem como característica mais
marcante o desenvolvimento em
linha; geralmente com uma via
central que funciona como
estrutura principal em torno da
qual se desenvolvem ramos
secundários.
Progressista: Cidade Racionalista
As idéias funcionalistas tomaram força no CIAM (Congresso internacional de
Arquitetura Moderna) que produziu a Carta de Atenas em 1933 segundo a
qual as cidades possuem 4 funções fundamentais: habitar, trabalhar, circular
e cultivar o corpo e o espírito.

Propunha:
• Submissão da propriedade privada do solo urbano aos interesses coletivos;
“A divisão das cidades e em especial das zonas residenciais por meio de
espaços verdes;
• Ordenamento e separação das vias;
• Diminuição da densidade e incremento das superfícies livres mediante a
construção de blocos de altura elevada;
• Solução efetiva dos problemas de tráfego de automóvel e de estacionamento,
através da separação coerente do tráfego de pedestres e automóveis”.
No urbanismo o movimento moderno se caracteriza por:

• Racionalismo;
• Preocupação com a questão
social habitacional;
• criação de espaço homogêneo;
• estruturas técnico-estéticas;
• arquitetura internacional,
• zoneamento das funções
urbanas,
• espaços verdes e contínuos
garantidos pela verticalização “Cidade radiosa”.
dos edifícios; A verdadeira cidade modernista Modelagem da
proposta de Corbusier para uma cidade de3
milhões de habitantes com 24 arranha-céus.
Progressista: Cidade Racionalista

No Brasil, Brasília –
tombada pela UNESCO
como o modelo mais
representativo dos
conceitos do
urbanismo moderno

• O plano urbanístico, conhecido como "Plano Piloto", foi objeto de


concurso público e concebido por Lucio Costa sendo que os prédios
públicos foram projetados por arquiteto Oscar Niemeyer.
• Tirava proveito dos avanços tecnológicos na área da construção civil; a
cidade passaria a ser constituída por conjuntos de edifícios rodeados de
espaço público e zonas verdes.
• A mobilidade seria assegurada por um conjunto de enormes avenidas.

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