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INTRODUÇÃO
Uma educação democrática ideal deveria preparar as novas gerações para uma
vida adulta levando em consideração as diferenças individuais propondo atividades e
vivências de acordo com os interesses, habilidades e estilos de aprendizagem de cada
um. Porém, o que percebemos é uma escola baseada em um esquema “bancário” (Freire,
1980), onde o educador é aquele que sabe, e os alunos são aqueles que não sabem nada,
cabendo ao primeiro dar, entregar e transmitir seu saber aos segundos. Não é de se
surpreender, então, que nesta visão os homens sejam considerados como seres
destinados a se adaptar, a se ajustar. Quanto mais os alunos se empenham em arquivar
os “depósitos” que lhes são entregues, tanto menos eles desenvolvem em si a
consciência crítica que lhes permitiria inserir-se no mundo como agentes de sua
transformação, como sujeitos.
Apesar das transformações sociais, dos conflitos, tensões e esperanças, a escola mudou
muito pouco dos anos 80 até hoje. O aluno continua recebendo informações
inquestionáveis que deve memorizar, ou seja, a instituição escola continua planejada
para uma aprendizagem que tem um fim em si mesma (Prista, 2007). Criando assim
barreiras naturais entre o professor e o aluno, interiorizando nos jovens aspectos de
submissão e subordinação.
Falar de superdotação e altas habilidades remonta certas dificuldades devido aos mitos
que se agregam em diversos campos sociais. Para muitas pessoas o superdotado é aquele
gênio que vive com o nariz apontado para um livro sempre estudando, para outras é a
criança que com apenas cinco anos já decorou todas as capitais do mundo. Fleith (2007)
afirma que “no Brasil, superdotação é ainda vista como fenômeno raro e prova disso é o
espanto e curiosidade diante de uma criança ou adolescente que tenha sido
diagnosticado como superdotado”.
adequado a si próprio, por fim, 5. O individuo deve selecionar um ambiente no qual ele
possa maximizar sua participação (Virgolim, 1997).
Por fim, Silverman (2002 apud Fleith, 2007 pg. 43) define o superdotado como
um indivíduo que possui um desenvolvimento assincrônico entre habilidades
intelectuais, psicomotoras, características afetivas e aspectos do desenvolvimento
cronológico. Essa assincronia pode ser traduzida por desenvolvimentos não lineares,
característicos do superdotado, que seriam os geradores de sentimentos de descompasso
do indivíduo em relação a si mesmo e à sociedade, influenciando principalmente na
introversão do sujeito.
Segundo Alencar (2003), os problemas que surgem para esses alunos que se
destacam por suas altas habilidades estão ligados à frustração que surge da discrepância
entre as demandas da escola e suas competências pessoais. A autora afirma ainda que a
escola não está preparada para receber esse tipo de aluno, devido ao programa
acadêmico que prima pela repetição e monotonia e também por um clima psicológico
em sala de aula pouco favorável à expressão do potencial superior.
Brandão e Mori (2009) afirmam ainda que “a efetivação dessa proposta resulta
numa prática pedagógica voltada pra adversidade”, Se mostra, então, a necessidade de
observar as características específicas de cada aluno superdotado, assim como, os
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Sendo assim, Virgolim (2007) afirma que um programa adequado deve dar
oportunidades para que a criança tenha consciência dos seus aspectos emocionais,
ajudando-a a aplicar suas habilidades verbais e de compreensão avançadas às suas
experiências emocionais e sociais.
Para os alunos, o professor é alguém que tem alguma coisa a ensinar: não só
cientificamente, mas também e sobretudo, humanamente, psicologicamente, pelo seu
modo de agir nas aulas (Reizinho, sd apud Egrácio 2008 p.71). Ao admitir seus próprios
erros e rir deles os professores dão a oportunidade aos alunos que vejam que errar não é
o fim do mundo, sendo assim “o humor tem o efeito de aproximar professores e alunos,
de combater a diferença e dar ao professor uma aura mais humana e mais empática aos
olhos dos alunos” (Egrácio, 2008).
Kher (1999 apud Egrácio, 2008 p.65), por fim, acrescenta que os professores
precisam ser criativos devido ao papel fundamental que desempenham na criação do
ambiente de ensino, devem conduzir a uma técnica de ensino buscando desenvolver um
ambiente de aprendizado positivo. Compreendendo esse fato, é possível pensar em uma
intervenção que englobe o riso como um catalisador da relação entre o professor da sala
de recursos e o superdotado, dentro de um espaço que propicie a descoberta e a vivência
com o meio social onde o aluno se insere. Trabalhando de modo indireto as questões
referentes à superdotação e suas dificuldades de relacionamento.
OBJETIVOS
METODOLOGIA
CONCLUSÃO
Muito se tem pensado e trabalhado rumo a uma educação ideal que valorize as
diferenças de cada aluno, porém a escola ainda não está preparada para receber alunos
de alto rendimento, prova disso é a pouca difusão do conhecimento sobre a superdotação
e a dificuldade desses frente à necessidade de adaptação em um ambiente escolar
monótono e muitas vezes de repetição.
Assim o trabalho propõe a utilização do humor como facilitador social nas relações
emocionais de cada sujeito, aprimorando as inteligências pessoais deste com relação ao
mundo e a si mesmo.
REFERÊNCIAS